Era uma vez uma publicitária que trabalhava como designer de interface em uma produtora de sites. Um belo dia ela foi convidada para fazer parte do time de Marketing de uma empresa de tecnologia em plena expansão… Para tudo!
Isso não é um conto de fadas e eu não sonho com uma vida de princesa, muito menos de executiva toda poderosa, mas também não acredito que só um salário e benefícios garantidos sejam um bom motivo para eu deixar o que acredito para trás.
Mas, lá no século passado, o tio Maslow falou que precisamos comer, beber, dormir, fazer sexo, ter emprego, plano de saúde, casa própria, segurança, relacionamentos, reconhecimento, autoestima, aceitação, BMW na garagem e ufa, chega! Ele esqueceu que a base dessa pirâmide é o propósito, e sem ele, nem levantamos da cama.
E por falar em cama, se você está curioso para saber como foi que um dia eu levantei dela e disse: — hoje eu não quero mais ser gerente de Marketing, quero ser freelancer! Então, como diria uma ex-colega de trabalho que teve grande colaboração nesse desfecho, vem comigo que tu brilhas. Boa leitura!
Eu e o conteúdo: uma história de descobertas, trabalho duro e muito amor envolvido <3
Hoje, toda empresa que se preze tem um código de cultura e um propósito maior que o lucro e nós, profissionais que as servimos, estamos indo pelo mesmo caminho. E foi acreditando nisso que em menos de 6 meses, eu deixei de ser a analista de Marketing que fazia cartões de visitas para o departamento comercial — sim, eu era uma analista designer — e passei a ser a gerente de um departamento de Marketing que, até então, nem existia.
Eu entendi que mais do que vender ERP, aquela empresa de tecnologia que eu citei lá em cima onde acabei indo trabalhar, precisava ajudar seus clientes a adotarem processos de gestão mais eficientes. Então, comecei a escrever sobre isso e publicar no site da empresa, que na época nem era um CMS, eu editava o HTML para incluir meus artigos.
Mas, Silvia, que empresa de tecnologia era essa que nem tinha um blog? Calma, era uma baita empresa, com uma equipe de aproximadamente 50 colaboradores mega comprometidos, líderes fodásticos que acreditavam em inovação e apostavam no Marketing, mas não tinham quem cuidasse dele. E eu já estava apaixonada por tudo aquilo.
Eu e o Marketing Digital: o chefão duro de matar é o preconceito
Meus líderes já haviam investido muito em algumas agências que não trouxeram resultados, e isso os deixou traumatizados. Esse preconceito contra o Marketing, principalmente online, não era privilégio deles, tem sido muito comum na transformação digital.
Eu defendo a teoria de que isso acontece porque muitos clientes escutam que determinada nova ferramenta, Google Adwords por exemplo, dá muito resultado. Aí, ele investe só nela, na esperança de substituir todas as suas ações de Marketing, sem compreender onde essa ferramenta se encaixa, e que ela tem a sua função específica dentro de um projeto completo e complexo que começa no conteúdo. No caso do Adwords, essa função é tracionar acelerando o crescimento do tráfego.
Essa teoria acabou se transformando no meu propósito dentro daquela empresa: provar que as novas ferramentas de Marketing não funcionavam sozinhas ou substituíam as antigas, mas potencializam os resultados quando utilizadas em conjunto. Foi level hard, e até hoje tento vencer o big boss.
Eu e os meus parceiros: muito mais amor envolvido <3
Depois que um dos artigos, que escrevi em parceria com o nosso melhor executivo de vendas, despertou a curiosidade de uma importante empresa da indústria de tabaco e gerou um projeto piloto implantado em 20 pontos de vendas, tive argumentos suficientes para conseguir a verba para contratar a Rock Content e o RD Station, que considero hoje, meus maiores parceiros.
Mas, o gato escaldado ainda estava lá, e cada centavo investido era cobrado em resultado, claro! O CEO da empresa fazia questão de revisar cada artigo entregue pela Rock junto comigo. Até que um belo dia, aconteceu: um de nós, freelancers, confundiu dois importantes conceitos de gestão em um dos posts que recebi na plataforma.
Serei eternamente grata a esse colega, pois a confusão dele(a) foi a razão de um e-mail muito malcriado que o meu CEO mandou para a equipe da Rock Content e que acabou sendo encaminhado para o próprio Edmar Ferreira — um dos fundadores da Rock.
