Profissional independente: por que e como ser um?

Profissional independente

Do ponto de vista do mercado, essa é uma mão de obra especializada que pode ser contratada para compromissos de curto prazo. Os próprios profissionais, no entanto, se descrevem como donos de seus narizes e livres para escolher com o que — e com quem — pretendem trabalhar.

Eles ganham cada vez mais força no mercado, principalmente, pelo intenso movimento de digitalização que os setores da economia estão vivendo. Escritórios, reuniões presenciais, folhas de ponto, ternos e gravatas estão ficando dispensáveis na medida em que os processos e projetos, agora, podem ser executados de qualquer lugar do mundo.

Já ouviu falar dos nômades digitais? Eles também estão nessa realidade e vamos falar sobre eles mais para frente.

Se não existe vínculo formal para estes trabalhadores, o que não falta é comprometimento com o resultado, afinal, é com as boas indicações de performance e qualidade do serviço que os profissionais independentes garantem demandas contínuas de trabalho.

Então, nos apropriando de um superclichê da televisão: o que são os profissionais independentes? O que fazem? Onde habitam? Do que se alimentam? No post de hoje, explicamos tudo isso e damos boas razões para você adotar esse estilo profissional. Confira!

Anatomia de um profissional independente

Primeiramente, um profissional independente não faz bicos: ele tem um modelo de negócio bem definido. A maioria está inscrita como Micro Empreendedor Individual (MEI) ou categoria similar, ou seja, emitem notas fiscais dos seus serviços e podem fazer negócios com outras empresas que precisam desse tipo de formalização.

Além disso, os profissionais independentes estão exatamente onde querem estar, não estão à procura de emprego ou trabalhando temporariamente nessa modalidade. Usufruem da sua flexibilidade de horários e escolhem os projetos e clientes com os quais desejam trabalhar.

Alguns definem processos, utilizam ferramentas diversas para auxiliar com a produção, qualidade e faturamento, como documentos para controle de tarefas, por exemplo, ou criam seus próprios modelos como parte de seu diferencial.

Essa organização garante que o profissional independente esteja no mesmo nível de empresas do mercado, mas com menos gastos estruturais — o que permite oferecer preços mais atraentes para os contratantes.

Com processos definidos e qualidade inegável, o profissional independente poderia evoluir seu negócio, torná-lo uma empresa e até contratar outros funcionários, mas, muito provavelmente, essa escolha nem passa pela sua cabeça por uma razão simples. Além de perderem a liberdade de trabalhar quando e como quiserem, também esbarrariam na alta carga tributária do Brasil, que, às vezes, impede pequenas empresas de evoluírem e se estabilizarem.

É aquela máxima: em time que está ganhando, não se mexe, não é mesmo?

Sua relação com o trabalho é curiosa, até mesmo apaixonante. Isso faz com que esses profissionais se engajem muito mais com os propósitos e posicionamentos das marcas. Seria uma cultura? Religião? Estilo de vida? Talvez, a última opção. Mas, certamente, esse é um retrato das novas gerações que vão tomando o mercado de trabalho aos poucos: os millennials e a Geração Z.

Eles não se importam com cargos, status profissional e o glamour dos empregos em multinacionais, mas são especialistas em suas áreas, otimizam as formas de trabalhar com tecnologias de ponta, dão valor à cultura e à missão do negócio e não abrem mão de oportunidades de aprendizagem e experiências.

Trabalho Freelancer

Pontos comuns e diferenças de outros modelos de trabalho

Se você procurar as relações formais de trabalho, não vai encontrar “profissional independente”, mas com certeza verá trabalhador de carteira assinada, autônomo, profissional liberal, microempreendedor e afins.

Eles não podem ser agrupados em uma lógica única, mas é possível identificar alguns pontos em comum entre si — bem como algumas diferenças fundamentais. Entenda melhor:

Tipos de contratos

Profissionais com carteira assinada podem ter 4 tipos de contrato: temporário, por tempo determinado, tempo indeterminado e eventual.

Normalmente, o temporário é utilizado pelo período de 3 meses de experiência e, ao final dos 90 dias, o contrato é automaticamente convertido para o modelo de tempo indeterminado, criando um vínculo empregatício. Contratos eventuais ou por tempo determinado, pelo contrário, não garantem ao profissional os benefícios da carteira assinada, como o FGTS, por exemplo. Todos eles são celebrados com pessoas físicas.

