Empreendedorismo Tecnológico: 9 macetes para aumentar as suas vendas de tecnologia

Atualizado em: 12/02/2021

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Talvez você não se dê conta, mas seu modo de vida hoje é bem diferente do que há dez anos. Provavelmente você ainda usa seu celular para pedir comida, mas não telefona mais, prefere usar o Ifood, por exemplo.

Sabemos que o empreendedorismo é uma força que impulsiona o mundo rumo à diversas soluções de problemas, mas o vento que dita o rumo desse caminho de inovação é o avanço da tecnologia.

Mas, será que um empreendedor tecnológico é apenas mais um empreendedor?

Sim e não. Existem conceitos do empreendedorismo que são comuns a todas as atividades econômicas, no entanto, vender tecnologia tem as suas particularidades, e é esse o tema do artigo de hoje.

Empreendedorismo tecnológico: o que é?

Podemos definir como empreendedor tecnológico o indivíduo que oferece tecnologia e inovação aos consumidores. Muitos produtos que hoje parecem obsoletos já foram exemplos disso.

As máquinas fotográficas que usavam filmes, os computadores pessoais que trabalhavam com Windows ME, os discos de vinis, enfim, todos esses produtos já foram exemplos de ideias empreendedoras que só existiram porque a tecnologia permitiu. Muitos, inclusive, foram fundamentais para que esses avanços acontecessem.

O empreendedor tecnológico incentiva o avanço da ciência, que por sua vez incentiva sua atividade empreendedora.

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Empreendedor tecnológico: como vender tecnologia?

Já reparou como é difícil para uma pessoa falar sobre um tema que ela domina? Não é raro que, nessas ocasiões, o indivíduo seja tomado pela euforia de conversar sobre o que gosta, esquecendo-se que nem todos sabem tanto sobre o tema quanto ele.

Esse é o primeiro ponto que deve ser observado pelo empreendedor tecnológico: as pessoas não são obrigadas a admirarem aspectos técnicos do seu produto.

Um usuário da Apple não se preocupa em saber como a empresa conseguiu mais desempenho. Ele apenas está feliz por ter um smartphone que atende as suas necessidades e/ou expectativas. Pense nisso.

1- Venda emoção

Pode parecer redundante falar isso, mas nós somos seres humanos. O empreendedor tecnológico é uma pessoa que está produzindo para – pasmem – outras pessoas.

Quando nos esquecemos disso corremos o risco de cair no erro citado no início deste tópico e, desse modo, não mostramos ao cliente como a tecnologia pode tornar sua vida mais prática, dando-lhe a chance de ficar mais tempo com quem ama, de se dedicar a uma atividade que gosta, de poder realizar seus sonhos.

Uma viagem de Uber não é apenas uma viagem de carro, mas a chance de se livrar de péssimas viagens de ônibus, que podem estragar seu dia. Essa mesma viagem pode ser a chance de economizar – em relação ao táxi – e gastar essa diferença em um lanche.

Nos dois exemplos o consumidor pode refletir sobre emoções, uma negativa e outra positiva. O empreendedor tecnológico deve levar isso em consideração quando for vender seus produtos, ou serviços.

2- Seja didático

Um dos maiores erros na hora de se vender tecnologia é não conseguir traduzir as informações importantes para o consumidor final.

Imagine uma pessoa que nunca usou um tablet vendendo esse produto em uma loja?

Esse vendedor não conseguirá convencer um consumidor de que aquele produto tem utilidade – além de um possível constrangimento quando ele encontrar um cliente que possui conhecimento avançado sobre o produto.

Investir em treinamento é fundamental. Toda a equipe deve conhecer o produto – não apenas a equipe de vendas – afinal, uma das maiores barreiras na hora de convencer o consumidor a comprar algo é vencer o medo relacionado à compra.

Toda compra é um investimento, você consegue cativar o cliente ao ponto de vencer a insegurança que ele tem?

Vamos usar dois exemplos simples, que eu tenho certeza que te convenceram: Uber e Netflix.

As duas viagens com desconto e os 30 dias grátis da Netflix são fundamentais para que o usuário entenda o serviço, teste e conclua que esse é um bom investimento.

Dar ao cliente uma “amostra grátis” ainda é extremamente didático.

3- Não exagere nas promessas

Tenha cuidado ao descrever seu produto ao cliente e evite o exagero. É extremamente difícil reconquistar um cliente que se decepcionou, do mesmo modo que é complicado fazer negócios com um investidor que se sentiu enganado.

Sua empresa oferece uma solução interessante, mas será que ela é realmente a “primeira do mercado a fazer isso”?

Controle a empolgação e mantenha uma postura confiante, mas realista sobre sua empresa.

Imagine se o Facebook lhe dissesse que “você não tem amigos se você não tiver um Facebook”, isso não soa muito pretensioso?

Pense nisso, não só na hora de criar suas campanhas publicitárias, mas na hora da venda e quando for conversar com futuros investidores e sócios.

