Conheça as mulheres que inspiram a Comunidade Rock Content

Falar sobre mulheres freelancer no Dia Internacional da Mulher e para o Blog da Comunidade é um presente para mim: tenho a oportunidade de escrever sobre as experiências e percepções de mulheres incríveis, em um ponto de comunicação com tanto alcance no país.

Dia internacional da mulher

A mulher freelancer é multifacetada, multitarefas e multidisciplinar. Ela é múltipla, mas anseia somente a ocupação de um espaço que originalmente deveria ser dela — ter um lugar de fala em que é possível externar medos, limitações ou vontades e ser ouvida por interlocutores sem ser julgada por ninguém.

Para escrever este artigo e ter a certeza de que ele teria a cara do nosso grito, resolvi fazer perguntas acerca de aprendizados e vivências que nos edificaram como mulheres e experiências que remodelam — e reafirmam — as nossas características.

Percebi que como integrantes de uma sociedade em que há muito tempo as mulheres são caladas, o nosso maior desejo é ter quem nos escute — mas isso não deveria ser uma dádiva ou um presente requerido neste dia:

“Ouçam mais as mulheres (…) nossa percepção é mais aguçada.”

“Escute as mulheres e faça a sua parte na luta contra o machismo.”

“Escutem as coleguinhas! Você não é superior só porque é homem. Então saiba ouvir e respeitar a opinião das mulheres.”

“Aprendam a se colocar no lugar de escuta. Já passou da hora!”

Além de ouvir, você precisa “ser a voz das mulheres no ambiente em que elas estão! Na rodinha de amigos, no trabalho, no lazer…”

… e quando você “pensar em julgar, em fazer algum comentário cruel ou maldoso, lembre-se de que você tem avó, mãe, tias e provavelmente irmãs e filhas. Você as respeita? Gostaria de saber que outros homens as desrespeitaram em alguma situação? A tal da empatia, tão mencionada hoje em dia, precisa ser praticada não só neste aspecto, mas em toda a sua vida.”

Sentiu a força dessas mulheres? Você quer saber o que mais nós temos a dizer? Então, veja a seguir, a nossa contribuição para o Dia Internacional da Mulher de 2021.

O dia da mulher e a luta pela igualdade de gênero

Hoje em nosso país precisamos enfrentar falas retrógradas, mesquinhas e de extremo mau gosto, que colocam em risco tudo o que foi conquistado por nós até aqui.

E quando eu falo sobre conquistas, não me refiro apenas à luta das mulheres pela igualdade de gênero no ambiente profissional.

Falo sobre todas as mulheres de coragem que externaram, de alguma forma, a sua insatisfação, seja em seus relacionamentos, seja em outros aspectos de sua vida e, principalmente, sobre todas que pagaram com a suas vidas para que isso acontecesse.

Nos últimos anos, a discussão de gênero foi tratada como uma inimiga da “família tradicional” — no imaginário de muitas pessoas, falar sobre isso é doutrinar crianças e adultos acerca de suas sexualidades.

Na verdade, precisamos conversar sobre isso para edificarmos uma cultura de respeito e igualdade de opções, sem padrões limitantes que distinguem percepções e experiências sobre o que é masculino ou feminino.

Ao desassociarmos universos culturalmente atribuídos a cada gênero, podemos mostrar que é possível exercermos profissões e realizarmos atividades tradicionais em todos os domínios.

Por muito tempo eu não quis ingressar em um curso de exatas em função do medo de conviver com muitos homens nas salas de aulas, por exemplo.

Sou casada, mãe de duas meninas, não tenho tanto tempo quanto meus colegas de classe — sou redatora freelancer, avalio a relevância de anúncios e SEO do Google e participo de um projeto sobre tecnologias assistivas e acessibilidade nas escolas — mas retomei os estudos em uma segunda graduação e hoje curso engenharia elétrica pela Universidade Federal de São João del Rei.

Sinto um imenso orgulho por essa conquista, principalmente por encontrar menos barreiras do que eu esperava, por superar diariamente as minhas inseguranças e, principalmente, por encontrar muitos rostos femininos quando entro na sala de aula.

Entretanto, muitas pessoas cometem o erro de tratar a ideologia de gênero como uma forma de doutrinação. Lutamos para desobjetificar a mulher e para sairmos dessa posição de vulnerabilidade. Somos fortes, extremamente capazes e precisamos de direitos e de espaços que já deveriam ser nossos — e por direito inerente ao nascituro e não adquirido ou concedido por alguém.

