A tecnologia avança conforme a necessidade dos usuários, assim como a aplicação dessas inovações. A Inteligência Artificial é usada de várias formas para a promoção da Transformação Digital na indústria, nas empresas e até na própria Internet, em sites e mecanismos de pesquisa.
O Bing anunciou a incorporação de recursos de Inteligência Artificial em sua arquitetura para aumentar a capacidade de resposta e garantir conformidade com a demanda crescente de melhores experiências de navegação em suas páginas.
Com a aplicação dessa tecnologia, os mecanismos de pesquisa do Bing são capazes de compreender o conteúdo e como ele se relaciona com a consulta de um usuário, para sugerir um volume maior e aumentar a precisão dos resultados.
Dessa forma, usuários do Bing terão sugestões automáticas mais precisas, recomendações adicionais na seção “as pessoas também perguntam” — People Also Ask (PAA) —, com base nos resultados obtidos por outros usuários, maior abrangência de respostas e destaque semântico em snippets de pesquisa.
Tudo isso foi possível com a aplicação do Next Phase Prediction do Microsoft Turing Natural Language Generation (T-NLG), capaz de sugerir frases completas, em tempo real e além do histórico de pesquisa dos usuários.
Como parte da iniciativa Microsoft’s AI at Scale, baseada na construção de modelos de deep learning — o aprendizado de máquina profundo e intimamente ligado à IA —, o Bing também será capaz de incrementar a sua performance a cada nova pesquisa. Anteriormente, as sugestões automáticas eram restritas ao histórico de consultas dos usuários e à palavra atual digitada.
Outros recursos de IA também foram lançados. Por meio do modelo Turing Universal Language Representation (T-ULR), o Bing também expandiu suas respostas inteligentes para mais de 100 idiomas e aumentou a abrangência do processo para mais de 200 regiões em que a ferramenta está disponível — anteriormente, as respostas inteligentes do Bing estavam disponíveis apenas em 13 mercados.
As respostas inteligentes da ferramenta da Microsoft são respaldadas por várias fontes confiáveis, diferentemente do que acontece com o Google, que advém de uma única fonte.
O destaque semântico, que apresenta informações relevantes de meta descrições em negrito, agora também destaca as respostas em todos os idiomas — antes esse recurso era altamente dependente da correspondência de palavras-chave em uma consulta de pesquisa, o que limitava os resultados quando a consulta era executada na forma de uma pergunta.
Saiba sobre o possível ataque que o Bing sofreu nesta semana
Apesar de todas essas inovações, na semana passada, o Bing pode ter sofrido um ataque em seu servidor. Assim como qualquer outra infraestrutura de TI sujeita a vulnerabilidades e ameaças cada vez mais disruptivas, as grandes empresas também podem ser vítimas dos cibercriminosos.
Um servidor do Bing com 6,5 TB de dados de pesquisa de dispositivos móveis realizadas por usuários em mais de 70 países ficou desprotegido e exposto à ação de hackers, que podem ter tido acesso a milhões de informações, segundo o site de segurança online WizCase.
Para confirmar as descobertas da equipe, Ata Hakcil, um hacker white hat, baixou o aplicativo móvel do Bing e fez uma busca por “Wizcase”. Ele examinou os dados armazenados no servidor não seguro para descobrir se suas informações foram salvas e com isso conseguiu provar a vulnerabilidade da ferramenta.
O vazamento de dados já foi relatado para o Microsoft Security Response Center (MSRC), que acredita que a ferramenta de pesquisa tenha sido alvo de um ataque Meow. Apesar do risco de exposição de dados dos usuários a ataques de phishing e outras ameaças, o servidor já está novamente protegido.
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