Vida de coworking: perrengues e maravilhas de ser freelancer

Coluna Freela - Natália Fernandes

Ter me tornado freelancer em tempo integral foi uma das melhores coisas que me aconteceram nos últimos anos. Sou uma pessoa que tem uma certa dificuldade em manter uma rotina por conta própria, e essa vida de coworking tem me mostrado que dá pra ser feliz e produtiva sem manter as coisas sempre do mesmo jeito.

No post de hoje eu vou contar um pouco sobre as situações com as quais eu tenho deparado desde que comecei a frequentar os espaços de trabalho compartilhado. Escolhi as mais divertidas para alegrar seu dia e mostrar que, mesmo nos perrengues, a gente está sempre aprendendo algo novo. Boa leitura!

Como me tornei semi-nômade

Antes de começar a contar as histórias, vou explicar como eu fui parar nessa vida de coworking que levo atualmente. 

Estava em busca de eventos relacionados a marketing, tecnologia e redação web, e eis que me deparo com um meetup que seria apresentado pelo Arthur Guedes (esse mesmo, que conhecemos de outros carnavais) e pelo Renato Ribeiro. O assunto era gestão de conteúdo, então meu interesse foi dobrado.

Fui ao evento, que aconteceu no Wework da Savassi, e procurei interagir bastante com todos. Conversei com os dois palestrantes e, ao final, peguei uma carona com o Renato até o centro. Conversamos bastante e no final surgiu o convite para integrar o time de redatores do BeerOrCoffee, uma plataforma que une coworkings a empresas e profissionais. Topei na mesma hora!

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Desde então, tenho frequentado as unidades da rede cerca de 3 vezes por semana. Cada dia um diferente, apesar de já ter elegido os preferidos.

Situações inusitadas da vida de coworking

Sem mais delongas, vamos aos causos que considero os mais inusitados até aqui na minha rotina de coworking.

A dancinha da vitória

Vou começar com o dia em que eu fui conhecer um coworking que eu já tinha ouvido falar bastante. Cheguei, fui muito bem recebida, e me sentei em um lugar próximo à janela. Ao meu lado, se sentou uma mulher e, na frente dela um homem, gringo. Logo notei que eles eram colegas de trabalho, pois trocavam informações o tempo todo. 

Em um determinado momento do dia, o gringo levantou da cadeira e começou a fazer uma dancinha muito engraçada. Fiquei olhando aquela cena, com a certeza de que aquilo daria um belo de um meme. Aparentemente, ele havia fechado uma venda, a mulher o cumprimentou e ele saiu todo feliz para contar a novidade a outras pessoas ali dentro.

Nunca esquecerei essa dancinha da vitória!

Nunca se sabe quando vai acontecer um pitch

Em um outro coworking, no mesmo prédio onde funciona a Rock Content, era meio da tarde e eu estava concentrada em um texto. Eu uso o timer de um app de meditação, que emite sinos a cada 5 minutos e fica um som de fundo enquanto está ativo. Isso me ajuda a controlar o tempo em que estou focada em cada tarefa e a não me distrair por qualquer coisa que aconteça no ambiente. Mas não era qualquer coisa.

De repente, percebi que havia um grupo de pessoas aglomeradas ao meu lado e um homem falando e gesticulando para essas pessoas. Era o gestor do local, apresentando a estrutura para uma empresa que avaliava a possibilidade de migrar para lá. 

Sem aviso prévio, ele chamou um profissional que estava sentado há umas duas mesas da minha, apresentou ele ao grupo e disse: “essa é a sua chance! Você tem 2 minutos para fazer um pitch para esse grupo. Venda seu negócio!”

Neste exato momento eu simplesmente parei o cronômetro, tirei os fones dos ouvidos e prestei atenção a esse profissional. Sem pestanejar, ele explicou que fazia, respondeu perguntas e ainda pegou alguns contatos.

Quando crescer, quero ter a segurança desse cara!

Fila para conseguir talher

Uma das coisas que tenho aprendido nessa rotina de não ter rotina, é que tempo é dinheiro e quanto melhor ele for otimizado mais rápido eu ficarei “ryca!”. Nesse dia, eu estava indo para o mesmo coworking e vi uma saladeria. Aproveitei que estava na hora do almoço e pedi uma salada para viagem. 

