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A Ética na Inteligência Artificial: tudo o que você precisa saber

Explorando a ética na Inteligência Artificial, este artigo aborda como a tecnologia pode ser usada de forma responsável para garantir transparência, consentimento no uso de dados e evitar vieses. Entenda a importância da ética na IA para empresas e sociedade, e comece a refletir sobre seu uso consciente.

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O uso de IA em ferramentas para o público geral tem aumentado a discussão sobre a ética na Inteligência Artificial e suas consequências, tanto para o mercado quanto para a sociedade.

Esta é uma discussão crucial para o futuro, já que estamos no limiar da pulverização de soluções automatizadas para os mais diversos usos pessoais e comerciais.

Se você quer entender mais sobre Inteligência Artificial e ética e refletir sobre como usar a tecnologia sem medo, este artigo é o lugar perfeito para começar. Confira.


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    O que é ética?

    Antes de entrarmos no assunto principal desta conversa, precisamos entender o centro da questão, ou seja, o que é a ética que devemos aplicar não apenas às IAs, mas à missão institucional de um negócio.

    Ética é um dos conceitos sociais mais antigos do mundo. Originado do grego “ethos”, diz sobre um conjunto de regras e valores morais que definem um indivíduo em relação a um grupo. É uma área da filosofia que investiga os fundamentos do que é moralmente bom ou mau, justo ou injusto. Ela se preocupa com as normas, valores e princípios que orientam o comportamento humano na sociedade.

    Claro, esse conceito é muito complexo, abordado por diferentes autores ao longo da História. Separamos aqui três definições de ética, de diferentes épocas e perspectivas, para te dar um norte sobre o assunto. Porém, recomendamos muito a leitura das obras completas mencionadas.

    Aristóteles (384–322 a.C.) – Ética Antiga

    Aristóteles é frequentemente considerado o pai da ética ocidental, particularmente por seu trabalho na “Ética a Nicômaco”.

    Ele define a ética como a ciência prática do bem humano, que busca o “sumo bem” ou o “bem supremo”, que ele identifica como a eudaimonia (traduzida frequentemente como ‘felicidade’ ou ‘florir humano’). Segundo Aristóteles, a ética é o estudo de como os seres humanos devem viver e agir para atingir uma vida virtuosa, marcada pelo equilíbrio e moderação.


    Immanuel Kant (1724–1804) – Ética Moderna

    Kant desenvolveu uma das teorias éticas mais influentes baseadas no dever, conhecida como deontologia. Para Kant, a ética não está focada nas consequências das ações, mas sim na intenção e na moralidade das ações em si.

    Ele propôs o “Imperativo Categórico”, que inclui a ideia de que devemos agir de maneira que possamos desejar que nossos princípios se tornem uma lei universal. Para Kant, uma ação é moralmente correta se suas máximas puderem ser universalizadas sem contradição.


    John Rawls (1921–2002) – Ética Contemporânea

    Rawls é conhecido por sua teoria da justiça como equidade, que ele apresenta em sua obra “Uma Teoria da Justiça” (1971). Ele propõe princípios de justiça destinados a garantir uma estrutura social justa e equitativa.

    A ética de Rawls enfoca a maneira como as instituições distribuem direitos e deveres e regulam a divisão de benefícios sociais e econômicos. Ele introduziu a ideia do “véu da ignorância” como uma ferramenta para determinar os princípios de justiça de uma sociedade ideal, sugerindo que os princípios éticos devem ser escolhidos sem saber a posição que se ocupará na sociedade.

    Nessas definições, podemos entender como a ética é um propósito acima de leis e convenções, sendo um sentimento de responsabilidade de uma pessoa ou instituição em relação ao mundo. Uma linha delicada quando o assunto é Inteligência Artificial.

    O que é ética na Inteligência Artificial?

    Desde que existe a ficção científica, muito antes de ser possível criar algo do tipo, a ética no uso de Inteligências Artificiais já era ponto comum de discussão. Filmes como Metrópolis, de 1927, flertavam com o conceito moral de interação entre sistemas autônomos e seres humanos.

    Porém, a versão da fantasia talvez não previsse seu uso real dos últimos anos. Em vez de robôs, assistentes virtuais. Em vez de ajuda com tarefas domésticas, apoio para tomadas de decisões estratégicas em empresas.

    A ética na Inteligência Artificial tem sua discussão atual focada em 3 preceitos:

    • transparência e consentimento no uso dos dados que alimentam as IAs;
    • transparência e visibilidade na jornada e na forma como a IA chega em resultados úteis de negócio;
    • a neutralidade no uso de informações que não gere resultados enviesados.

    Resumindo, a ética no uso da Inteligência Artificial é um esforço que acompanha concepção, estruturação e execução da ferramenta para evitar que o seu poder mal utilizado corrompa seu propósito.

    Além dos desafios éticos já mencionados, Thiago Castriotto, SEO e Content Marketing Manager na Cogna Educação, ressalta outros aspectos cruciais relacionados à aplicação ética da Inteligência Artificial. Ele afirma:

    “Na minha opinião, o ponto mais crítico é a veracidade da informação. Toda pessoa que usa AI deve ter em mente que as respostas trazidas podem estar desatualizadas. Por isso, revisar é fundamental. Um segundo ponto importante é entender que nenhuma ferramenta substitui o elemento criativo de um ser humano.”

