Pós-graduação e Vida de Freelancer: pode dar certo?

pós-graduação e vida de freelancer

A vida de freelancer e de profissional independente tem suas vantagens, já falamos disso inúmeras vezes. Inclusive, o trabalho online pode abrir portas para profissionais de várias áreas e com vários níveis de escolaridade.

Estudantes, universitários, mestres, doutores, todos têm oportunidades de fazer bons negócios, tirar uma renda extra ou conquistar a liberdade que tantos profissionais desejam e ser um trabalhador autônomo.

Grande parte da nossa base de freelancers é formada por profissionais pós-graduados e, por isso, assuntos como especialização, Mestrado, Doutorado, vida acadêmica, carreira e currículos são bem comuns aqui no blog. Mas as especialidades são das mais variadas, garantindo profissionais experientes e atualizados em diversas áreas do conhecimento, de Humanas a Exatas, sem deixar de lado as áreas Biológicas e Sociais.

Dessa vez, escolhemos contar com a ajuda desses freelancers para contar mais sobre a vida de pós-graduando.

Este é mais um Community Post. Confira o que nossos freelas têm para falar sobre a vida acadêmica. 😉

1- Novos caminhos

Um dos grandes receios de quem quer mudar de carreira é encontrar a profissão certa. Já falamos aqui no blog de engenheiros que se encontraram no marketing, chefes de cozinha que optaram pela vida de freelancer, clientes da Rock que viraram freelancers e tantas outras histórias de profissionais que resolveram arriscar.

O que grande parte dos profissionais faz é apostar em cursos de especialização para encontrar opções e oportunidades em áreas de interesse. E isso pode dar muito certo.

A Jessin Xavier é publicitária e nos contou parte da experiência dela: “Eu terminei recentemente uma pós em Design Thinking, fiz para me atualizar sobre o mercado e também porque adoro metodologias focadas no usuário. Cursinhos online são bons, mas fazer uma pós depois de 4 anos da faculdade deu um gás na minha carreira, além disso conheci pessoas incríveis. Super recomendo para aqueles que estão se sentindo desanimados ou “sem rumo”.”

2- “Força, Foco e Fé”

Apesar da vida de freelancer ser uma opção para muitos profissionais, optar pela carreira independente e por horas extras de trabalho também pode ser por necessidade. Não é raro profissionais se dedicarem ao estudo, a um trabalho formal e a vida de freelancer.

Para o Cicero Nogueira, a vida de freelancer foi uma chance única para alcançar seus sonhos e concluir sua pós: “Eu iniciei o mestrado em Sociologia em março deste ano. Estou estudando na Pontifícia Universidad Católica Argentina, em Buenos Aires. Só consegui fazer isso porque concílio o tempo dedicado aos estudos com o trabalho de redator freelancer. Isso de continuar trabalhando com o Brasil e vivendo aqui é ótimo.

Mas que é difícil é, pois é preciso melhorar muito a gestão do tempo. Estar disposto para produzir um volume de conteúdos que dê um bom retorno financeiro, tendo uma pilha de livros para ler e trabalhos acadêmicos para entregar, não é para os fracos. Mas estudo é isso mesmo: dói, cansa, mas quem gosta não desiste.”

3- Em um ritmo alucicrazy

Já a Danielle Menezes teve uma experiência diferente. A pós-graduação surgiu logo depois da graduação e com 4 empregos (sim, 4 empregos!).

A solução é uma boa para quem quer encontrar uma direção logo depois da graduação e não quer perder o costume de estudar e a familiaridade com a área acadêmica. Olha só o que ela falou:

“Eu fiz minha pós em direito imobiliário em 2013. Na época, eu tinha 4 empregos (mais do que o pai do Chris). Trabalhava num ritmo alucicrazy, mas achei que eu precisava fazer a pós logo, antes que eu perdesse o ritmo dos estudos (que não é exatamente a minha praia) e, ao mesmo tempo, em que aquele assunto fazia muito sentido em dois, dos meus empregos e eu achava que ia super agregar. Foi uma das melhores decisões que eu tomei, porque eu tenho certeza que hoje, eu não teria mais pique para encarar espaço acadêmico de novo (coisa que eu odeio, aliás).”

4- Olha os boletos — em euros

É novidade para ninguém que a carreira de freelancer pode ser uma forma de complementar renda e ser uma direção para quem tem outras prioridades no momento. No caso da Raquel Sodré, apesar de nada fácil, a possibilidade de ser freelancer permitiu flexibilidade e o tempo para especializar-se em uma área diferente na Europa.

Ela também fala da dificuldade em oscilar entre a linguagem da web para a linguagem acadêmica de tempos em tempos. O assunto já foi abordado algumas vezes aqui no blog e é desafio também para profissionais que já lidam naturalmente com a língua, como os jornalistas.

Confira o depoimento dela:

“Estou terminando uma pós-graduação em Indústrias e Culturas Criativas pela Universidade de Lisboa, em Portugal. Eu me tornei freelancer para fazer essa pós, então foi um carreer move bem planejado pra mim. Resolvi fazer o curso porque, depois de empreender com maridón e sócio por mais de dois anos na área do design e das artes, descobri que as indústrias criativas são minhas novas paixões. E aí agora a gente rebola no bambolê para conciliar uma pós com a vida adulta e os boletos que chegam em euros.

