Dia do jornalista: conheça as oportunidades que a carreira oferece

A profissão de jornalista mudou ao longo do tempo. Algumas portas se fecharam, mas outras se abriram. Agora, as oportunidades estão bem mais digitais!

Dia do jornalista

Primeiro vem o fato. Depois, a apuração. Em seguida, decodificar o resultado em notícia, com o objetivo de inteirar o público. A profissão de jornalista se faz de um mix de ingredientes. A capacidade de interpretar, somada a uma dose de saber comunicar, é a alma dessa atuação. O olhar apurado e a mente curiosa são responsáveis por dar corpo à ocupação.

Ser jornalista é ser multi-habilidoso. Que outro ofício exige de uma mesma pessoa a meticulosidade no investigar, a sensibilidade com as palavras para conectar, a sabedoria de gerar reflexão e a energia para tirar as pessoas da alienação?

Apesar da grande importância, o dia a dia do ganha-pão está longe de ser poesia. Afinal, qual estudante ou recém-formado na profissão de jornalista nunca escutou por aí que o mercado anda saturado e a carreira sem sentido?

Se você busca uma luz no fim do túnel ou um motivo para dormir com mais esperança, então chegou ao lugar certo. Aqui mostraremos informações importantes e as oportunidades ainda existentes para o jornalista!

Quando surgiu a profissão de jornalista?

A profissão de jornalista é uma das mais antigas. Segundo se tem conhecimento, um dos primeiros jornais surgiu em 59 a.C., no governo de Júlio César. Acta Diurna era o nome do periódico. Apesar de bem rudimentar e um tanto diferente do jornal que conhecemos, a função era a mesma: informar o povo sobre os acontecimentos do império, como os julgamentos e as execuções.

Os responsáveis por esse papel eram chamados de correspondentes imperiais. Iam às províncias romanas, acompanhavam os acontecimentos e então escreviam tudo em um grande papel, uma espécie de placa branca, que ficava exposta nas praças para que as pessoas lessem.

Um pouco de história

Anos e anos mais tarde, a invenção da prensa por Gutemberg, em 1447, trouxe jornais modernos, mais parecidos com os de hoje. Esse é considerado um dos grandes marcos na área, pois levou as publicações a se tornarem mais populares. Foi a partir disso também que, no século XVII, surgiram os primeiros cursos de Jornalismo nas universidades da Europa.

A profissão ia tomando forma, então veio a necessidade de regulamentar e proteger a atividade. Em 1766, surgiu na Suécia a garantia em lei da Liberdade de Imprensa: jornalistas poderiam publicar qualquer tipo de notícia, desde que fosse real e não houvesse difamação.

Em 1844, acompanhamos a chegada do telégrafo, outro acontecimento que marcou a atuação. Com ele, as notícias puderam se espalhar com mais rapidez: textos que levariam dias ou horas agora eram preparados em minutos. Para a profissão de jornalista isso faz toda a diferença, pois os acontecimentos já podiam ser informados ainda no mesmo dia. Não à toa, o século XIX ficou conhecido como a época de ouro no Jornalismo.

Bem, as coisas foram acontecendo e a tecnologia continuou evoluindo. Diante disso, a forma de se comunicar também. Mas espera! Ainda não chegamos na parte da internet. O ano é 1920, então estamos no surgimento rádio.

A comunicação mais rápida e por meio da voz levou a imprensa e a profissão a se reinventarem: veio o jornal impresso em cores e, no rádio, o radiojornalismo. 1950 bateu na porta e nos apresentou a televisão. Mais uma vez, outra necessidade de adaptação: tivemos o telejornalismo, com os repórteres, os jornalistas-apresentadores e a novidade do Jornalismo ao vivo.

Jornalismo na modernidade

Em meados dos anos 1990, o Brasil conheceu a internet. Aos poucos, blogs, sites de notícias e redes sociais foram aparecendo e se tornaram alternativas para propagar notícias. Se a prensa, o telégrafo, o rádio e a televisão contribuíram para a agilidade das informações, a web deu mais instantaneidade ainda.

Mas como tudo na vida, essa evolução também tem dois lados da moeda. Tanta facilidade em informar dá mais abertura às fake news e ainda torna aquele que antes era mero leitor um novo criador de informações.

Quais são as áreas do Jornalismo?

Na faculdade, provavelmente você chegou a ver o que faz uma pessoa formada em Jornalismo. Mas vale a pena dar uma lida nessa parte, para depois compararmos com as atuais oportunidades na área.

Repórter

Está em busca de fatos e da verdade. O repórter precisa identificar as melhores fontes para a matéria, extrair informações relevantes das pessoas, ouvir pontos de vista diferentes e conseguir transmitir a notícia ao público, com uma linguagem entendível.