Todas as conquistas femininas são irrefutáveis: se hoje votamos, finalizamos uma graduação, somos mulheres freelancer ou exercemos cargos de respeito no mercado de trabalho, sem precisarmos da autorização de nossos pais ou maridos, ou se optamos em não sermos mães e nos divorciamos de casamentos infelizes, por exemplo, devemos agradecer a esse movimento que muitas pessoas desdenham em pleno ano de 2021: o feminismo.

“Feminismo não é sobre homens. Feminismo é sobre um mundo melhor para todas as pessoas que nele vivem.”

“Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter”

Se hoje as mulheres têm um pequeno lugar de fala, mas o feminicídio é rotineiro, precisamos repensar quem são os nossos heróis.

É fato que o sofrimento silencioso é menos inadmissível do que antes e possivelmente por isso morremos mais. Muitas avós, mães e madrinhas não puderam gritar quando sentiram que a sua liberdade ou individualidade estavam ameaçadas. Entretanto, foram elas que delinearam, por meio de seus ensinamentos, as nossas percepções:

“Acredito que as mulheres da minha vida foram expostas a uma realidade de uma época em que a sociedade era mais conservadora e intolerante. Elas cresceram (e algumas morreram) com ideias que, hoje, são muito antiquadas. É triste ver como as próprias mulheres reproduzem o machismo, mas a maioria delas faz isso sem consciência. Os ensinamentos mais controversos pra mim foram em relação ao comportamento feminino: ser recatada, educada, delicada, comportada e prendada — este último é o pior de todos! (…) A forma como fui educada para me relacionar com os homens também me fez questionar muita coisa, é uma (des) construção sem fim!”

Nós mulheres nascidas há alguns anos — longe o bastante para dizermos que foi em uma época com tímidas contribuições das muitas lutas femininas, mas próximo o suficiente para reconhecermos a necessidade de mudança — passamos a vida recebendo ensinamentos contraditórios:

“Não entre no quarto de um homem, pois você será vista como uma vagabunda”, “nunca sente-se no colo de alguém em público”, “saiba cozinhar para fazer algo pelo seu marido”, “arrume a cama dos seus irmãos”.

Entretanto, já podíamos ter brinquedos sem diferenciarmos o que é de menino ou de menina — embora, no meu caso, minha mãe tenha doado um autorama que ganhei do meu pai, acredito que para evitar a minha “masculinização”.

Por muito tempo isso me deixou chorosa (mas é estranho como eu só lembrei disso agora e os motivos se tornaram evidentes para mim somente ao escrever este artigo), e então me vejo reproduzindo na vida das minhas filhas muitas dessas crenças limitantes — não é que comprei uma geladeira para a minha caçula de presente de Natal?

A nossa sina começa enquanto crianças: aprendemos a gostar de contos de fadas e a esperar um príncipe encantado quando realmente queremos nos tornar cientistas. Entretanto, nos oferecem bonecas e fogões como presentes de aniversário e ensinam aos meninos uma superioridade que nunca existiu.

Apesar disso, também aprendemos a dar valor aos ensinamentos, exemplos e ações que as mulheres das nossas vidas (mães, avós, tias, madrinhas…) precisaram negligenciar em favor da maternidade, do casamento e de nossas possíveis futuras conquistas:

“Tivemos, sim, escolhas diferentes na vida, e a minha trajetória é toda baseada na força que ela me deu ao proporcionar o melhor estudo que pôde e incentivar minha independência.”

” (…) ela se casou, deixou um cargo em uma ótima empresa para cuidar da casa e dos filhos. (…) creio que tudo seria bem diferente se ela não fosse uma mãe tão presente como foi e é.”

“Lembro da minha mãe passando o dia todo fora trabalhando e, quando chegava em casa, tinha que dar conta de tudo sozinha. Muito tempo depois, vi minha mãe ultrapassando outra barreira quando decidiu tirar a habilitação D (para caminhão).”

