Inteligência Emocional: o que é, sua importância e 9 passos para desenvolvê-la!

Inteligência Emocional

O que faz alguém ser considerado bem-sucedido profissionalmente? Habilidade com números? Facilidade com palavras? Ser autodidata em um instrumento musical? Ter o QI de Einstein? Um pouco disso colabora sim, mas essas capacidades não são suficientes se a pessoa não tiver a famosa inteligência emocional.

É por meio de uma inteligência emocional bem desenvolvida que você consegue construir relacionamentos saudáveis (com a família, com os amigos, no trabalho), ter mais produtividade, desenvolver a capacidade de crescer na carreira, ser visto como um trabalhador responsável e ter o poder de inspirar.

Quer entender melhor do assunto agora mesmo? Então, continue a leitura!

O que é inteligência emocional?

Inteligência emocional, segundo o renomado psicólogo Daniel Goleman, é a habilidade de lidar com nossas próprias emoções e gerir nossos relacionamentos. Ela envolve 5 domínios: autoconsciência, autocontrole, empatia, sociabilidade e automotivação.

Qual é sua importância?

Bem, é claro que é importante ter uma inteligência emocional bem desenvolvida. A menos que você seja um monge e pretenda se isolar do mundo, de alguma forma precisa lidar com pessoas. E a menos que você seja um robô, precisa lidar com centenas de sentimentos dentro de si diariamente. Vamos ver alguns exemplos da importância da inteligência emocional?

Não destrói sua reputação

Você já se arrependeu de algo que fez ou disse no calor do momento, seja com amigos, seja no trabalho? Dependendo da seriedade da situação e do grau de liberdade que você tinha no ambiente, é possível que tenha ficado com uma leve (ou grande) sensação de “filme queimado”. Ou, ainda, você pode ter magoado alguém importante. Então, não é melhor evitar isso?

Não faz você perder oportunidades

Já parou para pensar em como as pessoas se sentem quando se relacionam com você? Se você passa uma sensação negativa, de alguém instável emocionalmente, seus amigos, colegas de trabalho e clientes passam a evitar seu contato. Com isso, você perde chances de construir relacionamentos mais felizes e de ter mais conquistas profissionais.

Ajuda você a separar os problemas pessoais

Ok, nessa parte nós podemos segurar sua mão e dizer: sabemos que é bem difícil ter uma produtividade legal quando estamos com a cabeça cheia de problemas. Dependendo da situação, é algo até mesmo impossível.

Apesar disso, grande parte das vezes podemos deixar nossas emoções um pouco de lado e evitar que elas afetem outras relações.

Por exemplo, ainda que você tenha acabado de brigar em casa e esteja morrendo de raiva, não pode chegar no seu escritório batendo a porta e gritando com o chefe, concorda? A situação inversa também não é legal. Para o bem da sua família, você não pode descontar nela todas as emoções negativas que obteve no trabalho.

Faz você ter uma motivação mais constante

Algumas vezes sentimos nossa motivação um pouco instável. Ocasionalmente, ela pode variar dependendo de situações externas. Por exemplo, se recebemos uma crítica no nosso trabalho, ficamos desmotivados. Já se recebemos elogios, ficamos motivados. Isso é normal até certo ponto.

Quando condições extrínsecas nos influenciam de forma intensa, isso pode sugerir insegurança da nossa parte, o que é ruim para nosso rendimento. O saudável é que exista um equilíbrio na motivação interna e uma autoimagem mais positiva. Isso nos incentiva a buscar um melhor desempenho quando obtemos avaliações negativas.

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Como desenvolver a inteligência emocional em 9 passos?

Assim como algumas pessoas nascem com muita facilidade para lidar com grandes cálculos numéricos, outras têm uma boa desenvoltura para algum (ou alguns) dos domínios citados lá no começo: autoconsciência, autocontrole, empatia, sociabilidade e automotivação. São tipos de inteligência diferentes, mas que podem ser desenvolvidos com alguma dedicação.

Então, vamos ver alguns passos importantes para aprimorar sua inteligência emocional?

1. Saiba ouvir críticas

Todos gostamos de elogios, não é? Afinal, dedicamos tempo e energia fazendo algo e, por isso, temos necessidade de uma recompensa. Mas tente olhar para as críticas como uma forma de crescimento pessoal e profissional. Elas são oportunidades que você tem para ser alguém ainda melhor.

