O que é on premise, quais são as suas características e diferenças do sistema cloud?

Antes de investir na implementação de um servidor local, é fundamental entender exatamente o que é on-premise e suas características. Na maioria dos casos, os serviços de armazenamento em nuvem são muito mais vantajosos em termos de performance, segurança e custo-benefício. Porém, existem situações específicas em que uma estrutura de TI interna é recomendada.

Atualizado em: 04/05/2022
o que é on premise

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Seja para criar um site, e-commerce ou qualquer tipo de plataforma virtual, seja para proteger e gerenciar as informações da sua empresa, você vai precisar de um local robusto, rápido e seguro para armazenar os dados do seu negócio.

Para fazer isso, o mercado atual oferece dois caminhos: o on-premise — que consiste em construir um sistema de TI local utilizando a infraestrutura do seu empreendimento — e o cloud computing — em que se “aluga” servidores externos de empresas especializadas que também se encarregam da manutenção, atualização e proteção das máquinas.

Embora as duas soluções atendam o mesmo propósito, elas apresentam características muito diferentes, da instalação ao gerenciamento.

Como explicaremos nos tópicos a seguir, ainda há espaço para o on-premise, sobretudo na segurança de aplicações internas e dados estratégicos. Entretanto, os serviços em nuvem são o carro-chefe desse mercado por uma série de razões.

Continue a leitura para entender melhor!

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    O que é on-premise?

    O termo “on-premise” se refere, basicamente, a servidores locais. É um tipo de sistema de informação para ERP (Enterprise Resource Planning) em que os dados e os processos de um negócio são armazenados e gerenciados na própria organização — daí o termo “na premissa”.

    Nesse tipo de estrutura de TI, portanto, todas as atividades relacionadas à implementação, manutenção e gerenciamento de hardwares e softwares são responsabilidades da empresa beneficiada. Dessa forma, todos os recursos, e com eles os dados do empreendimento, ficam disponíveis localmente.

    Por se tratar de uma solução interna, a instalação on-premise requer planejamento detalhado. É preciso definir, precisamente, as demandas envolvidas de modo que o sistema seja capaz de atender todas as necessidades do negócio, considerando fatores fixos e sazonais.

    Vamos aprofundar um pouquinho o assunto?

    Como esse tipo de sistema funciona?

    Para entender o que é on-premise, é preciso saber, pelo menos basicamente, como os sistemas digitais funcionam.

    Ao acessar um e-commerce, uma plataforma SaaS ou qualquer site na internet, estamos, na verdade, acessando um servidor — que é um computador desenvolvido especialmente para essa função — no qual as informações dessas plataformas podem ser acessadas e processadas.

    Se a sua empresa disponibiliza uma plataforma digital, seja como produto, seja para uso interno, será preciso investir em uma infraestrutura computacional para armazená-la e fazê-la funcionar.

    No modelo on-premise, essa instalação é interna, ou seja, é preciso haver um espaço dentro da empresa para abrigar os servidores, que não pode ser um ambiente qualquer.

    Esses equipamentos requerem uma série de cuidados em termos de climatização e dimensionamento para funcionarem adequadamente. Além disso, também é preciso seguir normas de segurança, como implementar mecanismos de proteção contra descargas elétricas e incêndios.

    Quais são as principais características de uma instalação on-premise?

    Como estamos falando de uma instalação interna, o on-premise apresenta um alto custo de implementação.

    Os valores vão depender do dimensionamento do sistema — a capacidade de armazenamento e processamento necessárias para que os softwares da empresa funcionem adequadamente —, da montagem dos equipamentos, da reforma do espaço físico e da instalação de serviços essenciais.

    Concluída a construção da estrutura de TI, a organização deverá optar por contratar e treinar uma equipe interna para realizar manutenções, reparos e atualizações ou terceirizar esse trabalho com alguma empresa da região.

    Outra característica muito importante do modelo on-premise são os custos fixos envolvidos, como energia elétrica, sistemas de vigilância, proteção (local e softwares), além de eventuais substituições de máquinas e componentes.

