Assim como oferecer conteúdo de qualidade em uma página é importante para manter o interesse do visitante, há vários fatores técnicos que trabalham em conjunto para proporcionar um bom ranqueamento ao site, como criar um sitemap, nomear as imagens corretamente e muito mais. Por isso, entender sobre SEO para desenvolvedores é essencial para os profissionais da área.
O conhecimento sobre SEO técnico ajuda a trabalhar os principais pontos ao construir ou manter um site e fará toda a diferença no resultado das buscas, pois o Google analisa muito mais que um bom conteúdo para ocupar as melhores posições. Na prática, é preciso acertar diversos detalhes que pertencem à parte técnica do site.
A seguir, mostramos os principais fatores de ranqueamento e como aplicá-los em um site.
Torne o site seguro
A segurança do site é um fator importante para conquistar boas posições no Google, que, desde 2014, considera a utilização do protocolo HTTPS um fator de ranqueamento.
Para oferecer um site seguro é preciso utilizar um certificado SSL, facilmente encontrado nas empresas que fornecem serviço de hospedagem. Ao fazer a instalação do certificado no ambiente, o endereço da página será alterado, pois o protocolo passará de HTTP para HTTPS. Portanto, o endereço será algo como: httpss://seusite.com.br.
Vale ressaltar que a modificação do protocolo altera o endereço de todas as páginas. Por isso, é preciso fazer uma verificação completa no site para assegurar que todos os recursos continuam funcionando da maneira adequada e realizar os devidos ajustes para evitar a indisponibilidade.
Configure a arquitetura do site
A arquitetura do site é um fator importante para o rastreamento pelos robôs. Isso porque o modo em que o site é estruturado reflete na construção das URLs e, como consequência, facilita a organização e a identificação do conteúdo.
Confira os principais fatores que devem ser observados nesse momento e que fazem parte das atividades de SEO para desenvolvedores.
Crie URLs amigáveis
As URLs correspondem ao endereço de cada página e devem ser configuradas para melhorar o ranqueamento e o entendimento de seu conteúdo. Por isso, devemos usar URLs amigáveis, na qual o endereço corresponde a uma breve descrição do conteúdo.
Em vez de utilizar URLs como: “meusite.com.br/?p=58”, que não ajuda na identificação do conteúdo da página, prefira a forma amigável com a palavra-chave, como: “meusite.com.br/seo-tecnico”.
Assim, fica mais fácil perceber a qual assunto a URL se refere, além de contribuir para um melhor ranqueamento e deixar o site conforme as boas práticas de SEO para desenvolvedores.
Crie o sitemap
Também devemos criar o sitemap, um arquivo XML que contém informações sobre as páginas do site. Na prática, ele fornece uma lista de URLs, a data e a frequência de alteração de cada uma e a prioridade de uma URL em relação às outras.
O sitemap é essencial para que os robôs dos buscadores consigam indexar o site.
Cuide da linkagem interna
A linkagem interna também é um fator que ajuda a conquistar melhores posições nos buscadores. Por isso, além de uma estratégia bem-pensada para demonstrar quais páginas são as mais importantes, é preciso assegurar que os links funcionem sem quebras e criar redirecionamentos quando for necessário para evitar falhas, que geram perdas no posicionamento.
Use as headings tags da forma correta
As headings tags (tags de cabeçalho) são muito importantes em uma página para estruturar o conteúdo. Entretanto, é preciso atenção para utilizar esse recurso da maneira correta, pois existe uma hierarquia que deve ser obedecida.
A tag h1, por exemplo, corresponde ao título da página, ou seja, ao assunto a que ela se refere e deve ser utilizada apenas uma vez. As tags seguintes: h2, h3 etc. servem para a criação de tópicos e devem obedecer à sequência.
Por exemplo, se tivermos um subtítulo com a tag h2, e quisermos inserir conteúdos relacionados ao mesmo assunto, devemos criar outro subtítulo com a tag h3 e assim por diante. Ao mudarmos de tópico, voltamos à tag h2 e obedecemos à hierarquia novamente. Dessa forma, a página ficará de acordo com as recomendações de SEO para desenvolvedores.
Aplique SEO técnico nas imagens
As imagens também são indexadas pelos buscadores. Há, inclusive, uma página de retorno especialmente para elas. Por isso, é preciso fazer com que sejam identificadas e relacionadas, pois também ajudam a trazer novos visitantes para o site.
Além disso, uma boa otimização das imagens impacta diretamente em outros aspectos técnicos, como na velocidade de carregamento. Confira os principais pontos de observação.
