Como investir meu dinheiro: o guia básico com o passo a passo para começar

Como investir dinheiro

Sabe aquelas metas que você traçou no início do ano, mas está com dificuldade para cumprir? Todo mês fica aquela dúvida se o dinheiro será suficiente para pagar as contas e é praticamente impossível que sobre algo para guardar. Chegou a hora de mudar isso! O primeiro passo é saber como investir dinheiro.

O mercado financeiro oferece opções para todos os perfis, inclusive para aqueles que não têm muito capital disponível. A grande dica é conhecer melhor os produtos existentes, principalmente os de renda fixa, para aumentar o seu patrimônio e buscar um padrão de vida mais tranquilo.

Para você dar os seus primeiros passos como investidor, preparamos um guia com informações relevantes sobre essa atividade. Continue a leitura e aproveite!

Por que você deve investir seu dinheiro?

Quando você era criança e recebia conselhos de educação financeira dos seus pais, uma das coisas mais comuns era ouvir sobre a necessidade de poupar dinheiro. A explicação era simples: se você guardasse uma parte da sua mesada, poderia comprar algo legal, como um brinquedo ou um tênis.

Investir é o passo seguinte. Infelizmente, nosso país não tem uma cultura de investimentos e a falta de conhecimento da população cria problemas financeiros e explica o oligopólio dos grandes bancos. 

A boa notícia é que, com o desenvolvimento da tecnologia, novas soluções surgiram para diversificar as opções.

O desconhecimento é o principal motivo para as pessoas evitarem os investimentos. Muitas acreditam que essa atividade tem alto risco e que é mais seguro deixar o dinheiro na poupança. Só que outras épocas, como o confisco, ensinaram que nenhum tipo de investimento é 100% garantido.

Produtos como os títulos do Tesouro Direto e os CDBs de bancos têm risco similar e contam com a garantia do governo e do FGC (em até R$ 1 milhão), respectivamente. Esse é o primeiro motivo para você abrir a cabeça para o mercado financeiro.

Além disso, investir significa se aproximar dos seus sonhos. Ao contrário do dinheiro parado na carteira, o que você aplica funciona como um empréstimo para a instituição, que em troca oferece uma remuneração. Assim, quanto mais você investe, maior fica o seu patrimônio.

Se o seu objetivo é comprar uma casa própria daqui a 10 anos, você tem tempo hábil para começar a juntar esse capital e, com as aplicações financeiras, multiplicá-lo até bater a meta. A outra opção é pegar um financiamento com os bancos, o que cria uma dívida que deverá ser paga por muitos anos.

Em resumo, o investimento permite que você dependa menos das condições da economia brasileira, já que, ao construir um patrimônio, você tem condições de manter o seu padrão de vida por algum tempo. Para completar, ele aproxima você dos seus sonhos sem fazer loucuras.

O que você precisa saber antes de começar a investir?

Segundo o Banco Central, 158 milhões de brasileiros investem na poupança. Em um país em que a população tem dificuldade para guardar dinheiro, esse número pode ser visto como um potencial, mas o problema é que existem produtos mais vantajosos e com o mesmo risco.

O Tesouro Direto, por exemplo, tem apenas 1 milhão de investidores pessoas físicas. A bolsa de valores, onde são negociadas ações e o risco é maior, também alcançou o mesmo número. Para aproveitar essas oportunidades, é necessário tomar algumas providências, que estão destacadas a seguir. 

Aprenda sobre investimentos

O conhecimento é fundamental para fazer uma gestão eficiente do seu dinheiro. Isso não significa que você precisa ser um expert no assunto para começar a investir, mas é fundamental entender o funcionamento do mercado para aproveitar as melhores oportunidades e minimizar os riscos.

Com a internet, ficou mais simples ter acesso a essas informações. Blogs financeiros e canais no YouTube descomplicam os assuntos e ensinam os passos básicos, como criar uma conta em corretora, fazer as primeiras aplicações e tirar dúvidas sobre liquidez e rentabilidade.

Depois de algum tempo e com a confiança mais elevada, você será capaz de desenvolver as suas próprias estratégias e pode explorar mercados mais arriscados. Porém, com um planejamento bem definido, é possível aplicar o seu patrimônio desde o primeiro dia em produtos de renda fixa, que são mais seguros.

