Comércio sem estoque? Conheça a estratégia do crossdocking!

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As vendas online crescem a todo vapor! O consumidor brasileiro está cada dia mais adepto de fazer as suas compras sem sair de casa. A modalidade traz comodidade e conta com o aumento da confiança do consumidor no digital. Tendo em vista esse cenário, muitos negócios buscam estratégias para suportar essa demanda, uma delas é o cross docking.

Estamos falando de uma estratégia de logística que utiliza como base o que chamamos de CD — Centro de Distribuição — que é o grande responsável por receber o produto do fornecedor e enviá-lo para o cliente.

Para facilitar o entendimento, vamos explicar o fluxo de um pedido feito em um site de compras qualquer qualquer, ok?

De maneira simplificada, o cliente faz o pedido. Após a confirmação de pagamento, o site envia o produto para o fornecedor. O seu papel é enviá-lo para o CD que esteja mais próximo do cliente.

Feito isso, é de responsabilidade do próprio CD encaminhar o pedido para ser entregue ao consumidor.

Essa estratégia ajuda em muitos pontos críticos de uma loja virtual, tal como a questão dos custos de estoque e também na agilidade da entrega. Afinal, a ideia é que o produto fique o menor tempo possível no Centro de Distribuição.

Preparamos esse conteúdo para explicar melhor como funciona esse sistema. Vamos abordar seus prós, contras e passos para implementação.

Está interessado no assunto? Então, continue acompanhando a leitura conosco.

Quais são os tipos de cross docking?

Trazemos aqui a divisão do cross docking em 3 tipos. São maneiras diferentes de uma empresa aplicar essa estratégia em seu processo logístico.

Veja abaixo quais são elas:

Movimentação contínua

Esse é o tipo mais tradicional de aplicação da estratégia de cross docking no processo logístico de um e-commerce. A ideia da movimentação contínua é evitar acumular itens em estoque.

Em primeiro momento, as mercadorias são enviadas do fornecedor para o CD da empresa. Logo após, são despachadas para o cliente o mais rápido possível depois de ser feita uma rápida checagem para verificar se o pedido está nos conformes.

Movimentação consolidada

Já na movimentação consolidada, ou movimentação híbrida, as mercadorias são recebidas normalmente e passam por uma triagem. Uma parte delas já é enviada para o consumidor final. Outra parte é armazenada em estoque, pois precisa aguardar outros produtos para poder formar o pedido final a ser entregue ao cliente.

A ideia desse sistema é que possa existir uma mistura do cross docking com o estoque dedicado. Dessa forma, a empresa consegue ter a liberdade de armazenar apenas os produtos com alto giro ou que geram menos custo de armazenamento.

Podemos enviar o quanto antes os produtos que custam mais caro para trabalhar dessa maneira.

Movimento de distribuição

Por fim, temos o cross docking chamado de movimento de distribuição, que é mais utilizado em negócios B2B — Business to Business —, ou seja, em vendas maiores para empresas. Nesse sistema, os produtos são recebidos e separados para a distribuição para o cliente em cargas chamadas de FTL, que é a sigla para “Full Truckload”, traduzindo literalmente significa “caminhão cheio”.

Quais são os níveis de cross docking?

Além dos tipos de cross docking, é possível classificá-los também em 3 níveis diferentes.

Fizemos uma rápida descrição de cada um deles para você conferir:

Cross docking paletizado

Também considerado como nível 1. No cross docking paletizado, os produtos chegam de fornecedores distintos e são alocados em um veículo para serem entregues diretamente para os clientes. Ou seja, não há nenhum tipo de seleção ou separação antes da entrega.

Cross docking com separação

Podemos chamar o cross docking com separação de nível 2. Nesse caso, os produtos são enviados ao CD pelos fornecedores do negócio e são separados em lotes ou caixas para serem entregues em uma região específica. Ou seja, é mais organizado que o nível 1, pois percebe-se que há o mínimo de organização no processo de entrega.

Cross docking com separação e re-embalagem

O nível 3 de cross docking é o mais completo de todos. Além de ser feito a separação dos produtos, estes também serão re-embalados para serem destinados a cada cliente em específico. Podemos dizer que, nesse caso, a distribuição dos produtos é algo vital para o sucesso do negócio.

Quais as vantagens do cross docking?

