Plágio é crime: entenda o que é, seus principais tipos e como evitá-lo (não apenas) no marketing de conteúdo

plágio

Não é novidade que plágio é algo ruim em qualquer estratégia de marketing de conteúdo. Além de ser uma prática mal vista, capaz de minar a confiança do cliente, o plágio pode, até mesmo, prejudicar a carreira do produtor de conteúdo — já que a violação dos direitos autorais está, inclusive, no Código Penal.

A qualidade do conteúdo é uma das premissas de qualquer estratégia, o que está diretamente relacionado à originalidade. É um engano pensar que os leitores, concorrentes e, principalmente, o Google, não perceberão e punirão a prática, o que pode desencadear crises de difícil gestão.

Ainda existem algumas dúvidas sobre o que é considerado plágio. Para entender mais sobre o assunto, continue a leitura deste post e saiba quais cuidados você deve tomar para produzir conteúdos originais.

O que é plágio?

O plágio, em si, vai além de simplesmente copiar um texto ou um trecho e incluir em um conteúdo sem dar os devidos créditos ao verdadeiro autor. Copiar uma ideia, uma abordagem ou, até mesmo, a forma de organização e estruturação de um texto, pode ser considerado plágio, já que não retrata a autoria do material.

Com a Internet, ficou muito mais fácil identificar esse tipo de cópia de propriedade intelectual, pois existem ferramentas que ajudam nessa detecção. No entanto, essas ferramentas fazem uma leitura literal do conteúdo e o compara com outras publicações na web.

Por isso, essas ferramentas não são totalmente funcionais, já que, como falamos, nem todo plágio é apenas uma cópia literal de palavras — e nem todo conteúdo, como livros, artigos acadêmicos etc., estão disponíveis na Internet. A partir disso, a prática está sujeita a ser encontrada por concorrentes, leitores e, até mesmo, pelos autores originais, colocando em risco a imagem e a autoridade do blog.

O que não é plágio?

Um conteúdo original, basicamente, é um material produzido com base em referências confiáveis e relevantes, somado à experiência e ao conhecimento do produtor de conteúdo, sempre adequando ao tom de voz do blog, com uma linguagem que converse com a persona e faça sentido para a marca.

Por isso, o primeiro passo para produzir um conteúdo original é entender, de fato, sobre o assunto — e isso se faz por meio de uma leitura atenta às referências e muita pesquisa. Um conteúdo construído sem um conhecimento genuíno poderá apresentar, além de plágio, erros conceituais e problemas de encadeamento de ideias.

Logo, utilizar referências como uma fonte de consulta conceitual, para embasar o processo produtivo, não é plágio.

Eventualmente, é necessário contextualizar algum assunto citando, por exemplo, leis, estudos, pesquisas ou notícias. É comum que essas abordagens tenham uma citação literal da fonte original e as ferramentas de detecção de plágio podem identificar como uma cópia. Desde que a fonte seja citada, acompanhada de um hiperlink, esse tipo de abordagem também não é considerada plágio.

As ferramentas de identificação de plágio também notificam como uma cópia os conteúdos de extensão antes que eles sejam atualizados no blog. Nessa situação, especificamente, o aviso pode ser ignorado, já que se trata de uma atualização na mesma URL e, por isso, não haverá duplicidade de publicação.

Alguns termos massivos também podem ser identificados como plágio pelas ferramentas. Ainda que não sejam, de fato, um plágio, é uma boa prática evitá-los, já que o uso demasiado pode ser mal interpretados pelo Google. Por isso, é uma boa ideia evitar expressões como: “Com o advento da Internet (…)” ou “A leitura deste conteúdo foi útil para você?”.

Como evitar o plágio na produção de pauta?

O plágio deve ser evitado em todas as etapas de produção de conteúdo, inclusive na fase de planejamento. A pauta também deve entregar uma proposta original, para que o redator não seja induzido a produzir um conteúdo semelhante a outro já publicado.

Logo, pesquise o assunto em diferentes fontes e faça um filtro de tudo que será mais relevante para a persona. Evite apresentar a mesma ordem de abordagem de uma referência existente e nunca proponha os mesmos intertítulos. Além disso, garanta que todas as referências estão entregando informações diferentes, complementares e relevantes.

O título também deve ter um cuidado especial, já que ele é a primeira impressão que o leitor terá do material e, por isso, deve ser sempre original a fim de garantir a autoridade do blog. Se o título de uma referência é, por exemplo, “Como produzir um bom conteúdo de Marketing Digital”, proponha algo que vá além de “Marketing Digital: como produzir um bom conteúdo”. Percebe como as duas opções são muito semelhantes?

Como evitar o plágio na redação?

Como dito, o primeiro passo para produzir um conteúdo é entender, de fato, sobre o assunto. Por isso, leia as referências, absorva as informações e faça anotações do que é relevante. Outro ponto importante é consultar fontes distintas, o que garante que você conhecerá diferentes abordagens sobre o assunto e não terá uma visão limitada.

