Iniciar uma carreira freelancer é algo excitante e desafiador.
Tanta coisa para correr atrás! Pesquisas, leituras, cursos, criação de site profissional, formação de portfólio, networking, etc.
Enquanto resolvemos essas coisas, muitas vezes nos esquecemos do quão importante é ter uma visão geral e de longo prazo sobre nossa carreira.
Para nos ajudar a crescer como profissionais sem perder a mão, uma das melhores pessoas a se seguir na internet é Seth Godin.
Considerado um dos gurus do marketing atual, Seth é defensor fervoroso da “gig economy”, que abriga um número cada vez maior de freelancers no mundo todo. Além disso, ele destaca o quanto nós, freelancers, podemos fazer a diferença na vida das pessoas. Para melhor, é claro!
Por isso, resolvi trazer cinco valiosos insights ensinados por Seth Godin ao longo de sua carreira. Espero que essas dicas acendam a chama do seu espírito empreendedor!
1. Escolher ser genérico é abrir mão do seu potencial como freelancer
Se você está lendo essa coluna, provavelmente já trabalha como freelancer ou estuda a possibilidade de investir em uma carreira, seja como designer, redator, arquiteto, decorador, organizador de festas, programador, etc.
Escolher ser um freelancer é a sua chance de:
- realizar um ótimo trabalho, não porque pediram a você, mas porque você é capaz de fazê-lo;
- ser livre para tomar suas próprias decisões;
- ser responsável pelo trabalho que realiza;
- fazer a diferença na vida das pessoas;
- tornar-se um profissional respeitado.
Diante disso, eu lhe pergunto: ser genérico é algo bom? Basta estar à disposição para todo e qualquer job na sua área, que as coisas vão fluir a seu favor?
Provavelmente não. Ser genérico é uma escolha. Escolher ser genérico é escolher ser apenas uma engrenagem no sistema e, por isso, o profissional genérico sempre estará sofrendo para ser pago devidamente, obter novos clientes ou fazer alguma diferença.
Diferenciar-se dos outros profissionais em sua área é uma questão vital. Evite ser genérico e alcance seu verdadeiro potencial como freelancer.
2. Comece pequeno e vá construindo seus ativos
Não vale a pena ser um freelancer se tiver que esperar alguém dizer o que você deve fazer. Você precisa enxergar um caminho só seu e trabalhar para percorrê-lo.
Observe o que os outros profissionais da sua área estão fazendo e como o fazem. Analise como você faria diferente e decida que passos deve tomar.
Para isso, faça as seguintes perguntas:
- O que realmente quero fazer?
- O que quero mudar à minha volta?
- Que riscos estou disposto a correr?
- Quanto trabalho estou preparado para fazer?
- Este trabalho importa? É possível realizá-lo?
A boa notícia é que você não precisa largar seu emprego ou trabalhar full time como freelancer — pelo menos não no início.
Comece pequeno, nas horas livres, nos finais de semana e, aos poucos, você vai criando seus ativos, suas “pegadas” no mundo digital, seu portfólio. E não se preocupe em ganhar dinheiro logo no começo. Procure parcerias interessantes para a sua imagem como profissional, faça o trabalho bem feito e compartilhe!
O salto que você precisa dar não é sair do seu emprego, nem ganhar dinheiro logo de cara, mas ser um profissional que investe na construção desses ativos.
3. Construa sua marca pessoal, mas entenda o que isso realmente significa
Diante do bombardeio de vídeos, fotos e perfis que vendem estilos de vida “livres” para favorecer o marketing pessoal, é fácil esquecer do que uma marca realmente se trata: prometer coisas que são únicas e ser capaz de entregá-las.
A marca não é logo, site bem construído, identidade visual ou postagens nas redes sociais. Ela é a promessa que você faz e expectativa que as pessoas têm ao ouvir essa promessa.
Todos somos capazes de promover e garantir o resultado prometido. Ao comprometer-se em entregar algo valioso para seu cliente, faça de um jeito memorável, que o instigue a contar aos outros. O boca a boca ainda é o melhor marketing existente.
4. Fazer bem o seu trabalho é também contar uma história
Nem todo freelancer percebe que sua trajetória é uma história sendo contada. Ao aceitar um job que não vai enriquecer seu portfólio, nem remunerá-lo devidamente, o freelancer está contando a história de que é um profissional desesperado.
Lá no fundo, todos nós temos medo de ouvir a seguinte frase: “você não é tão bom quanto acha que é.” Isso pode vir de um cliente, de um membro da família, ou pior, de nós mesmos! Quando damos razão a essa voz, estamos roubando de nós a capacidade de entregar o resultado prometido.
É por isso que a história que contamos a nós mesmos é tão importante quanto a história que contamos aos nossos clientes.
Um bom exemplo disso é o medo de rejeição. Considere o “não” que recebemos de uma proposta de orçamento: “está muito caro”, “tenho que ver com meu chefe” ou “preciso pensar a respeito”.
Muitas vezes esse “não” significa qualquer outra coisa que o “não, você não é bom o suficiente.” Esse “não” pode simplesmente significar que seu argumento e abordagem com os clientes ainda precisam ser desenvolvidos — e melhorar esses aspectos também faz parte da sua história profissional.
5. Escolha bem os seus clientes e saiba escutá-los
Ao estabelecer um padrão de trabalho que funcione e ter seu portfólio montado, você pode prospectar por clientes que:
- tenham dinheiro para lhe remunerar devidamente;
- tenham problemas cuja solução você possa entregar com excelência.
Ao estabelecer um relacionamento, faça as perguntas certas, que cheguem ao coração do cliente. Isso pode fazer total diferença na entrega do seu trabalho.
Você também deve cuidar para se livrar dos clientes tóxicos.
Tenha um profundo entendimento da história que o seu cliente conta sobre você. Se ele diz que você não é confiável, dificilmente isso mudará. Seja generoso e se afaste o quanto antes. Seu tempo pode ser mais bem aproveitado em um relacionamento duradouro com clientes que confiam no seu trabalho!
Gostou dessas reflexões? Seth Godin é um poço de bons conselhos e mensagens valiosas para o profissional freelancer que quer fazer a diferença. Vale a pena acompanhar seu blog e livros lançados.
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Comente abaixo suas dúvidas, contribuições e sugestões!
Guilherme Lazzari
Redator freelancer e produtor de conteúdo para Marketing Digital com formação em Direito e 10 anos de atuação na área jurídica.
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