Morar em uma área bem localizada é o objetivo de muitas pessoas que vivem em uma grande cidade e desejam se locomover com facilidade no seu dia a dia. Porém, as residências fixadas nesses locais costumam apresentar um alto valor, tanto para compra quanto para aluguel.
De olho nessa situação, surgiu a Yuca, uma startup de co-habitação que aluga apartamentos para pessoas que desejam morar nos melhores bairros e estão dispostas a compartilhar moradia. Assim, podem melhorar a qualidade de vida sem arcar com valores exorbitantes, já que o aluguel é dividido entre os moradores.
A proposta de negócio é considerada inovadora e está chamando a atenção de investidores e clientes.
Esqueça a farinha, Yuca é uma empresa de co-habitação brasileira
Apesar de “yuca” ser um nome usado para farinha de mandioca, a Yuca que está causando alvoroço no ramo de imóveis é uma startup brasileira de co-habitação ou co-living (em inglês) — modalidade bastante praticada nos Estados Unidos.
Atuando na cidade de São Paulo desde 2019, a empresa oferece apartamentos reformados e mobiliados, que são decorados pela sua própria equipe de arquitetos. A ideia é fazer uso da tecnologia e da expertise da startup em arquitetura e obras para tornar mais acessíveis os melhores bairros de grandes metrópoles.
Encontrar habitações em bom estado e com bom custo-benefício é um grande problema nas grandes cidades. Em entrevista à Crunchbase, Eduardo Campos, um dos cofundadores da empresa, disse: “A maioria dessas cidades tem um problema de acessibilidade em que as pessoas não conseguem encontrar casas decentes a um custo decente. Então, juntamos essas duas coisas para criar esse modelo de negócios”.
Basicamente, o objetivo do negócio é contribuir para o desenvolvimento de uma nova forma de viver. Os apartamentos são compartilhados, mas os moradores têm quartos individuais, podendo morar com amigos ou outros membros da comunidade Yuca. Com isso, as pessoas têm a oportunidade de viver em um bom lugar, por um valor que cabe no bolso, mas sem perder a privacidade.
Outro fator de destaque da empresa é a praticidade oferecida para a contratação do serviço. Sabendo que em São Paulo ninguém quer perder tempo, ela descartou a necessidade de fiador e reduziu a burocracia.
Para facilitar ainda mais a vida dos clientes, também são fornecidos serviços adicionais, como auxílio para a realização da mudança, manutenção 24 horas por dia e diarista uma vez por semana.
Setor imobiliário está em constante transformação
Se antes era visto como resistente à adoção da tecnologia, agora o setor imobiliário tem ganhado notoriedade por apresentar algumas das principais novidades em modelos de negócios.
Segundo pesquisa do Google, atualmente 88% das pessoas que querem comprar um imóvel utilizam a internet para encontrar a melhor opção. Isso mostra a transformação das empesas imobiliárias na era digital.
Mas não para por aí, a mudança vai muito além de marcar presença na internet, atingindo também a forma com o serviço é prestado.
Uma das novidades são as proptechs, que são startups que utilizam tecnologias, como Internet das Coisas, blockchain, drones e softwares de gestão para inovar o setor imobiliário.
Nesse sentido, um dos nomes mais fortes é a Airbnb. Criada em 2008, a startup revolucionou o mercado de hospedagens para turistas ao redor do mundo. Atualmente, o serviço pode ser utilizado em 30 mil cidades, em 192 países. Em comunicado feito para a imprensa no fim do ano passado, a empresa relevou que pretende abrir capital em 2020 com valuation de US$ 31 bilhões.
A tendência é que surjam cada vez mais negócios como Yuca e Airbnb, uma vez que o avanço e a precisão da tecnologia diminuem os riscos do mercado imobiliário, estimulando novos investimentos.
Proptech é um mercado que está mais desenvolvido em países estrangeiros
O conceito de proptech já é amplamente conhecido no exterior. De acordo com a Forbes, as estatísticas mostram que essa modalidade de negócio está se consolidando. Isso porque, em 2011, os investimentos em tecnologias para a área imobiliária mundial movimentaram US$ 186 milhões, cerca de R$ 736 milhões. Em 2017, esse valor subiu para US$ 12 bilhões, aproximadamente R$ 48 bilhões.
Embora de forma tímida, o mercado de proptech no Brasil também está se desenvolvendo. Segundo um levantamento do Construtech Ventures, o país tem 500 startups que atuam nessa área, que trabalham desde a gestão de obra até o compartilhamento de espaços.
O ecossistema deve ganhar força futuramente, o que está relacionado ao fato de o cenário brasileiro oferecer diversas oportunidades de inovação na área, além de ter um público consumidor aberto para a economia colaborativa, como é o caso do serviço oferecido pela Yuca.
O que a Yuca e futuras proptechs trazem de benefício para a vida do brasileiro
Residir nas grandes cidades está cada vez mais difícil para os brasileiros, que precisam dar conta de pagar valores altíssimos quando optam por morar em regiões bem localizadas, seguras e que garantem mais praticidade no cotidiano.
Muitas pessoas não conseguem bancar esse custo, tendo que morar em áreas afastadas do trabalho e encarar metrôs ou ônibus lotados todos os dias para chegar aos destinos. O resultado disso é a quebra na produtividade, haja vista que precisam gastar energia e mais tempo só para chegar ao trabalho.
A Yuca compra, aluga e administra apartamentos localizadas em áreas nobres de São Paulo, para posteriormente alugá-los para um público tipicamente jovem, com faixa etária entre 20 e 35 anos.
‘’Morar em São Paulo está ficando cada vez mais insustentável. A Yuca é uma resposta a isso e aos novos hábitos dos millennials, que estão demorando mais para casar, mudando com mais frequência de trabalho e deixando de valorizar a posse do imóvel’’, afirmou Eduardo Campo, em entrevista ao Brazil Journal.
Portanto, a empresa e demais proptechs estão contribuindo em diversos aspectos, como a melhoria de qualidade de vida das pessoas que desejam se estressar menos ao se locomover pela cidade e a conquista da independência daqueles que desejam sair da casa dos pais.
Com poucos meses de existência, a Yuca é pioneira na exploração de co-habitação no Brasil, devendo abrir portas para que mais empresas invistam nesse segmento. A combinação entre um serviço necessário e valores acessíveis aumenta as chances de o negócio se expandir para outras capitais brasileiras.
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