7 dicas para construir credibilidade durante a transição de carreira

Juliana Saldanha

Mudar de carreira nem sempre é fácil.

Entrar em um novo mercado sem ter como comprovar a nossa experiência em anos de atuação, como fomos tão acostumados, chega a ser assustador.

Mas se um novo projeto de vida leva em conta mudar de atuação, é preciso se movimentar, conquistar novas oportunidades, para que seja possível se consolidar nesse novo contexto.

Mas como atrair oportunidades sem ter tanto tempo de experiência? Como  demonstrar a nossa credibilidade para que mais pessoas possam escolher trabalhar conosco?  

Conquistar um novo público não é fácil. É preciso fazer com que, mesmo que ele não nos conheça profundamente, seja capaz de confiar uma tarefa, um projeto, dedicar o seu tempo ou a sua atenção a nós.

E, como já sabemos, a credibilidade não é construída do dia para a noite. Ela é, na verdade, uma tarefa diária. É ter a capacidade de ganhar a confiança, seja pela consistência na entrega do que propomos a fazer ou pela autenticidade da nossa comunicação.

Aqui as minhas 7 dicas para colocar em prática e conquistar a confiança (sua e a do seu público) na sua nova atividade

1. Acredite no seu conhecimento

Ao começar a trabalhar em um novo mercado, existe o medo recorrente de não ser bom o suficiente ou de ser descoberto como alguém que não tem tanta expertise na área.

Essa é uma sensação mais comum do que podemos imaginar. Até a Meryl Streep, atriz renomada de Hollywood, um dia admitiu não entender o porquê ainda a chamavam para fazer filmes.  Essa é a chamada Síndrome do Impostor.

Por isso, é importante sempre ter em mente: se você escolheu desenvolver um trabalho em uma área diferente é porque tem (ou quer ter) conhecimento, se interessa pelo assunto e acredita no que você pode oferecer nessa área, certo?

Acredite no seu conhecimento. E, principalmente, na sua capacidade de aprender para lidar com situações desconhecidas. Não sabemos e nunca saberemos tudo, mas sempre teremos a capacidade de trazer soluções.

Analise os conhecimentos e habilidades da sua antiga profissão e como eles podem ser atrelados à sua nova atividade.

Muitas vezes deixamos de lado toda a bagagem que acumulamos até aqui – seja da vida pessoal ou profissional – e acreditamos que, por começar em uma nova área, o que já sabemos e vivemos não é aplicável. O que não é verdade.

Trazemos conosco conhecimento, histórias e habilidades que podem ser transferíveis. E aplicar tudo isso de um contexto para outro pode ser justamente o que te diferencia frente a um mercado que segue o mesmo padrão.

Eu, por exemplo, trago o olhar de inovação e de novos modelos de negócio da minha antiga atuação para o que eu faço hoje. Além disso, carrego também a forma de pesquisar, analisar, questionar de forma analítica e crítica que aprendi lá atrás durante a minha formação acadêmica.

O misto disso tudo, faz com que a minha abordagem hoje seja diferente.  

Por isso, não faz sentido “enterrar o passado”.

Se mesmo assim você ainda está inseguro, vá atrás de mais conhecimento. Participe de workshops, palestras, cursos presenciais e online. Todo e qualquer conhecimento agrega valor ao seu serviço ou habilidade e te dá mais segurança.

Acredite no seu conhecimento. E invista nele também.

Mas tome cuidado para não ficar apenas acumulando conhecimento sem colocá-lo em prática, OK? Conhecimento que não vira ação, não nos leva a lugar nenhum.

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2. Mostre para o mundo a sua nova oferta  

Se você não falar para o mundo que você está mudando de carreira, ninguém vai saber e, consequentemente, você não vai sair do lugar.

Então, invista um tempo para atualizar as suas redes.

Mude a sua atividade principal no LinkedIn, pratique o seu novo pitch de apresentação para as próximas reuniões ou eventos, escreva uma nova biografia no seu perfil.

Às vezes, pode ser uma mudança simples, mas é importante que as pessoas não nos vejam mais como quem fomos e o que fizemos e, sim, para onde estamos indo e o que podemos oferecer.

Utilize como vantagem o seu histórico fora do padrão e aproveite para explorar o seu olhar fresco, externo, de alguém que está vindo de outro contexto para trazer perspectivas diferentes, notícias e debates interessantes para o meio em que você começou a atuar.

Antes de iniciar a minha atuação como estrategista em personal branding eu já compartilhava conteúdo no meu blog. Essa era uma forma de aprender e ao mesmo tempo desenvolver a minha credibilidade na área, ao chamar a atenção e ajudar outras pessoas que não conheciam nada sobre o tema.

Além de ser uma forma de mostrar o que sabemos (ou estamos aprendendo), o hábito de compartilhar o nosso conhecimento sobre um assunto é também uma forma de aprender. Ao ensinar, aprendemos. Ao compartilhar, desenvolvemos o pensamento crítico.

E para a relevância na comunicação, esses são fatores fundamentais.

3. Faça novas conexões

Conecte-se com pessoas que já estão nesse mercado e que você admira. Saiba o que elas estão fazendo, lendo e interaja com elas.

