Uma liderança inovadora não acontece por meio de manuais, ela exige que o líder possa aprender e adaptar-se enquanto desempenha suas funções. Existem algumas habilidades capazes de acelerar esse processo, e nós vamos discuti-las mais à frente.
O líder inovador sabe que seu papel não termina ao delegar tarefas ou distribuir ordens. Ele precisa cultivar – em si mesmo e na equipe – a criatividade, o pensamento estratégico e a busca por melhorias contínuas.
Essa tarefa pode ser desafiadora, principalmente em organizações mais tradicionais, mas a liderança inovadora não deve ser desenvolvida apenas em startups, e aos poucos, grandes empresas vêm percebendo sua importância.
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O que é uma liderança inovadora?
O termo liderança inovadora não é novo e já se encontra presente nas discussões do meio empresarial há algum tempo. Ainda assim, existem muitas discussões e até mesmo dúvidas sobre qual o seu verdadeiro significado, já que tanto liderança quanto inovação podem ser conceituadas de várias formas.
Nesse artigo vamos utilizar uma definição simples: a liderança inovadora é uma maneira de agir e pensar colocando a inovação como elemento principal nas funções executadas pelo líder. Nesse contexto, o líder trará novas ideias e criará condições para que seu time faça o mesmo, formando uma empresa cada vez mais ágil e competitiva, promovendo a cultura de inovação por toda organização.
É comum ver esse modelo na condução de uma startup, já que essas organizações carregam a gestão da inovação em seu DNA. Nas empresas tradicionais a liderança inovadora ainda está ganhando fôlego, sendo mais notável em níveis intermediários de gerência, enquanto abre caminho até o topo das companhias.
O investimento em tecnologia e a criação de espaços seguros para os colaboradores compartilharem suas ideias, como a criação de um programa de ideias, são iniciativas cada vez mais comuns, até mesmo nas empresas com modelos de liderança mais rígidos.
Como se tornar um líder inovador?
Já falamos que não existe um manual para inovar como líder, mas algumas habilidades formam o alicerce para construir essa postura e ter sucesso ao trazer a inovação para sua empresa.
Elas permitem acompanhar o ritmo de mudanças imposto pela transformação digital, que exige cada vez mais flexibilidade e dinamismo, marcando a diferença entre as empresas que se mantêm à frente das inovações e as que são afetadas negativamente pelas mudanças.
Autoconhecimento
Um líder inovador possui autoconhecimento, ele sabe quais são os seus pontos fortes e pontos fracos, bem com suas hard e soft skills, reconhecendo o diferencial que possui para realizar suas atividades. O líder inovador não precisa dominar todo o assunto, pois com esse domínio, ele poderá dedicar seu tempo às tarefas onde alcança o melhor resultado, delegando outras funções para pessoas que considerar mais capacitadas.
Saber suas limitações é essencial para uma boa performance, pois dessa forma, o líder não se sobrecarrega com demandas que não tenha conhecimento para resolver, além de dar oportunidades de crescimento e protagonismo a sua equipe, dividindo a responsabilidade com todos.
Inclusão e Diversidade
Em uma liderança inovadora, o líder deve prestar atenção aos mais variados pontos de vista dos seus colaboradores, aceitando quando eles forem diferentes do seu jeito de pensar e usando isso a favor da organização.
É importante ouvir todos, estando aberto a novas ideias e às experiências dos membros de sua equipe para a construção de um ambiente sem barreiras à comunicação.
Uma equipe heterogênea é muito mais benéfica para a cultura inovadora, uma vez que ela é baseada na criatividade e inovação, pois tem-se perfis de diversas pessoas com experiências distintas para contribuir com ideias e os processos da empresa.
Visão Estratégica
Uma característica que o líder inovador precisa ter é uma visão estratégica para identificar riscos e oportunidades. Essa é a função principal da liderança, afinal ela só pode conduzir o time ao destino que for capaz de enxergar. Além disso, é importante tomar decisões baseada em dados, sendo orientado por KPIs e métricas objetivas.
Com a transformação digital e o big data, as empresas vêm implementando uma cultura data driven, ou seja, orientada a dados. Com a inteligência de negócios ou business intelligence, a mensuração e tratamento dos dados recebidos nos vários pontos de conversão, são elaboradas estratégias mais assertivas, que não são apoiadas em achismos e opiniões, mas sim em dados concretos.
