O desenvolvimento de novas tecnologias no sistema bancário diminuiu o manuseio de dinheiro físico e aumentou a segurança na circulação de capital. Porém, na hora de fazer a transferência, existe uma dúvida comum entre os usuários: é melhor fazer TED ou DOC?
Essas duas opções são oferecidas pelos bancos para você enviar dinheiro para contas de instituições diferentes, sem que seja necessário realizar um saque. Apesar de semelhantes, elas têm regras diferentes e é importante conhecer as situações em que cada uma é recomendada.
Preparamos este artigo para acabar com as dúvidas sobre o melhor tipo de transferência. Continue a leitura e aproveite as dicas!
O que é DOC?
O Documento de Ordem de Crédito é um serviço obrigatório das instituições financeiras para a transferência interbancária de valores. Elas podem ser realizadas para terceiros ou para o mesmo titular, com a inserção dos dados do destinatário (nome, CPF, conta e agência).
No DOC, a compensação bancária é realizada no dia útil seguinte, ou seja, o dinheiro não cai automaticamente na conta. Existe um vencimento diário para esse processo que varia em cada banco — em geral, é possível fazer a transferência até 21h30 e ter o valor liberado na manhã seguinte.
O limite desse tipo de transferência é R$ 4.999,99 e não há um valor mínimo. É possível realizar a operação na boca do caixa, nos terminais de autoatendimento e no internet banking. A maioria dos bancos cobram taxas, que são menores nas duas últimas opções.
O que é TED?
A Transferência Eletrônica Disponível é outro tipo de transferência entre instituições diferentes. Ela foi criada pelo Banco Central do Brasil em 2002 e funciona como um upgrade do DOC, já que o dinheiro fica disponível na outra conta em até 60 minutos.
Para isso, o envio do dinheiro deve ser feito até às 16h59 dos dias úteis — fora desse prazo, a operação só é confirmada no dia útil seguinte. O processo é idêntico e o interessado precisa ter em mãos os dados bancários do destinatário para fazer a transação.
Anteriormente, existia o valor mínimo de R$5 mil para fazer um TED, mas essa regra foi extinta em 2016. Não há um limite diário para realizar a transferência (apenas o estipulado pelos bancos). As taxas variam em cada instituição e pacote de serviços e não existe cancelamento.
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Quais as diferenças entre TED e DOC?
O TED e o DOC têm o mesmo objetivo, que é enviar dinheiro para contas de bancos diferentes. Em geral, as duas opções servem para os clientes e as taxas cobradas por transferência não são as mesmas — no Banco do Brasil, por exemplo, o presencial custa R$21,90 e o eletrônico custa R$10,45.
Fintechs como o Banco Inter e o Nubank não cobram pelas transferências. Nessas contas digitais, o cliente consegue fazer um número ilimitado de movimentações, desde que respeite os valores máximos impostos. Os grandes bancos também têm essa funcionalidade, mas é preciso assinar um pacote de serviços caro (as contas digitais são gratuitas).
Na questão dos valores, o DOC tem o limite de R$ 5 mil por transação, o que é um limitador para quem precisa movimentar altas quantias. O TED não tem limite obrigatório (as instituições podem estipular um valor máximo), então é a opção ideal para os envios acima desse valor.
Outra grande diferença é que o TED faz a transação instantaneamente até 16h59 nos dias úteis, enquanto o DOC funciona em D+1, ou seja, o dinheiro é disponibilizado no dia útil seguinte. A vantagem é que a última opção permite a operação até 22h15 em alguns bancos (Santander, por exemplo).
Os dados são os mesmos (nome completo, agência, conta e CPF). Também é necessário cadastrar o código do banco, que é a identificação da instituição perante o BACEN. O órgão divulga uma tabela com esses números, que devem ser consultados antes de fazer a transferência.
Vantagens do TED:
- transferência realizada na hora (até 16h59 em dias úteis);
- não existe limite máximo de transferência.
Vantagens do DOC:
- se os dados estiverem incorretos, o cancelamento é automático;
- a transferência pode ser realizada até 22h15 (em alguns bancos, esse período é menor).
Como decidir entre TED ou DOC?
Na maioria dos casos, o TED é uma opção melhor, já que não tem limite máximo e cai na conta em até 60 minutos. O DOC é recomendado para aquelas pessoas que desejam fazer a transferência, mas por algum motivo só querem que o dinheiro fique disponível na manhã seguinte.
Assim, se você precisa realizar um pagamento com data de vencimento, a TED é a solução mais rápida. Porém, se você fizer a transferência após às 17h de uma sexta-feira, o dinheiro só ficará disponível na segunda-feira de manhã — o DOC feito em qualquer hora da sexta-feira tem a mesma regra.
Um ponto importante são os erros de dados. Se você fizer o TED e errar um número da conta, não existe uma forma de cancelar a operação. Em geral, você teria que entrar em contato com o banco, que faria a confirmação junto ao destinatário incorreto. Por isso, é fundamental conferir com atenção as informações.
No caso do DOC, como a compensação bancária é realizada no dia seguinte, qualquer inconsistência nas informações gera o cancelamento da operação. Nesse caso, o dinheiro retorna para a conta de quem fez a transação automaticamente, o que garante mais tranquilidade.
As taxas costumam ser iguais nas instituições, mas pode haver alguma diferença de cobrança. Por isso, entre no site do seu banco e confira a tabela de tarifas. Os pacotes de serviços básicos oferecem um número limitado das operações, então quando a oferta de TED acabar, você pode optar pelo DOC e vice-versa.
TED ou DOC são dois tipos comuns de transferência bancária. A criação do internet banking permitiu ao cliente movimentar a sua conta sem a necessidade do dinheiro físico, o que aumenta a segurança e a praticidade. O ideal é entender a sua necessidade e escolher a melhor opção, sempre se lembrando de cadastrar corretamente os dados!
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