Eu e o destino: a arte de fazer limonada
Quis o destino que na mesma semana eu tivesse um baita conflito de opinião durante uma reunião com o autor do e-mail. Saí dela quase dez da noite, determinada a desistir de tudo. Mas o meu amado CEO (amado de verdade, viu?) percebeu e me ligou na sequência, me autorizando a ir ao RD Summit na semana seguinte, cedendo em um dos motivos do conflito.
Lá fui eu para Floripa. Na van do transfer do aeroporto para o hotel, que era exclusiva para os participantes do evento com o pacote da Apino, puxei papo com um “carinha” e acabei comentando sobre a insatisfação do meu chefe com o marketing de conteúdo, até falei sobre o e-mail malcriado que tinha ido parar na caixa de entrada do CEO da Rock Content.
O cara perguntou o nome de quem mandou o tal e-mail, eu respondi, ele pegou o smartphone, acessou a caixa de entrada, olhou para mim e perguntou: você é a Silvia? Sim, o “cara” era “Ooooo” cara. Eu estava falando com o próprio Edmar!
Nem preciso contar do quanto ele e toda equipe da Rock me trataram como se eu fosse de casa, nem do quanto voltei do evento motivada a fazer esse negócio de conteúdo funcionar.
E como se não bastasse, alguns dias depois, o Edmar veio até Santos exclusivamente para conversar com o meu CEO sobre o nosso projeto e acabou nos incluindo no conteúdo avançado, sem cobrar um centavo a mais.
Me sinto até hoje devendo um almoço ao Edmar, pois ele mal teve tempo de ver o mar antes voltar para o aeroporto. Só deu para comer meio sanduíche de filé na mesa do meu chefe enquanto ouvia as histórias dele.
Eu e a Rock Content: da imersão ao despertar
Junto com o conteúdo avançado veio o meu maior desafio: conseguir o tempo e atenção dos diretores e especialistas da empresa para as entrevistas. Então, eu resolvi entender melhor o processo da Rock e comecei a minha imersão nele. Eu queria estar do outro lado da plataforma para entender como eu poderia melhorar as minhas solicitações e feedbacks.
Foi aí que a mágica aconteceu: eu me apaixonei pelo processo. Quando comecei a estudar, a sensação era de que tudo aquilo era muito óbvio e eu já tinha nascido com aquele conhecimento, só estava adormecido em algum lugar e a Rock despertou.
Eu e a CLT: entre o propósito e a estabilidade
Nesse ponto, eu também percebi que já tinha dado à empresa onde trabalhava o que ela precisava de mim. Já tinha um blog, uma estratégia de conteúdo, gestão de leads, pré-venda, um bom posicionamento na SERP para palavras long e head tail, mais de 200 colaboradores no time e os melhores prestadores de serviço como fornecedores. A sementinha já estava plantada e agora é só cultivá-la.
E eu precisava me realinhar com os meus próprios propósitos. Mas como eu poderia me desligar daquela instituição e daquelas pessoas que eu amo tanto? Foi uma decisão difícil e até dolorosa, agravada por um problema de saúde, que me fez repensar a estabilidade de um emprego CLT.
Aqui cabe mais uma das minhas opiniões: se você quer ser freelancer, seja no mínimo MEI, pois assim você terá direito a alguns benefícios que a CLT dá, como o auxílio doença e a licença maternidade. Digo isso, porque nesse momento da história acabei precisando me afastar para um tratamento, e sem o apoio da empresa e do INSS eu nem sei se estaria aqui escrevendo isso agora.
Quando retornei do afastamento, os processos de produção de conteúdo haviam sido internalizados e eu percebi que talvez precisasse começar tudo de novo. Não deu. Eu tinha um outro chamado mais urgente para atender: o meu.
Eu e a #vidadefreela: hipnose da felicidade
Sim, a Comunidade Rock Content estava lá, hipnotizante, me chamando: venha, Silvia. Venha estudar enquanto ganha dinheiro, venha ser uma nômade digital e trabalhar de onde quiser, venha ter os seus próprios clientes, venha ficar mais perto dos seus filhos, venha ganhar de acordo com o que você produz, venha!
Eis-me aqui, cultivando bons hábitos para melhorar a qualidade de vida e aumentar a produtividade, definindo metas financeiras que orientam a minha produção, fazendo as pazes com a disciplina, aprendendo todo dia várias coisas novas, investindo no meu próprio blog, escrevendo sentada no chão do estúdio onde a banda do meu filho está ensaiando e sendo feliz!
Curtiu a jornada que não é de herói? Então, comente, please!
Silvia Seco
Publicitária especializada em Marketing, Marketing Digital, Produção de Conteúdo, Inside e Field Sales.
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