“Minha mãe era professora de educação infantil, além de dona de casa. Nossas experiências foram muito diferentes: fui sempre incentivada a me dedicar aos estudos e, por isso, foquei muito mais nisso do que em qualquer outra coisa relacionada tipicamente ao mundo feminino, como cuidar de casa. Hoje, tenho um mestrado, engatado logo após a graduação”

“Minha mãe casou com 16 anos de idade, não finalizou os estudos e sempre foi dona de casa. A dedicação exclusiva dela é digna da minha eterna gratidão, mas tivemos vidas totalmente diferentes. Felizmente, como ela mesma diz, eu pude fazer tudo o que ela não conseguiu: estudar, trabalhar, ter o próprio dinheiro, ser independente e poder fazer escolhas com mais base e segurança.”

Entretanto, mudar a concepção do feminino e reestruturar padrões para que as nossas vidas tenham mais identidade é muito mais do que apenas reconhecer a abdicação das que nos antecederam.

No Brasil, essa é uma questão de sobrevivência: em média, uma mulher morreu a cada 9 horas durante os primeiros meses de pandemia no país. São mulheres que gritaram a sua insatisfação e foram subjugadas pela tentativa de se libertar. Precisamos ser quem nós quisermos — e não podemos morrer por isso.

Ser mulher é…

Em meio a uma comunidade cheia de pessoas incríveis — o Community Space da Rock Content — mulheres foram indicadas como exemplos de inspiração, respeito e admiração, por outros membros. Elas foram convidadas a colaborarem com este artigo e todas as falas, vivências e percepções compartilhadas entre aspas foram retiradas de um questionário que elas prontamente responderam.

Segundo elas, ser mulher é:

“Ter o privilégio de representar um grupo de pessoas corajosas e com a missão de trazer equilíbrio ao mundo.”

“Enfrentar a sociedade patriarcal todos os dias sabendo do meu potencial e que alguém pode tentar invalidá-lo na primeira oportunidade. É resistir a isso e seguir em frente em nome de um futuro onde não haverá nenhuma pessoa que seja silenciada, marginalizada ou julgada de maneira negativa por ser simplesmente o que se é. Em resumo, ser mulher é uma construção da sociedade que me oferece apenas uma saída para viver: a prática do feminismo colaborativo com outras mulheres e pessoas próximas.”

“A busca constante de equilíbrio entre a emoção e razão.”

“Um rasgar-se e remendar-se diário (parafraseando Guimarães Rosa! :)). Abraçar os desafios de forma tão intensa, como fazemos, pode nos trazer muita alegria e satisfação, mas também algumas decepções, já que muitas vezes nossa expectativa é bem alta em todos os aspectos da vida.”

“Ser forte! A natureza não fez nada mais forte que uma mulher! Temos a força única e a resiliência no sangue e na alma. Sentimos, lutamos, sonhamos, amamos e nos reinventamos a cada dia, a cada dor e a cada vitória.”

“Ter oportunidade de ser sensível, amorosa, carinhosa, frágil e ao mesmo tempo, quando necessário, ser exigente, dura, corajosa e ter o sexto sentido aflorado. Transitar pelos extremos para encontrar o equilíbrio.”

“Iluminar e encher de vida qualquer lugar que passe.”

“Ter liberdade para ser quem eu bem quiser.”

“Às vezes sentir culpa por querer ser livre e ao mesmo tempo saber que tenho responsabilidade pela vida das minhas filhas, que eu amo incondicionalmente a ponto de anular meus sonhos, minhas vontades e minhas expectativas. Saber que elas não têm culpa alguma sobre as minhas frustrações e mesmo assim ficar mal porque não sei mais quem eu sou desde que me tornei mãe.”

“Acordar todos os dias com a força e a coragem de viver a vida. Sabendo que, mesmo com desafios e limitações, ainda sinto orgulho de quem eu sou e da minha trajetória como mulher.”

“Ser uma equilibrista, por ter que se manter firme nessa corda bamba que é a vida, com graça, leveza e força, apesar do cansaço mental e emocional que o ser mulher nos traz.”

“Ter uma força além do comum para dar conta de diversos compromissos, cuidar de mim e ainda correr atrás dos meus sonhos.”

“Trabalhar muito mais para mostrar meu valor, mas saber que existe uma cumplicidade sem fim em outras mulheres.”

“Vencer, diariamente, batalhas que um homem não é capaz!”

“Desafiador e ainda com muitos aspectos negativos nesse mundo. Mas vamos, juntas, superar tudo isso!”