Conheça seu perfil de investidor

Em qualquer tipo de investimento, há uma regra simples: quanto maior o risco, maior o potencial de retorno. Por isso, você deve definir quanto está disposto a arriscar para maximizar os seus ganhos, o que também pode significar uma diminuição no seu patrimônio se as coisas não saírem como o planejado.

Ao abrir uma conta em qualquer instituição financeira, você deve fazer o seu perfil de investidor. Esse documento contém perguntas que avaliam a sua aversão ao risco, prazo das aplicações e objetivos do investimento. Com as respostas, há três possibilidades: conservador, moderado e arrojado.

  • Conservador: não quer surpresas desagradáveis, por isso, procura investimentos de baixíssimo risco, que rendem pouco acima da Selic (taxa de juros básica). Exemplos: Tesouro Direto, CDBs e fundos conservadores.
  • Moderado: busca opções que ofereçam um retorno maior do que a Selic, mas evita as grandes variações, como ocorre na bolsa de valores. Exemplos: fundos moderados e contratos futuros.
  • Arrojado: está disposto a correr riscos para potencializar os seus ganhos, por isso, aloca mais de 50% dos seus recursos em renda variável. Exemplos: ações, câmbio e fundos agressivos.
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Defina seus objetivos

Uma das classificações de investimento é o tempo da aplicação: curto, médio e longo prazo. O ideal é que você diversifique os prazos de vencimento para sofrer menos com mudanças na economia, cortes na taxa de juros e outros fatores. Para fazer esse planejamento, é necessário definir os seus objetivos financeiros.

Se o seu sonho é fazer uma viagem para a Europa no próximo ano, calcule o valor necessário e quanto você precisa juntar por mês. Com isso, basta buscar as aplicações com vencimento em 365 dias, que paguem acima de 7% ao ano — isto é, acima da taxa Selic, que em 2019 está em 6,5% —, que o objetivo será cumprido com mais facilidade.

Por outro lado, você deve pensar em investimentos para o futuro, como ter uma aposentadoria mais tranquila. O importante é que esses objetivos sejam mensuráveis, ou seja, defina o valor que você pretende resgatar e acompanhar para saber se eles estão no caminho certo.

Quais são as melhores opções para iniciantes?

Agora que você entendeu a importância de ser um investidor, o próximo passo é conhecer os melhores produtos para começar. A dica é aproveitar a renda fixa, que tem baixíssimo risco e oferece uma boa remuneração se houver um planejamento de curto e longo prazo.

Quanto mais longo for o vencimento, maior será a taxa de retorno, já que o dinheiro ficará mais tempo disponível para a instituição. Por isso, é importante destinar uma parte para os próximos meses e anos com objetivos próximos e a outra parte para o futuro (acima de 5 anos), com metas maiores e mais caras.

Existem alguns tipos de aplicação que são mais fáceis de começar e têm boa rentabilidade se as oportunidades forem aproveitadas. Conheça melhor esses investimentos!

  • Tesouro Direto: programa do governo para pagar a dívida pública com a emissão de títulos em troca de uma remuneração acordada.
  • CDB: o Certificado de Depósito Bancário funciona de forma similar ao Tesouro, mas com títulos privados. Seu vencimento pode variar entre 30 dias e 10 anos.
  • LCI e LCA: esses títulos são direcionados para objetivos específicos: fomentar o mercado imobiliário e o agronegócio. Sua rentabilidade é menor, mas não tem incidência de IR.
  • Fundos de renda fixa: os fundos são gerenciados por um profissional, que faz a escolha dos melhores produtos. Os de renda fixa têm o objetivo de ultrapassar o rendimento do CDI (que é próximo à Selic) sem correr riscos.

Se você quer dar os primeiros passos na renda variável, a dica é comprar cotas de fundos de ação ou multimercados, em que existe uma diversificação dos produtos. A bolsa de valores é muito volátil, então, é necessário conhecimento para conseguir bons resultados e aumentar a sua renda.

Como começar a investir?