Para que possa ficar mais claro como essa estratégia de gestão logística pode ajudar o seu negócio a crescer organizadamente, separamos algumas de suas vantagens para você conferir:

Redução de falhas ou erros na entrega do pedido

Nenhum negócio está imune a cometer falhas, principalmente quando trabalha com vendas online, comercializando produtos de fornecedores ou revendedores.

Apesar disso, podemos dizer que é possível reduzir ao máximo a chance de falhar com o cross docking.

Afinal, o fornecedor não enviará o produto diretamente para o cliente. O pedido passará pelo CD antes de ser entregue ao consumidor final.

Isso dá margem para que você possa conferir, mesmo que rapidamente, pedido por pedido e evitar que o cliente se frustre ao receber algo em desacordo com o que comprou. Isso vale também para os produtos que são enviados com defeito.

Saiba que esse cenário não é possível em outras modalidades, tal como o dropshipping, por exemplo. Além disso, há espaço para melhorar a experiência de compra do consumidor, adicionando itens ao pedido e personalizando a embalagem, de acordo com a sua empresa, por exemplo.

Estoque 0

Utilizar o cross docking como forma de gestão logística significa não precisar armazenar os produtos em estoque, reduzindo qualquer custo que é gerado com esse tipo de armazenamento, juntamente com a ocupação de espaço.

Afinal, os produtos saem do fornecedor e logo são despachados para o seu CD, que já vai enviá-lo para o destino final, ou seja para quem comprou o produto. Você pode conferir e personalizar o pedido, conforme falamos acima, mas isso nem se compara ao trabalho de deixar os pedidos armazenados ali por muito tempo.

Eliminação de custos

Uma das principais vantagens que o cross docking proporciona está na redução dos custos de um negócio, se não for a principal delas.

A explicação para isso é bem simples: todos os gastos com o armazenamento dos produtos fica apenas com o seu fornecedor ou revendedor. Simples, não?

Você já deve imaginar que os custos para manter um espaço para armazenamento de produtos podem ser grandes. Será preciso arcar com as contas referente ao aluguel, ao consumo de energia, água, sem contar a segurança, manutenção, dentre outras coisas.

Obviamente, isso não é uma regra e não se aplica a todos os negócios, pois dependerá muito de quais são os produtos vendidos e do quão vantajosa é a parceria com os seus fornecedores.

Ou seja, se os custos de manter a sua operação de venda somado com o valor da compra dos produtos, mais o valor do frete de envio do produto do fornecedor até você for bem menor do que manter os produtos em estoque, não perca tempo e adote o cross docking.

Aumento da variedade de produtos

Por fim, trazemos uma vantagem do cross docking: a possibilidade de aumentar significativamente as opções de produtos na sua loja virtual.

Como a empresa não terá custos com estoque, ficará muito mais fácil oferecer uma diversidade maior de produtos sem o compromisso de armazená-los previamente.

Ou seja, isso dá margem para a realização de mais parcerias com diversos fornecedores, aumentando a variedade de produtos no site, o que ajuda a crescer também o número de acessos e as possibilidade de compras.

Quais as desvantagens do cross docking?

Nem tudo são flores. Assim como todo modelo e toda estratégia de negócio, há alguns pontos que precisam ser analisados como possíveis desvantagens. Então, veja a seguir quais são os pontos de atenção que você precisa verificar antes de adotar o cross docking:

Aumento do tempo de entrega

O tempo sem dúvida alguma pode se transformar em uma desvantagem para quem adota o cross docking. O motivo é bem simples: caso o fornecedor demore muito para entregar o produto a você, a entrega para o cliente no prazo prometido pode ser comprometida.

Portanto, um dos principais cuidados a serem tomados ao trabalhar com o cross docking é ter uma comunicação muito clara. Tanto com o consumidor, sendo honesto em relação ao tempo de entrega do seu pedido, quanto com os seus fornecedores, apresentando quais são os melhores prazos para que essa parceria não seja prejudicada.

Então, o mais indicado é que a empresa trabalhe com fornecedores próximos e também crie planos de ação para mitigar o risco do tempo influenciar as vendas negativamente.

Exemplos de ações que podem ser empreendidas são: trabalhar com fornecedores alternativos ou trabalhar com prazos maiores para alguns produtos.

