Geração Freelancer: os millennials nasceram realmente para isso?

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Já parou para pensar como as relações profissionais mudaram nos últimos 30 anos?

De um modelo extremamente engessado para um que inspira flexibilidade e pessoalidade. Pensar em carreira na sociedade atual é pensar também em lifestyle, sonhos, qualidade de vida e muito mais.

As mudanças são gradativas, vão surgindo com o tempo, com a necessidade de profissionais e do mercado. Nem todas as profissões passam por essas mesmas transformações, entretanto, grande parte da população já sente que para encontrar um lugar no mercado de trabalho exige muito mais que habilidades técnicas — ou sorte.

A geração Y é parte fundamental nessas transformações. Também são conhecidos como Millennials, eles abrem portas para novas atuações, tipos de profissionais e exigem que tudo isso aconteça rapidamente.

Neste artigo, vamos contar por que eles nasceram para a carreira freelancer e o que devemos esperar para o futuro. Vamos lá?

Geração Y: quem são?

Antes de qualquer coisa, precisamos explicar quem faz parte desse grupo e quais são as diferenças para as outras gerações, certo?

Essa geração sucede a Geração X e vem antes da Geração Z. A geração Y é formada por todos que nasceram entre 1980 e meados dos anos de 1990, aproximadamente, 1995.

Mas não há consenso em relação ao período. Alguns artigos e pesquisadores, como The New York Times, Time Magazine, entre outros, sugerem a data de início em 1977, outros 1978 e por aí vai. As datas de término do período também variam, tendo partida em 1994 até os anos 2000.

O termo “millennial” surgiu nos Estados Unidos nos anos de 1990 para apelidar aqueles que se tornaram adolescentes e jovens adultos na virada do milênio.

Criado pelos pesquisadores americanos, Neil Howe and William Strauss, autores do livro “Generations: The History of America’s Future, 1584 to 2069”, a definição é apenas uma das opções. Net generation, por exemplo, é outra forma de se referir à geração Y.

De forma curiosa, a pronúncia do termo em inglês, Y Generation, é semelhante a pronúncia de “Why Generation”, em tradução livre: “geração por que”. É aí que queremos chegar no texto. Essa geração realmente parece desafiar o modo que tudo era feito antes, mas vamos falar disso nos próximos tópicos.

Geração X, geração Z etc.

Disputando espaço com as gerações X e Z, os millennials ganham mais destaque, mas vale a pena trazer um pouco sobre a geração anterior e a que vem por aí.

A geração nascida após o baby boom pós-Segunda Guerra Mundial é a geração X e, assim como os millennials, não se sabe ao certo o período, mas abrange a população nascida a partir dos anos de 1960 até o final da década de 1970, incluindo os primeiros anos da década de 1980.

De forma geral, eles têm perfis mais analíticos e lineares, representam uma ruptura muito grande com as gerações anteriores e clamam por liberdade, individualidade e direitos. Além disso, calma e segurança são desejos em comum, com pensamentos racionais e baseados em conhecimentos aprofundados.

Enquanto isso, a geração Z começou pouco antes dos anos 2000 até o fim da primeira década deste milênio. Essa turma já nasceu com a tecnologia a seu favor, se mostra muito mais conectada e têm nenhuma dificuldade interagir dispositivos eletrônicos.

É comum dizer que eles são desconfiados, não ficam parados, deixam claro suas posições, são desapegados, exigem flexibilidade, mas toda essa conectividade vem com um preço. Os jovens são mais ansiosos e convivem com o excesso de informações.

Os millennials no mercado de trabalho

OK, legal saber das outras gerações, das mudanças e o perfil de cada uma, mas o que isso tem a ver com o trabalho freelancer?