Devo confessar que não tem sido fácil. Essa coisa de trabalhar no mesmo lugar que você estuda (e dorme, e come, e vê séries e brinca com o cachorro…) é um desafio bem grande. Até agora, tenho dividido meu tempo na base da intuição. O que estiver com o prazo mais apertado leva (risos). De vez em quando, tem que atrasar a entrega de um trabalho da faculdade, faltar a uma aula para cumprir um prazo de uma tarefa, mas a gente vai tentando conciliar as duas coisas da melhor forma.

Uma coisa que eu tenho achado muito curiosa é que, depois de passar mais de dez anos escrevendo como jornalista (e agora como produtora de conteúdo, que guarda características semelhantes), uma das minhas maiores dificuldades tem sido com o estilo de texto acadêmico. Meu primeiro trabalho foi uma lástima, não pelo conteúdo, mas pela forma (os portugueses se prendem muito à forma). Tem sido uma ginástica pro cérebro essa troca de chip nos diferentes textos que eu preciso escrever.”

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5- De volta para o futuro… ops, redação

Uma das coisas mais divertidas e inspiradoras em ler depoimentos, como esses que nós selecionamos para o post, é poder escutar tantas histórias de profissionais apaixonados por redação e produção de conteúdo (mesmo que o nome “chique” só foi popularizado há pouco tempo).

Comentários como o da Elaine Maragoni mostram que é possível seguir um sonho mesmo depois de algum tempo:

“Eu já tinha feito um MBA em Marketing em 2005 e em 2011 resolvi partir para a área acadêmica. Tentei no programa de Psicologia, mas o que me abraçou foi o da Educação. Hoje sou doutoranda e concílio os freelas com a escrita acadêmica, artigos, congressos, até comecei uma graduação em Letras para ficar um pouco mais doida! Rs. O dinheiro ajuda muito para poder passar mais tempo em casa e participar de outras atividades extras como congressos em outras cidades, enquanto espero uma tão sonhada vaga em algum concurso ou universidade particular. Ah, esqueci de dizer que meu sonho na faculdade sempre foi ser redatora (fiz Publicidade), mas naquela época não tinha muita oportunidade, nem muitos freelas. Parti para outros caminhos e a vida me trouxe de volta para a redação!  ❤❤” 

6- Profissionais capacitados em todas as áreas

Não se engane: para ser freelancer e produtor de conteúdo vale procurar uma especialização em qualquer área, não apenas em áreas correlatadas a Comunicação.

A Laura Ferreira é educadora física, pós-graduando e nas horas vagas produtora de conteúdo para a Rock.

“Eu estou fazendo pós graduação na UFMG em Musculação e Sistemas de Treinamento, que é uma das áreas que mais amo na Educação Física! Eu já tenho 4 anos de formada, tava meio desanimada com a minha carreira, mas amo minha profissão. Então, decidi voltar a estudar. Eu pago a pós com o que ganho fazendo freela sem a Rock eu não ia conseguir fazer minha pós graduação e ia continuar insatisfeita com a carreira.

Hoje eu faço malabarismo para conciliar dois trabalhos, pós graduação e freelas. Esse mês vou sair do estúdio que dou aula de manhã e ficar por conta de freela/estudos. Já estou na contagem regressiva pra não ter que acordar tão cedo mais!” 

7- CTA na tese de mestrado

Assim como a Raquel comentou, o Lucas Flores passa pelo mesmo problema: saber trocar a linguagem acadêmica para a da web, sem misturar CTAs, citações, referências bibliográficas da ABNT e link building.

“Sou mestrando em Letras e Cultura. No período em que estava escrevendo o trabalho geralmente dedicava a manhã para os freelas da Rock e a tarde para dissertar (hehe). Minha dica, para quem também faz essa dupla jornada é separar bem as coisas, definir horários e jamais sair da redação de um post para o texto acadêmico e vice-versa. É outro tipo de trabalho e o cérebro buga, sério! O risco de fazer citação direta em um blog post ou de por um CTA na conclusão de um capítulo da dissertação é real. Hahaha!” 

8- Renda extra com freelas

A Juliana Chinaglia aproveita a vida como freelancer para ter maior rendimento no final do mês:

“Eu sou doutoranda em Linguística Aplicada, na Unicamp. Eu ganho uma bolsa, mas não é muito, então eu complemento minha renda com freelances, que não atrapalham minha pesquisa. Além da Rock, eu também produzo conteúdos para materiais didáticos.” 

9- Coaching Freelancer?

O Matheus Santiago seguiu para uma área que está super na moda. Os profissionais de coaching conquistaram o mercado oferecendo treinos específicos para que seus clientes alcancem um objetivo e, pelo visto, ele também está correndo atrás dos seus alvos:

“Eu tenho especialização em gestão de projetos e um curso de formação em coaching. Pretendo voltar aos estudos, agora na área de gestão de pessoas.”

Essas foram só algumas histórias de pós-graduandos e freelancers já graduados que fazem parte da nossa Comunidade Rock Content.

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