O selo antifraude do Gmail é confiável? Vamos analisar!

Google lança selo azul para identificar contas verificadas na plataforma. Em tempos de “verificados pagos”, será que as pessoas vão confiar nessa novidade?

Atualizado em: 08/05/2023
selo verificação gmail

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O Google lançou um selo azul de autenticidade que deve ficar ao lado do nome do remetente do Gmail. A ideia é indicar que o endereço de e-mail com esse selo é confiável, uma vez que passou por mais esse critério de verificação.

O update, que começou no dia 3 de maio, será automático para contas que já têm um registro de logotipo e os protocolos de segurança da plataforma configurados.

Segundo a empresa, a nova feature vai impactar positivamente tanto os administradores das contas quanto os usuários finais do Gmail. A medida é mais um passo para tornar o envio e o recebimento de e-mails mais seguro dentro da plataforma.

O “selo de verificação” é utilizado em diversas redes sociais, como o Twitter. Lá, o selinho azul (ou dourado, para empresas) era gratuito e um indicativo de que a conta era de interesse público e pertencia àquela pessoa ou entidade. 

Entretanto, o fim da era dos “perfis verificados” confiáveis chegou no dia 1º de abril de 2023, quando Elon Musk (CEO do Twitter) achou que seria uma boa ideia mudar as regras para adquirir o selo. Agora, qualquer usuário pode ter o checkmark azul: basta pagar pela assinatura do Twitter Blue.

A verificação paga tira a credibilidade do selo dentro da rede social, já que basta desembolsar um valor para ser “notável”, mas não necessariamente confiável.

Então, será que esse selo azul nas contas do Gmail vai trazer a credibilidade que o Google espera? 

Por que o Gmail decidiu ter um selo de verificação?

Desde 2021, o Gmail utiliza um sistema de verificação chamado BIMI (Brand Indicators for Message Identification, em inglês).

O BIMI funciona como um padrão de e-mail no qual é possível adicionar um logotipo da marca nos envios daquele domínio. Assim, quem recebe a mensagem sabe que o remetente é verdadeiro. 

Segundo o Google, as principais vantagens de utilizar o BIMI são:

  • a autenticação das mensagens enviadas, o que impede a ação de hackers sobre o domínio;
  • o reconhecimento de marca, com o logotipo da empresa presente em cada mensagem;
  • a credibilidade, porque os destinatários têm certeza de que o e-mail é legítimo.

Portanto, o novo selo de verificação azul adiciona mais uma camada de proteção ao usuário do Gmail, agora com uma comprovação visual de que o remetente é confiável.

O Brasil é um dos países mais afetados por ciberataques e tentativas de golpe via e-mail, por isso essa iniciativa é muito bem-vinda.

Como adquirir o selo de verificação do Gmail?

Fonte: Google Support

Para ter o selinho azul, o administrador do usuário deve ter uma conta configurada de acordo com o BIMI, adicionando o logotipo da marca aos e-mails autenticados.

Parece simples, mas esse processo envolve a configuração de registros de protocolo de e-mail para o domínio e outras etapas de segurança. Com isso, a conta recebe o VMC (Verified Mark Certificate), o “certificado de marca verificada”.

O selo de verificação do Gmail é mesmo confiável?

Até aqui você entendeu que não é qualquer conta do Gmail que poderá ter o selinho azul. É necessário fazer autenticações de segurança, ter uma marca registrada e o acesso de administrador na conta.

A questão é se o selo realmente vai trazer confiança aos usuários, já que outras gigantes além do Twitter têm adotado o modelo “verificado pago”: a empresa Meta, por exemplo, também fixou um pagamento para adquirir o selo azul.

O perfil verificado foi criado pelo Twitter em 2009 com o objetivo de oferecer um meio fácil e rápido de identificar se um perfil é verdadeiro ou não. É uma maneira de evitar que contas impostoras se passem por outras pessoas na rede social. Depois, outras redes adotaram a verificação, como o Instagram, o Pinterest e o Youtube.

Apesar de cada rede social ou plataforma ter seu próprio critério para verificação de contas, o selo azul está no imaginário do usuário da internet como sinônimo de credibilidade. Essa confiança está em cheque com a verificação paga cada vez mais frequente.

Mesmo sendo confiável, tendo em vista todo o processo de verificação que descrevi aqui,  é curioso que o Google tenha optado por esse tipo de atestado de veracidade no Gmail depois da polêmica decisão da rede do passarinho azul. Afinal, no Twitter, esse selinho azul não mais significa legitimidade. Além de não atestar  que aquela conta é de quem diz ser, ainda não significa que a pessoa ou organização é confiável nas informações que divulga.

O tempo vai dizer o quanto essa estratégia vai funcionar pro Google.

Para o usuário final, fica a recomendação de sempre: esteja atento às políticas de segurança e privacidade das redes sociais que utiliza e siga as boas práticas para identificar se uma informação é falsa, o que também faz parte do pacote de segurança na internet.

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