Crescimento do e-commerce no Brasil é oportunidade para indústrias e grandes empresas

Lojas virtuais são uma maneira de grandes empresas e indústrias aproximarem o contato com o consumidor final

Atualizado em: 09/06/2022
Crescimento do e-commerce no Brasil

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Ano após ano, novos recordes são batidos quando o assunto é vendas online. Tanto o mercado B2B quanto o B2C têm apresentado excelentes resultados com suas estratégias digitais, principalmente as empresas que adotaram uma solução de comércio eletrônico para oferecer seus produtos e serviços.

Essa é uma oportunidade que não apenas os pequenos negócios podem aproveitar: indústrias e grandes empresas também devem apostar no crescimento do e-commerce como alternativa para diversificar seus canais de vendas e se aproximar cada vez mais dos seus clientes e potenciais compradores.

Números comprovam o crescimento do e-commerce no Brasil

Os números referentes à compra e venda online no Brasil são impressionantes: segundo a pesquisa Webshoppers 40, realizada pela Ebit e pela Nielsen, o país já é o maior da América Latina em faturamento quando tratamos de vendas B2C e em Marketplaces — apenas em 2018, o valor em transações chegou a R$ 133 bilhões.

Quando se trata de vendas B2B, em 2018 o faturamento foi de R$ 2,04 trilhões e as expectativas são altas para o fechamento de 2019. O relatório Business-to-Business Online (B2BOL), elaborado pela E-Consulting, estima que o número chegará próximo aos R$ 2,39 trilhões. Ainda segundo a pesquisa, os segmentos B2B que mais terão destaque no comércio virtual são:

  • commodities agrícolas e minerais;
  • indústria de base e de capitais;
  • governo e agências públicas; 
  • bens de consumo e varejo;
  • telecomunicações;
  • TI e Internet;
  • entretenimento e mídia.

Mesmo com empresas e pessoas físicas procurando gastar com mais cautela, principalmente por causa do contexto econômico no país, o cenário é de otimismo para as vendas online. Isso porque os clientes estão cada vez mais atraídos pela possibilidade de fazer compras sem precisar se deslocar, utilizando apenas um smartphone, tablet ou notebook.

Também é possível notar que muitos negócios já entenderam a importância de investir no comércio virtual para atender a essa demanda. Enquanto em 2017 a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) afirmava que existiam 71 mil lojas virtuais no Brasil, um levantamento do PayPal registrou que existem 930 mil e-commerces no Brasil, com os mais diversos perfis: é possível encontrar desde artigos de luxo até bens não-duráveis, tudo a poucos cliques e com diferentes formas de pagamento disponíveis.

O relatório do PayPal também reforça esse aumento: a quantidade de e-commerces no Brasil representava 2,65% de todos os sites da internet brasileira em 2015 e, em 2019, esse número já chega a 7,04%. Todos esses dados comprovam que o crescimento desta modalidade de vendas é real — e ainda há muito espaço para expansão.

Indústrias e grandes empresas ainda encontram desafios

Algumas das dificuldades encontradas para a administração de um e-commerce serão comuns a negócios de todos os portes e setores, como contar com estoques disponíveis para atender às demandas dos clientes, bem como fazer descrições adequadas de produtos e serviços para evitar equívocos na compra e venda.

Porém, algumas especificidades serão encontradas por gestores de indústrias e grandes empresas. Vale destacar que todas elas devem ser consideradas como um desafio, mas não como uma barreira. Afinal, é possível realizar um planejamento estratégico para conseguir atender com sucesso os clientes.

Logística e distribuição

Quando a empresa opta por contar com uma loja virtual própria, grandes etapas como a de distribuição e varejo se tornam responsabilidades ainda maiores. É importante pensar que as vendas serão realizadas para as mais diversas partes do Brasil, o que também demanda uma estrutura mais preparada para atender seus clientes. Além disso, a venda é feita diretamente com o consumidor final, o que exige uma administração ainda mais cautelosa desde a entrega até o pós-venda.

Tomada de decisão

Na Internet, as lojas virtuais não fecham para balanço, nem mesmo contam com vendas apenas em horário comercial. Por isso, qualquer decisão que esteja relacionada aos seus produtos, preços e outros detalhes da comercialização precisam ser tomadas com muito mais agilidade e precisão.

Segurança online

Apesar de ser uma preocupação para a maior parte dos negócios, as indústrias e grandes empresas precisam ter atenção redobrada quando o tema é segurança na Internet. Vazamentos de dados e fraudes são uma prática recorrente no Brasil e é preciso proteger tanto os clientes quanto as organizações, já que essa questão envolve inclusive a reputação da empresa.

