Recentemente, a Adidas se viu parte de um escândalo de fake news que levou a própria marca a esclarecer o boato.
A viralização de uma imagem, que sugeria que a marca estava a procura de pessoas para montar um “time de influenciadores”, foi responsável por movimentar a internet pelos últimos dias e compreender que o fenômeno das notícias falsas saiu do âmbito jornalístico e vem ganhando roupagem diferente.
No que consistia a “campanha”
A proposta, que deveria ser compartilhada pelos usuários em forma de imagem, acumulava uma série de especificações para que o perfil, em questão, tivesse a chance de trabalhar com a gigante dos calçados: era preciso ter no mínimo 200 seguidores e seguir um perfil específico no Instagram, além de fazer a repostagem do conteúdo.
Ao seguir todas as regras, os 100 selecionados receberiam, mensalmente, um pacote da marca com roupas, acessórios, vale presente e exposição no perfil oficial da marca. Rapidamente, o boato ganhou força e a própria Adidas se viu na responsabilidade de anunciar a fake news em seu perfil brasileiro — se você entrar hoje no @adidasbrasil, perceberá a seguinte frase: “Não estamos realizando nenhuma promoção ou sorteio”.
Além disso, um porta-voz da marca informou que a promoção é falsa e reforçou que absolutamente todas as ações e comunicação da Adidas, sejam elas com influenciadores ou não, são realizadas a partir dos canais oficiais.
Aprendendo a lidar com as fake news
O escândalo joga luz para um problema recorrente: como lidar com a quantidade absurda de fake news que invade, cada vez com maior frequência e intensidade, as redes sociais?
A resposta se encontra em uma palavra-chave: checagem/verificação de dados. Não necessariamente da forma na qual agências estão se especializando ao desenvolver ferramentas poderosas de “combate” às fake news, muito pelo contrário, é possível ajudar a desmontá-las de maneira muito simples e até mesmo rápida.
No momento em que uma pessoa se depara com qualquer tipo de conteúdo duvidoso, como esse da Adidas — afinal, nos dias de hoje, 200 seguidores nas redes sociais é um número bizarramente fácil de ser atingido — é preciso usar o exercício da apuração, conceito que jornalistas lidam diariamente desde o início da graduação.
Além do bom senso, uma simples checagem da fonte já é um grande passo para descobrir a mentira. Os perfis que “criaram” a campanha, claramente pareciam ter sido criados para propósitos duvidosos, já que existiam há pouquíssimo tempo e não tinham uma atividade profissional na página, coisa que a Adidas claramente não faria.
Se a dúvida permanecer, é só checar os perfis da marca: nenhuma ação desse porte seria feita sem que a própria Adidas anunciasse em suas redes sociais.
A prática, realizada por internautas que aplicam “golpes” do tipo para acumularem seguidores em perfis fantasmas — eles geralmente são vendidos depois — tem até nome: “phishing”. Já houveram inúmeros outros casos similares ao da Adidas, porém que não acumularam tamanha adesão ou repercussão ao ponto da própria marca se pronunciar.
O que resta aos internautas, então, é desenvolver diariamente uma visão cada vez mais analítica e até mesmo duvidosa em relação à notícias e conteúdos que podem parecer falsos. Na era das fake news, todo cuidado é pouco.
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