Como você já pode imaginar, os millennials aproximam-se de características das gerações X e Z, possuem outras e são marcados por características como:

  • Multitarefas: têm facilidade para lidar com diferentes estímulos ao mesmo tempo, são mais dinâmicos;
  • Divertidos: no mercado de trabalho, a geração tende a separar menos a relação pessoal e profissional, preferindo ambientes mais animados e integrados;
  • Questionadores: aqui entra o que falei antes de serem a “geração why”;
  • Ansiosos: o termo diz mais sobre a efemeridade e a pressa para lidar com situações;
  • Flexíveis: os millennials esperam liberdade e autonomia em tudo, incluindo relações de trabalho;
  • Tecnológicos (com moderação): eles cresceram com o desenvolvimento de novos dispositivos e estão conectados o tempo inteiro, mas o excesso pode atrapalhar;
  • Valorizam o bem-estar: diferentemente de outras gerações, ter um trabalho legal, porém desgastante, não é o que eles querem. Preferem qualidade de vida e equilíbrio;
  • Competitividade: por estarem bem preparados e esperarem muito do mercado, os millennials buscam oportunidades e querem ser os melhores para chegar ao sucesso;
  • Querem ser protagonistas: aliado a altas cobranças e alto nível de entregas, os millennials querem ser donos das suas carreiras e são mais exigentes na hora de escolher uma empresa.

Agora, tente imaginar como o mercado reagiu quando esses profissionais — cada vez mais independentes, determinados e seguros de si — chegaram para transformar (quase) tudo.

E por isso as transformações do trabalho vão além das novas tecnologias.

O mercado está preparado para isso?

No El País Brasil, há uma análise bem interessante sobre quais são as saídas para essa geração extremamente preparada, mas que não encontra o que quer por aí. O fenômeno não é só brasileiro, mas ocorre em nível mundial.

O que acontece é que, muitas vezes, não há espaço para todos os profissionais, a remuneração não é lá grandes coisas e os cursos universitários parecem não funcionarem mais — pelo menos, dentro das expectativas dos profissionais.

Outro ponto é que estamos sentindo na pele a incerteza causada por crises políticas e econômicas.

Segundo dados do IBGE, em 2018, o desemprego é a realidade de mais de 13 milhões de pessoas, equivalente a 12,9% dos trabalhadores. Entre os jovens a relação é ainda maior, o número de desempregados entre 18 e 24 anos é 28,8%. No censo anterior, esse último dado era de 17,6%.

Mas não acaba por aqui.

Quais oportunidades surgem para esses profissionais?

A primeira informação que devemos levar em conta é que uma parte significativa das funções de trabalho hoje foram criadas há pouco tempo.

Então, se considerarmos profissões como social media, influenciador digital, desenvolvedor de aplicativos e tantas outras opções, tudo isso não existia há 15, 20, 30 anos.

A carreira freelancer é só uma das opções que chegam para vários profissionais.

E não é à toa que, segundo a Mercado Freelancer 2017 — pesquisa da Rock Content, We Do Logos e 99freelas —, há predominância dos millennials entre os respondentes da pesquisa que contou com quase 10 mil pessoas. A geração Y representou 79,3% dos respondentes da pesquisa.

Ainda segundo a pesquisa, os brasileiros apostam na carreira freelancer por alguns fatores, entre eles os mais escolhidos foram: aumentar a renda, desemprego, flexibilidade e liberdade. Esses dois últimos motivos mostram que os profissionais buscam cada vez mais a qualidade de vida — mesmo em meio a crise econômica.

Os millennials estão entrando no mercado de trabalho e criando suas próprias oportunidades, seja como gestores, como profissionais autônomos ou empreendedores. É impossível esperar que todos os millennials encontrem seu lugar na vida de freelancer, mas é a mesma força e vontade de inovar que guia as adaptações de outras vagas e mercados.

E, de forma semelhante ao que aconteceu nas gerações anteriores e que construíram os modelos de trabalho e de empresas atuais, estamos caminhando para outras mudanças com dependência ainda maior da tecnologia, da internet e da globalização.

E aí? Onde você entra nessa mudança? Se quiser saber se a carreira freelancer é realmente para você, faça o teste agora!

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