Foi o que eu fiz quando comecei alguns anos atrás. Depois de começar a escrever no blog, me conectei com outros profissionais na área. Participei de discussões, atividades do grupo, contribuí com o que eu podia e tinha em mãos naquele momento e cheguei até a ajudar na organização de um evento de personal branding.

Essas novas interações me levaram a novos clientes e contatos que, então, me indicaram para ainda mais pessoas.

Nesse início, não tenha medo de investir. Que seja o seu tempo ou a sua energia. Entregue o seu melhor em troca de acesso a esse novo contexto, mais conhecimento e mais movimento para a sua marca pessoal.

E com relação a novas conexões: qualidade e não quantidade, sempre.

Não seja mais um no Linkedin que adiciona todo mundo com o objetivo de “aumentar a sua rede”.

Invista em entender: Quem faz sentido eu acompanhar? Com quem eu posso me conectar e por que essa conexão é relevante, para ambos?

Tempo e atenção são moedas caras atualmente. Não as desperdice. E também não faça o outro desperdiçá-las.

4. Casa de ferreiro deve ter espeto de ferro

O velho ditado de que ‘casa de ferreiro tem espeto de pau’ não vale mais.

Tão importante quanto mostrar que temos conhecimento é preciso colocá-lo em prática. E colocar em prática para nós mesmos, em primeiro lugar.

A coerência entre as falas e as ações é fundamental para gerar confiança.

Na era da autenticidade e da transparência, a coerência é um fator de escolha: estamos alertas ao que escolhemos e em quem confiamos. Alertas aos discursos e aos comportamentos.

Nessa jornada de aprendizado de uma nova atividade, compartilhe o seu processo. Os seus desafios. Mostre os resultados. Explique a sua linha de raciocínio por trás de uma ação, por trás de um conteúdo ou de uma atividade.

Ao ver os seus exemplos e resultados, eu vou me inspirar e vou saber que você é a pessoa certa para me ajudar a chegar lá também.

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5. Credibilidade é ser verdadeiro no online e offline

Tenha sempre em mente: você é (ou deveria ser) a mesma pessoa no online e no offline.

Não existem mais mundos separados. Você deve ser verdadeiro com sua audiência, mesmo quando ela não está te vendo.

Pessoas confiam em pessoas. Ser genuinamente humano por trás daquilo que é exposto nas suas redes ou por trás do seu “comportamento profissional” está alinhado ao que tanto buscamos atualmente: a transparência e a autenticidade.

Caso peçam a sua opinião sobre um assunto que você não domina, seja honesto. Não diga que sabe de algo apenas para impressionar ou se mostrar mais experiente.

Não sabemos e nunca saberemos de tudo. E não há nenhum demérito nisso.

Melhor do que arriscar a sua credibilidade (e ser irresponsável) ao repassar informações erradas – ou fake news – é esperar, estudar, buscar fontes confiáveis e, então, falar sobre o assunto.

Cite fontes e dê crédito para pessoas que fazem parte da sua comunicação. Isso gera um senso de comunidade e te aponta como um profissional confiável.

Lembre-se também de que temos um poder de influência e a nossa reputação está intrinsecamente relacionada ao que indicamos, sugerimos, opinamos. Somos todos influenciadores. Por isso, tenha responsabilidade sobre o que sugere ou compartilha.  

Afinal, a nossa reputação é conquistada em anos, mas pode ser questionada – e derrubada – em segundos. Por isso, coerência e transparência. Sempre.

6. Seja consistente

A consistência é um dos fatores indispensáveis para a criação da confiança.

Afinal, não confiamos mais naquele amigo que sempre está por perto e aparece quando precisamos? Ou na Starbucks, já que sabemos exatamente o que vamos encontrar ao entrar na loja, não importa em qual lugar do mundo?

Por isso, entenda de que forma você deseja contribuir para o mercado e seja consistente na entrega dessa promessa. Afinal, nós confiamos em quem cumpre as nossas expectativas.

Seja na escolha das suas fotos de perfil, nas cores que usa ou na frequência com que você compartilha conhecimento nas redes sociais, a consistência da marca se dá quando os sinais que você envia, os elementos que utiliza e as suas mensagens estão alinhadas com os seus princípios e a sua essência.

No que se refere à comunicação, esteja sempre presente, mas com qualidade.

Mais do que falar sobre você, conheça as necessidades do seu público e compartilhe o que é relevante para ele. E mais do que chamar a atenção a todo momento, foque em estar presente com qualidade nos momentos em que você aparecer.

Dessa forma, eu vou confiar mais em você, pelo fato de que você se importa comigo e com o meu tempo.

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7. Pense em você como uma marca

Como eu sempre digo: Somos todos uma marca.

Afinal, a partir do momento em que nascemos, já geramos expectativas.

Gerir a nossa marca pessoal é entender de que forma queremos ser lembrados e procurados pelo que temos de melhor a oferecer, pelo que temos de único a compartilhar.

É ser capaz de gerar confiança para o público e mostrar que nós somos a melhor escolha pra ele.

Lembre-se: o nosso público sempre nos perguntará: por que eu devo confiar em você?

E nós devemos ser capaz de respondê-lo, estando em transição de carreira ou não.

Afinal, a sua marca pessoal vai além do que o que você faz hoje ou fez ontem.

Faz sentido?

E para te ajudar, compartilhe aqui nos comentários a sua transição de carreira e mostre para o mundo a sua nova atividade!

Nota do editor:
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