Investimento inicial: o quanto você deve guardar para abrir seu negócio?

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Os desafios inerentes a abertura de uma empresa podem acabar com o sonho de muitas pessoas de conquistar independência financeira montando o próprio negócio. Contudo, algumas frustrações e dores de cabeça podem ser evitadas quando o investimento inicial é calculado corretamente.

Estipular com exatidão o número de recursos que é preciso para tirar uma ideia do papel também não configura uma tarefa simples. Mas com dedicação e estudo de mercado, fica mais fácil criar um bom planejamento financeiro e, consequentemente, aumentar as suas chances de sucesso.

Quer aprender a estimar todos os custos do começo do seu empreendimento? Siga a leitura e confira!

Considere a análise de break even para determinar o seu investimento inicial

O break even consiste numa importante metodologia para a saúde financeira de qualquer negócio. Uma vez que, revela a partir de qual momento sua empresa terá lucro. Para chegar a tal conclusão, é preciso analisar alguns elementos como:

  • Custo Fixo – CF: são os tipos de despesas que dizem respeito a fatores de produção fixos, aqueles que não se alteram com a quantidade de produção ou vendas. Tais como os custos com a infraestrutura: aluguel do espaço físico, equipamentos, dentre outros;
  • Custo Variável – CV: são os custos que sofrem interferência de diversos fatores e, em virtude deles, se alteram. Por exemplo: com a quantidade de produção ou de trabalho, gasto com pessoal, matéria prima etc;
  • Custo Total – CT: corresponde a soma dos custos fixos e variáveis;
  • Vendas: montante auferido pela comercialização dos seus serviços ou produtos;
  • Receita Total – RT: consiste no valor obtido ao se multiplicar o preço unitário do seu produto pelo número de vendas realizadas;
  • Lucro Total – LT: é calculado subtraindo receitas totais dos custos totais.

O ponto de equilíbrio do break even é simbolizado por “RT = CT”.

Então vamos a um exemplo prático:

Preço produto (P): R$ 50,00;

Quantidade vendida (Q): 5.000 unidades;

Custos fixos (CF): R$ 100.000,00;

Custos variáveis (CV): R$ 150.000,00;

Resultado: (CT = CV + CF) => CT = R$ 250.000,00

(RT = P x Q): RT = R$ 50,00 x 5.000 => RT = R$ 250.000,00

(LT = RT – CT): LT = R$ 250.000,00 – R$ 250.000,00 => LT = ZERO

No exemplo acima, o ponto de equilíbrio do negócio é atingido ao efetuar 5.000 vendas. Logo, é importante saber que o lucro somente é auferido após superar essa quantidade.

Calcule os gastos com a infraestrutura

Independente do fato de a sua atividade demandar um espaço físico ou operar apenas no cenário digital, tenha em mente que será necessário reservar boa parte do orçamento para empregar na infraestrutura. Adquirir todos os equipamentos e ferramentas a fim de deixá-lo em pleno funcionamento.

Dessa forma, além de idealizar o aluguel ou compra de um local para instalação do estabelecimento, alguns pontos estratégicos não poderão ficar de fora do seu planejamento financeiro, tais como:

  • móveis;
  • maquinário;
  • estoque;
  • transporte dos produtos;
  • materiais e equipamentos para as funções administrativas;
  • segurança.

Vale lembrar que, o custo de um imóvel varia de acordo com a região escolhida, bem como suas características. Então este aspecto deve ser bem avaliado para se chegar a conclusão da alternativa mais vantajosa.

Para as atividades essencialmente virtuais, embora os gastos sejam inferiores, não podemos ignorar a categoria de infraestrutura do orçamento.

Negócios no modelo home office certamente precisaram de um bom serviço de telefonia e internet, equipamentos de informática como impressora, computadores, e, muito provavelmente, o investimento em armazenamento em nuvem.

Informe-se sobre os custos com legalização da empresa

O início de qualquer atividade empresarial exige o cumprimento de algumas normas legais. Burocracias são sinônimo de despesas e, portanto, exigem uma reserva de capital.

Nesse sentido, o primeiro gasto para legalizar a sua empresa será com o registro do contrato social e CNPJ — os documentos responsáveis pela certificação da existência da sua empresa, assim como o ramo de atuação e o objetivo a que ela se destina.

Ademais, este é momento que são definidos o capital social é outros detalhes específicos sobre as questões societárias.

Apenas com o registro desses dois documentos na Junta Comercial, o empreendedor deve desembolsar uma média de R$300. Mas antes desta etapa, se faz necessário a contratação de um advogado, que participará do processo de elaboração do contrato social e assinará o mesmo.