Imagine o seguinte: alguém não gosta de algo que você fez, ou do que você disse, ou do seu desempenho. Apesar disso, essa pessoa finge estar tudo bem e não diz nada. Então, você não muda e continua agindo da mesma forma. Mas será que isso não tira sua oportunidade de se desenvolver? É mais justo que você saiba o que precisa fazer para agradar, concorda?

Além disso, não leve tudo para o lado pessoal. Não se trata de você, mas sim de uma ação sua. Nós não somos perfeitos em tudo, por isso, temos sempre que aprender algo.

“Tá, mas e se a pessoa me ofender com isso?”, você pode ter pensado. Bem, isso é um problema dela, não é? Significa que ela, talvez, não tenha essa habilidade de se relacionar e precisa aprender. Tente absorver apenas o essencial da mensagem, e a forma como você resolverá essa questão da indelicadeza dela dependerá do tipo de relação que vocês têm.

2. Lide com suas expectativas frustradas

Em qualquer ambiente e em qualquer tipo de relação (amizade, trabalho, amor), tenha algo em mente: ninguém está aqui para suprir todas as suas carências e vontades. Com esse entendimento, boa parte dos seus problemas deixa de existir.

Entenda que quem criou as expectativas foi você e que isso aconteceu devido à interpretação que você deu a determinado fato. Ainda que alguém tenha colaborado, de certa forma, para a sua esperança, tente avaliar até que ponto tudo isso partiu da pessoa e até que ponto foi algo que você gerou.

Dito isso, não cobre dos outros aquilo que não foi prometido. Agora, caso você tenha chegado à conclusão de que a pessoa realmente garantiu algo, mas falhou nisso, uma conversa respeitosa pode ajudar a solucionar o problema.

3. Tente entender o comportamento do outro

Outro ponto importante no momento de se relacionar é a empatia. A partir dela, você deve compreender que cada indivíduo tem um motivo para se comportar de determinada forma. Isso é influenciado, entre outros fatores, pela história de vida de cada um.

Empatia não é exatamente você imaginar o que faria no lugar de alguém. Quando você faz isso, cai na armadilha de analisar a situação sob seu próprio ponto de vista. Empatia é entender que cada um tem direitos e motivos para pensar e sentir de forma diferente. Assim, em muitas situações pode não existir alguém errado ou certo na história.

Quando você consegue ter uma percepção maior do outro, fica até mais fácil desvendar o que ele deseja e o que existe naquilo que ele não fala, mas espera de você.

4. Procure formas de se automotivar

Motivação é aquilo que nos impulsiona a uma direção. É por ela que temos energia de seguir nossos objetivos. Fatores externos exercem grande influência nela, mas muitas vezes são incontroláveis. Já os internos são aqueles dentro de nós, que têm a ver com nossos gostos, sonhos e objetivos.

Como nem sempre podemos controlar as condições externas, o ideal é que não fiquemos dependentes delas. Para isso, existem alguns segredos, mas o principal é: tenha várias metas, pequenas e grandes. Organize-as em um cronograma, de forma que cumpri-las esteja ao seu alcance. É muito mais fácil olharmos para o objetivo de um dia do que para o mensal.

Além da maior facilidade, as metas menores tendem a colaborar para nossa satisfação e orgulho à medida que as realizamos. Você pode até se dar alguns presentinhos a cada objetivo cumprido. Por exemplo: “se eu fizer todo o meu trabalho até o fim do dia, posso ver um pouco de Netflix”.

Outra dica legal é se dar momentos de descanso. Eles são importantes para você voltar com foco total.

5. Trabalhe seu autoconhecimento

Aqui você precisa refletir sobre seu modo de agir e sentir. Por que você tem tal emoção e por que se comporta de determinada maneira? De onde vêm suas expectativas? Por que você tem ou deixa de ter certas crenças limitantes?

Por meio de uma maior consciência de si mesmo, é possível descobrir aquilo que mais te agrada, como você funciona melhor, do que você precisa para se sentir mais confortável consigo mesmo e por que determinadas reações dos outros te magoam.

Com mais autoconsciência, você entende que muito do que pensa e sente tem a ver com a sua vivência. A partir disso, você tem mais capacidade para identificar o que pode fazer para melhorar e mudar a situação.

Lembre-se: quando você se conhece, você não deixa que os outros te definam.

6. Diga o que você precisa

Já dizia John Mayer: “say what you need to say”. Ele não é psicólogo, mas parece entender de sentimentos e relações. Dizer o que você precisa, ainda que pareça óbvio, é importante para que a mensagem chegue ao seu interlocutor. Todas as relações precisam de uma comunicação eficaz.

