Efeito Halo: o que é e como evitar na avaliação de desempenho

Ao analisar o sucesso ou fracasso de um projeto apenas pelos resultados, as empresas perdem oportunidades de promover melhorias e inovar. Saiba como evitar o efeito Halo!

ilustração sobre efeito halo

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Conhece o efeito Halo? O processo de tomada de decisões na gestão de projetos envolve uma série de fatores complexos. Ao longo do tempo, com muita prática, é possível avaliar riscos e fazer previsões de maneira mais precisa, obtendo resultados satisfatórios em tempo hábil.

Entretanto, com rotinas cada vez mais atribuladas e conduzidas por informações superficiais, muitos gestores caem num movimento reverso, inferindo processos e qualificações pela observação de uma ou poucas características

Esse fenômeno, conhecido como efeito Halo, é um dos equívocos mais cometidos no mundo dos negócios, afastando gestores e colaboradores de diagnósticos claros sobre seus cenários de atuação. Para entender que fatores levam a esse efeito, quais são seus impactos sobre os negócios e como evitá-lo, acompanhe nosso artigo.

O que é efeito Halo?

Conhecer e antecipar os problemas na avaliação de desempenho da empresa é uma tarefa desafiadora para diversos gestores. Contudo, não dá para evitar: é a capacidade de diagnosticar gargalos e oportunidades de melhorias que faz com que empresas inovem, conduzam um bom planejamento estratégico e se destaquem no mercado.

O problema é que, por uma série de fatores, gestores e funcionários ainda se limitam a analisar resultados, sem qualquer análise sobre os fatores que levaram até eles. E é nessas situações que ocorre o chamado efeito Halo.

O termo “efeito Halo” foi cunhado pelo psicólogo americano Edward Thorndike para descrever o potencial que o cérebro humano tem de analisar, julgar, concluir e definir uma pessoa a partir de uma única característica.

Assim, nós expandimos nossa avaliação de um aspecto específico, inferindo outros que não têm qualquer relação com o primeiro. A partir de um elemento, como forma de se vestir ou de falar ou aparência, o cérebro determina um estereótipo.

Quem inventou o conceito de efeito Halo?

A teoria foi formulada por Thorndike durante a Primeira Guerra Mundial, quando ele aproveitou para analisar os critérios utilizados pelos comandantes na avaliação dos soldados que estavam sob sua tutela. A partir desses estudos, o psicólogo notou uma grande correlação entre os que eram entendidos como mais bonitos e os que também eram vistos como mais habilidosos.

Recentemente, uma pesquisa veiculada na Journal of Applied Psychology comprovou que uma aparência física atraente não só beneficia a autoconfiança de uma pessoa como também o salário que ela recebe e seu bem-estar. 

No entanto, por mais impreciso que pareça, esse tipo de julgamento ainda é recorrente nos ambientes organizacionais e agências. Nos processos de seleção, por exemplo, os recrutadores analisam o candidato pelo aspecto que mais chamou sua atenção. Caso o efeito seja positivo, o candidato é favorecido na seleção. Se não, as qualificações do candidato sequer são analisadas. 

Outra típica manifestação do efeito Halo é quando um acontecimento pontual afeta o julgamento de todo o processo. Por exemplo: imagine que, em uma agência, uma equipe trabalhou de maneira produtiva por um determinado período.

Porém, no último dia, devido a uma única reclamação de um cliente, a equipe entrou em um súbito estado de estresse. Então, todos os funcionários passam a ver o período como improdutivo ou ruim, sendo que a equipe recebeu apenas uma objeção.

Como o efeito Halo impacta na avaliação de colaboradores?

Um dos impactos mais negativos do efeito Halo ocorre no setor de RH, quando um colaborador é avaliado de maneira superficial devido a julgamentos que contaminam o resultado. Isso reduz oportunidades em sua empresa, pois os colaboradores têm menos chances de provar suas habilidades, e aumenta o nível de insatisfação entre as equipes. O ambiente de trabalho, aos poucos, perde em produtividade.

