Depois de seis trimestres de níveis recordes no crescimento de engajamento, o LinkedIn — a rede social corporativa com mais de 830 milhões de usuários — está buscando melhorar a experiência do usuário ao atualizar seu algoritmo de feed.
As melhorias incluem mudanças na forma como o conteúdo é classificado nos feeds dos usuários e a capacidade de bloquear categorias de conteúdo. Além disso, o público poderá escolher o tipo de publicação que você deseja ver mais, mesmo que seja de criadores que não fazem parte da sua rede.
Essa não é apenas uma boa notícia para os usuários, mas também para as marcas. Afinal, elas terão a oportunidade de aproveitar essa atualização como parte de suas estratégias de Marketing e recrutamento.
Então, o que há de novo nessa mudança e como aproveitá-la como marca? Vamos nos aprofundar nisso.
Os usuários decidem o que querem ver
Agora, mais do que nunca, as marcas estão se concentrando em proporcionar experiências relevantes e personalizadas para seus clientes ao aprender sobre as suas preferências.
O LinkedIn entende a importância disso, então está integrando novas funções com o objetivo de que os usuários tenham mais controle sobre o conteúdo do feed e decidam o que é relevante para eles.
Agora, uma opção “Não quero ver isso” está disponível em todas as postagens, permitindo que os usuários reduzam a visualização do conteúdo de determinados assuntos, autores ou marcas. Basta clicar nos 3 pontinhos que aparecem no canto da publicação e escolher a opção mencionada. Também é possível denunciar conteúdo específico que vá contra as regras do LinkedIn.
A empresa também está testando uma função que permite aos usuários reduzir o conteúdo político que aparece em seus feeds. Isso inclui publicações relacionadas a partidos, candidatos e resultados eleitorais. Para ativar essa opção, os usuários podem clicar no ícone Mais no canto superior direito de uma postagem ou nas configurações de preferências do feed.
Uma vez ativado, o recurso removerá a postagem específica do feed e, com o tempo, mostrará menos posts desse tipo para o usuário.
Atualmente, esse recurso está disponível apenas em inglês e para membros nos EUA. No entanto, com base em feedbacks, a empresa planeja expandir essas atualizações para outros idiomas e regiões.
Isso pode ter um forte impacto para empresas, marcas e pessoas que trabalham em cargos políticos e de advocacia, especialmente no alcance e no desempenho da plataforma. Se um número suficiente de pessoas decidir ocultá-lo, é melhor que os criadores estejam preparados para isso.
Outra novidade é que os usuários poderão escolher se querem ver mais conteúdo de determinados autores, líderes e especialistas do setor, mesmo que não façam parte de sua rede.
Posts irrelevantes e conteúdo de baixa qualidade vão desaparecer
Você já recebeu uma notificação, esperando grandes novidades, apenas para descobrir um contato comentado na postagem de outro usuário (que você nem segue)? Então, isso está prestes a mudar.
Com essa atualização, o feed do LinkedIn mostrará:
- atualizações mais relevantes;
- menos postagens de isca de engajamento,
- menos enquetes irrelevantes de pessoas com as quais você não tem conexão.
Em vez disso, o feed mostrará mais:
- atividades segmentadas da rede de um usuário;
- postagens que despertam conversas e envolvem discussões (úteis para o crescimento e desenvolvimento de carreira);
- conteúdo relevante (como posts e vídeos) baseado nos interesses dos usuários;
- notícias e insights de pessoas que você deseja ouvir.
A rede anunciou que promoverá menos conteúdo de baixa qualidade que solicite interações, assim como notificações sobre mudanças de posição e pequenas atualizações, priorizando conteúdo de alta qualidade.
Mas o que é considerado conteúdo relevante e de “alta qualidade”? Aqui vão algumas ideias:
- Posts de blog que incentivam conversas relevantes sobre temas interessantes para seu público. Lembre-se de que o conteúdo de formato longo tem melhor desempenho.
- Conteúdo de terceiros: material envolvente e confiável de outros criadores é sempre bem-vindo. Entregue conteúdo aos seus seguidores que seja útil para o crescimento e desenvolvimento de suas carreiras.
- Vídeos: você pode criar material informativo ou educativo no formato de entrevistas curtas, animações, recomendações e dicas rápidas.
Para criar conteúdo relevante, o mais importante é conhecer seu público e quais oportunidades você pode oferecer para ele. Quais perguntas ele costuma fazer? Como você pode ajudá-lo a encontrar as respostas? O que ele quer ouvir?
Além disso, lembre-se de que há mais de um formato: você pode criar artigos, vídeos, listas de vagas e muito mais para oferecer aos seus contatos o que eles estão procurando e, provavelmente, o conteúdo com o qual eles se envolvem melhor.
Quais são as oportunidades para empresas e recrutadores?
Uma das maiores prioridades das redes sociais hoje é aumentar o engajamento, proporcionando experiências personalizadas para os usuários com base em seus interesses.
Então, certifique-se de que suas publicações gerem conversas e discussões que os usuários considerem úteis para suas carreiras e desenvolvimento profissional.
Diante da mudança no algoritmo do LinkedIn, as empresas precisam se afastar dos growth hacks baseados no engajamento expresso com conteúdo focado em curtidas e reações. Em vez disso, comece a criar um material relevante e de alta qualidade para construir um público sólido e interessado no que você tem a dizer! Meu conselho é: concentre-se em inspirar confiabilidade, credibilidade e autenticidade.
As estratégias de Marketing e recrutamento precisam crescer com o algoritmo e esta é a oportunidade perfeita para as marcas lançarem estratégias de alta qualidade que criam reconhecimento e geram receita.
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