Em 2022, começamos a ver o arrefecimento da pandemia mundial de Covid-19. Com o sucesso da aplicação das vacinas no Brasil, vimos a tão esperada reabertura dos comércios e a volta dos eventos presenciais. Para o pessoal do Marketing Digital que estava sentindo falta de um networking, conhecer gente nova e ficar por dentro de todas as tendências da área, a boa notícia que vem acompanhada da reabertura é: o RD Summit está de volta!
Sem acontecer desde 2020, ano de início da pandemia, o maior evento de Marketing e Vendas da América Latina (ou a “Disneylândia do Marketing Digital”, segundo a Forbes) volta com tudo este ano. Serão mais de 180 palestrantes, divididos em seis trilhas de conhecimento: Marketing, vendas, inovação/tecnologia, customer experience e customer success, desenvolvimento pessoal e gestão e estratégia.
Segundo Denis Braguini Bevacqua, diretor de eventos da RD Station, a ideia é que o RD Summit não seja apenas um evento, mas uma experiência física e audiovisual única. “É utilizar de fato o que o presencial tem de melhor, que é o uso dos cinco sentidos, e, através do uso deles, conseguimos criar uma experiência cada vez mais imersiva e surpreendente para o participante”, afirma.
Entrevistamos Bevacqua para conhecer as novidades para este ano e discutir os impactos da pandemia na área de eventos e quais tendências podemos esperar para os eventos presenciais a partir de agora.
Confira a entrevista completa abaixo!
RC: O que veremos de novidade no RD Summit deste ano, que é a volta dos eventos após o início da pandemia? Você poderia adiantar o que de mais interessante as pessoas poderão conferir?
DB: Esta edição do RD Summit vem com basicamente três pilares: continuamos totalmente focados em conteúdo, com uma agenda muito robusta com mais de 180 palestrantes divididos em 8 palcos simultâneos. A ideia é fazer conteúdos bem práticos que façam com que os participantes pensem sobre sua jornada, onde eles estão no momento deles, como eles podem melhorar como profissionais e como podem alavancar seu posicionamento de marca através das empresas.
Entramos também com uma frente de negócios bem interessante que é a nossa feira. Temos muitas empresas patrocinadoras. São mais de 80 de diversos tiers, portes, e tamanhos, cada uma oferecendo uma solução diferente e uma ativação que traga o participante para dentro de acordo com o propósito da marca.
Por fim, temos o pilar de experiência: não posicionamos mais o Summit como evento, mas sim como uma experiência. Acreditamos que trabalhar essa vivência dentro de um projeto, através de opções cenográficas, audiovisuais e da própria música escolhida para o evento é super importante.
Temos também uma força cultural, artística e gastronômica muito grande que vamos seguir explorando nesta edição. E vem bastante novidade por aí! O RD Summit é um evento onde gostamos de surpreender o participante nos pequenos detalhes, mas sem deixar a peteca cair no que é primordial, no que é essencial para o projeto, que é o conteúdo, as marcas presentes, e como fazemos com que quem esteja ali sinta que o evento tem valor.
RC: Falando sobre o mercado de Marketing Digital. Já dá pra ter um panorama das tendências da área neste ano baseando-se na programação que vocês montaram? No que os profissionais de Marketing devem ficar de olho?
DB: Como tendência dos eventos presenciais eu vejo que a grande diferença de projeto presencial em relação a um formato online é a possibilidade de interação e networking de alto impacto entre os participantes, marcas e palestrantes.
Certamente os projetos presenciais tendem a focar cada vez mais nisso, em juntar um ecossistema num mesmo momento, em um determinado projeto para que essas pessoas de fato engajem entre elas, algo que o formato online ainda não acertou o tom. Ainda não há um networking de qualidade que aconteça de forma orgânica no online.
Além dessa questão do networking, eu vejo que as marcas tendem a investir cada vez mais em experiências impactantes e na jornada do participante dentro do próprio evento.
