Precisamos de um propósito para trabalhar bem e pronto.
A ideia de que ser bem sucedido esteve muito tempo ligada a alguém que dedicou os melhores anos da sua vida em uma única empresa. Pelo menos é assim que normalmente pensamos quando falamos de carreira. Pois é, mas este conceito está com os dias contados por esta geração.
Os altos cargos já não querem dizer mais muita coisa para eles. A proposta de altos salários em troca de deixar de lado o propósito e abraçar uma carga horária que só acumula já não é tão atrativo como antes.
Enquanto as empresas trabalham para fazer com que seus funcionários se dediquem a maior quantidade de tempo de serviço em uma atividade, esta geração quer sempre mudar, arriscar e se desafiar ao novo.
Nosso sobrenome não é trabalho, é propósito.
A geração vigente sempre será acusada como a principal culpada de nem sair da faculdade e já querer uma poltrona de presidente. No entanto, se analisarmos com mais cuidado mais veremos que isso é injusto. Precisamos também pensar sobre o comportamento dos gestores que responsabilizam esta geração de não trabalhar como deveria.
Para muitas empresas, somos os “mimadinhos” que não querem se adequar aos modos de trabalho. Deixa eu ver se entendi: Eles nos acusam de querer ser livres dos maçantes escritórios, seus chefes autoritários e suas hora-extras sem sentido? Nesse caso, acusação aceita.
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E digo mais. Quando olhamos para o mercado de trabalho, vemos que muitas das empresas não estão preocupadas em acompanhar as novas ideias. Aliás, muitas delas são até cretinas com seus funcionários. Contratam recém-formados apenas para pagar salários baixos afim de sustentar o custo dos altos escalões. Com isso, muitos dos jovens não veem perspectivas ali e acabam migrando para outras empresas. É por isso que muita gente talentosa e com potencial está abandonando a empresa, porque ela recusa uma perspectiva de melhora em nome de mesquinharia financeira. No mínimo, a culpa é metade-metade.
Mais privilégios, mas menos propósito.
É verdade que estamos à frente — pelo menos no quesito oportunidades – de nossos pais. Falamos outros idiomas, viajamos para o exterior com mais facilidade, temos currículos abarrocados dos mais diversos cursos. Temos sim muito mais privilégios, mas isso não quer dizer que mereçamos aceitar qualquer salário e carga horária para fazer tarefas chatas que ninguém na empresa quer fazer.
No meio disso tudo, encontramos muitos jovens que acabam colecionando muita frustração pessoal e se vê cada dia mais longe de um propósito para as atividades que exercem. Sei reconhecer que muitos empregos e profissões nunca atingirão certos níveis de contentamento e também que nem todos podem viver este modelo de trabalho mais livre.
O que estamos procurando em uma empresa?
Talvez o que esta geração está procurando não seja um conforto utópico como muitos acusam, mas sim locais de trabalho que nos transportem para uma mentalidade de que estamos fazendo algo útil para a sociedade, um trabalho onde os chefes sejam pessoas que os inspire no seu melhor, que o ajude a crescer juntamente com ele, um espaço onde a cultura de competição seja trocada pela de colaboração, desejam ter horários flexíveis apenas para poder aproveitar também os outros lados da criatividade, da experimentação, da auto-análise que possamos encontrar um equilíbrio entre o bem- estar da vida e as tarefas encarregadas a eles.
Não queremos apenas ter um trabalho melhor, mas uma vida onde trabalhar seja uma experiência de construção mútua.
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