A mulher freelancer em 2021

O Dia Internacional da Mulher em 2021 tem um espectro mais nebuloso, pois vivenciamos um momento diferente de tudo que um dia poderíamos supor, com muito sofrimento e desalento para milhões de pessoas afetadas pela pandemia.

No Brasil, as dificuldades foram evidenciadas pela ingerência política, o fim do auxílio emergencial, o crescimento do número de infectados e, consequentemente, incertezas econômicas e a permanência contínua da mulher freelancer no ambiente doméstico, junto de outros parentes e muitas vezes na presença dos filhos.

Embora estejamos acostumadas com o trabalho remoto, ser freelancer nessas condições evidencia enormes dificuldades. Por exemplo, manter a estabilidade financeira e combater toda a ansiedade gerada por essa situação, de forma que nada — nem ninguém — interfira em nossa produtividade. Para as mulheres freelancer da comunidade, esses desafios abrangem:

“(…) a dupla jornada. Eu queria muito produzir mais, mas preciso dividir meu tempo entre trabalhar, estudar, limpar a casa, lavar, passar, varrer, cozinhar! É cansativo e frustrante às vezes, porque enquanto estou na faxina, eu queria estar produzindo.”

“(…) não ter um tempo só meu para trabalhar e ainda ter que dedicar uma parte do dia para as aulas online das crianças.”

“(…) o meu próprio corpo, meus ciclos, me manter produtiva mesmo quando não estou disposta. Não me sinto prejudicada pelo isolamento em si, mas pela ansiedade gerada por conta da pandemia.”

“(…) não posso tirar um dia de folga para sair de casa, não consigo mudar de ares.”

“(…) dar conta de tudo. São três vidas que dependem exclusivamente de mim. Senti o peso do isolamento por causa das crianças em casa, precisando de atenção constante.”

“Com a pandemia e o home schooling, fiquei com mais atribuições do que já tinha antes.”

Mesmo quando, na maioria dos casos, houve a permanência de todos os membros da família no ambiente doméstico durante o período de pandemia, as diferenças impostas por atribuições tradicionalmente masculinas ou femininas são mantidas.

Segundo os dados da pesquisa “Outras formas de trabalho” realizada pelo IBGE em 2019, enquanto as mulheres dedicam 21,4 horas do seu trabalho semanal às atividades domésticas, os homens passam apenas 11 horas. Em minha casa, por exemplo, isso fica evidente porque ainda que o meu companheiro assuma tarefas semanais como lavar a roupa, sou eu quem cozinha, oferece lanche para as crianças, organiza os brinquedos espalhados no fim do dia etc.

São pequenas ações diárias que, somadas, oneram o meu tempo produtivo e me deixam ainda mais cansada, com uma estafa psicológica que muitas vezes meu marido não sente, mesmo depois de um dia cansativo de trabalho.

Embora ele assuma as atividades em situações específicas, a responsabilidade pela atribuição é tácita e recai sobre mim, que sou mulher e mãe. Nesse contexto seria especialmente bom nunca precisar pedir que ele fizesse alguma coisa e que todas as atividades ficassem naturalmente divididas.

Mas ser mulher freelancer e o trabalho remoto também tem as suas vantagens: as profissionais que são mães não precisam deixar seus filhos com terceiros ou comprometer a segurança da sua família para trabalhar, por exemplo. Além disso, ainda encontramos tempo e determinação para crescermos profissionalmente:

“Trabalho com metas diárias e semanais. Felizmente, poucas vezes me vi preocupada em não atingir essas metas no fim do mês, mas em tempos de crise como este, eu tenho me preocupado bastante. O isolamento social não me prejudicou, pelo contrário, abriu mais portas, inclusive, tornei esse período mais produtivo, substituindo as redes sociais por leituras, ingressando em um curso de pós-graduação e começando a fazer aulas de espanhol, o que também vai me garantir mais jobs e a estabilidade financeira (ou até mesmo a ascensão profissional).”

Agata Hop, Polônia

A mulher freelancer e o mercado digital

Diferentes demandas e experiências motivaram as mulheres da comunidade a ingressarem no mercado de trabalho freelancer: a desvalorização em empregos anteriores e a possibilidade de conduzir a carreira para se aproximar dos filhos ou ter mais qualidade de vida, por exemplo.