Dependência de fornecedores

Em alguns casos, as lojas que adotam o cross docking acabam dependendo fortemente dos seus fornecedores, em vários sentidos. O principal ponto crítico é que caso haja atrasos ou escassez de produtos, os pedidos realizados podem ser afetados.

Nesse caso, o maior prejudicado, além do cliente, é o negócio, pois o consumidor entende que está comprando da empresa e não do seu fornecedor. Por isso, é a imagem da própria empresa que está sendo colocada em xeque.

Outra situação preocupante é quando, de uma hora para outra, o fornecedor poderá parar de fornecer o produto ou aumentar o seu preço significativamente, o que faz com que diminua a possibilidade de conversões ou diminuir o interesse do consumidor.

Necessidade de ter um espaço para o CD

Você já deve ter percebido que o cross docking tem uma grande dependência da estrutura do Centro de Distribuição, não é mesmo? É ali que toda a mágica acontece.

Será no CD que os produtos serão recebidos diretamente do fornecedor, conferidos pela sua equipe, colocados em suas respectivas embalagens para depois serem enviados para os clientes.

Entenda que é praticamente impossível negligenciar essa parte, pois conforme a demanda aumenta, dificilmente você conseguirá manter uma operação saudável sem contar com esse recurso.

Sabemos que dependendo do momento, nem todos os negócios tem condições de alugar um espaço além da sua sede ou terceirizar essa função. Sendo assim, fica praticamente impossível trabalhar com essa estratégia.

Exigência de uma gestão mais eficiente

Não que trabalhar por ter uma gestão  eficiente seja um problema. Mas quando há uma necessidade forte de que ela aconteça, consome-se mais tempo e até dinheiro do negócio que poderiam ser investidos em pontos mais urgentes.

O fato é que fazer todo o processo do cross docking funcionar não é fácil, é preciso de muita agilidade.

Imagine só você recebendo a confirmação de pagamento de um pedido que possui um produto que você comercializa via cross docking. Será preciso realizar instantaneamente o pedido para o fornecedor e confirmar a disponibilidade para o cliente, bem como sincronizar esses dois processos.

Pode até parecer simples fazer isso com 1 ou 2 pedidos. Mas imagine quando isso passa dos 100 ou dos 1000? É preciso saber lidar com essa escala e também adotar soluções tecnológicas para fornecer um grande auxílio nesse desafio.

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Como implementar o cross docking na sua operação?

Agora que você já conhece mais sobre o cross docking, bem como as suas vantagens e desvantagens, podemos partir para a parte mais prática e ajudá-lo a implementá-lo na sua operação.

Para simplificar, dividimos esse processo em 6 passos para que você possa entendê-lo melhor como pode ser feito. Confira quais são eles:

1. Providencie um Centro de Distribuição

A primeira etapa para trabalhar com o cross docking é ter um Centro de Distribuição, o famoso CD, um dos grandes elementos desse processo.

Saiba que quando a operação é pequena é até possível trabalhar com alternativas a ele, tal como alocar um espaço no escritório ou terceirizar essa função. Mas você precisa estar pronto para aumentar sua operação sob demanda.

Então, já tenha em mente que um CD será necessário. Mesmo que você não tenha um agora, é preciso se movimentar para contar com esse espaço em breve.

Além disso, entenda que esse recurso atuará como uma grande fortaleza. Será onde você fará toda a intermediação entre o produto e o cliente, dando cara da empresa para o pedido e tendo controle sobre o processo, como se fosse um procedimento de qualidade.

2. Adote um bom ERP

Lembra quando falamos que a tecnologia poderia ajudar na gestão da operação do cross docking? Pois bem, estávamos falando de adotar um sistema ERP (Enterprise Resource Planning), um software que ajuda no planejamento e na gestão dos recursos de uma empresa.

Saiba que para que o cross docking possa funcionar perfeitamente, com um alto volume de pedidos, é preciso que todo o fluxo de informações, tanto internas, quanto as externas, que se resumem na comunicação com o cliente e o fornecedor, estejam sincronizadas.

O ERP é mais que bem-vindo nessa demanda, pois a sua função principal é fazer uma boa gestão empresarial, auxiliando na organização e comunicação entre os diversos setores da operação. Fica até impossível gerenciar toda a lógica do cross docking sem o seu apoio.

