O que um redator jornalista pode aprender sobre conteúdo web?

redator jornalista

Quem se formou em jornalismo provavelmente entrou na faculdade com alguns sonhos: elaborar matérias investigativas, fazer crítica cultural, trabalhar em uma redação fervilhante e diversa, manter o sigilo das fontes e trabalhar calmamente até conseguir seu furo de reportagem, entre outras coisas.

Essa é uma imagem relativamente datada sobre o que significa trabalhar no mercado editorial. Afinal, a realidade atual é muito diferente. Mídias tradicionais vêm perdendo força em função da internet e as novas possibilidades de comunicação que ela proporciona, como a redação para a web.

Você sabe o que faz um redator jornalista? Como é a rotina de alguém que trabalha produzindo conteúdo? Esqueça os mitos da profissão jornalística e confira estas informações:

Mitos da profissão: o velho jornalismo está morrendo

Sim, por mais que doa pensar nisso, por mais que as velhas redações de jornal impresso ainda resistam, esse é um modelo de negócio que está morrendo. Cada vez mais, os jornais tradicionais têm percebido seu público migrar para o consumo online de notícias.

O próprio New York Times, um dos mais tradicionais jornais do mundo, já tem reformulado suas estratégias comerciais para atuar como foco no online, e não mais nos leitores de seu jornal impresso.

Mas o que isso significa na prática? A internet realmente mudou a forma como se faz notícia? A resposta mais simples para essa pergunta é: sim, e muito!

Os leitores hoje em dia esperam notícias cada vez mais imediatas (em vez de aguardar a versão impressa e apurada dos fatos no dia seguinte), em formatos mais palatáveis para os novos dispositivos (computador, tablet, smartphones, newsletter, entre outros), além de mais acessíveis (basta um clique no celular).

Ou seja, o velho modelo da mídia impressa é uma realidade cada vez mais distante.

Assim, os maiores jornais do Brasil e do mundo têm perdido espaço para blogs, portais, páginas do Facebook e até mesmo plataformas independentes de produção de conteúdo. Todas essas mídias são mais ágeis, flexíveis e, consequentemente, mais econômicas. Muitas vezes, seu acesso é gratuito e sua principal forma de obter renda é paralela, como por meio de anúncios e contribuições individuais, voluntárias, ou indiretas.

Ou seja, o velho jornalismo, com o qual você sonhava e assistia nos filmes antes de entrar para a faculdade, realmente está morrendo. Acostume-se com o futuro! O que vem para substituir essa tradição do jornal?

Entenda como o mercado editorial vem mudando

Algumas transformações são tão radicais, que muitos jornalistas simplesmente se recusam a reconhecê-las e trabalhar nessa nova realidade. No entanto, o mercado não perdoa e fica cada vez mais difícil não se envolver nas novas mídias e formas de fazer jornalismo.

Se você já é formado nessa área, ou está estudando em busca de um diploma, aproveite para se adequar logo às novas particularidades e características do jornalismo moderno. Saiba o que mudou:

Mídias tradicionais cada vez mais fracas

Jornal impresso, revistas, magazines, semanários, folhetins e até mesmo telejornal são as mídias mais tradicionais que conseguimos imaginar quando o assunto é jornalismo. No entanto, elas estão cada vez mais fracas no mercado.

Em decadência, têm perdido espaço para a comunicação em portais de notícia e outras formas de comunicação mais ágeis e menos custosas, tanto para o leitor, quanto para o produtor de notícia.

Basta perguntar para qualquer colega de profissão e verificar que o número de jornalistas, estagiários e funcionários administrativos contratados nessas redações tem diminuído.

Novas tecnologias e rapidez da comunicação

Uma das principais razões para que isso aconteça é o crescimento das novas tecnologias. Não apenas a internet, mas o avanço da comunicação mobile e de dispositivos mais acessíveis de produção de conteúdo, contribuíram para aumentar a rapidez da transmissão de informações, notícias e reportagens.

Segundo pesquisa recente nos Estados Unidos, mais de 60% da população utiliza o Facebook como fonte de informação online. O que isso quer dizer? Basicamente, que o público não quer mais esperar até o dia seguinte para se informar, ter que comprar um jornal impresso, ou mesmo ter que esperar passar na TV a notícia sobre a qual está interessado.

Pluralidade de vozes online

Além disso, a internet possibilita maior pluralidade de acesso à produção de conteúdo. Hoje em dia, é possível criar gratuita e facilmente seu próprio blog, site, ou página no Facebook. Posta-se o que quer, fala-se sobre o que quer e, com bons conteúdos e estratégias de divulgação, é possível até mesmo atingir um público ainda maior que o do jornal impresso.

Há também a vantagem adicional de poder segmentar seu público por gênero, idade e região, de forma a mapear melhor o perfil de seus leitores e atribuir maior poder de persuasão a seu conteúdo.

Como aproveitar as práticas comuns na redação jornalística

Existem diversas características que o redator jornalista deve manter em seu dia a dia, muitas delas decorrentes daquela boa e velha rotina de redação de jornal. Confira:

Poder de síntese

Já sofreu para encontrar o título certo de uma reportagem? Para fazer todas as ideias caberem na lide da notícia? Pois então, esses são alguns dos dilemas de um redator jornalístico, que também deve aplicar essas habilidades ao desenvolver conteúdo para blogs, ebooks e outros tipos de nova mídia.

Pensamento crítico

Nunca é demais contar com um pouco de pensamento crítico na elaboração de conteúdo para  web, principalmente pelo fato de que qualquer texto, independentemente de sua área, precisa de credibilidade. É dever do redator informar, garantir a qualidade das fontes e manter a confiança do leitor.

Boas fontes e referências

Por falar em confiança, é preciso saber filtrar suas fontes. Assim como a internet dá voz a cada vez mais pessoas, ela também acarreta a publicação de informações não verificadas. Por isso e tão importante julgar a qualidade das fontes e referências escolhidas para elaborar seu texto.

Flexibilidade

Assim como em uma redação de jornal, é preciso sair ocasionalmente da zona de conforto, pesquisar sobre temas com os quais você não tem familiaridade e escrever com propriedade e confiança na linguagem web. Nesse contexto, flexibilidade é uma característica essencial do redator jornalístico e que pode muito bem ser aplicada à realidade de desenvolvedores de conteúdo.

Como você pode perceber, há muito o que aprender acerca da rotina de um redator jornalista. Essa é uma profissão que veio para ficar, por isso vale a pena se adequar à nova realidade do mercado! E você? O que acha sobre essas novas possibilidades do jornalismo? Deixe aqui sua opinião! Participe!

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