Como dissemos anteriormente, os investimentos são feitos por meio das instituições financeiras, ou seja, é necessário abrir uma conta. Os bancos tradicionais oferecem essa opção na sua cartela de serviços, mas a dica é buscar as soluções digitais, que cobram taxas menores e têm mais ativos disponíveis.

Com a conta aberta em uma corretora, você deve transferir o dinheiro por meio de um TED e esperar a confirmação — esse processo pode levar alguns dias úteis. Depois, basta acessar as opções, verificar as condições (prazo, taxa e rentabilidade) e confirmar a aplicação. É possível acompanhar a evolução do patrimônio pelo site ou pelo aplicativo.

Abaixo, confira algumas dicas para você ter um início mais fácil nessa caminhada!

Pouco dinheiro para começar

A quantidade de dinheiro que você tem disponível não é um fator relevante para explorar esse mercado. Muitas pessoas pensam que, por sobrar pouco no fim do mês, não têm condições de aumentar o seu patrimônio por meio de investimentos. No entanto, saiba que é possível começar com qualquer quantia (R$ 50 ou R$ 100, por exemplo).

A mágica está na combinação de persistência e juros compostos. Se você aplicar R$ 100 hoje no Tesouro Selic, terá R$ 106,05 depois de 12 meses. Por outro lado, se você depositar R$ 100 todos os meses, esse valor salta para R$ 1.233,68 — os ganhos aumentarão em R$ 27,63. Nada mal, né?

A partir do momento em que você organizar a sua renda e começar a destinar uma parte dela para os investimentos, esses números serão cada vez maiores. Com a sua ascensão profissional, o seu salário mensal crescerá e você poderá aproveitar uma vida mais confortável no futuro. 

Além disso, é possível pensar em formas de ganhar dinheiro extra para potencializar ainda mais as suas aplicações e antecipar a conquista dos seus objetivos.

Tesouro Direto e a vantagem da renda fixa

O Tesouro Direto é considerado por especialistas o investimento mais seguro do mercado — mesmo com a poupança na lista. Esse programa foi criado pelo Governo Federal e funciona como um empréstimo para pagar a dívida pública ou financiar atividades. Em troca, o investidor recebe a quantia no vencimento acrescida da taxa de juros definida.

A principal vantagem do Tesouro é a aplicação inicial baixa — é possível investir a partir de R$ 30. Os títulos são bem diversos e funcionam de três formas: prefixado (taxa definida na compra), pós-fixado (segue algum indicador, como a inflação) e o Tesouro Selic, que é atrelado à taxa de juros e pode ser retirado a qualquer momento.

Aplicar o seu dinheiro no programa é simples: você deve ter uma conta em uma instituição financeira e dinheiro disponível para investir. O próximo passo é acessar a lista de títulos e escolher aquele que mais se aproxima do seu objetivo. Mas cuidado: se você tirar o dinheiro antes do vencimento, pode perder dinheiro.

Fundos de ações são ideais para conhecer a renda variável

Operar na bolsa sem ter conhecimentos específicos do mercado financeiro não é recomendado, já que as chances de perder patrimônio são grandes. Porém, você pode investir em renda variável por meio dos fundos, o que simplifica a operação e dispensa a compra diretamente com uma empresa.

O fundo de investimentos funciona por meio de cotas, que são administradas pelo gestor. Esse profissional é responsável por investir todo o dinheiro em ativos da sua escolha, que sigam os objetivos definidos anteriormente. Um fundo de ações, por exemplo, deve ter 67% do valor alocado nesse tipo de papel.

Para participar de um fundo, você deve acessar o site da corretora e buscar as opções existentes. Em geral, há uma aplicação mínima e uma taxa de administração, que é o valor cobrado para remunerar o trabalho do gestor. Lembre-se de que os fundos de ações contêm riscos, ou seja, não coloque todo o seu patrimônio neles.

Agora que você já sabe como investir dinheiro, o passo final é realizar um planejamento financeiro para guardar uma parte da sua renda mensal e aplicar em produtos de renda fixa ou fundos. Com a experiência, você pode explorar o mercado de ações e aumentar o seu patrimônio para viver melhor.

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