    Essas observações complementam o debate sobre a ética na Inteligência Artificial, enfatizando a necessidade de vigilância constante sobre a atualidade e precisão das informações geradas pelas IAs e reafirmando o valor insubstituível da criatividade humana no uso de tecnologias avançadas.

    O que é o uso da IA sem ética e que problemas isso pode causar?

    A melhor forma de entender o que é ética na Inteligência Artificial é analisar as consequências negativas causadas quando esses valores são quebrados.

    O exemplo que colocou um holofote sobre essa discussão não tem diretamente a ver com seu uso empresarial, mas o potencial de ser utilizado de maneira pouco ética no futuro pelas empresas.

    São as ferramentas de geração de imagens e texto que ganharam tanta atenção de um ano para cá. Soluções capazes de criar conteúdo automaticamente, alimentadas apenas com uma solicitação guia (prompt).

    Algo que pareceu fantástico a princípio logo levantou discussões éticas. No ponto atual das IAs, seu processo de criação envolve a utilização de dados disponíveis na internet. Mas seus autores deram o consentimento para esse uso específico de suas obras?

    Este é um conflito mais aparente, já que é possível inferir a origem de autoria em textos e imagens geradas. Mas existem outros problemas relacionados à falta de ética nas IAs que podem trazer consequências profundas para o mercado:

    • A quebra de privacidade no uso de informações confidenciais sem conhecimento dos gestores da IA;
    • Substituição de posições de trabalho por IA em detrimento da qualidade estratégica de profissionais capacitados;
    • Viés de algoritmos que, de maneira direta ou indireta, exercem discriminação na análise de dados (como em reconhecimento facial);
    • O efeito de “caixa preta”, quando um resultado nocivo de processamento da IA é apresentado, mas é impossível analisar as fontes e conexões feitas para chegar até aquele ponto.

    Grande parte dessas discussões têm a ver com a autonomia cada vez maior de Inteligências Artificiais. Por mais que sejam capazes, esses algoritmos ainda partem da ação humana e analisam dados e conteúdo oriundos de seres humanos.

    Isso não quer dizer que devamos frear o desenvolvimento das IAs. Pelo contrário, são tecnologias que estão transformando o mercado. Mas é preciso entender essas implicações para aproveitar o máximo de uma ferramenta excepcional sem quebrar a relação de confiança entre um negócio e a sociedade em que este está inserido.

    Por que é importante entender sobre ética na Inteligência Artificial?

    Agora que analisamos a relação entre Inteligência Artificial e ética, temos um ponto de partida para seu uso objetivo e responsável dentro de empresas.

    Esta é uma reflexão importante, já que vemos exemplos frequentes de negócios que extrapolam limites éticos para ganhos de mercado. Na maioria das vezes, são vantagens de curto prazo, que geram prejuízos ainda maiores depois de um tempo.

    Afinal, o uso antiético da tecnologia nunca persiste. Hoje, existem leis como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) que protegem a privacidade dos dados digitais de cidadãos brasileiros, exigindo um rigor ainda maior na forma como uma empresa coleta, armazena e utiliza a informação que alimenta as IAs. Sobre ela, Thiago traz uma observação importante:

    A LGPD sempre deve ser tratada como prioridade, assim como a segurança de dados como um todo em uma empresa. Para isso ser respeitado, é essencial seguir o guidance de segurança estabelecido pelas áreas relacionadas. Em caso de dúvidas, é sempre importante perguntar ao setor responsável antes de tomar qualquer ação”.

    A preocupação com o uso ético de Inteligências Artificiais foi impulsionada recentemente pelas novas ferramentas disponíveis para uso do público final. E quando os consumidores entendem o poder e as implicações dessa tecnologia quando manipulada com irresponsabilidade, exigem ainda mais cuidado das marcas que consomem.

    Qual é o impacto da ética na IA dentro das empresas?

    Embora tenhamos falado bastante sobre consequências negativas do uso indiscriminado de IA, este não é um artigo para desencorajar seus investimentos em tecnologia. Nosso objetivo é o contrário!

    A Inteligência Artificial implementada em empresas está levando a transformação digital a um novo nível: além de proporcionar negócios mais flexíveis e eficientes, a IA dá a qualquer empreendedor, mesmo nas PMEs, acesso a análise de dados que seria impensável para as maiores empresas do mundo 40 anos atrás.

    E se todos têm acesso, evitar o uso de IAs pode até inviabilizar um negócio no futuro. Você deve sim investir, mas essa urgência não deve ser desculpa para que a ferramenta seja implementada sem cuidado.

    A ética na IA deve se tornar um processo permanente dentro da empresa, que cuide tanto dos dados que estão alimentando o algoritmo como as conexões sendo feitas para evitar distorções e vieses prejudiciais para a sociedade.

    Quem ignora essa responsabilidade pode até obter vantagem hoje, mas será um sucesso artificial e breve. Com a continuação das discussões sobre o tema e a familiarização do público final com a tecnologia, a ética na Inteligência Artificial será mais um fator a determinar a imagem da sua marca perante o mercado.

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