Você realmente quer ser um redator freelancer? Os choques de realidade de um profissional

Uma bateria acabando

Na escola, eu sempre gostei de matérias que envolviam redação. Em todas as matérias em que eu pudesse usar a escrita verbal como resposta, eu me sentia mais tranquilo.

Também me sentia assim até o início da faculdade, até que um dia isso se tornou uma oportunidade profissional. Comecei escrevendo resenhas de shows de rock e, depois, fui chamado para fazer parte de um blog sobre fintech.

A princípio, aquilo parecia ser uma chance real de ganhar dinheiro para viver bem — e também muitos ingressos para shows.

No entanto, algum tempo depois eu comecei a entender o quanto manter aquela rotina estava sendo difícil, e o custo de oportunidade entre descansar e perder prazos passou a ser uma preocupação diária.

Hoje, com mais de quatro anos de experiência, posso dizer com certeza que a expectativa de carreira e a realidade de um redator freelancer iniciante são muito diferentes.

Por isso, a intenção deste artigo não é te desencorajar, mas dar uma perspectiva honesta sobre o que, de fato, é ser um freelancer de produção de conteúdo.

Como eu comecei a escrever

Eu tinha um professor de guitarra que era também fotógrafo de shows para uma revista/portal e precisava de alguém para cobrir os shows e escrever resenhas. Então eu me ofereci e comecei a frequentar shows sem pagar nada. Isso, para um estudante que não podia comprar ingressos para seus shows preferidos, já bastava como pagamento!

Paralelamente, também fui aprendendo sobre finanças e tecnologia, até ser chamado para ser editor e dono de um blog sobre Bitcoin.

Bacana! A ideia ali era empreender um site grande, que tivesse rankings e pudesse se tornar rentável. Um negócio próprio, mas que acabou sendo descontinuado.

A essa altura, empresas do ramo já estavam me procurando para ser ghost writer, pois era muito difícil achar alguém com habilidade de escrita e o conhecimento específico em finanças.

Percebeu como foi a trajetória?

Eu comecei sem remuneração em dinheiro, depois tive um blog que rendeu pouquíssimos lucros até, em seguida, receber ofertas de jobs que batiam com a minha perspectiva de renda. E, no começo, também não pagavam tão bem assim.

Evidentemente, não significa que isso acontece ou acontecerá com você, mas mostra o quanto é preciso de foco para acertar nas suas decisões de carreira!

O que eu aprendi com o mundo real

Cada etapa desse processo foi importantíssima para eu aprender a:

  • Lidar com prazos, muitas vezes de menos de 24 horas.
  • Saber conversar e conquistar clientes.
  • E o mais importante: ter expertise em produção de conteúdo para web.

No entanto, precisei de alguns choques de realidade para entender isso. E, talvez, uma das principais lições do trabalho freelancer é que a felicidade só vem depois que você se esforça e passa por momentos não tão bons assim. Veja:

A maioria dos redatores é muito mal paga, mas também não oferece um serviço muito bom

Se existe um serviço abundante na internet, é o de redação freelance. Alguns sites prometem até mesmo usar robôs (!) para criar conteúdo e baratear o preço.

Isso nos dá um insight sobre uma situação simples: como este é um trabalho livre, onde qualquer um pode ingressar, é comum que a grande maioria não se especialize muito.

Por isso, é comum ver ofertas de trabalho a preços absurdamente baixos, mas que provavelmente só serão aceitas por alguém sem qualificação nem compromisso com a qualidade.

Eventualmente, ofertas de trabalho como essa podem chegar até você e, de tão ruins, podem fazer você se sentir mal com a sua carreira.

É possível ganhar bastante dinheiro, mas não sem praticar bastante

O caso anterior nos leva a outra questão: afinal, se há clientes buscando textos a preços tão baixos, será que o mercado pode ser bom?

Sim, ele pode, desde que você tenha habilidades que a maioria não tem. Confira algumas delas:

  • Certificações em Marketing de Conteúdo e Produção de Conteúdo.
  • Conhecimentos de SEO para redação.
  • Fazer pesquisas em inglês.
  • Conseguir informações rapidamente.
  • Saber sobre assuntos específicos de um nicho.

Ou seja, você pode ser certificado, mas um conteúdo de qualidade só nasce da prática exaustiva de produção de conteúdo.

E, por fim, quanto mais específico for o seu conhecimento, maior será o valor agregado do seu serviço. Seja na área de automobilismo, saúde, engenharia, finanças, direito… Não importa, desde que você já conheça ou goste de estudar sobre tal assunto.

Se prazos enxutos são difíceis para você, considere mudar de carreira

Por fim, um tópico essencial: prazos. Dependendo do nicho que você trabalhar, maior pode ser a urgência de cada tarefa.

Evidentemente, sendo um freelancer, você pode decidir quando pegar alguns jobs. No entanto, uma vez assinado o contrato, os prazos são definidos em acordo com o cliente.

No caso de eventos, como quando fui um redator de resenhas de shows, as demandas eram urgentíssimas e os concorrentes costumavam publicar horas após o fim dos shows!

Considere muito isso antes de dar esse passo na carreira e, uma vez decidido, as técnicas de produtividade vão te acompanhar sempre.

Mas calma, ainda há esperança

Como foi dito no início do artigo, a ideia aqui não é te desencorajar, mas fazer você refletir para tomar coragem e seguir adiante. Contudo, realmente é preciso saber onde você está pisando para fazer a sua vida profissional seguir este rumo.

Às vezes um choque de realidade pode ser muito bom, não é mesmo? 🙂

Por isso, separei alguns conteúdos que me ajudaram demais nessa trajetória e, graças a eles, tenho certeza que posso ter uma carreira de freelancer com demanda constante, receita previsível e uma renda bem acima dos meus gastos correntes. Confira:

Além disso, o blog da Comunidade está repleto de conteúdos úteis para você se desenvolver nessa carreira.

Inclusive, eu espero que esse aqui tenha feito a diferença e, se você curtiu, vou adorar saber mais sobre as suas expectativas e experiências nesse meio. É só deixar um comentário!

Até logo! 🙂

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