Os profissionais liberais e/ou freelancers não têm vínculo empregatício de nenhuma forma, mas a contratação pode ter formalização similar aos contratos por tempo determinado e eventual. A partir da sua análise sobre a demanda do cliente, o profissional independente determina o tempo necessário para a dedicação, execução e entrega do serviço.

Existe, ainda, a possibilidade de eles serem regularmente inscritos como MEI. Nesse caso, a formalização será feita por meio de sua pessoa jurídica.

Tributos e contribuições

No contrato formal de trabalho, tributos como o INSS, FGTS e recolhimento do Imposto de Renda afetam o salário do profissional, além de férias, décimo terceiro e licenças — que afetam também as contas do empregador. Somam-se a esses descontos algumas tributações específicas de alguns setores, bem como valores adicionais por horário de trabalho diferenciado, periculosidade e outros.

Os profissionais independentes determinam o preço de seus serviços e, nesse exercício, devem considerar pontos como os de um trabalhador de carteira assinada. Assim, ao determinar o valor da sua hora de trabalho, por exemplo, ele não deve calcular apenas horas e dias úteis do mês, mas também repouso e férias, por exemplo.

Tempo de dedicação de trabalho

Sim, o profissional independente tem o poder de controlar seus horários, mas isso não significa que ele não pode fechar pacotes de horas com seus clientes ou trabalhar dessa maneira ocasionalmente.

Profissionais independentes podem trabalhar em regime full-time, meio período, ocasionalmente até a conclusão de um projeto ou intercalando com um emprego formal. O mesmo acontece com freelancers, que também podem executam demandas fora de seu horário de trabalho convencional.

Projetos executados

Trabalhadores com carteira assinada devem executar todas as tarefas que a sua função exige, mesmo que parte delas não seja tão agradável. Os profissionais independentes, no entanto, podem escolher em que se especializarão e até mesmo qual perfil de cliente desejam atender.

Os freelancers também são profissionais que desfrutam dessa liberdade de escolha e podem, ou não, se tornar MEIs. A forma como são remunerados também é bem semelhante à dos trabalhadores independentes, então, o que os diferencia?

Na verdade, principalmente a organização do trabalho e a forma como se posicionam. Um freelancer pode enxergar seu status profissional como temporário e nem sempre se planejar para formalizar sua fonte de renda e carreira dessa maneira.

Mas eles também se especializam em etapas específicas, não têm vínculo empregatício com seus clientes e precisam fazer um bom planejamento financeiro para garantir certa tranquilidade nos meses mais escassos de trabalho.

Então, será que toda a organização e o planejamento dos profissionais independentes podem contribuir para que a sua atividade freelancer seja ainda mais prazerosa? Vamos a algumas dicas!

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Estratégias para tornar-se um profissional independente

Se existem muitos pontos positivos para quem trabalha e contrata esse modelo de trabalho, os desafios e a concorrência também são grandes. Assim, é preciso adotar estratégias e criar uma marca pessoal para fortalecer seu diferencial no mercado.

Organize seus clientes

Cada cliente tem necessidades diferentes, portanto, ter um registro detalhado para cada um deles permite que o profissional gerencie sua carteira de forma personalizada, como se fosse uma empresa.

É a combinação do Customer Relationship Management (CRM) com o Customer Success (CS), em que o primeiro tem foco em manter um relacionamento próximo e contínuo com o cliente, enquanto o outro utiliza ações que garantem o sucesso e satisfação do cliente, muitas vezes, antecipando suas necessidades.

Planeje sua rotina de trabalho

Para além dessas conexões e de todo o cuidado com o cliente para manter um relacionamento vantajoso, também é preciso, de fato, executar os projetos e serviços contratados, certo?

Planejar uma rotina, nesse caso, é fundamental. Separe algumas horas do dia para trabalhar no projeto de cada cliente, estudar, fazer contatos, etc. E não se esqueça de incluir um tempinho também para relaxar e curtir um ócio criativo.

Seja um nômade digital

Nômade digital é aquele profissional que exerce suas funções de maneira remota, utilizando as tecnologias de comunicação e processamento para entregar seus trabalhos.

Isso permite que ele trabalhe de onde quiser, respeitando e até elevando seu estilo de vida a outro patamar, aquele que o inspira a fazer cada vez mais e melhor suas funções. Além disso, assumir-se como um nômade digital também pode ser muito vantajoso para a sua marca pessoal, pois demonstra que você está atento às tendências do mercado, não é mesmo?

