Como prevenção pode reduzir custos e impactar negócios em saúde

Prevenir é melhor do que remediar. Embora essa frase seja utilizada, principalmente, para alertar como a prevenção pode evitar doenças, ela se aplica também à forma como instituições de saúde podem cortar custos e conduzir seus negócios.

Prevenção e diminuição de gastos em saúde

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Prevenir é melhor do que remediar. Embora essa frase seja utilizada, principalmente, para alertar como a prevenção pode evitar doenças, ela se aplica também à forma como instituições de saúde podem cortar custos e conduzir seus negócios.

As campanhas de prevenção fazem tão bem para a saúde quanto para os cofres das empresas envolvidas no sistema suplementar. É isso que mostra o levantamento feito pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

O estudo, baseado em dados da Pesquisa Nacional de Saúde, indica que beneficiários de planos de saúde se preocupam menos com hábitos saudáveis. Consequentemente, eles utilizam mais os planos, onerando mais os convênios.

O que as operadoras podem fazer para reverter esse quadro? A seguir, apresentaremos como campanhas de prevenção podem, efetivamente, impactar negócios de instituições de saúde.

Maior índice de doenças crônicas entre beneficiários

De acordo com estudo realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), beneficiários de planos de saúde apresentam fatores de risco, tais como pressão alta, maus hábitos alimentares e baixa frequência de exercícios físicos, em incidência muito maior do que aqueles que não têm acesso aos convênios.

Esses hábitos são preocupantes, já que são as principais causas de Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e respiratórias.

No levantamento do IESS, em relação às DCNT, a proporção de pessoas com colesterol alto foi maior entre os beneficiários de planos de saúde, assim como os números para diabetes e hipertensão arterial também foram superiores para os indivíduos que têm acesso a convênios.

Consequentemente, os gastos dos planos de saúde com os tratamentos para esses beneficiários crescem.

O estudo realizado pelo IESS apresenta os seguintes dados:

Hábitos de beneficiários e não beneficiários de planos de saúde no Brasil

Mais despesas nos últimos anos de vida

Os dados sobre DCNT se tornam ainda mais preocupantes quando avaliamos as causas de morte no Brasil e no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças como câncer, diabetes, problemas cardiovasculares e pulmonares causam 41 milhões de mortes por ano no mundo — o que equivale a 70% de todos os falecimentos.

Para as finanças das operadoras de planos de saúde, o ponto de atenção está relacionado ao uso dos convênios quando os clientes estão doentes ou em fases mais intensas de tratamentos contra doenças crônicas.

Cerca de 70% dos gastos com planos de saúde e 89,2% dos custos com internação ocorrem no último ano de vida dos pacientes, conforme apontou estudo do Centro Paulista de Economia da Saúde da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Essa conclusão ocorreu após análise de 4 anos de despesas de 274 usuários de convênios.

Aumento do uso de planos de saúde no Brasil

O gasto de usuários de planos de saúde no Brasil tem sofrido aumento nos últimos anos. Na comparação entre 2016 e 2017, despesas com hospitais, exames, consultas, terapias e procedimentos odontológicos cresceram 34%, já descontada a inflação medida pelo IPCA.

Em 2017, essas despesas foram de R$ 170,7 bilhões. E no mesmo período, os procedimentos realizados pelos usuários dos planos de saúde, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), cresceram 3,4%.

O aumento dos gastos não acompanha o volume de consultas, já que foram 2,6 milhões a menos em 2017 na comparação com o ano anterior. Entretanto, houve aumento de 23% nos gastos. Quanto às consultas, elas cresceram 38,8% em valor.

Crescimento dos gastos com população idosa

Em consequência da crise econômica, o total de usuários de planos de saúde diminuiu 0,8% em 2017. Porém, com o envelhecimento da população e a tendência de que idosos usem mais os planos de saúde, esses gastos tendem a crescer ainda mais nos próximos anos.

Nos últimos 10 anos, o número de beneficiários com mais de 80 anos saltou 62%, numa tendência de crescimento que deve se manter na próxima década. Em 2030, 20% de todos os clientes de planos serão idosos, segundo projeção feita em estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

Em média, um paciente com mais de 80 anos custa R$ 19 mil anuais para o convênio. O IESS estima que as despesas assistenciais dos planos saltarão 157,3% em 2030 – de R$ 149 bilhões para até R$ 383 bilhões.

Assim, a realização de campanhas de prevenção é um dos caminhos claros para que as despesas das operadoras não cresçam de tal forma que estrangulem o sistema de saúde.

Campanhas de prevenção e diminuição de gastos em saúde

A forma como o sistema de saúde é desenvolvido no Brasil revela um cenário contraditório. Para as operadoras, quanto menos usuários recorrem aos planos de saúde, menores são os gastos. Porém, os médicos recebem por procedimentos realizados, o que incentiva exames e intervenções excessivas.

Esse quadro demanda uma nova forma de remuneração para médicos e provedores de saúde. Especialistas defendem que eles sejam bonificados por seus resultados. Assim, eles poderiam ser, efetivamente, mais uma voz de apoio às campanhas de prevenção.

Os dados da Pesquisa Nacional de Saúde e o levantamento do IESS permitem que seja monitorado o cenário de doenças crônicas e seus fatores de risco tanto para o sistema público quanto para o sistema privado de saúde. Com base nessas informações, podem ser realizadas políticas de prevenção que impactarão nos custos de instituições de saúde.

Atualmente, o sistema de saúde no Brasil direciona seus esforços a tratamento de pessoas já doentes, com ofertas de intervenções e tecnologias que poderiam ser evitadas.

