A crescente globalização e o fato de que temos acesso a conteúdos de todo e qualquer lugar contribuem imensamente para o acesso à informação, incluindo notícias e materiais relevantes para nossas carreiras. Porém, para que tudo isso seja realmente acessível, o trabalho de tradução é, hoje, mais fundamental do que nunca.
Enquanto isso, o conceito de UX writing também mostra-se mais e mais frequente. Aplicativos, plataformas e sites são algumas das maiores formas de acesso a conteúdos, produtos e serviços da atualidade. Sendo assim, como garantir que os textos — por exemplo, um formulário de cadastro ou um tutorial — sejam compreendidos com clareza e com o dinamismo exigido pela internet?
Esses dois assuntos podem parecer bastante distantes à primeira vista, não é mesmo? Mas, como vamos mostrar neste post, UX writing e tradução têm alguns objetivos, necessidades e desafios em comum. Continue a leitura para entender melhor!
O que é UX writing
UX writing se refere ao que é escrito para garantir a excelência da experiência do usuário final: quem se cadastra e utiliza um aplicativo, quem adquire um curso online ou quem acessa uma plataforma, por exemplo.
Portanto, além de se preocuparem com gramática, compreensão e fluidez, os UX writers também precisam manter em mente questões como em qual momento aquele pedaço de texto vai aparecer para o usuário, que ação ele deve tomar a partir dele e quais são os objetivos da empresa com aquele produto ou serviço.
Esse profissional trabalha bem próximo da equipe de produto e ainda precisa zelar pelo tom de voz da marca, ou seja, garantir que o discurso e a linguagem sejam sempre coerentes.
Outro aspecto muito importante é a localização, que se preocupa em responder à seguinte pergunta: onde está o usuário e como posso garantir que o texto vai fazer sentido para ele?
Como UX writing se relaciona com a tradução
O UX writer sabe como garantir uma melhor experiência para o usuário por meio do conteúdo, mas não necessariamente como assegurar que isso será mantido nas versões traduzidas do que foi produzido. Portanto, contar com o trabalho de um profissional treinado como tradutor faz toda a diferença.
Um assunto de e-mail ou uma push notification, por exemplo, precisam ser breves e ir direto ao ponto para que o usuário tome a ação desejada — abrir o e-mail, no primeiro caso, e fazer o que foi sugerido pela notificação, como abrir o aplicativo para aproveitar uma promoção.
Entretanto, as diferentes normas gramaticais, os vocabulários e até mesmo os alfabetos de cada idioma ao redor do mundo podem transformar uma sentença curta em inglês em uma extensa frase em alemão, por exemplo.
Para evitar que as diferenças linguísticas sejam um obstáculo para a experiência do usuário e os objetivos de negócio, o UX writer pode definir quais são os pontos essenciais da frase original. Dessa forma, o tradutor vai saber o que precisa aparecer no texto traduzido e o que pode ser descartado a fim de manter a qualidade da UX.
Outro cuidado importante para o tradutor é entender exatamente onde o pedaço de texto que está sendo traduzido aparece — em um formulário de cadastro? Um pop-up? — Dessa forma, ele pode definir melhor como elaborar a versão traduzida do conteúdo.
Práticas de UX em tradução
Além da questão da localização, o UX writing também pode trazer lições valiosas para a produção de conteúdos web dentro do contexto de mercados globais — ou seja, aqueles que são acessados no mundo todo e não somente na língua original.
Escrever para a internet exige conhecimentos de SEO, visando a um bom rankeamento dos conteúdos nos mecanismos de busca. Essas “exigências” têm muito a ver com UX.
Legibilidade, uso de imagens e de outros recursos visuais, aplicação de intertítulos, tamanho dos parágrafos e responsividade, por exemplo, são cuidados necessários para que o texto mostre-se bem organizado e possa ser lido de forma clara e agradável na internet, tanto nos computadores quanto nos dispositivos móveis.
Dessa forma, você garante que o leitor terá uma experiência de leitura agradável e, com isso, absorva todas as informações passadas por meio do conteúdo. Uma coisa é certa: especialmente quando relacionada ao UX writing, a tradução exige ir muito além de simplesmente traduzir literalmente o conteúdo original.
O mais importante é transmitir a mensagem necessária para o usuário em determinado momento de sua jornada pelo aplicativo, plataforma, site etc. Tanto no UX writing quanto na tradução, a experiência é o objetivo-chave.
UX writing e localização
Vamos retomar agora o conceito de localização em UX. Ao pensar na localização, o UX writer deve considerar não apenas se o conteúdo favorece a experiência do usuário que lê na língua original, mas também como aquilo será traduzido para os demais idiomas.
Considere, por exemplo, empresas internacionais que desenvolvem aplicativos disponibilizados no mundo todo. Isso significa que a grande maioria dos usuários dos apps jamais vão ler o conteúdo escrito originalmente pelo UX writer; apenas a tradução para seus respectivos idiomas.
Portanto, se o UX writing desses aplicativos funciona perfeitamente na língua original mas a tradução não consegue ser feita com sucesso para os demais idiomas, então o conteúdo não cumpre seu propósito.
Ou seja, ser excessivamente “local” não é interessante, pois isso atrapalha o processo de tradução e a adaptação do conteúdo para outros idiomas. É fundamental sempre levar em consideração a experiência do usuário global, de modo que não é tão interessante utilizar gírias, por exemplo, ou fazer referência a um feriado de determinado país.
Como deu para perceber, uma das principais características de UX writing e tradução é a adaptabilidade. Com isso, é possível garantir a melhor experiência possível para o usuário, onde quer que ele esteja, por meio do conteúdo.
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