Editor

Tem a responsabilidade de editar cronogramas de produção, avaliar os textos que saem nas reportagens (escritas ou faladas), aprovar pautas. É um jornalista mais experiente, pois precisa coordenar o trabalho de outros profissionais para que o jornal, a revista ou o programa tenha coerência e qualidade.

Pauta

É a parte que vem antes de uma redação ou reportagem. A pauta orienta o jornalista sobre qual e como será a pesquisa. No Jornalismo, no entanto, nem tudo pode ser premeditado, então as pautas podem acontecer no momento de um acidente, por exemplo. No passado, havia uma pessoa responsável por esse planejamento, hoje a pauta pode ser elaborada pelos editores.

Assessor de imprensa

É a área que faz o elo entre a imprensa e qualquer tipo de organização. Auxilia o jornalista a tomar conhecimento sobre determinada pessoa ou empresa, então contribui para gerar informações. É também uma espécie de porta-voz da companhia, pois precisa garantir que as publicações ressaltem sua boa imagem.

Redator

Na profissão de jornalista, o redator é quem escreve peças e artigos que podem ser publicados em revistas e jornais. Também pode ajudar o jornalista-apresentador de TV, ao criar discursos para que sejam transmitidos por notícias relevantes e em uma linguagem adequada.

Seria o freelance a melhor oportunidade para a carreira?

Gig economy, freelancer, economia sob demanda. Os termos estão cada vez mais comuns, inclusive essa forma de trabalho mais flexível tem sido a escolha — por vontade própria — de diversos profissionais. As vantagens proporcionadas têm tudo a ver com o perfil das gerações atuais: liberdade para trabalhar de casa fazendo o próprio horário, relações de emprego mais fluidas e a não obrigatoriedade de se vincular a uma única empresa.

Segundo uma pesquisa publicada em 2017 na CNN, a gig economy já representava 34% da força de trabalho nos Estados Unidos. Note que isso foi antes da pandemia de 2020, que ainda obrigou empresas e profissões a reestruturarem, adotando mais tecnologias e o trabalho a distância.

Mas o modelo de contratação freelance tem sido alternativa até mesmo para grandes companhias e ocupações tradicionais que sempre adotaram o CLT. Na Engenharia Civil, por exemplo, já vemos construtoras deixando de assinar carteira de trabalho por preferir fazer contratações pontuais, de acordo com os projetos.

O crescimento das cidades e dos grandes centros urbanos também exerce influência no modelo home office. Ficar horas em um trânsito, pegar meio de transporte lotado ou ter dificuldade para encontrar vaga no estacionamento já não tem mais sentido para muitas pessoas.

A flexibilidade também abre portas às mulheres. A maternidade tem menos impacto na contratação. Agora as empresas começaram a valorizar a competência feminina, o que é mais um passo para diminuir as desigualdades de gênero. Podemos perceber também mais facilidade ao estudante que tem uma rotina intensa, além de ser uma forma de contribuir para a inclusão de pessoas com deficiência.

Freelance: a porta dos desesperados ou a porta da esperança?

Não é clichê então. O mercado de trabalho está realmente mudando. Nos últimos anos, tradicionais editoras de revistas fecharam, jornalistas experientes perderam o emprego e alguns cargos tradicionais no Jornalismo foram absorvidos.

Mas não é apenas a profissão de jornalista que sente os impactos. Falamos agora há pouco do engenheiro civil, mas também têm os lojistas e vendedores, que estão migrando para o mundo digital. Têm os professores que estão se obrigando a lidar com recursos tecnológicos no EAD, e têm os psicólogos, muitos precisaram deixar de lado o preconceito com atendimentos online.

O digital cresce em velocidade absurda. Empresas e profissionais que não acompanham as inovações têm grandes chances de sair perdendo. Sendo assim, a dica é: em vez de ficar lamentando tudo o que mudou, que tal usarmos esse tempo para nos reinventarmos e estarmos aptos ao novo mercado?

Ser freelancer, então, é uma forma de empreender. Empreender em si mesmo, investir na própria carreira e se enxergar como uma empresa. Aliás, isso faz total sentido, pois já é possível abrir um MEI para profissionalizar a carreira e viver com mais segurança e liberdade.

Ao olhar para o horizonte, alguns seguem o caminho no desespero, outros com grande esperança. O importante, no entanto, é abraçar a escolha e andar de olhos abertos, para conseguir avistar as oportunidades.

Quais as oportunidades de freelance para a profissão de jornalista?

Oportunidades para trabalhar como freelancer no Jornalismo não faltam. E elas podem ser escolhidas de acordo com sua afinidade na atividade. Separamos algumas opções!

Redação

O que se aprende em Jornalismo não é brincadeira! E escrever bem acaba se tornando uma das grandes habilidades do profissional. Por isso, aproveitá-la para usar no trabalho freelance é uma ótima ideia.

