O futuro vem do futuro — Frontiers Unlocked, evento da MIT Sloan Brasil, refletiu sobre o mundo pós-crise

Evento online contou com palestrantes que fizeram suas apresentações durante 3 dias

Frontiers Unlocked 2020

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De 5 a 7 de maio aconteceu o Frontiers Unlocked, evento criado pela MIT Sloan Management Review Brasil. Seguindo as recomendações de evitar aglomerações, essa edição, diferente da anterior, foi totalmente online e contou com 9 palestras de grandes nomes.

Dispostos a discutir como será o futuro das empresas no pós-crise, os palestrantes falaram desde transformação digital à liderança baseada em dados. A Rock Content esteve presente nos três dias de evento e conta agora alguns destaques do Frontiers Unlocked.

Os próximos 1000 dias

É ingenuidade pensar que a crise que enfrentamos se encerrará no próximo mês. Isso não tem ligação direta com a demora na criação de uma vacina, mas sim porque as consequência dessa pandemia serão sentidas por muito tempo ainda.

É nesse caminho reflexivo que Silvio Meira abriu o primeiro dia do Frontiers Unlocked com sua palestra “Os próximos 1.000 dias e como eles podem impactar os negócios, no Brasil e no mundo”. O fundador da Porto Digital levou o público a entender as transformações que já estavam em curso antes do novo coronavírus ganhar uma escala mundial e como a inovação vai estar presente nas companhias com o passar do tempo.

“O que a transformação digital faz não é só mudar a empresa, é mudar como o mercado funciona e, às vezes, mudar o próprio mercado”, explicou Meira em uma de suas falas. Segundo o pesquisador, a inovação só é sustentável quando acontece na camada de modelo de negócios das empresas. É necessário pensar nos mercados, nas pessoas, nos sistemas e na redefinição de arquitetura empresarial.

Nesse tempo em que nos encontramos, Silvio destaca dois movimentos que acontecem: o aprendizado em velocidade de crise e a capacidade de aprender ao mesmo tempo em que se escala os processos. Ambos os pontos precisam ser vistos com cuidado, caso contrário, as empresas buscam a transformação digital de qualquer maneira, mas “é preciso agir estrategicamente e de forma centrada no usuário”, relembrou o palestrante.

Transformar é um “de; para” porque a ideia implica em movimentação, movimento, transitoriedade. Com isso mente, o professor extraordinário da CESAR School destacou as mudanças que acontecem em um processo de transformação digital:

  • saímos da tecnologia puramente dita para pensar nas pessoas;
  • deixamos a rigidez para caminhar em direção à flexibilidade;
  • vindos da competição, precisamos pensar em colaboração;
  • e de análises demoradas e morosas passamos para as ações.

As empresas que entenderem isso, e agirem de forma organizada para modificar seu negócio de maneira inteligente, têm melhores chances de se desenvolver.

Sai o maestro, entra o baterista

Outro palestrante que participou do Frontiers Unlocked foi Cassio Pantaleoni. O Country Manager na SAS preparou sua fala com a combinação de dois temas muito discutidos nos últimos tempos: liderança e dados.

Como uma reflexão, Cassio levou a audiência a pensar de que forma informações podem influenciar na gestão de um líder nas empresas. Seu papel foi primeiro de desconstruir várias das ideias fixas que temos quando pensamos em lideranças e ainda assim conjugá-las com o que se espera hoje desses profissionais.

O primeiro exemplo foi a bússola, uma figura visual rapidamente ligada aos líderes. O pensamento aqui é que o objeto não impõe o Norte, apenas nunca o perde de vista. O líder é uma bússola, mas não no sentido de que ele é soberano no norteamento, mas sim sobre como ele ajuda os profissionais que dele necessitam.

Ainda nas analogias, a imagem do maestro apareceu. O regente de uma orquestra, que fica em frente aos músicos e dita o que eles precisam fazer, tem forte ligação com o líder. Cassio propõe outra forma de ver, ainda que sua metáfora se mantenha no mundo da música.

Para o executivo, a liderança precisa se aproximar do baterista de uma banda de jazz. A banda tem um tema, mas o espetáculo é uma improvisação. “A função do baterista é manter o ritmo e quando alguém erra ele o quebra para que a audiência não perceba o deslize”, explicou Cassio. “Com essa quebra, o baterista aponta o norte de novo para a banda, como uma bússola”.

A atenção exigida de um baterista de jazz ganha uma forma já conhecida no mundo dos negócios: os dados. É com eles que o líder entende o espaço em que se encontra e como pode agir. Dados dos colaboradores da empresa precisam sempre estar em mente, porque assim a liderança leva em consideração contextos que antes não ganhavam o destaque necessário.

Alguns exemplos desses dados incluem: idade, nível de escolaridade, área de formação, gênero, orientação sexual e estado civil. A ideia da liderança baseada em dados é conhecer a empresa como um todo — não somente seus liderados — para poder ajudar os colaboradores sempre que eles precisarem de um norte.

Sua empresa está pronta para mudar?

No último dia do evento da MIT, uma das palestrantes foi Stephanie Woerner, co-autora do livro “Qual é o seu modelo digital de negócio? Seis perguntas para ajudar a construir a empresa de próxima geração”.

A palestrando da MIT Sloan falou sobre a necessidade das empresas se preparem para redesenhar sua estrutura organizacional. Quando a crise der lugar a uma nova normalidade, as companhias que não se modificaram podem sofrer consequências drásticas.

Isso acontece porque a maioria das empresas hoje são do tipo silos e espaguete. Significa que elas pensam bastante em seus produtos, possuem um complexo panorama de processos, sistemas e dados e sua performance está diretamente ligada a figuras heroicas dentro da organização.

No pós-coronavírus, a necessidade de ser future ready tende a ganhar contornos inegáveis de realidade e cobrará uma transformação na estrutura empresarial. Dessa forma, as empresas precisam ser inovadoras e também saber controlar os gastos. Outros pontos destacados por Stephanie são sobre a importância de oferecer aos consumidores uma ótima experiência, tratar os dados como ativos e agir de forma modular e ágil. Assim, é possível atingir o máximo de eficiência operacional, que se traduz em crescimento de automação, padronização e produtividade.

De acordo com uma pesquisa do MIT, o Brasil tem 60% das suas empresas na categoria de silos e espaguete, o que significa baixo foco na experiência do consumidor e baixa eficiência operacional. 16% já são future ready, enquanto os outros 24% se dividem ao meio entre empresas do tipo experiência integrada e aquelas que são industrializadas — as primeiras têm alto foco em experiência do consumidor e baixa eficiência operacional e as segundas o inverso.

O Frontiers Unlocked ainda contou com a presença de Sergio Passos, co-fundador e CTO da Take, Erica Isomura, Sócia da Corall e Consultora, Fernando Teixeira, Solutions & Strategy Director da Adobe, entre outros.

Para saber como foi o Frontiers #1, que aconteceu ano passado e discutiu sobre inteligência artificial, leia nosso relato.

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