Criar um perfume exige um processo demorado de muitas combinações, que envolvem centenas de ingredientes para se chegar a uma fórmula que agrade o olfato do perfumista e do consumidor.
Essa semana, O Boticário, maior varejista de cosméticos do país, anunciou e apresentou as suas primerias fragrâncias do mundo desenvolvidas com Inteligência Artificial.
Essa novidade foi desenvolvida com duas empresas globais, a alemã Symrise, uma das mais famosas quando falamos de fragrância, e a IBM Research.
A ideia é que o produto comece a ser comercializado em 2019, com seu nome, embalagem e outras características que já foram testadas e aprovadas por especialistas. O público-alvo consumidor do produto são os millennials e a geração Z, jovens que gostam de ter novas experiências.
Conheça um pouco mais sobre como esse produto foi feito.
Inovação nos ingredientes
A Phylira, Inteligência artificial desenvolvida pela IBM Research, foi a responsável pela magia do negócio. Usando algoritmos avançados de machine learning ela examinou uma enorme quantidade de ingredientes para identificar padrões de combinação.
Antes de começar todo o processo, a Inteligência foi alimentada com vários dados de fórmulas, ingredientes, histórias da perfumaria e informações sobre o consumidor. Dessa forma, foi possível fazer um cruzamento de dados e entregar o melhor resultado.
O produto final foram duas combinações de fragâncias de frutas, flores, doces, especiarias e ingredientes inusitadas como pepino e leite condensado. Como a IA não tem limite de combinações, ela usa ingredientes que incomuns na visão de um perfumista.
Automatizando processos
Com a utilização do machine learning, O Boticário também conseguiu diminuir o tempo de criação de uma nova fragrância, fazendo com com que o processo que dura 3 anos, passasse a ser concluido em 6 meses.
Dessa forma, a máquina cuida de todo os processo de análise e teste das combinações dos ingredientes, enquanto os profissionais da perfumaria conseguem ter mais tempo para se dedicarem a questões que necessitam de habilidades e sensibilidade humana.
“Essa economia de tempo permite que os perfumistas, o time de marketing e de pesquisa e desenvolvimento se dediquem muito mais às combinações finais, concluindo a fragrância que chegará para o consumidor. Ao otimizarmos o processo, teremos profissionais mais disponíveis para fazer o que máquina não faz, que é a lapidação do produto final, que demanda sentimento e emoção”, afirma o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário, Tiago Martinello para a revista Exame.
A tecnologia com o toque o humano
Não se sabe se a estratégia realmente dará certo e atingirá o público-alvo, mas a recepção do mercado irá ser decisiva para O Boticário usar a solução no seu processo produtivo.
No entanto, a empresa acredita que a tecnologia ajuda a trazer a melhor entrega para os consumidores e que essa novidade irá agradar até mesmo os mais ávidos por inovação. Afinal, essa é a combinação perfeita entre algoritmos e sensorialidade.
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