Provavelmente se alguém me falasse há alguns anos que eu trabalharia com produção de conteúdo, copywriting, freelancers e marketing de conteúdo, não acreditaria e acharia apenas engraçado. Bom, mas é exatamente isso que faço aqui na Rock Content.
Minha rotina trabalhando no blog Comunidade é, basicamente, revisar, produzir, agendar, analisar, atualizar, resolver, mudar etc.
Entre tantas ações, revisar é a parte do trabalho que eu nunca pensei que fosse gostar nem que eu seria (mais ou menos) boa nisso — mas é uma das atividades que mais me agradam.
Mas revisar para marketing não é bem o que um revisor de livros faz, por exemplo. Revisar conteúdos para web é muito mais que olhar erros ortográficos, é também ajudar a construir o melhor conteúdo para entregar informações da forma mais interessante e clara possível para quem está lendo.
Neste post, pensei em resumir algumas das coisas que já aprendi trabalhando aqui que envolvem não apenas revisão, mas também carreira e trabalho em equipe. Vamos lá?
A comunicação e o marketing
Antes de qualquer coisa, acho válido explicar como vim parar na produção de conteúdo e na Rock.
Caí no curso de Publicidade de paraquedas, não sabia muito da área, das possibilidades, de como era o mercado de trabalho. Sabia nada.
Minha história com a Rock começou em meados de 2016. Me interessei pela área de Marketing e, com isso, encontrei a Rock como uma das maiores referências brasileiras no assunto.
No fim do mesmo ano, precisava de um estágio e a Rock tinha algumas opções abertas. No impulso e com o incentivo de um amigo que trabalhava na empresa, enviei meu currículo.
Mas a vaga era de jornalismo para produção de conteúdos para web — e eu tinha zero experiência na área. Fiz tudo que precisava, a certificação de Produção de Conteúdo e de Marketing de Conteúdo, o teste técnico, quando vi já estava nas fases finais.
Entrei para o time de Conteúdo Avançado, fazia entrevistas, escrevia (muito), revisava alguns conteúdos de colegas, mas sempre deixei passar muitos erros nos conteúdos que eu escrevia. Logo depois, passei para o time de Marketing e comecei a cuidar do blog e das redes sociais do Comunidade.
Com o tempo fui aprimorando minha escrita e capacidade de revisão, e com isso já deixo meu primeiro aprendizado:
1. Perceber erros na produção de outros é muito mais fácil
Sim. Essa foi uma das minhas primeiras percepções assim que vim para o time de Marketing.
Se antes era difícil encontrar erros gramaticais e melhorias em SEO nas minhas produções, quando passei a revisar conteúdos produzidos internamente ou por freelancers, ficou tudo mais fácil.
Isso porque somos viciados na nossa própria escrita e, quando lemos algo muitas vezes, antecipamos o conteúdo e as frases e grande parte dos erros, especialmente de escrita, passam despercebidos.
Não sou especialista em revisão e conto com a ajuda do Google e do Sinônimos.com o dia todo, mas olhando para um texto por fora, como revisora e editora do blog, consigo observar elementos que mudaria por motivos estratégicos, e até mesmo erros que passaram pelo revisor e redator.
2. Seja desconfiado (até com você mesmo)
Sabe aqueles momentos em que não temos certeza de alguma coisa e não conferimos por achar que a dúvida é boba? Esse é um dos maiores erros que podemos cometer.
Algum termo está parecendo errado? Alguma frase soa incoerente? Confira.
Digo isso porque grande parte dos erros que eu cometia, principalmente escrevendo, foram por “preguiça” de procurar e checar se absolutamente tudo o que estava escrito estava 100% correto.
Ser desconfiado, nesse caso, não significa não confiar no trabalho do outro (esse é um dos valores da Rock inclusive). Desconfiar é examinar o texto a fundo e ficar atento para todos os elementos.
3. Não basta corrigir erros gramaticais
Se é para ficar atento, faça isso de forma completa. Erros de digitação, concordância, conjugação, entre outros, devem ser evitados e é parte principal do trabalho, mas não deixe de lado outros pontos do texto que podem ajudar a experiência do usuário.
