Escrever não é fácil, não importa o quanto dominamos ou valorizamos certo assunto.
Ao escrever, precisamos juntar várias coisas e extrair o melhor de cada uma delas, por exemplo: adequar a linguagem, passar uma mensagem, coerência, coesão… Na redação web, há ainda palavras-chave, SEO, formatação. Ufa!
É por isso que nós contamos com a ajuda de uma pauta para criar um bom conteúdo. As pautas e referências ajudam muito a vida de quem escreve para internet, mas como garantir a originalidade dos conteúdos e evitar plágios?
Essa palavra — plágio — assusta muita gente e pode gerar uma grande dor de cabeça. Quer evitar passar por isso e entender mais sobre o assunto? Acompanhe este post.
O que é um conteúdo original?
A resposta parece óbvia, mas muitas vezes na vida de copywriter, somos requisitados a escrever conteúdos que já foram amplamente trabalhados por outros sites. Não raramente, as referências de uma pauta parecem solicitar que o texto seja quase uma cópia de outros.
Então, se um bom conteúdo precisa ser original, como fazer?
O conteúdo original é produzido inteiramente do zero. Preferencialmente, que tenha sua própria experiência e criatividade nas linhas. Ainda que pauta e referência estejam indicando para um caminho parecido, é trabalho do redator web produzir um texto inédito.
Afinal de contas, se você foi convidado para escrever sobre determinado assunto, subentende-se que você é especialista. Copiar, parafrasear e sair “colando” textos já produzidos não é nada legal, nem honesto, não é mesmo?
Por que conteúdos originais são importantes?
Conteúdos originais são fundamentais nas estratégias de Marketing de Conteúdo, pois eles determinam a relevância de um site ou blog.
Quem recebe um conteúdo plagiado reclama — com toda razão — e o próprio Google, cada vez mais semântico, também não enxerga essas práticas com bons olhos.
Nós já sabemos que o algoritmo de busca do Google não valoriza textos com palavras-chave repetidas excessivamente, certo? Para ter um texto indexado e bem rankeado, a repetição da palavra-chave tem que ser a mais confortável possível para o seu leitor.
Além disso, inserir variações estratégicas da palavra-chave também é fundamental. Isso facilitará que o seu texto seja encontrado no Google.
São esses motivos que deixam os profissionais de marketing digital de cabelo em pé com conteúdos repetitivos. E deviam te preocupar também!
Os conteúdos demoram até começar a “aparecer” para o Google. Entre milhares de motivos da engenharia da ferramenta, está um fato interessante aos redatores web: quanto mais antigo, mais original o conteúdo é considerado. A relação ainda não ficou clara?
Como conteúdos originais rankeiam melhor?
Vamos fazer um teste. Suponha que é inverno e você resolve comprar uma roupa nova. As respostas que o Google te dá sobre “Tendência outono inverno 2017” foram publicadas em dezembro de 2016. Duvida? Pode tirar a prova clicando aqui!
Então se você receber uma pauta com referências de anos atrás e produzir um texto idêntico ou parecido com aquele — mesmos intertítulos, palavras-chave semelhantes etc — na realidade, o que você vai fazer é alimentar o texto de origem. E nem precisou colocar um hiperlink para aquele site.
Pois é. Quando falamos que as ferramentas estão cada vez mais inteligentes, não é só porque o GPS do seu celular vigia seus passos ou porque você pesquisou um produto uma vez e agora não aguenta mais as propagandas aparecendo.
Se você é um produtor de conteúdo, o futuro do seu trabalho tem tudo a ver com a engenharia dessas ferramentas!
Então, fica nosso conselho: não tenha medo de sugerir algo relevante para a pauta. Caso sinta que fugir um pouquinho do tema faz sentido, converse.
Mesmo que seja um post de atração. Aproveite a parte humana dos processos de escrever para internet.
E o Copyscape?
A ferramenta Copyscape é um rastreador de plágios. Ele encontra trechos que foram, literalmente, copiados de outros sites da internet.
Contudo, a paráfrase de um texto inteiro é apenas um tipo de plágio na web. Não adianta parafrasear um post e submeter achando que seu trabalho foi feito — porque não foi.