3. Capacite a sua equipe

Não se esqueça que as pessoas também são fundamentais para que uma operação de cross docking funcione.

De nada adianta ter um CD e um ERP se não contar com colaboradores qualificados para lidar com isso.

Então, não deixe de capacitá-los. Tanto em relação a metodologia do cross docking, quanto em relação aos sistemas que precisará operar, dentre eles, o ERP, que citamos acima.

Entenda que uma equipe preparada terá totais condições de gerir a sua operação e garantir uma comunicação eficiente e organizada entre os fornecedores, pedidos e clientes.

Além disso, será a sua equipe que garantirá toda a qualidade do processo. Então, não deixe de investir nela também.

4. Teste primeiro

Não precisa ter pressa para implementar essa estratégia na sua empresa. É possível começar pequeno, por meio de um projeto piloto com alguns fornecedores em uma operação reduzida.

Fazer esse tipo de teste é essencial, pois ninguém está inerente a falhas, que provavelmente vão acontecer. Mas é melhor falhar com pouca coisa do que com um grande volume. Então, antes de expandir ou transformar toda a sua operação logística para o cross docking, teste primeiro. Aprenda com os seus erros e aplique as melhorias necessárias.

Dessa forma, será possível entender quais são as melhores práticas da metodologia e obter experiência. Quando for o momento de crescer, o negócio estará muito mais bem estruturado.

5. Esteja pronto para atender os seus clientes

Saber atender o cliente é essencial para que nenhum problema abale o seu relacionamento com a empresa. Estamos falando de um dos principais pontos vitais de um e-commerce. O cliente desembolsa dinheiro para consumir os seus produtos, volta a comprar e indica para novos clientes.

Para garantir a segurança, é preciso que você forneça um atendimento excelente. Deixe seus clientes tranquilos em relação às dúvidas, informações e imprevistos que também podem acontecer.

Dessa forma, dificilmente ocorrerá alguma reclamação ou insatisfação de sua parte, evitando qualquer atrito ou problema de relacionamento.

6. Aplique melhorias no modelo

Entenda que o cross docking não é algo que você implementa e deixa rodando sozinho. Assim como todo modelo inovador, é algo que também precisa ser aprimorado constantemente.

É interessante agir para trazer melhorias e otimizações no processo a fim de diminuir os custos, melhorar o relacionamento com os fornecedores, agilizar a entrega e transformar a experiência do usuário em algo único.

Tendo em vista esses pilares, dificilmente a metodologia dará errado para o seu negócio e poderá ser um grande ponto forte para superar a concorrência.

Qual a diferença entre o cross docking e outras estratégias?

O cross docking não é a única estratégia de logística que pode ser adotada por um negócio que faz vendas online e precisa entregar os seus pedidos de forma ágil. Nesse sentido, destacamos também outras duas: o dropshipping e o transit point.

Preparamos um resumo rápido falando sobre a diferença delas para o cross docking. Acompanhe:

Dropshipping

O dropshipping é muito parecido com o cross docking na questão de não precisar trabalhar com estoque. Ou seja, ambos trabalham com produtos de fornecedores ou revendedores.

A grande diferença é que no dropshipping, o produto é entregue diretamente para o cliente, sem precisar passar por um centro de distribuição. Se por um lado o dropshipping pode ganhar na questão da agilidade, o cross docking é resistente a falhas. O risco de enviar um produto errado ou com defeito para o consumidor é quase nulo.

Ambos modelos podem trabalhar com uma alta variedade de produtos e também trabalhar com uma lucratividade satisfatória para o lojista.

Transit Point

O transit point é muito similar ao cross docking. A única diferença é que nesse caso não há pedidos com múltiplos fornecedores. Ou seja, quando um pedido chega até o seu centro de distribuição, já tem um destino praticamente definido.

Na prática, o pedido chega, é conferido rapidamente e já entra em trânsito para ser enviado ao cliente. Isso garante agilidade, bem como uma gestão mais simplificada da operação e consequentemente gera um custo menor.

Apesar disso, perde-se a possibilidade de ter uma boa variedade de produtos em um pedido. Visto que o transit point não atende pedidos com múltiplos fornecedores para um mesmo cliente.

Deu para perceber que o cross docking pode ser uma excelente estratégia e o que estava faltando para você conseguir entregar os seus produtos com mais agilidade e com um custo menor, não é mesmo?

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