A partir disso, inicie a redação explicando, da sua maneira (e utilizando a linguagem do blog), o assunto estudado, que foi pedido na pauta. Evite utilizar os mesmos exemplos ou as mesmas pesquisas que foram disponibilizadas em uma referência. Sempre busque por dados atualizados e coerentes com a persona.

Caso precise, de fato, citar algo literal de alguma referência, faça a citação direta e deixe a fonte evidente, também em formato de hiperlink — garanta, no entanto, que a fonte não se trata de um concorrente de segmento ou de palavra-chave.

Tradução é plágio?

A tradução nada mais é que um conteúdo já existente apresentado em outro idioma. Como explicado, plágio é o uso de uma propriedade intelectual sem os devidos créditos ao autor. Sendo assim, é considerado como plágio um conteúdo traduzido em outro idioma sem a devida autoria citada — da mesma forma, uma simples cópia de ideia ou estrutura pode ser vista como uma prática negativa.

Engana-se quem pensa que é impossível detectar plágio de conteúdos traduzidos. Com uma leitura atenta é possível encontrar particularidades de outros idiomas, como algum gerúndio característico ou palavras utilizadas fora de ordem, como “she’s a funny girl” traduzido em “ela é uma engraçada garota”, sabendo que, na Língua Portuguesa, utilizaríamos o adjetivo (engraçada) no final da oração.

Algumas expressões estrangeiras não têm tradução literal e podem aparecer no idioma original ou, até mesmo, ser traduzido de forma que não faça sentido no contexto do conteúdo — o que pode, facilmente, entregar que se trata de um conteúdo traduzido e plagiado.

Falando em expressões, é cada vez mais comum utilizarmos termos gringos em nosso vocabulário. Por isso, até mesmo palavras traduzidas literalmente por alguma ferramenta podem evidenciar o plágio. Um exemplo é a palavra “brainstorming”, que é muito utilizada no Brasil, mas, se aparecer sua tradução literal — chuva de ideias —, poderá gerar questionamento acerca da originalidade.

Autoplágio existe?

Com a especialização em categorias específicas de conteúdo, é comum a demanda de materiais com pautas semelhantes. No entanto, ao redigir dois conteúdos diferentes sobre um único assunto, é fundamental se atentar para não cometer o autoplágio.

Ainda que sejam dois conteúdos escritos por único redator, se tratam de materiais diferentes, com propósitos distintos e, eventualmente, podem se tratar de blogs concorrentes de palavra-chave. Por isso, aprofunde mais nas pesquisas a fim de ter autonomia para apresentar o assunto por uma nova perspectiva.

Pode parafrasear um conteúdo?

Você sabe o que é paráfrase? É um recurso textual que se resume na reformulação de textos alterando a ordem da abordagem e substituindo termos por sinônimos. Basicamente, é copiar mudando as palavras. Como aprendemos, a réplica de ideias também é considerada plágio, já que não se trata de um conteúdo original.

Veja este exemplo:

  • conteúdo original: “O presidente eleito assumirá o cargo no dia primeiro de janeiro.”;
  • conteúdo parafraseado: “No primeiro dia do ano, o novo presidente assumirá o cargo.”

Assim, um único trecho parafraseado é o suficiente para que o blog transmita uma imagem negativa aos leitores, já que não está oferecendo uma ideia autoral.

Como o Google pune conteúdos plagiados?

Os algoritmos do Google fazem uma leitura — inclusive, semântica — de todos os conteúdos publicados na Internet. A partir disso, o mecanismo de pesquisa classifica se o conteúdo é relevante o suficiente para ter um bom ranqueamento.

O Panda é o algoritmo do Google responsável por penalizar páginas que contenham informações duplicadas. A finalidade é melhorar a experiência do usuário e priorizar a entrega de conteúdos de qualidade.

Com isso, conteúdos que têm credibilidade são facilmente identificados e impulsionados pelo Google, o que, por si só, já otimiza as visitas ao blog e, consequentemente, entrega mais valor à estratégia de marketing de conteúdo.

O grande segredo para beneficiar conteúdos com o algoritmo do Google é aplicar uma visão humana, que prioriza qualidade da informação, experiência de interação, uso moderado de palavra-chave, hiperlinks relevantes, ortografia correta e, claro, originalidade.

Um plágio nem sempre é uma citação direta sem a apresentação da fonte. Por isso, independentemente da etapa de produção do conteúdo, é fundamental pensar na experiência do leitor e desenvolver um trabalho original e relevante, capaz de levá-lo até a próxima fase de interação com o blog.

Se quiser aprender melhor como explorar a criatividade na produção de conteúdo e jamais cometer plágio, confira nosso ABC do copywriting e comece a desenvolver essa habilidade! 😉

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