    Qual a diferença entre o on-premise e o sistema cloud?

    A diferença fundamental do sistema cloud em relação ao on-premise é que todo o trabalho de armazenamento e processamento de dados é realizado externamente.

    Ou seja, a empresa não precisa ter um espaço nem investir em uma estrutura própria, pois usará os equipamentos de um fornecedor.

    Nesse modelo, os dados do negócio são disponibilizados em “nuvem”, ou seja, podem ser acessados e gerenciados via internet, geralmente por meio de plataformas SaaS.

    Dessa forma, todos os investimentos e tarefas relacionadas à manutenção, segurança e atualização do sistema são de responsabilidade do provedor do serviço.

    Outro ponto importante nos sistemas cloud é a escalabilidade. As empresas fornecedoras contam com gigantescas instalações dedicadas aos seus clientes e vendem armazenamento e capacidade de processamento por meio de planos fixos ou negociáveis.

    Sendo assim, sempre que houver um aumento na demanda, basta realizar um upgrade no plano contratado.

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    Quais são as vantagens e desvantagens do sistema cloud?

    Para ficar mais fácil ilustrar as diferenças entre os dois tipos de sistema, vamos elencar as suas principais vantagens e desvantagens, começando pelo cloud. 

    Confira!

    Vantagens

    A grande vantagem de terceirizar a infraestrutura de tecnologia do seu negócio é que você, literalmente, se livra de quase todas as responsabilidades envolvidas nessa área. Ou seja, a empresa de cloud cuida de tudo para que você e sua equipe se concentrem no negócio.

    Outro ponto importantíssimo é a ausência de um investimento inicial, que muitas vezes é inviável para empresas de pequeno porte. O cliente basta contratar um plano mensal, trimestral ou anual para começar a desfrutar do serviço.

    Outras vantagens que merecem ser citadas são:

    • custos fixos: diferentemente do on-premise, os valores aplicados em tecnologia são tabelados e não há riscos de revisão de orçamento ou despesas não planejadas;
    • segurança da informação: os dados da sua empresa ficarão sob os cuidados de uma empresa especialista — e que, certamente, não quer ter problemas com processos —, garantindo backups, mecanismos de recuperação de dados e medidas de segurança, como criptografia, proteção contra ataques e até problemas físicos nos equipamentos;
    • manutenção: máquinas e softwares requerem cuidados constantes e é também responsabilidade do fornecedor do serviço de computação em nuvem garantir atualizações em softwares, bem como reparos e substituições de componentes;
    • suporte técnico especializado: para qualquer dúvida ou avaria no serviço, basta contatar a equipe de suporte da empresa para esclarecer informações ou solucionar problemas;
    • facilidade de uso: praticamente todos os fornecedores de cloud oferecem plataformas de serviço intuitivas que requerem pouco ou mínimo esforço para utilização, dispensando cursos de capacitação de funcionários;
    • implementação rápida: a ativação do sistema geralmente é realizada em pouquíssimo tempo, sendo até imediata em muitos casos;
    • pagamento simplificado: as empresas oferecem diversas opções de pagamento para o empreendedor escolher a opção que melhor atende às suas necessidades;
    • crescimento escalável: como dito, caso seja necessário aumentar a capacidade do serviço, basta realizar um upgrade no plano contratado e o oposto também é simplificado;
    • cancelamento prático: se por qualquer razão opte por cancelar o serviço ou trocar o fornecedor, você pode fazer isso sem se preocupar com venda de equipamentos e peças.

    Desvantagens

    Os sistemas on cloud não apresentam desvantagens muito importantes, tendo em vista as diversas vantagens que entregam.

    Alguns gestores, porém, não se sentem totalmente confiantes em armazenar dados sigilosos ou estratégicos em máquinas públicas, mesmo as empresas adotando rigorosos protocolos de proteção.

    Outro ponto que deve ser levado em consideração é que, como a maioria desses serviços é oferecida para públicos leigos, nem sempre há um esclarecimento técnico sobre as atividades de manutenção e atualização que são realizadas internamente.

