A cultura de uma companhia pode ajudar empresas a contratar mais mulheres

Quando as companhias têm uma cultura inclusiva, há mais inserção das mulheres no quadro de colaboradores

Cultura inclusiva nas empresas

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O Credit Suisse lançou o relatório Gender 3000 em que apresentou, dentre tantas informações, uma relação entre o aumento de mulheres em funções de tomada de decisão e a melhora do desempenho das empresas no mercado de ações.

Os pesquisadores que atuam no CSRI (Credit Suisse Research Institute), avaliaram dados de aproximadamente 3.000 empresas, em 56 países, no período de 2012 a 2019. O propósito dessa análise foi avaliar em longo prazo como a diversidade de gênero poderia influenciar diretamente na performance e nos resultados conquistados por essas corporações.

As empresas com mais de 20% de gerência feminina acabaram tendo ações com resultados com5% a mais de performance do que as empresas que possuíam 15% de mulheres na gerência. Mas será que todo o mercado está preparado para essa mudança?

A cultura da sua empresa inclui mulheres?

Com a revolução das mulheres no mercado de trabalho, não temos dúvidas: a maioria das empresas tem mulheres ocupando algum cargo no dia a dia, sejam essas empresas de pequeno, médio ou grande porte, nos mais diversos segmentos.

No entanto, é preciso se questionar se, além da contratação de mulheres, as companhias estão realmente preparadas para receber essas novas colaboradoras. Afinal, a cultura da empresa e a estrutura física podem impactar diretamente na contratação e permanência de pessoas do gênero feminino nas equipes.

Embora hoje seja mais comum encontrarmos empresas com a estrutura adequada para acolher o público feminino, por muito tempo algumas não tinham sequer a opção de banheiro separado para as colaboradoras. Além disso, não é raro encontrarmos negócios em que a cultura empresarial acaba segregando seus funcionários e reduzindo as chances de prosperidade e crescimento da equipe feminina.

Alguns exemplos disso são:

  • salários diferentes para pessoas que ocupam o mesmo cargo, com as mesmas responsabilidades;
  • falta de suporte para mulheres no que se refere às necessidades básicas em situações como gravidez e pós-parto;
  • falta de estímulo para o desenvolvimento dessas profissionais dentro da empresa;
  • falta de um plano de carreira realmente eficiente e focado no crescimento dessas mulheres dentro da organização;
  • falta de mulheres líderes nas equipes;
  • preferência por pessoas do gênero masculino na hora de fazer as contratações dentro da empresa.

O histórico do mercado

Não é segredo para ninguém que, por muito tempo, o mercado optava pela contratação de homens. Mesmo após as mulheres conquistarem o direito de trabalharem, poucas eram as empresas que realmente davam espaço (e a confiança necessária) para que essas profissionais executassem suas tarefas e conseguissem assumir grandes cargos de liderança.

Ainda hoje nos deparamos com empresas que consideram que mulheres não dispõe de “inteligência emocional” suficiente para lidar com crises e gerenciar equipes. Os argumentos giram em torno de diversas questões, como a possibilidade de gravidez, o estereótipo de mulheres serem mais emocionais e menos racionais e, claro, os resquícios de todo esse histórico de atuação masculina majoritária no mercado.

Apesar disso, as mulheres não pararam: na medida em que direitos como estudo e trabalho foram conquistados, elas começaram a se esforçar para conseguir enfrentar todas essas dificuldades e se firmar nessas posições. O resultado é um mercado com cada vez mais mulheres em posições de liderança, aumento dos resultados, melhora dos números e a quebra de uma visão completamente distorcida a respeito do potencial feminino no mercado de trabalho.

Não é necessário um caminho longo para fazer modificações na cultura da empresa

O que muitas vezes faz com que as empresas demorem a fazer mudanças na cultura para abraçar cada vez mais mulheres é a ideia de que é necessário construir um caminho muito longo para conseguir fazer essas alterações. Pequenas atitudes podem ser suficientes para começar a transformar a realidade da empresa e aumentar a quantidade de mulheres nos cargos de gerência.

Um artigo escrito por Lygia Gonçalves Costa Hryniewicz e Maria Amorim Vianna, intitulado Mulheres em posição de liderança: obstáculos e expectativas de gênero em cargos gerenciais, mostrou alguns dados importantíssimos sobre as dificuldades das mulheres em cargos de gerência.

No artigo, foram pontuados desafios como:

  • maternidade;
  • aparência pessoal;
  • estereótipo emocional;
  • demandas da vida familiar;
  • estilos de liderança;
  • divisão de tarefas;
  • poucos estímulos.

Além disso, a pesquisa mostrou que, em muitos casos, mulheres que não têm filhos acabam sofrendo menos preconceito vindo do mercado. Dessa forma, podemos entender que a maternidade se tornou um fator determinante para que as empresas fizessem suas escolhas e optassem pelas profissionais que não precisarão, agora ou futuramente, de licença-maternidade ou flexibilidade para lidar com questões familiares, como emergências com os filhos.

Enquanto as mulheres ainda precisam responder perguntas como “você tem crianças?”, “quem ficará com seus filhos enquanto você estiver no trabalho?”, os homens raramente são questionados a respeito dessas questões.

Para que uma empresa mude sua cultura, é preciso, antes de qualquer coisa, entender como o mercado está se comportando e quais são os erros que cometidos. A partir daí, saberá exatamente o que precisa ser mudado para entregar todo o suporte necessário às profissionais, modificando detalhes da cultura organizacional e aumentando o número de mulheres nos cargos de liderança.

Mulheres querem (e precisam) estar em papéis de liderança

Em 2018, a MSCI apresentou um relatório sobre como o equilíbrio de gênero ajudava a aumentar a produtividade das empresas. A consultora McKinsey mostrou, também, que as empresas que contam com equipes executivas com maior diversidade de gênero apresentam até 21% de chances de aumentarem seus lucros e conquistarem resultados muito mais positivos.

Pesquisas do FMI, Fundo Monetário Internacional, também levantaram informações de que a produtividade está diretamente relacionada à diversidade de gênero dentro das empresas.

Cada vez mais estudos mostram a importância da igualdade de gênero no mercado de trabalho para o crescimento das empresas e melhora da produtividade nas equipes. Para conseguir se adequar a essa realidade, a cultura empresarial precisa estar alinhada a essas novas demandas do mercado, sendo capaz de acolher e estimular cada vez mais mulheres em seus times.

Para ler mais sobre o tema e o impacto das mulheres no mercado de trabalho, veja nosso artigo A evolução feminina não para

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