Chegando no escritório, coloquei minhas coisas na mesa e fui ao refeitório com minha salada. Estava lotado. Todas as cadeiras estavam ocupadas e ainda tinham duas pessoas na fila do microondas. Pensei comigo mesma “vou começar a comer em pé mesmo no balcão, quando vagar uma cadeira eu me sento”.

Abro a sacola e cadê os talheres descartáveis? Esqueceram de colocar. Fui até o porta talher e não tinha nada, abri gavetas e nada. Todos estavam em uso! Eu fiquei mais de meia hora esperando vagar talheres para poder almoçar. 

Aprendi que tenho que acrescentar talheres ao meu kit básico.

Quem tem pernas curtas vai entender esse episódio

Digamos que minha estatura está um pouco abaixo da média brasileira e boa parte disso devido às minhas pernas, que são um pouco curtas. Normalmente, isso é algo que não faz muita diferença em minha vida, até aquele dia.

Fui a um coworking diferente, próximo ao local de um evento que eu iria naquele mesmo dia. Apesar de pequeno, era um lugar bacana e fui bem recebida. Me sentei e, em poucos minutos, já estava incomodada. Se eu abaixava a cadeira, a mesa ficava alta e se eu subisse meus pés ficavam no ar e desconfortáveis. Cheguei a pensar em mudar de coworking, mas descobri que só posso reservar um por dia.

Fui até a recepção e perguntei se eles não tinham um apoio para os pés, a atendente disse que não, mas procurou por todo o lugar até encontrar uma caixa que serviu de apoio. Depois disso, a minha produtividade até aumentou e eu fiquei feliz em ter tido toda essa atenção.

Mesmo assim, um apoio portátil para os pés pode acabar entrando para o kit.

A penetra do evento

Essa é uma das histórias mais recentes. Eu marquei um cinema com um amigo no Boulevard Shopping e fui trabalhar na unidade do Wework que funciona lá. O cinema mesmo acabou nem rolando, mas fiquei até tarde trabalhando. A foto abaixo é justamente desse dia.

Estava tão concentrada na tarefa que estava fazendo que não percebi o cenário mudando. Onde estavam as mesas de trabalho, de repente estavam cadeiras dispostas em fileiras. As pessoas que estavam ali até alguns minutos haviam sumido e um grupo grande de novas pessoas chegou de uma única vez. Ia rolar um evento.

Já estava por ali, resolvi esperar para saber sobre o que seria e se valeria a pena ficar de penetra. Era o Startup Weekend Women. Não pensei duas vezes, juntei minhas coisinhas e fiquei lá no cantinho como se tivesse ido para o evento desde sempre.

Não satisfeita, rolou uma rodada de pitchs, no qual as pessoas poderiam lançar suas ideias e a galera votaria em quais seriam desenvolvidas ao longo do fim de semana. Lá vou eu para fila. Peguei no microfone, me identifiquei como penetra e lancei minha ideia. Infelizmente ela não foi uma das escolhidas, mas foi uma noite de muito aprendizado.

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Delícias da vida de freelancer

Apesar de passar por alguns perrengues e ter essa questão da falta de rotina, a vida de freelancer proporciona muitas coisas boas. A primeira coisa que o contato com os coworkings me ensinou é que não podemos nos restringir ao nosso quadrado. A vida está acontecendo lá fora e a gente precisa fazer parte dela.

Outra questão importante é que as oportunidades estão em todos os lugares, basta você se abrir para elas. Fiz novas amizades, consegui mais clientes e sinto que tenho evoluído bastante desde que tomei a decisão de mudar e deixar a estagnação.

Espero que essas histórias tenham divertido você e o inspirado a viver experiências como essas. A vida de coworking é dinâmica e positiva, sempre trazendo novidades e surpresas. Amplie seus horizontes e explore o mundo que acontece do lado de fora do seu quadrado.

E você, que é freelancer, o que tem para nos contar? Faça como eu, ajude a inspirar nossa rede de talentos e conte suas vivências numa próxima Coluna Freela!

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