4- Venda um cliente 2.0

No final das contas, quando seu cliente comprar seu produto, o que determinará o sucesso ou fracasso da venda será o quanto a compra impactou a vida daquela pessoa. O quanto o cliente melhorou ao realizá-la.

Por exemplo, comprar uma máquina de lavar louças é, na verdade, tornar-se mais ágil e ganhar tempo para ficar com a família.

O empreendedor tecnológico deve se lembrar que, quando as pessoas utilizam seu produto, ou serviço, elas estão recebendo um “up grade” em suas rotinas.

Conte uma história ao cliente, escute suas expectativas e demonstre como ele poderá ganhar uma importante “atualização em sua vida” ao adquirir o produto.

Para isso, é necessário humanizar as pesquisas de mercado. Saber quem é seu público-alvo é muito importante, mas não basta.

O empreendedor tecnológico deve fazer uso das ferramentas disponíveis para ter uma relação mais próxima do cliente.

As redes sociais podem atender a essa demanda. Por isso, dedique tempo conhecendo o seu cliente e analisando como sua empresa pode dar a ele a melhor versão de si mesmo.

Esse é um desafio para o empreendedor tecnológico, mas tenha certeza que fará diferença na hora da venda.

5- Empreendedor: buscando um investidor

Em muitos casos, para ter viabilidade econômica, o empresário deverá buscar investidores para conseguir tirar sua empresa do papel. Essa necessidade é muito comum entre as startups.

Uma vantagem que está à disposição do empreendedor tecnológico é o fato de que os investidores estão em busca de negócios inovadores – mesmo sabendo dos riscos eventuais envolvidos nesses investimentos.

O primeiro passo é analisar qual a necessidade financeira da empresa, o quanto ela precisará investir para poder desenvolver, ou adquirir, a tecnologia que precisa.

6- Pesquise incubadoras

O Brasil já possui incubadoras espalhadas por suas principais cidades.

Nesses espaços o empreendedor terá acesso à consultoria, equipamentos de informática, sala de reunião, além de um espaço físico para desenvolver seu trabalho.

Normalmente as incubadoras pertencem às universidades, por isso, algumas priorizam empreendimentos de alunos.

Isso pode ser muito vantajoso caso você seja um universitário. Verifique se a escola de negócios de sua instituição possui essa iniciativa.

7- Fique antenado aos concursos

Todos os anos são realizados concursos que buscam financiar ideias de negócios inovadores. O Ministério da Ciência e Tecnologia oferece bolsas de até R$ 200 mil para os participantes do concurso Start Up Brasil.

Essa ajuda também está presente na iniciativa privada.

O Banco Santander realiza, anualmente, ação semelhante. A montadora Renault também incentiva iniciativas empreendedoras, mas apenas aquelas que estão relacionadas com a atividade principal da empresa.

8- Participe de feiras e congressos

Durante todo ano são realizadas, em todo o país, feiras para aproximar investidores e empreendedores.

Esses eventos costumam contar com o apoio de prefeituras e faculdades, mas infelizmente, nem sempre, possuem grande divulgação.

Por isso, participe de grupos nas redes sociais para poder ficar sabendo de suas realizações.

9- Busque financiamento

Além do capital do investidor outras fontes podem ser consideradas quando o assunto é incentivar o empreendedor tecnológico, mas antes é importante conhecer alguns termos, são eles:

Investidor-anjo:

Esse investidor está acostumado com negócios que envolvem tecnologia. Sabe dos riscos, mas também conhece a alta chance de retorno que a tecnologia proporciona.

Os investidores-anjos exigem participação societária. Desse modo, eles utilizam sua experiência para poder ajudar a empresa a conseguir suas metas.

Capital semente:

Recurso investido pelo anjo, suficiente para que que empresa comece a operar de forma profissional.

Venture Capital:

Financiamento que exige participação societária da instituição que fornece o capital.

Uma exigência para conseguir o financiamento é já ter testado a ideia do negócio, de modo que a viabilização econômica já tenha sido comprovada.

Investimento coletivo:

Mais conhecido, o investimento coletivo é aquele em que várias pessoas doam pequenas quantias à empresa, podendo não receber nada em troca por isso. Tem como finalidade incentivar uma ideia.

Editais públicos:

Como já mencionado neste texto, tanto a iniciativa pública, quanto a privada, possuem projetos para ajudar os empreendedores.

O empreendedor tecnológico deve se lembrar que vender um produto é criar relações com o cliente, é ajudar pessoas a serem melhores, a terem vidas melhores.

A tecnologia proporcionou isso para todos nós. Hoje vivemos em mundo melhor informado e com mais opções de consumo graças aos empreendedores do passado, que solucionaram problemas com suas empresas.

Logicamente que como em qualquer outra atividade empreendedora, investir em tecnologia exige conhecimentos em administração, marketing e comunicação. Por isso recomendo a leitura de outro texto, no qual te ensinamos a inspirar sua equipe!

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