Você já ouviu falar em revisão de literatura? Não, não é essa revisão a que estamos habituados, que corrige a ortografia, a gramática e a formatação. A revisão de literatura é voltada para as referências utilizadas pelo autor de um texto.
Comumente associada a artigos acadêmicos ou à literatura propriamente dita, essa categoria não é das mais conhecidas entre os redatores, embora seja uma das mais importantes para os produtores de conteúdo. Afinal, ela vai garantir uma pauta bem estruturada e um texto consistente.
Neste post, nós aprofundaremos mais na revisão de literatura, seus benefícios para a redação e suas semelhanças com o copidesque. Acompanhe e tire todas as suas dúvidas sobre como aplicá-la!
Para que serve a revisão de literatura?
Em poucas palavras, para assegurar sua credibilidade. Assim como a revisão de texto evita que erros estruturais afastem possíveis leitores, a revisão de literatura evita que você seja incoerente.
Parte da rotina do redator é escrever sobre assuntos variados, com os quais ele nem sempre tem muito contato. Nesse caso, a procura por referências é o processo mais importante da elaboração do artigo.
Por outro lado, mesmo estando diante de um tema que lhe é familiar, é interessante que o redator faça aquela pesquisa rápida para confirmar alguns detalhes ou se aprofundar em outros.
Na sua aplicação mais formal, a revisão de literatura serve para checar autores, livros e fontes, em geral, que apoiam a argumentação de textos como TCCs e livros de não-ficção. Na redação web não é diferente, pois também é preciso checar se a informação oferecida ao leitor é válida e se os argumentos estão bem fundamentados.
Além disso, a revisão de literatura é guiada por elementos comuns à redação web, nos quais nos aprofundaremos mais à frente. Em suma, ela serve para você se certificar de que está arquitetando seu texto sobre uma base sólida.
Quais as semelhanças entre revisão de literatura e revisão web?
O copidesque é outra categoria de revisão, que visa adequar textos à pauta e à estrutura própria de uma editoração específica. Isso quer dizer que o copidesque, ou a revisão web, é responsável por verificar se o artigo está de acordo com as regras do marketing de conteúdo e se atende ao objetivo da pauta do seu cliente.
Oriundo do jornalismo, esse processo é um bocado mais amplo que o de revisão textual. O copidesque autoriza que boa parte do texto seja reescrita — se necessário —, que mais conteúdo seja adicionado e que a estrutura sofra alterações para otimizar o SEO.
Entre suas diversas funções, temos um equivalente bem próximo à revisão de literatura, que verificará se os sites ou páginas acessados pelo redator sustentam seu artigo, bem como a qualidade do link building do texto.
Veja, a seguir, como ele funciona e como aplicá-lo na hora de montar seus artigos.
Como usar a revisão de literatura em artigos para a web?
A revisão de literatura é dividida em quatro etapas:
- Elaboração de palavras-chave;
- Consulta a fontes secundárias;
- Recolhimento de fontes primárias;
- Verificação da qualidade das fontes.
Na redação web, utilizamos os mesmos referenciais, porém adaptados ao nosso cotidiano. Veja abaixo como isso acontece:
1. Elaboração de palavras-chave
Também chamadas de “elementos descritores”, as palavras-chave servem para identificar todos os assuntos que o texto cobre. São especialmente importantes no marketing de conteúdo, pois é através delas que os leitores filtram seus resultados em mecanismos de busca e que o redator tem uma noção do que deve ser abordado no artigo.
Ou seja, as palavras-chave são essenciais tanto para o foco de quem está escrevendo quanto para o SEO, e devem ser o primeiro passo na estruturação de um bom texto, literário ou não.
2. Consulta a fontes secundárias
As fontes secundárias são aquelas que estão em maior evidência em uma busca superficial, e geralmente direcionam às fontes primárias no corpo do texto ou ao fim dele.
Se você pesquisar sobre regras gramaticais, por exemplo, encontrará uma série de sites com informações sobre o tema, incluindo a bibliografia de onde tiraram essas informações. Assim, os sites são as fontes secundárias, enquanto os livros são as fontes primárias.
3. Recolhimento de fontes primárias
Basear-se apenas em fontes secundárias não é exatamente errado, mas é importante ter em mente que as fontes secundárias passam por um filtro de interpretação do autor. Isso quer dizer que você estará interpretando a interpretação de terceiros, o que às vezes funciona, mas muitas vezes também limita demais o entendimento daquele assunto.
Sempre que possível, cheque fontes primárias ou fontes secundárias que não sejam tão resumidas. Dessa forma, você terá mais liberdade ao trabalhar com as informações.
4. Verificação da qualidade das fontes
Essa etapa é feita em paralelo às duas anteriores. Para ter certeza de que tem fontes confiáveis em mãos, você precisa ser crítico ao colher referências.
No caso de um site, vale levar em consideração como você chegou até ali, se ele é atualizado constantemente, se os textos são bem escritos, se é bem referido por profissionais da área em questão e, quando se tratar de uma fonte secundária, se cita suas fontes primárias.
Aliás, esse processo também vale para checar se o seu artigo daria uma boa fonte para a persona a que você se dirige!
Nenhum artigo nasce pronto, e todo bom redator sabe disso. Paciência, olhar crítico e retrabalho fazem parte do processo, e devem receber tanta atenção quanto a produção do texto em si.
Seja na hora de escrever ou de fazer o copidesque, é fundamental checar a relevância de suas referências, se o seu conteúdo corresponde às palavras-chave e se, nessas condições, ele estaria apto ao teste de uma revisão de literatura.
Como ela se encarrega de averiguar a consistência de um conteúdo, dá para ter uma noção de sua importância não só para a criação de textos de qualidade, mas para o marketing de conteúdo como um todo, não é mesmo?
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