O IESS alerta que “para contornar esse cenário voltado à atenção secundária, novos investimentos devam focar também na atenção primária — com equipes de saúde multidisciplinares e uma ampla cobertura de unidades de atenção básica — e, além disso, criar ambientes que auxiliem os indivíduos a praticarem atividade física de forma recomendada e tenham hábitos de vida mais saudáveis”.  

Exemplos de diminuição de custos

Um exemplo claro de como a prevenção por amenizar despesas está no tratamento de câncer. Ainda que existam meios para ampliar a prática da medicina personalizada, com ações efetivas para cada caso, essas alternativas tendem a apresentar altos custos.

Segundo oncologistas, cirurgias para retirada de tumores e lesões pré-cancerígenas identificadas logo no início podem resolver 95% dos casos de câncer sem que seja necessário recorrer a terapias mais longas e mais custosas, como quimioterapia, radioterapia e imunoterapia.

Contudo, a diminuição de custos não precisa envolver ações tão drásticas quanto o tratamento de câncer. A Universidade do Texas demonstrou que pode haver uma economia de US$ 4,4 bilhões anualmente quando agentes de saúde e ações de acompanhamento substituem atendimentos emergenciais desnecessários.

Como sua instituição pode propagar campanhas de prevenção

A simples orientação dos usuários de planos de saúde a manter hábitos mais saudáveis, como cuidados com alimentação e a prática frequente de exercícios físicos, tende a diminuir a incidência de doenças crônicas, levando à diminuição de custos.

A questão é como fazer com que essas informações cheguem aos clientes e beneficiários de planos de saúde?

Uma simples análise do comportamento dos brasileiros em relação à saúde na internet demonstra que as pessoas, efetivamente, buscam muito mais informações sobre tratamentos de doenças do que a respeito de como previní-las.

Veja, a seguir, o volume de buscas realizadas para as seguintes palavras-chave:

Saúde e doença

Quando buscam por saúde, os brasileiros, em geral, querem encontrar informações de planos de saúde.

Além disso, o termo “doença” tem volume de buscas mais do que três vezes superior a “saúde”.

Tratamento e prevenção

Ainda mais gritante do que a diferença no volume de buscas por “saúde” e “doença” é a procura entre “tratamento” e “prevenção”. O primeiro termo é buscado mais de 11 vezes a mais.

Os dados acima demonstram como não há uma cultura de prevenção no Brasil. Não à toa os beneficiários de planos de saúde “relaxam” e não têm hábitos saudáveis. É preciso, portanto, estimular as pessoas a pensarem mais em se prevenir.

Ações para estímulo à prevenção

Cabe às instituições de saúde utilizar os recursos que têm em mãos para incentivar seus clientes a serem mais saudáveis. Algumas das alternativas para a realização de campanhas de prevenção envolvem:

Campanhas de e-mail marketing

Há forma melhor de estimular clientes do que oferecer algo em troca? Com a base de contatos de todos os beneficiários, as instituições de saúde têm em mãos a possibilidade de alertá-los, na frequência necessária, para a realização de exames preventivos.

Em contrapartida, há a possibilidade de entrega de benefícios para aqueles que cumpram as agendas sugeridas pela instituição. Ou o aviso de que a falta de prevenção pode gerar custos para as renovações futuras — assim como sinistros implicam em perda de bônus para seguros de veículos.

Além disso, e-mail marketing pode auxiliar na nutrição de relacionamento com clientes, atingindo cada um deles no momento certo.

Imagine, por exemplo, como a relação com uma mulher que planeja ficar grávida pode ser nutrida por muito tempo. Inicialmente, podem ser abordados os métodos que podem auxiliar na gravidez. Uma vez que ela for confirmada, a demanda passa a ser por cuidados de pré-natal. Já após o nascimento, é a vez de nutrir uma relação sobre exames, vacinas e tudo que deve ser feito nos primeiros meses de vida do bebê.

E tudo isso sem a necessidade de questioná-la sobre em que fase ela está. Uma vez que houver a informação a respeito do primeiro trimestre de gravidez, por exemplo, está claro que em 6 meses ela estará em busca de informações sobre cuidados com recém-nascidos.

Atendimento por telemedicina

As novas regras para telemedicina ampliam as formas de atendimento em saúde no Brasil e são alternativa para superar um dos principais empecilhos para a prevenção: a logística.

Agendar consultas e comparecer aos consultórios tende a ser um obstáculo para que muitas pessoas realizem check-ups e se previnam de doenças graves.

A telemedicina é, portanto, uma alternativa para que exames preventivos sejam realizados com frequência. Porém, para que isso seja colocado em prática, é preciso aproveitar canais que informem sobre a possibilidade de realizar consultas sem deslocamento e longas esperas para ser atendido.

Canais de conteúdo de saúde

Se as pessoas buscam mais informações sobre tratamentos do que doenças, como reverter esse quadro? É preciso disponibilizar conteúdos que demonstrem como se prevenir pode trazer benefícios para a saúde.

Instituições de saúde e convênios já começam a ter iniciativas nesse sentido, como a criação de faculdades em que vídeos de médicos e demais profissionais de saúde orientam sobre os melhores cuidados para uma vida saudável.

Um bom exemplo é da Unimed Belém, que utiliza o blog Bem Saudável para estimular clientes a ficarem atentos à prevenção e iniciar a relação com potenciais clientes, que estejam preocupados com cuidados com a saúde.

Percebe-se que é necessário cada vez mais participar do dia a dia do seu paciente, ajudando e o educando sobre como evitar as doenças e boas práticas de saúde. Ter uma estratégia digital para conversar com este público será fundamental para esta mudança.

Quer saber como outras mudanças no mercado de saúde podem afetar seu negócio? Conheça tendências de inovação digital na saúde.

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