Já compreendemos que a própria ferramenta compreende que um texto parafraseado é menos relevante, mas ainda temos mais motivos. Confira a seguir.
O que a ABNT considera plágio?
A ABNT é a Associação Brasileira de Normas Técnicas, também conhecida por ser a organização que define os parâmetros para a apresentação de trabalhos acadêmicos no Brasil.
Quando produzimos um artigo para faculdade, por exemplo, a gente aprende que devemos nos referir ao autor, colocar as frases entre aspas, fazer referências no final etc. Vamos ser sinceros, isso é tudo bem chato.
Já quando começamos a escrever para internet, sabemos que muitas dessas práticas são irrelevantes para o conteúdo, mas vamos refletir um pouco?
Sabendo como funciona a ferramenta, fica claro que redações web cheias de aspas não têm o menor sentido. Por mais que você não copie um texto inteiro, criar ilhas de conteúdo no meio de paráfrases imensas continua sendo errado.
Essa estratégia seria considerada plágio aos olhos do Google. Além disso, o próprio Copyscape apontaria essas cópias.
Utilizar o recurso da paráfrase em todo o texto até parecia uma boa ideia, não é verdade? Agora já sabemos que estrategicamente, é ruim. Além disso, a ABNT condena essa prática, classificando-a como plágio indireto.
Então, nada de preguiça ao produzir seus conteúdos originais. Plágio direto e indireto são péssimos para o SEO e queimam seu filme como copywriter!
Existem exceções?
Claro que existem exceções — mesmo porque a redação para web não segue normas da ABNT.
Já pensou se todos os textos da internet fossem iguais trabalhos acadêmicos? Em vez de solucionar problemas, estaríamos criando mais problemas para muita gente!
Deixando as brincadeiras de lado, existem situações que mesmo se o Copyscape algo errado, não é culpa do copywriter. É o caso de trechos de leis, frases famosas, paráfrases honestas e descrições científicas. Pode ficar tranquilo!
O site que eu consultei para produzir o artigo de hoje ainda traz uma terceira definição de plágio: o autoplágio, que é quando o autor se replica.
Já sabemos, trabalhando com Marketing de Conteúdo, que tornar-se referência em um assunto é um dos objetivos por trás de uma estartégia.
Então, segue a recomendação de usar o próprio site como referência, reproduzir termos e fazer um guia de estilo próprio. Curiosamente, o que a ABNT consideraria como autoplágio na academia, é ótimo para estratégia de produção de conteúdo!
Entretanto, nunca se esqueça que o mais importante é a experiência do leitor. Tenha cuidado e atenção para não ser repetitivo. Afinal de contas, ninguém quer ficar lendo o mesmo assunto várias e várias vezes.
Ao escrever para internet, procure por referências de linguagem e definições no próprio site o blog para o qual você vai produzir. Todo mundo vai sair ganhando!
Dicas gerais e bom senso
Agora, já conseguimos entender que fazer pautas ou produzir conteúdos parecidos com o que já existe na internet não faz o menor sentido.
Plágio direto e plágio indireto são práticas condenáveis. Por isso, seguem alguns pontos para você começar a observar agora na sua redação:
- paráfrases podem ser consideradas plágio;
- o uso de aspas deve ser pontual para os textos na internet, jamais uma regra;
- sempre fique atento aos intertítulos: não produza nada idêntico às referências que você recebeu (essa partícula do texto é essencial para o SEO!);
- converse, faça sugestões, pergunte o porquê da pauta, mas nunca execute uma tarefa quando você tem muitas dúvidas.
Saber sobre o plágio indireto pode parecer algo que vai complicar sua vida, mas não é verdade. Agora, você sabe que originalidade e criatividade são valorizadas inclusive pelo Google. Seu trabalho não precisa ser mecânico para ser perfeito, muito pelo contrário!
Espero que este texto ajude seu trabalho de redator e suas estratégias de Marketing Digital. Agora que falamos tanto sobre as ferramentas e normas, vamos aproveitar a parte humana do blog da Comunidade Rock Content? Nos conte o que você achou deste texto nos comentários!