Mas existem motivos que exaltam a nossa necessidade de igualdade no mercado:

“Eu sempre acreditei que a mulher não deve depender psicologicamente de um homem, financeiramente às vezes acontece, principalmente quando escolhemos nos dedicar à maternidade. Mas manter as portas abertas para uma carreira nos ajuda a não nos subordinarmos.”

“Não precisar fingir o que não sou e nem me submeter a subserviência de homens menos capazes que eu, pelo simples fato de ocuparem uma posição hierárquica acima.”

No mercado de trabalho digital, em que as rotinas são realizadas de forma remota, a desigualdade de gênero é menos perceptível se compararmos ao mercado tradicional, em que as atividades são majoritariamente presenciais.

“O mercado digital ofereceu muitas oportunidades para que diferentes pessoas se inserissem no mercado de trabalho, seja ele formal, seja informal (…) Porém, enfatizo que a trajetória permanece árdua para muitas delas, principalmente para as negras, mulheres e deficientes.”

Em âmbito digital aumentamos o espectro da nossa atuação em mercados e projetos geograficamente distantes, o que potencialmente configura um incremento na demanda e na diversidade dos jobs, assim como na possibilidade de crescimento profissional.

Nesse modelo de trabalho também somos mais valorizadas porque nossa atuação está diretamente relacionada com a qualidade das entregas — e isso evidencia habilidades profissionais sem prejuízo da nossa condição como mulheres.

Devemos inibir porém, antigas práticas em que fazíamos os projetos enquanto os homens que compunham as equipes recebiam o reconhecimento.

Nessas situações, precisamos lutar para assumir o nosso verdadeiro valor como profissional — se hoje existem mais mulheres no mercado, porém são poucas as que ocupam uma posição de gerência, certamente muitas escolhas não foram baseadas em critérios como mérito ou competência.

O empoderamento não é algo que acontecerá da noite para o dia: o processo é demorado, pois muitos valores ultrapassados ainda estão enraizados em nossa sociedade, na criação de nossos filhos e até mesmo em muitas de nossas falas e julgamentos contra outras mulheres que se mostram mais livres.

A luta também não pode focar apenas o âmbito profissional: precisamos ter a certeza de que somos capazes de ser e de realizar tudo o que quisermos.

Algumas campanhas podem ajudar a disseminar a importância da liberdade feminina em todos os aspectos da vida. Se conseguirmos despertar o altruísmo nas pessoas e uma maior consciência masculina sobre a individualidade feminina, talvez poderemos combater essa possessividade tóxica que mina a autoestima e ceifa a vida das mulheres em nossa sociedade.

Mas quem não sente essas questões em suas vivências pessoais jamais entenderá a urgência das políticas identitárias. Por isso, homens do meu Brasil, estejam abertos a ouvir e a compreender nossas demandas como mulheres. Que tal:

“Viver a rotina de uma mulher (mãe, profissional, do lar, mantenedora das finanças de casa) por uma semana para descobrir se você é capaz de lidar com isso?”

Às mulheres, vejam o que algumas de nós, mulheres freelancer, diríamos a nós mesmas no início de nossas carreiras — acredite, isso pode agregar muito valor à sua trajetória:

“O segredo pra você conquistar tudo que quer está no seu pensamento. Não deixe que pensamentos alheios te confundam sobre quem você é e o que pode ser.”

“A jornada não vai ser fácil, e muitas vezes você vai querer desistir por achar muito difícil chegar aonde deseja. Mas saiba que você é mais forte do que imagina. Vai dar tudo certo! ;)”

“Você ainda vai passar por desafios que nem pode imaginar, mas vai se descobrir imensamente mais forte do que é hoje”.

Sintam-se abraçadas por mim, Anelise, e considerem as falas, vivências e percepções das nossas “Girl Power” — Orquídea Martins, Heloise Rissato, Ane Constancio, Larissa Mendes, Carina Dragone, Nalva Amancio, Nara Porto, Luciana Weiler, Carla Argolo, Irene Broda, Walquíria Domingues, Ayllana da Cunha Ferreira, Viviane Pereira de Souza Tessaroto e Patricia Piacentini — como um alento e um incentivo para as suas jornadas. Vocês nunca estarão sozinhas!

Gostou do artigo? Que tal tornar-se “power” integrando essa comunidade tão especial? Descubra agora se você está pronta(o) para ser um talento freelancer da Rock Content.

Este conteúdo passou por uma revisão sensível em junho de 2021, pela colaboração de Rebecca.

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