Você já parou para pensar em como seria um Starbucks azul e amarelo? E um Facebook vermelho? Estranho, não é?
As cores exercem um papel importante na hora de impactar o consumidor. Afinal, elas afetam diretamente o nosso subconsciente e aguçam nossos sentidos.
A psicologia das cores é o campo de estudo responsável por entender como interpretamos as cores e como podemos usá-las para nos comunicar melhor. Sendo assim, a causa do estranhamento diante de um Starbucks que não seja verde e branco é bem simples: a marca soube explorar ao máximo a psicologia das cores.
Para os diagramadores, esse conhecimento traz diversas vantagens, uma vez que possibilita criar produtos mais atrativos e extrair reações positivas do público-alvo, além de otimizar o conteúdo diagramado.
Por isso, neste post, separamos tudo o que você tem que saber para fazer bom uso da psicologia das cores nos seus projetos. Vem com a gente!
Como a psicologia das cores afeta o consumidor?
Antes de adquirirmos um produto ou serviço, nós fazemos uma análise daquilo que estamos prestes a consumir. Ela pode ser rápida ou demorada, superficial ou complexa. Fato é, porém, que diversos fatores são levado em conta a fim de nos assegurarmos de que estamos investindo bem nosso dinheiro.
No caso de produtos, o impacto visual é o grande responsável por criar uma predisposição de compra. Estatísticas mostram que mais de 90% das pessoas, em geral, o consideram sua principal influência decisiva.
Dados ainda sugerem que levamos cerca de 90 segundos para fazer um julgamento subconsciente do produto a partir de sua visualização inicial e que, nesse sentido, as cores favorecem uma escolha em 85%.
Elas também são parte importante da identidade de uma marca — como vimos acima, com o Starbucks — e estimulam respostas cerebrais específicas, que podem contribuir para o sucesso ou o fracasso do produto, caso não sejam bem aplicadas.
Portanto, independentemente de tamanho ou formato, o uso adequado das cores será tanto o atrativo primário quanto o diferencial que destacará seu ebook, revista ou infográfico da concorrência.
Sabendo disso, diagramadores normalmente se perguntam: como encontrar a paleta mais eficaz para cada projeto?
A resposta está nas práticas sobre as quais a psicologia das cores se apoia:
Como usar a psicologia das cores a favor da diagramação?
1. Montando uma estratégia de estímulos
O que você quer que um possível leitor sinta ao dar de cara com o seu ebook, por exemplo? No mínimo, que ele deseje adquiri-lo, não é mesmo?
Mas, em seguida, você vai querer que ele leia o ebook e, sobretudo, que sinta prazer durante a leitura. Para isso, é importante montar uma estratégia que estimule essa sequência de reações.
Não adianta colocar cores chamativas para induzir um download se, em seguida, elas cansarão a vista do leitor. Por outro lado, cores mornas podem não chamar a atenção num primeiro momento.
É necessário considerar as várias etapas de consumo e estudar como as cores servem a cada uma delas. Assim, você poderá criar combinações que estimulem as respostas mais adequadas para cada momento.
2. Conhecendo o seu público-alvo
Você sabia que, segundo pesquisas, boa parte das pessoas não gosta de laranja e marrom?
Diagramar qualquer coisa usando somente essas cores limita consideravelmente a sua audiência, concorda?
Conhecer o público-alvo e suas preferências é o primeiro passo para o uso adequado da psicologia das cores. Tanto homens quanto mulheres têm preferência por azul e verde, o que faz deles a melhor alternativa para um conteúdo que apele para ambos os gêneros.
Mas se você quiser mirar em um público mais específico, pode apostar no roxo, para as mulheres, e no preto, para os homens.
Lembre-se, porém, de avaliar se essas cores estimulam as sensações que você gostaria de provocar e se é seguro fazer delas sua cor primária. Às vezes, o preto é uma boa alternativa para atrair o público masculino, mas, se não for bem dosado, pode passar uma imagem negativa por estar associado à tristeza, por exemplo.
3. Tomando cuidado com os excessos
Suponhamos que você conclua que a cor que mais favorece determinado projeto é o azul.
“Beleza”, você pensa, “vou colocar azul em tudo”.
Grande erro! O exagero é tão ruim quanto a falta. Além de tornar o produto cansativo, esse excesso prejudica o impacto da cor, mesmo que sejam usados tons diferentes.
O ideal é elaborar uma paleta com cores próximas e complementares, que não ofusquem a cor primária, mas que também não façam com que o público enjoe dela.
4. Prezando pela harmonia
Você já deve ter ouvido falar em círculo cromático. Basicamente, ele organiza as cores — do vermelho ao violeta — como percebidas pelos nossos olhos, e mostra por que algumas combinações são mais harmônicas do que outras.
As combinações harmônicas podem ser:
- Complementares: quando as cores são diametralmente opostas;
- Triádicas: quando a combinação forma um triângulo equilátero sobre o círculo;
- Análogas: quando as cores estão lado a lado no círculo.
Para ajudar a equilibrar sua paleta, também vale investir em cores neutras, como branco, o cinza e o preto.
E através de ferramentas online, como a Adobe Color e a Color Combinations, fica muito mais fácil fazer testes e verificar as melhores combinações.
5. Conhecendo as cores
Para aplicar eficientemente a psicologia das cores, é imprescindível conhecer as sensações suscitadas por cada uma delas.
Quer saber qual cor evoca tranquilidade e qual desperta confiança? Confira no guia que preparamos para você!
Vermelho
É a cor da paixão, da agitação, da intensidade; impele a ações mais imediatistas e, por isso, é tão usada pela indústria alimentícia.
Amarelo
Tem a ver com energia, otimismo, desprendimento; costuma ser lembrada por tornar as pessoas mais falantes, mas essa cor também contribui para a concentração.
Laranja
Combinação do vermelho com o amarelo, essa cor tem a ver com excitação e energia. Por ser menos agressiva do que as cores primárias, ela é uma boa alternativa para peças estimulantes.
Verde
O verde evoca tranquilidade, segurança, equilíbrio; comumente associada à natureza, é uma cor com efeitos calmantes, usada principalmente com o objetivo de relaxar.
Azul
Remete à espiritualidade, paz, confiança, corporativismo e contemplação. Além disso, estimula a criatividade e, por ser uma cor pouco invasiva, é muito usada pelas redes sociais, por exemplo, a fim de não cansar seus usuários e mantê-los nas plataformas por mais tempo.
Roxo
O roxo estimula a região do cérebro responsável pela resolução de problemas e pela criatividade; também remete a sabedoria, riqueza e nobreza.
Preto
Sugere seriedade, luxo, minimalismo; por outro lado, também está associado ao luto e a emoções negativas.
Branco
Remete a higiene, calma, pureza e liberdade, e é ótima para harmonizações; contudo, é uma cor que não chama a atenção e funciona melhor em contraste.
Agora que você já sabe como tornar um conteúdo ainda mais persuasivo através da psicologia das cores, expandindo a comunicação para o subconsciente do público, que tal colocar seus novos conhecimentos em prática?
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