Por exemplo, ao lançar uma campanha de marketing para divulgar um novo produto, a equipe acredita que o público ideal são mulheres de 18 a 25 anos, todavia, com base nas campanhas anteriores e análise dos relatórios, nota-se que embora esse seja o público que a empresa acredita ser o ideal, a maior parte das vendas foi realizado por mulheres com mais de 40 anos. Dessa forma, a nova campanha deve ser direcionada a esse público comprador.
Maximização de valores
Uma liderança inovadora não pode se contentar com um “bom” resultado quando sabe que poderia extrair mais valor de suas atividades. Isso não significa pressionar a equipe ao ponto de exaustão, o objetivo é explorar novas oportunidades para as quais a empresa esteja preparada, aceitando que será preciso correr alguns riscos para se manter de pé no longo prazo.
A maximização de valores pode estar alinhada a uma metodologia ágil, permitindo redirecionar os esforços da organização conforme as mudanças do mercado, evitando que a rigidez seja um obstáculo ao desenvolvimento. Dessa forma, as equipes podem trabalhar de forma mais eficiente.
Um modelo que vem ganhando cada vez mais adeptos é o uso do Scrum e Kanban. Essa metodologia ágil baseia-se em sprints, que são períodos de 7 a 15 dias, podendo variar de acordo com a equipe, onde todas as tarefas que devem ser executadas pela equipe são definidas em ordem de prioridade. Após o período estabelecido, é feita uma revisão de tudo que foi feito e o que ainda está pendente.
Criar experiências desafiadoras
A rotina fixa é, por definição, uma adversária da liderança inovadora. É claro, você não vai mudar as coisas porque sim, mas deve testar novas possibilidades para conferir na prática os resultados que elas geram. As experiências desafiadoras não só podem criar novas oportunidades como também são uma forma de cultivar os talentos. Aqui, o dinamismo da falta de rotina é um ponto positivo.
Dependendo do departamento em que o colaborador exerce suas funções, a rotina pode ser mais operacional ou dinâmica, mas independente da área, o líder deve buscar sempre um pouco de dinamismo, tornando o trabalho mais fluído e menos robotizado.
Cultivo de talentos
A liderança inovadora não tem medo de valorizar seu time, oferecendo possibilidades para que os talentos possam se desenvolver e contribuir cada vez mais com o grupo. Colaboradores que se destacam podem assumir novas funções e até compartilhar algumas responsabilidades com o líder, tornando-se protagonistas em suas organizações.
Um bom líder não centraliza todas as decisões em si ou micro gerencia todos da equipe por medo de perder seu posto para um colega. Pelo contrário, ele incentiva todos seus liderados a terem mais responsabilidade e autonomia.
Criação de processos flexíveis
Um desafio para a liderança inovadora é equilibrar a gestão baseada em processos e o espaço para criar. O design thinking é uma ferramenta de grande valor nesse contexto, permitindo formular padrões a partir das melhores práticas, sem que isto signifique o congelamento da inovação. O líder também pode adotar outras abordagens e metodologias para gerenciar seus processos como o Scrum, Six Sigma, Kanban, entre outras.
Como a cultura de inovação ajuda a manter uma liderança inovadora
A cultura de inovação permite que os benefícios da liderança inovadora ganhem uma dimensão cada vez mais profunda na empresa.
Com um ambiente livre para compartilhar ideias e experimentar possibilidades, os colaboradores tendem a se engajar mais no seu trabalho e adotar o intraempreendedorismo até mesmo nas pequenas funções. Dessa forma, a empresa se torna um organismo vivo em constante desenvolvimento, sem depender apenas da liderança inovadora para crescer.
Um cenário onde cada participante da equipe está construindo para inovar dá mais abertura para que o líder se concentre em decisões estratégicas, formação de parcerias e capacitação do time, confiando em seus colaboradores para lidar com os desafios cotidianos.
Conclusão
A liderança inovadora é um movimento de constantes desafios e aprendizados, tanto para o líder quanto para o grupo. Com a crescente velocidade na transformação dos mercados, esse é o único modo de resistir e crescer ao longo dos anos.
O papel do líder é fundamental para estabelecer uma cultura de inovação, afinal é ele quem incentivará ou impedirá o compartilhamento de ideias e a tomada de risco pelos colaboradores.
Conduzir uma organização para essa nova mentalidade não é algo que acontece de imediato, mas pode ser feito se todos os envolvidos estiverem cientes de seus benefícios e abertos à mudança.
Esse artigo foi escrito pela AEVO, a maior plataforma de gestão de inovação da América Latina.
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