É utilizar de fato o que o presencial tem de melhor, que é o uso dos cinco sentidos (e que o formato online não permite que a gente faça). Através do uso desses cinco sentidos conseguimos criar uma experiência cada vez mais imersiva e surpreendente para o participante, para que ele realmente entenda que estar no presencial agrega coisas que o online não vai trazer.
Estou falando de networking de alto impacto, uma experiência imersiva, um contato muito mais próximo com as marcas ali presentes, e a possibilidade de estourar sua bolha de forma orgânica num projeto presencial.
RC: Como você vê o retorno de eventos presenciais? Você acha que teremos um aumento em eventos e também na quantidade de pessoas querendo participar?
DB: Em relação ao retorno dos eventos presenciais, estamos vendo uma tendência muito positiva de participação tanto de marcas querendo investir no formato de patrocínio, quanto de participantes querendo aproveitar ao máximo o retorno dessas interações ao vivo.
Boa parte dos projetos que viemos acompanhando, sejam eles da área que for – entretenimento, cultural, religiosos, esportivos ou corporativos – estão com uma audiência muito grande. Está bem comum vermos os eventos terem sold out, acelerando bastante a venda comparado com o que era na pré-pandemia.
Isso é quase aquele efeito champanhe, que é quando os participantes ficaram um tempo em inércia e agora querem aproveitar ao máximo tudo que o mercado está oferecendo. A tendência é muito positiva para todas as frentes de negócio que envolvem eventos, sejam patrocinadoras, palestrantes ou participantes. Todos estão bem engajados nessa volta dos eventos presenciais e querendo com que eles voltem com força.
A grande mudança em relação ao formato é que projetos que até então não tinham um pilar online agora estão se desenvolvendo para se tornarem híbridos e conseguirem entregar uma experiência ainda mais completa para um número maior de público. Ainda vêm com esse desenho de estratégias complementares: o formato presencial para quem pode participar e um formato online para quem por algum motivo não pode estar de forma presencial no projeto.
RC: Quais impactos a pandemia gerou para a área de eventos?
Denis Braguini – RD Station: Certamente a área de eventos foi a mais impactada nesse mercado (eventos, turismo e viagens) e o que houve foi uma adaptação dos projetos presenciais para o formato online. Por um lado foi super complexo, pois todos os times e profissionais precisaram desenvolver uma nova musculatura, um novo aprendizado, uma nova forma de entregar valor que não fosse somente os eventos presenciais através do formato online.
Por outro lado, isso forçou uma antecipação do próprio público em relação à participação nesses projetos. Todo mundo ficou muito mais propenso a aprender de fato como utilizar e participar de um evento online.
Esses aprendizados foram bons para os dois lados, tanto para o organizador quanto o participante, porque essa aceleração forçada do formato digital acabou fazendo com que todo mundo tivesse mais um produto para poder organizar e participar de um evento – seja ele presencial, online ou híbrido. Essa foi a grande mudança da pandemia em relação aos eventos.
RC: O que você acha de eventos como Coachella usarem experiências digitais como NFTs, Metaverso, cash?
DB: É fantástico que eventos dessa proporção estejam olhando para essa frente tecnológica para criar experiências mais impactantes para os seus participantes.
Isso de fato é uma tendência, é algo que vem crescendo muito. O mercado ainda está aprendendo como aplicar Metaverso e todas essas soluções dentro de um projeto de forma eficaz. Também é algo que os próprios participantes estão demandando. As pessoas estão muito curiosas para entender como realmente funciona o Metaverso, quais são as possibilidades que temos dentro desse universo, esse novo patamar de projeto.
Então, tanto esses eventos de entretenimento quanto eventos corporativos estão olhando para essas soluções mais tecnológicas para conseguir entregar algo que surpreenda o participante.
É o que eu falei: a diferença do virtual versus o presencial. Nesse caso, com o uso dessas tecnologias unificamos os dois em um único local. A pessoa tem uma experiência digital e tecnológica imersa dentro desse evento presencial.
Isso é uma tendência que vem para ficar. Cada vez mais essa tecnologia tende a avançar para que a gente consiga maravilhar ainda mais o participante.
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