Com processos analisados de maneira superficial, os colaboradores também deixam de ter a oportunidade de melhorar a autoconfiança e o desempenho em áreas nas quais eles precisam de mais atenção. A empresa igualmente perde, na medida em que se priva de extrair o máximo potencial de seus colaboradores. Na prática, isso significa perdas financeiras, pois ela deixa de oferecer chances para pessoas que poderiam desempenhar bem uma função.

Os gestores também sofrem com os impactos negativos do efeito Halo. Afinal, os funcionários se sentem subjulgados quando analisados apenas por resultados ou por algumas características, o que faz com que eles se tornem menos cooperativos. O gestor passa a ser visto como uma figura a ser temida, o que dificulta um real trabalho de liderança. Como consequência, seus projetos passam a sofrer mais objeções e a ter resultados cada vez mais insatisfatórios.

Como evitar esse problema?

O efeito Halo é bastante frequente no ambiente organizacional, mas isso não significa que ele não possa ser evitado. Confira nossas dicas a seguir!

Analise todas as variáveis dos processos

Para evitar desentendimentos e julgamentos precipitados, é preciso parar de avaliar sucesso e fracasso pelo resultado. Ao invés disso, o gestor deve verificar todas as variáveis do processo, entendendo erros e acertos, qualificações e pontos de melhoria. Um software de gestão pode colaborar muito nesse sentido.

Com um olhar menos enviesado, é possível identificar hábitos de sucesso e aspectos a serem aprimorados — o que, aos poucos, conduz seu time a melhorias.

Conte com bons gestores

Um dos principais causadores do efeito Halo nas empresas e agências de comunicação é a designação de profissionais altamente especializados em certas áreas para os cargos de gestão, sendo que o gerenciamento de projetos em si é deixado de lado. Mais do que ser um especialista, o gestor de projetos precisa saber aplicar seus conhecimentos, técnicas, ferramentas e habilidades para executar projetos de maneira eficaz e elaborar bons relatórios de gestão

Ou seja, ao designar um gestor para o projeto, dê preferência a um profissional que não só conheça as etapas do processo, como também saiba se colocar no lugar de quem o executa. Ele pode se apoiar em sistemas de metas e KPIs para melhorar suas avaliações. Com mais empatia e dados, as análises se tornam mais completas.

Dê espaço de fala aos seus colaboradores

Seja por meio de uma cultura organizacional mais horizontal ou do fomento ao diálogo entre gestores e colaboradores, é importante que sua empresa dê espaço de fala aos funcionários. Com isso, eles vão se sentir mais à vontade para oferecer feedbacks e seus pontos de vista sobre os projetos. Assim, os gestores têm mais informações para avaliar os processos sem cair em julgamentos precipitados. 

Conscientize suas equipes sobre a imagem corporativa

O efeito Halo ocorre, muitas vezes, com prejulgamentos em torno da imagem de uma pessoa. Embora isso seja bastante equivocado, é importante que todos os colaboradores saibam identificar quais são os valores da empresa em que atuam e como se portar diante deles. 

Mesmo que a agência ou empresa tenha um perfil mais descolado, é relevante que os funcionários entendam até onde podem ir para não serem mal-interpretados. Por isso, cada vez mais empresas têm contado com o apoio de consultores de imagem corporativa.  

O efeito Halo é típico de culturas que tendem a avaliar sucesso e fracasso apenas pelos resultados, sem considerar as variáveis ou os ganhos e perdas do processo. A empresa pode perder, e muito, por conduzir seus processos de tomada de decisão e avaliação de desempenho dessa forma. Por isso, sistemas de ERP, softwares de gestão e, principalmente, a atuação de gestores com ótimas habilidades de análise são tão importantes para os resultados do negócio.

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