Então, se você ficou chateado, diga. Se você tem vontade de dizer “não”, siga seu sentimento. Se você quer que as coisas sejam feitas de outra forma, revele. No entanto, cabe uma observação aqui: você precisa conseguir expressar suas emoções e vontades com assertividade.

Ser assertivo, para a psicologia, é ter equilíbrio na hora de exteriorizar um pedido ou sentimento. É não ser passivo a ponto de desagradar a si mesmo apenas para agradar o outro, e também não ser agressivo, correndo o risco de causar mágoas.

Quando você é uma pessoa assertiva, diz o que deseja de forma sincera, mas, ao mesmo tempo, gentil e sem ultrapassar os direitos do outro. Você não espera que alguém adivinhe o que você precisa. Você é honesto com seus próprios sentimentos e não ofende ninguém.

7. Desenvolva o autocontrole

O autocontrole é fundamental para a inteligência emocional. Ele diz respeito ao controle que você tem das suas próprias emoções. Não significa que você vai negar para si mesmo o que sente, nem que vai tentar não sentir o que sente. Isso é impossível.

No autocontrole, você já tem um autoconhecimento mais aprofundado para identificar suas emoções e o motivo delas. Você as aceita, mas não deixa que elas atrapalhem suas relações ou seu cotidiano.

É com o autocontrole que você conseguirá separar melhor seus problemas pessoais. Lembra do exemplo dado lá em cima sobre brigar em casa e descontar o estresse no trabalho? Então.

Essa habilidade ensina a lidar com conflitos também. Por exemplo, se seu colega lhe dá uma resposta atravessada, você não precisa reagir à altura. Aqui entra, ainda, a empatia, ou seja, tentar entender que ele tem um motivo para tal.

Para isso, tente parar e refletir antes de reagir. Busque pensar nas possíveis consequências negativas que você teria ao se comportar de cada forma. Escolha agir da maneira que daria resultados mais favoráveis.

8. Trabalhe a autoestima

Autoestima é o julgamento que fazemos de nós mesmos. É o tanto que nos sentimos adequados ou inadequados diante de uma situação.

Quando ela está em um nível bom, tendemos a manter relações mais saudáveis, em vez de destrutivas. Não aceitamos que nos tratem com desrespeito. A autoestima satisfatória nos impulsiona a buscar objetivos e ter experiências mais benéficas. Já a autoestima baixa nos leva a sentir insegurança, a ter sensação de incapacidade e a necessitar agradar constantemente.

O autoconhecimento é a base de uma autoestima saudável. Quando ela está alta, é mais difícil que comentários depreciativos nos aborreçam. Sendo assim, tente identificar seus pontos fortes.

Quer uma ideia legal? Guarde todos os elogios que você já recebeu de forma escrita. Pode ser da família, dos amigos, do chefe, dos colegas ou dos clientes. Junte todos em um lugar, como um mural ou uma caixa. Leia-os sempre que sentir necessidade.

9. Pratique a resiliência

Resiliência é a capacidade de persistir e não desistir mesmo diante de situações difíceis. Uma pessoa resiliente encara, de forma positiva, os desafios da vida. Ela consegue ouvir um “não” sem desmoronar e tem força de vontade para começar de novo quando algo dá errado.

A dica para isso é estar perto de pessoas que vivem os mesmos objetivos que você, porque elas passam pelas mesmas dificuldades e precisam lidar com os mesmos julgamentos. A consequência disso é uma maior probabilidade de apoio mútuo.

Então, se você quer empreender, ande com quem quer ser empresário. Se você estuda para concursos, tenha amigos que também façam isso. Se você quer ser freelancer, tenha contato com quem já é.

Além disso, quando passar por um caos, tente ver o lado positivo disso. Ele nos impulsiona à mudança, diferentemente da calmaria — e mudanças podem ser positivas. Então, aprenda com as crises.

Você também pode buscar inspiração em personalidades que superaram dificuldades. Essas pessoas têm sempre algo a ensinar sobre a importância de persistir.

Falamos bastante sobre inteligência emocional, não é? Depois de toda essa conversa, você deve ter entendido mais sobre o assunto e visto o quanto essa característica é importante para nossa carreira e nossas relações. Se você seguir os passos aqui apresentados, mesmo que aos poucos, logo verá resultados mais positivos na sua vida.

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