Diário de uma mãe solo: como reconquistei minha liberdade fazendo freela

Coluna Freela - Renata Nogueira

Já se sentiu perdido e sem muitas perspectivas para o futuro? Bom, eu também, e sei o quanto isso é ruim. O pior é quando inclui outra pessoa totalmente dependente de você: uma criança. Foi assim que me encontrava há quase dois anos, antes de conhecer a Rock Content. Desempregada, com uma filha para criar e vivendo da ajuda da minha mãe.

Não, a minha ideia aqui não é contar uma história triste — provavelmente você até ouviu violinos em uma melodia dramática —, mas falar sobre como mudei o rumo da minha vida sendo freela de redação. E aí, ficou curioso para saber como estou hoje e o que fiz para chegar até aqui? Então, continue a leitura e confira!

Quando o chão sumiu

Antes de contar como conheci a Rock, acho interessante falar um pouquinho sobre a minha vida. Sou formada em Nutrição desde 2010, mas nunca atuei na profissão, de fato.

Quando engravidei da minha filha, dividia um apê com meu primo em outra cidade. Tinha acabado de entrar em um novo emprego, como vendedora, e estava com a vida que gostava: tinha a minha liberdade.

Ao receber o exame positivo, voltei para a casa da minha mãe, e dependia financeiramente dela. Foram momentos bem difíceis. Dá para imaginar, né? Maria Luiza nasceu, e resolvi empreender. Vendia laços para bebês, o que me dava algum dinheiro para comprar roupas para ela. Mas não era o suficiente — eu precisava de mais.

Aquela coisa de voltar a ter minha liberdade ainda martelava na minha cabeça. Sabia que não seria tão fácil quanto antes, afinal, tinha uma criança junto. Foi aí que me falaram da tal Rock Content, que é o assunto do próximo tópico. Bora lá!

Aquela luz no fim do túnel

Esse intertítulo é bem clichê — e um tanto quanto brega —, mas foi assim que enxerguei quando falaram sobre receber uma grana para fazer blog posts, e o melhor: sem sair de casa. Seria o trabalho perfeito?


Em uma comunidade de rede social em que participo até hoje, a Rock Content foi apresentada por uma das meninas, que já fazia freela full-time há um tempo. Na época, foi aquele alvoroço, muitas participantes se candidataram, e algumas estão com a Rock até hoje.

Demorei alguns meses ainda para me candidatar. Sabe aquela coisa de deixar o coleguinha entrar na piscina primeiro para saber se a água está boa? Então, foi mais ou menos isso.

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A jornada na Rock Content

Com o apoio moral das amigas, fiz o curso e passei na candidatura (de segunda). Aí você pensa: Renata, certamente, adora escrever, está sempre comprometida nos estudos e lê livros frequentemente. Engano seu!

Ao contrário da maioria dos redatores, que têm a profissão ou a paixão relacionada à escrita, sempre fui alheia a isso. Mas quando o calo aperta a gente dá um jeito, não é verdade? E foi assim que me apaixonei pelo que, a partir dali, seria o meu ganha-pão.

Com a ajuda dos colegas e dos analistas, aprimorei minha redação e conquistei lugar em novos times de projetos. O mais legal é que posso usar meus conhecimentos em Nutrição para escrever sobre alimentação, saúde e bem-estar.

Por falar nisso, muita gente me pergunta se não tenho vontade de trabalhar como nutricionista. A minha resposta é não, e já explico o motivo logo abaixo.

O que conquistei até aqui

Trabalho como redatora freela da Rock desde novembro de 2017, mas somente em 2019 resolvi que estava na hora ter a minha liberdade de volta. Até então, o dinheiro que tirava era ok, até comprei o carro velho da minha mãe, porém não conseguia aumentar minha produção.

Morava com meu irmão em um sítio. Consegue imaginar a trabalheira que é cuidar disso? Não me sobrava tempo ou energia para arrumar tudo, olhar minha filha e ainda produzir. Foi aí que decidi pegar minhas trouxinhas e caçar meu rumo.


Aluguei uma casa, mobiliei com móveis e eletrodomésticos que estavam sobrando no sítio, e fui com a cara e a coragem. Ouvi até que estava sendo burra porque ia deixar de morar no que é meu para pagar aluguel.

Mas olha, agora tem fofoqueiro mordendo a língua. Minha produtividade praticamente dobrou! Hoje, mesmo pagando aluguel, me sobra mais dinheiro que antes, fora a qualidade de vida que é outra, né? Nada é melhor que o nosso canto, com as nossas coisas e tudo do nosso jeito.

Ah! Pensou que eu tinha esquecido de falar sobre o lance de atuar como nutricionista, né? Pois bem. Digo que não atuaria na profissão, pelo menos por agora, porque o que ganho como freela da Rock equivale à média salarial do nutricionista. E ainda tenho a vantagem de trabalhar em casa, podendo cuidar da minha filha e vê-la crescer. Preciso de mais o quê?

Aliás, essa é outra dúvida frequente: como consigo produzir com criança por perto. Preciso confessar que Maria Luiza, minha filha, é sossegada, mas não deixa de ser um desafio. No tópico a seguir conto mais sobre isso.

A minha rotina

Quando comecei a escrever, precisava de muito silêncio para me concentrar, além de levar um bom tempo para terminar uma tarefa. Então, deixava a pequena com minha mãe e ia para outro cômodo separado da casa.

Com o passar dos meses e a prática, comecei a não me importar mais com os barulhos. Além disso, minha filha já tinha quase dois anos e estava entendendo bem. Eu explicava que mamãe precisava trabalhar para comprar papá — e é assim até hoje.

Existem alguns dias em que ela quer mais atenção e passa horas me chamando. O que percebi é que isso acontece quando trabalho à noite também, e aí vem aquela culpa de mãe: mesmo perto, estou longe, sabe?

Por isso, tento ao máximo estar disponível quando ela volta da escola, depois das 17h30. É sempre que consigo? Não, já que tenho outros afazeres, como arrumar a casa, lavar roupas e fazer compras, mas ela é minha prioridade.

No meu dia perfeito, acordo às 6 h, faço metade da meta do dia até as 10h30, cozinho o almoço, arrumo a cria para a escola, lavo a louça e trabalho até as 17 h. A partir daí posso me dedicar a minha filha e ao descanso.


Porém, como nem tudo é perfeito, nem todos os dias são assim. É o sono que dá uma esticadinha, é a comida que demora mais que o de costume para ficar pronta, é o chilique da criança que não quer ir para a escola… Tento levar numa boa, não dá para pirar.

Mesmo morando com a cria de pouco mais de 3 anos, dá para me virar. Deve ser aquela coisa que somente as mães têm: ser mil em uma. A gente dá conta de tudo, basta manter o controle — e com as pilhas!

A vida é uma caixinha de surpresas. Quando você menos espera, alguém te dá uma ideia genial que pode mudar o rumo da sua, como aconteceu comigo: de mãe solo desempregada a redatora freelancer que reconquistou sua liberdade.

E aí, curtiu a minha história de freela? Que tal contar a sua também? Compartilhe as suas experiências escrevendo uma Coluna Freela!

Renata Nogueira

Mini-descrição: Mãe Solo, redatora full-time e fã de Star Wars — não é à toa o Solo com S maiúsculo.

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