O que está acontecendo com o Facebook? Entenda por que a maior rede social do mundo pode estar caminhando em direção ao fim

O que está acontecendo com o Facebook

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Você já deve ter percebido o recente buzz em torno do Facebook. Mas o que exatamente está acontecendo com a maior rede social do mundo?

Vamos aos fatos:

  1. O Facebook tem sua política de segurança e privacidade.
  2. Um instituto de pesquisa chamado Cambridge Analytica teve acesso a dados de mais de 50 milhões de usuários.
  3. Esses dados foram usados na campanha presidencial americana de 2016 pelo presidente eleito Donald Trump.
  4. Com essa descoberta, as ações do Facebook estão caindo pela primeira vez em anos e campanhas de boicote à rede vêm surgindo, no que está sendo chamada a maior crise da história do Facebook.

Quer entender melhor? Continue a leitura:

1. Facebook, dados e privacidade dos usuários

Você provavelmente sabe que quando criamos uma conta em redes sociais (e em, praticamente, todas as plataformas online) concordamos com os termos de uso ali descritos. Esses termos foram revistos em 2011 e quaisquer alterações devem ser comunicadas pelo Facebook aos usuários, conforme decretado legalmente.

Mas você já parou para ler, de fato, todos os termos? A maioria das pessoas não (eu me incluo nisso).

E, com isso, deixamos de notar que, por mais que exista uma política de privacidade, o Facebook cede dados para parceiros (como aplicativos, sites, institutos etc.). Os desdobramentos disso nós veremos a seguir.

2. Cambridge Analytica e os dados dos usuários

Nessa brecha das políticas de privacidade, vários dados são concedidos, em sua maioria, de forma anônima. No entanto, alguns dados específicos são fornecidos para parceiros, e a grande questão é se esses dados forem vazados.

É o que a FTC, Federal Trade Commission (Comissão do Comércio), está investigando, conforme anunciado no dia 20 de março (última terça-feira).

O caso com o presidente americano remete a 2015, quando o pesquisador Aleksandr Kogan criou um teste de personalidade por meio de aplicativo autorizado pela rede social e que foi feito por cerca de 270 mil usuários e acabou obtendo acesso aos dados de mais de 50 milhões.

Kogan liberou esses dados privados para a Cambridge Analytica, que é um instituto britânico de análise de dados dedicado a criar modelos gráficos para orientar seus clientes a tomar ações orientadas por dados, influenciando seus consumidores e obtendo os melhores resultados.

Toda essa trama foi revelada Christopher Wylie, um dos analistas do instituto, e que foi recentemente banido da plataforma:

Christopher Wylie Tweet

Embora os dados oferecidos ao aplicativo de Kogan não fossem uma violação às políticas de privacidade (já que era um dos parceiros do Facebook), a transferência desses dados para terceiros é ilegal.

Agora, o FTC busca entender a relação entre o Facebook e a Cambridge Analytica, além de investigar a fundo os envolvidos no assunto e como o vazamento de dados pessoais e detalhados de mais de 50 milhões de usuários foram transmitidos para o instituto, o que seria uma clara violação das diretrizes legais definidas pela rede. Seria realmente um acidente?

3. Dados e a campanha de Donald Trump

Além disso, a Cambridge Analytica está conectada à campanha presidencial de 2016 de Donald Trump, que foi eleito na ocasião.

Lembra dos dados obtidos pelo aplicativo de Kogan?

Quando foi descoberto que eles tinham sido transferidos para a Cambridge Analytica, o Facebook excluiu Kogan de sua rede de parceiros e exigiu que o instituto destruísse os dados, fato teoricamente foi feito e confirmado.

No entanto, parece que isso não aconteceu e os dados foram usados para criar estratégias de comunicação e de influência nas redes sociais para a campanha presidencial de Trump.

O Facebook solicitou uma auditoria no escritório da Cambridge Analytica, mas as autoridades britânicas proibiram isso como medida para evitar quaisquer conflitos de interesse ou fraude nos dados.

A Cambridge Analytica e seus associados já foram banidos pelo Facebook. Mas a confusão não acaba por aí e a crise acerca dos dados ainda não foi esclarecida.

4. A queda do Facebook

Em meio a toda essa crise, a grande questão vem sendo: onde estão Mark Zuckerberg (CEO) e Sheryl Sandberg (COO)?

Zuckerberg deu uma entrevista à CNN no dia 21 em entrevista CNN, na qual lamentou o vazamento dos dados, pediu desculpas e mencionou as eleições presidenciais brasileiras de 2018 como uma das maiores preocupações da rede, no sentido de proteger os usuários tanto do vazamento de informações quanto de manipulações.

Além disso, no mesmo dia, Zuckerberg elaborou um comunicado em seu perfil na rede em que afirmou que o Facebook tem o dever de proteger os dados dos usuários e que houve sim uma falha que eles estão tentando encontrar as melhores soluções. Nesse sentido, ele propôs três soluções:

  • fazer uma investigação de todos os aplicativos parceiros e banir qualquer um que não esteja de acordo com os termos e condições.
  • os dados fornecidos para os aplicativos serão ainda mais restritos.
  • oferecer um ícone ao lado do de feed de notícias que permitirá o usuário ver os aplicativos que ele concedeu acesso aos dados de forma fácil e alterar essas configurações.

Apesar disso, um posicionamento mais concreto acerca da situação ainda está sendo esperado, o que reflete negativamente para o negócio: as ações do Facebook caíram mais de 10%. Fora isso, um boicote à rede vem sendo proposto e ganhando força com as #BoycottFacebook e #DeleteFacebook, especialmente no Twitter.

Essa é a maior crise já enfrentada pela empresa, que, desde o anúncio de vazamento dos dados, envolvimento com manipulação na campanha de Donald Trump e a investigação do FTC, já teve queda de dois pregões na bolsa de valores, o que significou 59 bilhões de dólares.

Queda do Facebook na bolsa de valores

Caso o FTC identifique o Facebook como um dos responsáveis pelo vazamento dos dados, que configura uma violação ao compromisso firmado nas políticas de privacidade, a rede pode enfrentar uma multa de bilhões de dólares.

Apesar disso, o Facebook continua com os trabalhos normalmente e até o momento não houve nenhum parecer público oficial. As ações de marcas na rede também não sofreram nenhuma alteração significativa.

E aí, será esse o declínio do Facebook? Faça suas apostas nos comentários!

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