Otimize as imagens
O tamanho da imagem é determinante para evitar a demora no carregamento da página. Por isso, otimize o arquivo.
Existem ferramentas na internet que podemos utilizar para criar arquivos de imagens com tamanhos reduzidos, além de plugins para WordPress que também fazem essa tarefa, como o Imagify e o ShortPixel Image Optimizer.
Use nomes descritivos para as imagens
O nome do arquivo também é um fator utilizado para um bom ranqueamento da imagem. O ideal é que ele descreva o que a figura significa. Portanto, prefira usar títulos como “bicicleta.png” em vez de “img0123.png”.
Configure o texto alternativo
Outra configuração que não podemos esquecer é a utilização do atributo “alt” da imagem, que corresponde ao texto alternativo. A descrição informada nesse local será exibida na página caso ocorra alguma falha no carregamento do arquivo, além de ser utilizada por ferramentas de acessibilidade.
Teste a velocidade das páginas
Atire a primeira pedra quem nunca saiu de uma página só porque ela demorou a carregar. De acordo com o Think With Google, apenas 5 segundos de atraso já é o suficiente para aumentar em 90% a taxa de abandono. Se demorar até 10 segundos, então, o valor sobe para 123%.
Diante desses números, podemos perceber como a velocidade da página e as práticas de SEO para desenvolvedores são importantes e por que devemos evitar esse problema. Existem diversos fatores que ajudam na otimização do site. Confira os principais a seguir.
Reduza o tamanho dos arquivos de códigos
Reduzir o tamanho dos arquivos de códigos HTML, CSS e JavaScript ajuda a aumentar a velocidade de carregamento da página.
Vale ressaltar que existem ferramentas que criam esses arquivos minificados, como o HTMLMinifier, CSS Minifier, Gulp ou plugins para WordPress, como o Autoptimize. Entretanto, sempre é preciso realizar testes para garantir que tudo continue funcionando perfeitamente no site.
Utilize o recurso de lazy load
Os arquivos de imagens e vídeos podem demorar para carregar, principalmente se a página tiver muitas imagens. Uma forma de evitar a lentidão é utilizar o recurso de lazy load, que significa carregamento lento. Na prática, é feito o carregamento apenas dos recursos utilizados na viewport (área visível) da página.
Assim, à medida que o usuário avança pelo conteúdo, as imagens e os vídeos são carregados conforme a necessidade. Isso evita o carregamento de todos os arquivos da página primeiro para exibir o conteúdo depois, o que aumenta o tempo de espera.
A implementação desse recurso pode ser feita por meio da inclusão do atributo loading = “lazy” nas tags img ou iframe nas imagens e vídeos que queremos carregar em um segundo momento. Outra forma é com a utilização de bibliotecas JavaScript, como a Lozad.js ou com plugins para WordPress, como o Autoptimize, que oferece ainda outros recursos para a otimização do site.
Utilize ferramentas para mensurar a performance da página
Existem diversas ferramentas disponíveis na internet para checar a performance da página. Uma delas é o Page Speed Insights do Google. Além de gratuito, exibe uma lista completa de dicas sobre SEO para desenvolvedores, que contém as ações necessárias para aumentar a velocidade de carregamento.
Otimize o site para mobile-friendly
Em 2018, o Google anunciou o lançamento da indexação que prioriza dispositivos móveis, chamada mobile-first index. Na prática, a versão mobile do site tem prioridade na indexação do conteúdo em relação ao site para web.
Mesmo que a página não tenha uma versão mobile, é importante que esteja preparada para ser exibida em diferentes tipos de dispositivos. Isso é possível com o desenvolvimento de um site responsivo, capaz de se adaptar a diferentes tamanhos de telas.
Vale ressaltar a diferença entre a versão mobile e o site responsivo. Na primeira opção, é preciso ter duas versões: uma para dispositivos móveis e outra para desktop. Já o site responsivo é único e adaptável aos diferentes tamanhos de tela, conforme a codificação realizada.
O Google mobile-first index considera as duas versões e oferece uma ferramenta para verificar se o site é compatível com dispositivos móveis. Além disso, ele disponibilizou uma lista de boas práticas com recomendações que devem ser implementadas para otimizar o conteúdo e, assim, conquistar boas posições.
Para manter um site com um bom ranqueamento é necessário um conjunto de fatores, como a produção de conteúdos de qualidade, além de diversos detalhes técnicos que fazem toda a diferença. Por isso, o entendimento sobre SEO para desenvolvedor é relevante para a carreira de quem desenvolve para web.
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