    Isso pode variar de fornecedor para fornecedor, mas a maioria trabalha com a premissa de que o cliente não quer se envolver com a parte técnica.

    Quais são as vantagens e desvantagens do on-premise?

    Como você pôde perceber, os benefícios do sistema cloud são enormes, principalmente para quem conta com um orçamento apertado.

    Entretanto, o on-premise ainda é indicado para determinadas demandas e também conta com suas vantagens e desvantagens. Veja!

    Vantagens

    A principal vantagem do modelo on-premise é que ele oferece total controle à empresa que o implementa.

    Como a instalação é própria, os processos podem ser montados da maneira que os gestores desejarem, com possibilidade, inclusive, de implementar tecnologias inéditas.

    Além disso, podemos citar outros benefícios estratégicos, como:

    • privacidade: as informações do sistema estarão sob o cuidado exclusivo dos seus principais interessados, ou seja, os seus proprietários;
    • customização: como dito, a empresa poderá construir uma estrutura conforme desejar, de acordo com seu projeto e seu orçamento;
    • equipe interna dedicada: contar com colaboradores qualificados e à disposição para resolver problemas pode ser um fator diferencial, especialmente em momentos de crise.

    Desvantagens

    A maior desvantagem do on-premise, e que afasta a maioria dos empreendedores dessa opção, são os custos envolvidos.

    Embora os projetos variem muito de acordo com a dimensão e as necessidades de cada negócio, em geral a implementação do sistema requer altos investimentos.

    Vale destacar que a instalação pode envolver várias etapas, desde a reforma do local que abrigará as máquinas até a devida montagem e ativação dos equipamentos. Tudo isso faz com que o processo, em muitos casos, seja demorado e frustrante para as pessoas que trabalham na empresa.

    Outro ponto importante é que o on-premise exige um orçamento flexível, pois os gestores precisam se antecipar a possíveis falhas e problemas que exigirão o acionamento de equipes técnicas e até a substituição de equipamentos.

    Como toda a tecnologia é de responsabilidade da empresa, ela precisa estar preparada para imprevistos.

    Por fim, há também, nesse modelo, uma grande dificuldade de realizar downgrades (que é reduzir a capacidade de processamento), o que pode fazer com que gastos desnecessários se mantenham.

    Um e-commerce, por exemplo, que nota um aumento expressivo nos acessos em determinado período pode achar conveniente adquirir um novo servidor para dar conta dessa nova demanda. Entretanto, se essa demanda não se manter, será preciso manter um novo equipamento sem ter retorno.

    Qual é a melhor solução para você?

    Para a maioria dos negócios que utilizam ou precisam manter plataformas digitais, não há dúvidas de que o serviço on cloud é mais vantajoso.

    Além de dispensar custos de implementação, a contratação é simplificada e o investimento mensal é muito mais baixo. Especialmente por esses motivos que os serviços em nuvem são também mais democráticos.

    Como os preços iniciais são muito acessíveis, micro, pequenas e médias empresas têm, hoje, a oportunidade de se beneficiar de recursos que seriam inviáveis para elas no modelo on-premise, por demandarem enormes investimentos em tecnologia e pessoal.

    Os servidores locais, porém, ainda têm espaço no mercado, mesmo requerendo uma gestão muito mais complexa. Eles são interessantes, por exemplo, para organizações que trabalham com dados altamente sigilosos ou mantém maquinário ou sistemas de segurança internos.

    Embora os serviços de computação em nuvem da atualidade sejam muito confiáveis em termos de segurança da informação e desempenho, ter um controle interno desses recursos pode agregar mais liberdade e flexibilidade no seu gerenciamento — para quem pode pagar por isso, claro.

    Agora você sabe o que é on-premise e porque esse modelo de instalação tem perdido espaço para o on cloud. Que tal saber um pouco mais sobre o assunto? Continue no blog e descubra agora todas as características de um Cloud ERP!

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