Conheça 6 particularidades do briefing para motion design

Trabalhar como motion designer é utilizar suas habilidades criativas a serviço de uma proposta e um objetivo. É preciso saber lidar bem com clientes e se preparar para o que vai encontrar nos briefings dentro do Marketing Digital

Briefing para motion design

Para o motion designer que quer trabalhar com conteúdo audiovisual no Marketing Digital, o sucesso de sua carreira vai muito além de suas habilidades em criar peças incríveis. A beleza, nesse mercado, só adianta quando criada em relação a um objetivo específico.

Isso reflete bastante no briefing para motion design. Tanto que este artigo vai ser todo dedicado à importância de uma boa comunicação com o seu cliente e os elementos que não podem faltar em um storytelling para vídeo profissional. Confira!

Por que um bom motion vai muito além das suas habilidades de design

Antes de partirmos para a parte prática de um briefing para motion graphics, vamos dar um passo atrás e conversar sobre como essa profissão é muito mais do que habilidade técnica. Claro, você terá seus projetos pessoais e propostas mais artísticas, em que poderá demonstrar todo seu estilo e criatividade.

Mas, se sua ideia é ingressar no mercado de motion para marketing, existem soft skills que, muitas vezes, se sobressaem à qualidade do vídeo final aos olhos do cliente. Peças de Marketing Digital e publicidade, em geral, sempre têm um objetivo. Aumentar a percepção da marca, informar clientes, gerar e converter leads, viralizar, entre muitas outras metas que contribuem para o crescimento da empresa que contrata um designer.

Portanto, o sucesso nessa carreira depende muito, também, da sua capacidade de entregar o que cliente precisa e, ainda assim, imprimir criatividade e sua identidade estilística. É um equilíbrio bastante delicado, que todo designer deve encontrar com prática, estudo e respeito a quem contrata. Dentro disso, podemos considerar a disciplina, a disponibilidade e, claro, sempre entregar o trabalho dentro do prazo.

Por que o briefing para motion design é tão importante no Marketing digital

Sim, um motion designer de sucesso é aquele que consegue se comunicar e lidar com clientes de maneira profissional e certeira. Mas e quando ele não dá brechas para a experimentação que você ache importante naquele projeto? E quando ele pede algo que você sabe que não vai funcionar?

Afinal, você é especialista na sua área, não o cliente. É por isso que o briefing é obrigatório para um trabalho de motion bem feito.

Primeiramente, o briefing é a oportunidade de conhecer, conversar e compreender as intenções de quem contrata. É extrair o máximo de informações, não só do que ele diz querer na peça, mas o que dá a entender que deseja, mesmo que não perceba.

Em um segundo momento, o briefing se torna um argumento de alinhamento para o motion designer. A partir do ponto em que ele é definido e aprovado, você pode utilizar os pedidos contidos nele para experimentar saídas mais inovadoras ou fora da caixa, e utilizar os objetivos descritos como a razão para isso.

Claro, tem aqueles momentos em que um cliente diz uma coisa e depois muda completamente o que falou. Isso acontece o tempo todo na carreira de designer. O briefing é seu registro de que está fazendo o que foi pedido da melhor forma possível.

As 6 particularidades definidas em um briefing para motion design

Agora que definimos bem a importância do briefing na nossa conversa, vamos terminar com a parte mais prática e técnica. Cada cliente, cada projeto, vai exigir particularidades diferentes, de acordo com suas necessidades e objetivos.

Mas alguns elementos são vitais para o sucesso dessa relação. Focando o Marketing Digital, veja as 6 particularidades que, quando presentes no documento, guiam seu trabalho, diminuem ruídos de produção e servem de referência para a aprovação da peça, lá no final.

1. Público-alvo e linguagem

Toda peça usada em Marketing Digital tem como finalidade atingir um perfil específico, uma buyer persona. É interessante pedir esse tipo de informação e registrar o máximo possível para adequar seu motion.

Esses dados sobre público vão apontar os estilos que mais conversam com eles, formas de apresentar conteúdos mais engajantes, referências visuais que eles entendem e com as quais se identificam, linguagem do texto etc.

2. Identidade visual

Uma parte obrigatória de trabalhar com motion design para Marketing é conhecer muito bem a identidade visual da empresa que contratou seu serviço. Afinal, claro, você vai ter que incorporar informações como cores, fontes, símbolos e imagens que criem a unidade com a marca e outras peças publicitárias.

Uma boa ideia é pedir ao cliente o manual de uso da marca. Lá, você vai encontrar todas as informações de que precisa. Se ele não tiver um, faça muitas perguntas sobre esses elementos e pesquise campanhas anteriores para entender melhor essa identidade.

3. Mídias-alvo

Geralmente, peças de Marketing Digital são desenvolvidas para ser exibidas em situações bem específicas. São canais como Youtube, Instagram e Twitter, que têm formatos diferentes de vídeo que funcionam melhor, tanto em dimensões quanto em tempo.

Além disso, ainda há a plataforma em que será exibida. Se um motion é contratado para exibição em TV, por exemplo, exige particularidades de construção bem diferentes de um vídeo com foco na visualização por celular.

Tempo de vídeo, tamanho e quantidade de informação, tipos de gráficos utilizados, transições e cortes, movimento, tudo isso depende de para qual tela a peça está sendo produzida.

4. Objetivo de exibição

Trabalhar com Marketing Digital exige uma percepção mais estratégica do trabalho de motion designer. Não é raro que o briefing para trabalho nesse segmento aponte algumas definições sobre planos e objetivos de campanha.

Aquele motion será utilizado para apresentar um novo produto ou solução? O foco dele é instigar curiosidade? É capturar a atenção no primeiro segundo ou é apresentar um assunto mais complexo de maneira simplificada? Entender o que o cliente quer de resultado ajuda você a entregar a melhor peça possível para alcançá-lo.

5. Roteiro

O roteiro do motion não precisa estar 100% definido já no briefing, mas é interessante que designer e cliente saiam da reunião inicial já com um rascunho dele aprovado. O principal, para começar, é que você tenha o tempo de duração determinado, a informação bruta que deve estar presente, pontos focais e de virada que funcionem como checkpoints para a produção do vídeo, entre outros exemplos.

É com essa base que se cria um bom storytelling para vídeo, além de evitar que um problema de comunicação faça você perder dias de trabalho ao ter que refazer algo lá na frente.

6. Orçamento

O briefing também deve contar com a parte do orçamento que cabe à produção. Claro, o valor total, mesmo, estará no contrato que você assinar. Porém, o documento pode servir como um registro de recursos necessários para fazer o que o cliente pede.

No motion design, esses custos são relacionados, na maioria das vezes, a uso de banco de imagens, aquisição de licenças de fontes ou até algum software especializado para determinado efeito que ele deseje. Definir tudo isso desde o início diminui o risco de você ter que arcar com algum gasto que não é de sua responsabilidade.

Se o briefing para motion design tiver todas essas informações, você tem um guia completo de ação e, ainda, argumentos para defender suas escolhas no futuro. É um registro de um alinhamento entre profissional e cliente, que facilita em muito a comunicação e dá mais liberdade para você atuar imprimindo o seu estilo único.

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