Conferir links incluídos no post, intertítulos, pontos de conversão, tamanho de parágrafos, partes em negrito, uso de imagens, infográficos e vídeos, entre tantos outros fatores, também fazem parte do trabalho, só que passam despercebidos.
A dica aqui é pensar em cada conteúdo como algo muito maior que um simples texto, blog post, post em redes sociais etc. O objetivo do que está sendo produzido pode ser variado, mas, normalmente, envolve o encantamento do leitor e uma tomada de ação. Nada disso é feito apenas com um texto “ok”, investir tempo em formas de conversão e na autoridade do escritor (e da marca por trás dele) é o que vai garantir o retorno no final.
4. Persista
Você, revisor, já pegou um texto que parecia impossível de consertar ou que por detalhes não estava bom o suficiente? Se você já passou por isso, sabe que a vontade é pedir ajuste e que, de preferência, seja tudo reescrito.
Bom, dependendo do texto, a alteração é muito mais fácil do que achamos em uma primeira lida.
Quando o problema não é só com a gramática — ou só com SEO, ou só com qualquer outra coisa —, vale a pena priorizar o que deve ser alterado. Tenha calma e faça as modificações por partes. Um dos meus maiores erros é querer reparar tudo de uma vez só.
Monte uma checklist e olhe cada elemento separadamente, mas não se esqueça de conferir o resultado completo no final.
5. Menos é mais
A Língua Portuguesa pode ser um tanto quanto complicada e regrinhas de uso da vírgula, outras pontuações, conjugações etc., podem deixar os conteúdos escritos difíceis de ler.
Não estou falando que o português tem a intenção de atrapalhar a leitura. É justamente o contrário, mas o uso excessivo de vírgulas e outros sinais de pontuações, por vezes, deixa o conteúdo confuso.
E não só as vírgulas podem complicar a leitura. Uso de palavras difíceis e “chiques” pode impedir que o leitor compreenda o que o conteúdo quer passar.
Então, o segredo aqui é: menos é mais. Evite complicar algo que pode ser simples e que pode ser colocado em sentenças curtas e diretas.
6. A parte do feedback pode ser difícil
Dar e receber um feedback deveria ser fácil, mas não é, tanto para quem tem a sua produção avaliada quanto para quem examina. Dar uma nota, apresentar erros e alterações não é tarefa simples. Escutar e aceitar uma sugestão e um parecer também não.
Apesar disso, é parte do trabalho de um revisor avaliar e do redator, receber o feedback da maneira mais profissional possível. Isso porque o feedback deve ser encarado como uma oportunidade de ensinar e de aprender.
Acredito que, para construir um feedback adequado, o primeiro passo é ser honesto consigo e ter empatia com quem produziu a outra parte. Tudo isso deve ser acompanhado com alguns pensamentos:
- Gostaria de receber isso?
- Justifiquei da maneira correta minhas escolhas?
- Estou sendo direto e claro?
- Estou ajudando mesmo?
- Posso ensinar mais alguma coisa?
Poderia citar mais algumas frases, mas essas já resumem bem o que um revisor deve ter em mente.
7. Escrita humanizada é essencial
Temos um material rico completo na Comunidade sobre a importância da escrita humanizada, se você ainda não tem a sua versão, confira aqui.
A comunicação humanizada surgiu para solucionar problemas de fala e de escrita que representavam ofensas e desrespeito para grupos. De maneira simples, escrever de forma humanizada é substituir termos e utilizar outros neutros sem prejudicar o conteúdo.
Especialmente na internet, tudo que é publicado pode ser facilmente criticado, exposto e usado contra uma pessoa ou uma empresa. Quando pensamos em escrita, as palavras representam muito mais que os significados que estão no dicionário e podem sim ofender.
Evitar o uso de termos é muito mais simples que tudo isso e garante um posicionamento correto perante os leitores.
Com certeza, esses são só alguns ensinamentos. Aprendi outras lições valiosas fazendo parte desse time incrível. Aguardem os próximos posts. 😉
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