A importância da negociação na vida do freelancer

A importância da negociação na vida do freelancer

Se você ainda não percebeu que cada dia é um dia de negociações, pare e perceba: a todo momento estamos compactuando com alguém (inclusive com nós mesmos) a troca de serviços, produtos, favores… e não estamos falando só de entrar na loja e pedir o desconto, um exemplo clássico de como argumentar para benefícios mútuos.

Até mesmo aquele almoço em que você comeu só a saladinha para poder tomar um sorvete de sobremesa, no meio da dieta, foi uma negociação.

É por isso que quem não sabe negociar pode sempre levar algum prejuízo.

No mundo do empreendedorismo e, mais ainda, na vida de freelancer, a negociação é uma ferramenta importante para que tanto freela quanto cliente saiam satisfeitos de um trabalho em conjunto.

Ao passar pela carreira de autônomo, você vai perceber que desenvolver essa habilidade é quase tão importante quanto a atividade ou produto que você, de fato, vende.

Afinal, é ela quem vai te manter em um mercado cada vez mais acirrado por muito tempo.

E tem gente que ainda fala que “não sabe negociar”, em pleno 2018. Caso você faça parte desse grupo, é melhor mudar o mindset para não ser o próximo freela a ser engolido pela sensação de que não está levando absolutamente nenhuma vantagem com seu trabalho.

É sério: a negociação mal feita pode até te levar ao caminho do prejuízo, do pagar para trabalhar. Quem escolhe ser freelancer como meio de vida sabe que o primeiro mandamento dessa religião é: “não farás o que não causará lucro”.

Se ainda não parou para refletir sobre os motivos pelos quais é importante saber negociar sendo freela, bem vindo ao agora, que é exatamente o melhor momento para fazer isso.

Motivo #1: Você pode ter o melhor custo-benefício

O que leva muitas empresas a escolher freelas ao invés de outras empresas é o custo-benefício dessa relação de trabalho, então há margem de negociação aí.

Enquanto empresas formam equipes, pagam salários e encargos, alugam salas e precisam faturar muito para bancar todas essas despesas, os freelas estão focados em uma área de atuação específica e não precisam agregar ao seu valor final tantos tributos obrigatórios.

Assim, quem escolhe ser freelancer acaba tendo um preço mais competitivo – o que faz brilhar os olhos dos clientes, principalmente em momentos de crise.

Motivo #2: Seus processos são menos engessados

O freela é aquele que tem contato direto com o cliente, e não é como se o contratante fosse ligar para saber de algo do seu projeto e o freela nunca atendesse, estivesse disponível ou “passasse para o seu assistente”, como muitas empresas fazem.

Isso tem um valor inestimável para quem está colocando dinheiro em uma relação de trabalho, uma vez que, se você está pagando, quer ser bem atendido, e no momento em que seu problema aparece.

Negociar em cima disso, mostrando que a relação vai ser direta e eficaz, pode te render ainda mais valor do que o que renderia a uma empresa.

Motivo #3: Portfólio

Existem duas formas de negociar para melhorar seu portfólio.

Uma delas é baixando o preço das suas primeiras atividades dentro da área, para que os clientes possam vir, fazer o serviço e, aí, você vai ter o que mostrar para os próximos prospects, já colocando o valor de mercado no seu orçamento.

A outra é fazendo exatamente o contrário: negociar em cima da experiência que você já teve e dos resultados que apresentou.

Afinal, não é porque você é freela que, se uma empresa tem só cem reais para um trabalho que custa mil, você vai pegar o job. O freela não pode e não deve ser uma alternativa para o que as empresas não querem fazer: ele tem que ser uma concorrência às empresas de seu mercado.

Motivo #4: Você precisa garantir sua renda

Dito isso, uma das maiores importâncias de saber negociar como freela é para fazer sua renda, pagar suas contas e colocar comida na mesa.

Muito cliente vai achar que você aceitará tudo justamente porque precisa de dinheiro, mas a realidade é que todo mundo precisa! Força de trabalho não é esmola e, da mesma forma, não deveria ser tratada como tal.

Negocie nos termos que você achar mais justo para garantir sua renda, e só diminua o preço se você precisar praticar para fazer portfólio. Senão, corre o risco de pagar pra trabalhar, ter uma experiência frustrante e voltar, a contragosto, ao mercado de trabalho convencional.

Motivo #5: Não há muito a perder

Uma coisa que você vai aprender enquanto freela é que você, definitivamente, não é obrigado. Você não precisa pegar qualquer trabalho, por qualquer orçamento, se não achar que o job vai te ajudar, seja de maneira financeira, seja para crescimento pessoal e profissional.

É por isso que, ao negociar direitinho com seus prospects, você não tem nada a perder.

Imagine o seguinte: você está vivendo de freela e um potencial cliente te pede orçamento para uma atividade que, em valores justos, ficaria em 1.500 reais. É tempo de crise, mercado esfriou, ele só tem 500 reais para te pagar.

Você pode fazer duas coisas: ou pegar esses 500 reais para não perder o cliente (e a grana) e correr sérios riscos de, no fim das contas, ter pagado 1000 reais para trabalhar, ao invés de ganhar 500… ou dizer que, nesses termos, você não fecha negócio.

Pensa bem: quando um cliente te procura, é ele quem precisa de você. Se deixá-lo ditar as regras do jogo, será assim por um bom tempo. Mas, quando você se impõe e diz que não fará por nada menos que o preço justo, tem a faca e o queijo na mão para fechar negócio.

Você é o especialista, não é? Se ele não quiser pagar o valor justo, que faça ele mesmo.

As técnicas de negociação vão te ajudar a firmar seus discursos para conseguir sair de muitas saias justas e entrar em situações benéficas para a sua carreira. Contudo, é a importância de aprender a vender que pode te conduzir rumo à perenidade da sua vida de freelancer.

Esperamos que, com esse post, você tenha entendido quem é que manda! E que faça boas negociações, dignas de quem é Profissa.

E aí, vamos estender essa conversa nos comentários? Aguardamos o seu alô! 🙂

Este artigo foi escrito pelo Lucas Lima, sócio fundador e CEO do Profissas.

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