Sites jornalísticos são opções para quem curte o webjornalismo. O marketing digital, porém, costuma ter mais oportunidades. No fundo, quem gosta de escrever nem percebe uma diferença tão grande assim. Tirando alguns recursos importantes — como entender de SEO e copywriting —, os textos ainda exigem as características de: ser relevante, gerar proximidade, informar.

Existem várias possibilidades para o redator:

  • blogs de empresas;
  • e-books;
  • e-mails marketing;
  • redes sociais;
  • peças publicitárias.

Revisão

Os conhecimentos da língua são fundamentais para criar uma boa redação. As habilidades conquistadas na faculdade podem ajudar o profissional a estar apto a fazer revisões de texto. Na prática, ele trabalha em conjunto com o redator e tem o papel de deixar a redação ainda mais alinhada. É um trabalho semelhantes ao jornalista-revisor, com a diferença que as publicações são voltadas para a web.

Planejamento de pauta

Todo texto publicado e vídeo postado precisa de uma pauta e um planejamento por trás. O criador de pautas tem um papel parecido ao de um repórter: precisa buscar fontes ricas e verdadeiras para criar uma matéria relevante.

A diferença é que a pesquisa geralmente é realizada em sites, o que torna o trabalho mais fácil. No marketing digital, ainda é preciso conhecer algumas estratégias, como a de palavras-chave.

Estratégia e mapeamento

Um editor de revista ou de jornal precisa decidir quais reportagens e matérias entram em cada edição. Ele também ajuda a organizar títulos e chamadas, para que os textos chamem a atenção e aparentem ser melhores que os de editoras concorrentes.

A estratégia e o mapeamento de um blog de empresa são parecidos. É necessário decidir quais os temas dos textos a serem produzidos no mês e organizar tudo, de modo que o negócio atinja melhores resultados que a concorrência.

Como aproveitar as melhores oportunidades na profissão de jornalista?

Além das áreas, como ter mais chances de se dar bem na profissão de jornalista digital? Veja alguns conhecimentos que ajudam você a ter mais sucesso.

Aprenda marketing digital

O marketing digital e o marketing de conteúdo estão em crescimento. Todo profissional que usa a internet como ferramenta de trabalho precisa adquirir o conhecimento ou contratar alguém que tenha. Para um jornalista, isso é ainda mais importante, pois permite encontrar um maior volume de trabalho.

Você consegue encontrar ótimas dicas pela internet. Além de blogs que tratam sobre o assunto, existem cursos de produção de conteúdo online e gratuitos, direcionados a quem desejar trabalhar com a escrita web.

Saiba gerir o tempo

O modelo freelance permite a liberdade de fazer o próprio horário. No entanto, é fundamental saber organizar o trabalho. Assim como em um jornal, na internet também é preciso ficar de olho no deadline, não atrasar entregas e ter uma postura responsável.

Desenvolva habilidades comportamentais

Quando você trabalha pela internet, precisa se envolver com outras pessoas, como clientes e colegas de trabalho. As soft skills ajudam o profissional a lidar melhor com adversidades que surgem no dia a dia e estão relacionadas a emoções, relações, estresse, cansaço, procrastinação e conflitos interpessoais.

Profissionalize a carreira

Atitudes como profissionalizar a carreira dão ao profissional um ar mais sério e responsável. Muda a forma como as pessoas enxergam ele e, com isso, há mais chances de encontrar serviços interessantes e rentáveis. Abrir o MEI ainda oferece benefícios previdenciários (como aposentadoria, auxílio-doença e licença-maternidade).

Cadastre-se em plataformas para freelancers

As plataformas para freelancers são excelentes caminhos, principalmente para quem está começando. Nelas é possível encontrar pedidos de redação, revisão, pauta, mapeamento. São, por isso, consideradas um elo entre os profissionais e as empresas que procuram um trabalhador.

Dependendo da plataforma, você é inserido em projetos e, então, pode ter trabalhos constantes. A Rock Content é um exemplo nesse sentido. É uma empesa reconhecida de marketing digital e oferece várias oportunidades. Você ainda pode ser acompanhado por outros profissionais experientes e receber orientações e feedbacks sobre seu trabalho.

Ao longo da história do Jornalismo, portas se fecharam, mas outras se abriram. Os caminhos mudaram. Os passos não são os mesmos. A carreira freelance pode ser novidade para alguns, mas, na época, muitos também se assustaram com a chegada do rádio e da televisão, não é mesmo? E se tem algo que a profissão de jornalista aprendeu é ser hábil para conseguir sempre se transformar.

Que tal ter oportunidades na profissão de jornalista? Ao fazer parte do banco de talentos da Rock Content, você encontra ofertas de trabalho recorrentes. Preencha o formulário!

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