Forma de atuação

É necessário refletir sobre a como a empresa se posicionará nas vendas, principalmente no caso de mudanças no escopo, saindo de um modelo totalmente B2B para um B2C, por exemplo. Afinal, outros tipos de regras e impostos poderão ser aplicados, bem como toda a equipe interna precisa ser preparada para uma atuação diferente no atendimento aos clientes.

Conquista de público

Mesmo as empresas que já contam com uma boa reputação no mercado offline precisam se adaptar para conquistar o público na Internet. Isso porque as estratégias para esses grupos precisam ser trabalhadas de uma forma diferenciada, o que exige um novo investimento em comunicação e criatividade para atrair e proporcionar experiências de compra que encantem.

Há alternativas caso os produtos já estejam em outras lojas virtuais

Mesmo que o negócio em que atua tenha se antecipado a essa tendência, sempre é possível realizar melhorias para alavancar as vendas e aumentar os lucros. Algumas boas práticas devem ser levadas em consideração por indústrias e grandes empresas para conquistar bons números.

Conhecer as plataformas

Um passo muito importante para quem já está no e-commerce é conhecer bem a plataforma em que atuará, principalmente quando se trata de um Marketplace. Os interesses da empresa e os produtos que ela ofertam precisam estar alinhados à proposta da loja virtual — caso contrário, dificilmente serão geradas oportunidades de vendas.

Buscar a diversificação

Em lojas virtuais que não são da própria marca, é comum que o produto ou serviço de uma determinada empresa esteja concorrendo diretamente, em uma mesma página, com o oferecido pela concorrência. Nesses casos, é importante diversificar e oferecer melhores fotos e descrições, personalizar seu produto e buscar por maneiras de ganhar mais destaque na página.

Comunicar melhor

Com clientes cada vez mais exigentes, uma comunicação que surpreenda e torne a experiência do consumidor ainda mais relevante leva qualquer organização a ganhar mais destaque e, principalmente, a fidelidade dos compradores. Todas as mensagens devem ser enviadas de forma clara e simples e o atendimento deve ser ativo, não reativo.

Acompanhar as métricas

A importância da utilização de dados pelas empresas já não é mais nenhuma novidade e, para os negócios que desejam crescer digitalmente, eles são primordiais. Definir indicadores de desempenho e acompanhar todas as métricas dão uma melhor visão das vendas e permitem tomar decisões de forma mais precisa, com o imediatismo necessário.

Benefícios para o consumidor

Quem faz suas compras pelas Internet, os e-consumidores, são os que mais ganham vantagens com esse modelo. A praticidade, que é proporcionada desde o momento em que o possível comprador faz a pesquisa pelo melhor custo-benefício até o recebimento do produto ou serviço, é um dos pontos de destaque. Porém, ainda há muitos outros benefícios.

Possibilidade de troca

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, quem realiza uma compra pela Internet tem o direito ao arrependimento em até 7 dias. Isso é proporcionado devido à impossibilidade de tocar ou experimentar o que foi adquirido e, quando há insatisfação, o consumidor pode receber o valor integral da compra, desde que a reclamação seja feita dentro do prazo estabelecido.

Diferentes formas de pagamento

As plataformas online contam com mecanismos de pagamento com variadas possibilidades, o que nem sempre é disponibilizado em lojas físicas. O comprador pode escolher a melhor forma de pagar suas compras, sendo as mais comuns os cartões de crédito e débito, depósito bancário, débito em conta e boleto.

Promoções e descontos

Com tanta concorrência na Internet, seja de produtos, seja de preços, os consumidores têm mais liberdade para escolher uma empresa que ofereça o melhor custo-benefício. Apenas alguns cliques são suficientes para que eles possam comparar condições, diferentemente do que acontece com lojas físicas.

Por isso, é muito comum que as empresas ofereçam excelentes oportunidades para os consumidores. Promoções e descontos são frequentes na web, não sendo realizadas apenas de maneira sazonal. Um exemplo são as companhias aéreas, que costumam fazer promoções durante a madrugada para vender passagens.

Mais tranquilidade

Estacionamentos lotados, vendedores ocupados, outros consumidores impacientes: esse cenário muito comum às lojas físicas está bem distante da realidade dos e-commerces. As filas virtuais até podem existir, mas o consumidor não se cansa por ter que ficar em pé e pode utilizar o tempo gasto para fazer outras atividades de rotina.

O crescimento do e-commerce é visível e importante: quanto mais mudam-se os hábitos de compra, mais essas lojas virtuais começam a ser exigidas pelos clientes. Cabe às empresas, independentemente do porte, procurar as melhores plataformas para oferecer um serviço de qualidade a seu público.

Construir uma loja virtual é uma grande oportunidade, mas uma outra tendência também pode fazer a diferença nas suas vendas, principalmente na Black Friday 2019: o omnichannel. Confira como utilizá-lo de forma estratégica para lucrar mais nesse período.

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