Faça um planejamento financeiro

Profissionais independentes precisam arcar com suas despesas médicas, planejar sua aposentadoria, férias e ainda considerar os investimentos que gostariam de fazer, como comprar uma casa, um carro ou um parapente para voar nas horas vagas.

Por isso, formalizar o trabalho com a inscrição do MEI, estipular metas de ganhos mensais e criar uma poupança são ações essenciais para esse profissional.

Falta de dinheiro, despesas altas e a sazonalidade de demandas causam estresse, e, mesmo na relação trabalhista mais flexível e livre, esse pode ser um problema até para a qualidade do serviço.

Invista em conhecimento

Para tornar-se um profissional independente, também é preciso trabalhar sua competitividade no mercado, ou seja, aprimorar constantemente seus conhecimentos com cursos, palestras e eventos do setor para ter novos insights e criar conexões.

É legal investir em cursos online específicos para o marketing digital, ou aqueles que abordem relações comerciais, como inside sales — como os da Rock University.

Aliás, importante mencionar: além dos cursos técnicos, outros conteúdos sem ligação direta com a sua área de atuação também podem agregar (e muito) à sua criatividade, ao seu modo de enxergar os processos e à maneira como você se relaciona com os clientes. Cerâmica? Concentração. Teatro? Timidez. Corte e costura? Estética e simetria. Ou seja, nunca pare de estudar, não importa o quê.

Aposte no networking

É possível criar três frentes para um bom networking. O primeiro, fundamental para gerar negócio, é fazer conexões com potenciais clientes. Eventos do setor, distribuição de cartões de visitas em meetings e outras ocasiões profissionais que permitam a abordagem — ou, pelo menos, contato — são excelentes pedidas.

Contatos com profissionais da mesma especialidade também são valiosos. Isso porque a força de trabalho de um profissional independente é limitada (ou seja, é só ele mesmo), mas negar o atendimento a um cliente por esse motivo pode secar uma boa fonte de negócios.

Assim, terceirizar e supervisionar o serviço ou até fazer a indicação para que o outro profissional execute o projeto garante a satisfação do cliente e, claro, uma possível retribuição da gentileza profissional. Mas atenção: escolha bem e considere se ele pode oferecer conhecimento e compartilhar novas ideias.

A terceira frente do networking é buscar profissionais que oferecem serviços complementares ao seu. Assim, vocês podem oferecer pacotes de soluções conjuntas ou indicar uns aos outros.

Já deve ter ficado bem claro que o networking é muito importante para o profissional independente, mas, para que ele seja realmente efetivo, não deve ser visto apenas como uma troca de telefones. Uma boa rede de contatos deve ser alimentada regularmente, ou seja, é preciso sempre interagir para ser lembrado.

Seja freelancer de uma plataforma (como a Rock Content)

Se captar clientes não é o seu forte, isso não te impede de ser um profissional independente de sucesso. Você pode se cadastrar na plataforma da Rock Content para receber ofertas de tarefas do tipo freelancer.

Além de não ter o trabalho de atrair novos clientes, você ainda terá acesso a cursos, materiais ricos e seus projetos serão avaliados por especialistas prontos para dar feedbacks que contribuam para o seu desenvolvimento.

Exclusividade também não é um requisito para ser freelancer na plataforma, que oferece serviços de redação de conteúdo web em diversos temas, revisão, planejamento de pautas e diagramação. Ela pode ser mais um dos seus canais de aquisição de jobs, mas com a garantia de ter seu pagamento caindo na conta bancária em até cinco dias úteis sempre que solicitado.

Ok, não falamos sobre do que o profissional independente se alimenta, mas ficou claro que seu posicionamento é muito mais conceitual do que uma nomenclatura que define suas contribuições fiscais. A sua independência está muito mais na mente e em sua relação com o trabalho do que na carga horária, e esse modelo tem tudo a ver com a forma como a sociedade se move atualmente, não é verdade?

Se esse já era um desejo seu, chegou a sua hora de tornar-se independente! Mudar o rumo da carreira sempre causa insegurança, mas lançar-se no mercado das ofertas livres de trabalho não é mais um bicho de sete cabeças — os nômades digitais que o digam!

Depois de ver todos esses benefícios e aprender algumas dicas para virar um profissional independente, a ideia está ficando cada vez mais tentadora? Faça agora nosso teste e descubra se você tem perfil para apostar na carreira de freelancer!

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