Entretanto, abertura de uma empresa não está condicionada apenas a estas formalidades. Antes de abrir as portas, também é fundamental obter uma série de alvarás que autorizam o início das atividades. É necessário conseguir, por exemplo:

  • alvará sanitário: responsável por certificar que aquele imóvel possui condições de higiene sanitária satisfatória para a empresa atuar. O seu custo médio é de R$100, mas caso não esteja tudo em ordem, ainda pode haver dispêndio de mais capital para adaptação às normas;
  • alvará do corpo de bombeiros: atesta que o imóvel apresenta equipamentos de proteção para combate a incêndio, também no valor R$100;
  • alvarás específicas, conforme a atividade exercida.

Verifique quanto seus produtos ou serviços custam para serem produzidos

Superadas as etapas de delimitação de orçamento para infraestrutura e formalização da empresa, outro aspecto indispensável, e que muitas vezes é negligenciado pelos empreendedores, diz respeito ao capital necessário para que toda a “mágica” aconteça — para que seus produtos e serviços estejam no ponto de comercialização.

Preocupar com os recursos necessários à produção e vendas dos itens idealizados pela marca é importante. Mas colocar no papel o valor dos custos administrativos também é uma condição para que o seu plano de investimento inicial dê certo.

O mais indicado nesse momento é deixar uma reserva de 5% do valor estipulado como seu capital de giro, pois situações inesperadas podem ocorrer, e se não houver uma quantia razoável em caixa para manter as operações indispensáveis da atividade por determinado período, o negócio corre de sérios riscos de fracassar.

Assim, se o capital de giro mensal equivale a R$30.000, logo, para assegurar o funcionamento da empresa por um período de 3 meses seria necessário acrescentar nos seus cálculos de investimento inicial a margem de segurança, perfazendo um total de R$94.500.

Nesse contexto, uma boa dica para ter noção de seus custos operacionais é realizar uma pesquisa mercadológica, utilizar a metodologia benchmarking com o propósito de:

  • analisar as ações e sistema operacional dos maiores players do mercado que você atua;
  • verificar as estratégias que esses concorrentes usam de forma bem-sucedida;
  • checar quem são os seus parceiros e fornecedores etc.

Tudo isso pode te ajudar a ter uma ideia do tempo estimado para o retorno financeiro da sua empresa, bem como do capital de giro necessário.

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Tenha noção do seu fluxo de caixa

O fluxo de caixa é um instrumento essencial para o planejamento financeiro da sua empresa. É o responsável por apurar a presente situação de saldo e projetar suas operações para que sempre haja recursos disponíveis nas finanças da empresa.

Elaborar esse tipo de controle antes da abertura do negócio não é uma tarefa tão simples, principalmente por ainda não existir uma entrada concreta de capital. A base de clientes ainda não está formada, e a empresa não conquistou seu espaço no mercado.

Apesar disso, trabalhar com fluxo de caixa desde o início permitirá que você trace estratégias de crescimento, e reserve uma parte dos recursos para aproveitar de oportunidades inesperadas que surjam no seu caminho.

De maneira bem simplificada, o fluxo de caixa de sua empresa pode ser composto pelos seguintes tópicos:

  • lançamento dos compromissos já assumidos e valores de crédito conhecidos, ou estimáveis com certa margem de segurança;
  • cômputo de despesas variáveis, como os gastos com energia elétrica, água, folha de pagamento;
  • estimativa de vendas diárias.

Calcule a sobrevivência do negócio enquanto uma base de clientes não for criada

Mesmo com o estudo pré-operacional do mercado, o engajamento com público-alvo pode ser um processo lento. E nesse período, a empresa deve ter recursos suficientes para sobreviver.

Se não há outra fonte de renda além daquela advinda pela comercialização dos seus produtos e serviços, torna-se fundamental projetar todos projetar um orçamento que cubra todos os gastos por um período mínimo de seis meses.

É indicado estabelecer uma reserva de 5% a 10% sobre o seu orçamento total; para resguardar de possíveis eventualidades.

Reserve uma parcela do orçamento para o setor de marketing

Não podemos esquecer que toda empresa iniciante necessita, mais do que qualquer outra, exercitar a sua imagem no mercado. Isto é, ganhar visibilidade e levar a sua mensagem ao público-alvo. Fator este que demanda investimento em campanhas de marketing.

A boa notícia é que, apesar de ser um item obrigatório no seu planejamento financeiro, hoje, graças ao marketing digital, o acesso às estratégias de marketing foi democratizado. É possível estruturar ações que caibam desde os orçamentos mais modestos até os mais dispendiosos, tudo isso cumprindo seu objetivo com a mesma eficiência.

A definição de um investimento inicial é a peça-chave para determinar o quanto de dinheiro você precisará para garantir o sustento do seu empreendimento nessa fase tão delicada. Ao programar e estruturar todos os pontos em que os recursos serão alocados, tem-se uma ideia clara não somente das primeiras despesas, mas do mínimo necessário ao funcionamento da empresa.

Gostou deste post? Viu como mensurar todos os gastos com a abertura e funcionamento do seu negócio pode ser decisivo para que o seu empreendimento seja bem-sucedido? Então para dominar esse assunto de uma vez por todas, baixe o nosso e-book sobre capital de giro.

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