Triple Bottom Line (Tripé da Sustentabilidade): como unir planeta, pessoas e lucro na gestão empresarial

O Triple Bottom Line é um conceito de gestão que preza pela sustentabilidade de forma ampla nas empresas. Mais do que preocupações ecológicas, é preciso ter uma atuação mais sólida em outros setores.

Triple Bottom Line: o que é o tripé da sustentabilidade?

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Sustentabilidade e desenvolvimento sustentável são termos que soam familiares para você? Há décadas eles estão em alta e são pauta no mundo todo, especialmente, com foco no setor corporativo.

Nesse contexto, as empresas buscam uma relação saudável com recursos naturais e sociais, mas sem deixar de pensar no lucro. Essa é a base de um conceito importante: o Triple Bottom Line.

Muita coisa mudou no mundo desde o desenvolvimento dessa proposta, mas a questão é que a sustentabilidade é uma demanda que só cresce. Por esse motivo, é importante que as empresas tenham melhor entendimento do conceito para, concretamente, conseguirem aplicá-lo em sua atuação.

Este conteúdo vai mostrar mais sobre o Triple Bottom Line e o que ele propõe. Saiba quais são suas bases, os problemas relacionados a essa ideia e quais benefícios ela traz!

O que é Triple Bottom Line

O Triple Bottom Line trata-se de um conceito que prega a gestão empresarial com foco, além dos resultados, no impacto causado pela empresa no planeta.

A sustentabilidade é um tema comentado há algumas décadas e de forma contínua, talvez pela complexidade que envolve o assunto. Para a população mundial, adotar novos hábitos é parte da mudança proposta, o que tem relação direta com as práticas de consumo e a relação com marcas.

É justamente na atividade de grandes empresas que as principais mudanças podem e devem ser implementadas e, para isso, o Triple Bottom Line é fundamental. Em uma tradução literal do inglês, o termo significa Linha Tripla de Fundo, mas o termo usado por aqui ajuda a entender melhor a proposta: Tripé da Sustentabilidade.

Nesse caso, o tripé é formado pelas perspectivas do planeta, das pessoas e do lucro, ou seja, uma empresa deve ser conduzida visando à parte econômica, seus impactos ambientais e como ela se relaciona com seus colaboradores.

Nessa ideia, é possível perceber como a sustentabilidade é algo muito maior do que simplesmente a preservação de recursos naturais e a redução da agressão ao planeta.

Ser sustentável é ter ideias que consigam se renovar, gerenciar sem explorar, lucrar de forma responsável e com foco na continuidade da companhia, além de viver e conduzir projetos que não prejudiquem nenhuma esfera.

Surgimento

A primeira vez que se tomou conhecimento do Triple Bottom Line foi na década de 90, mais precisamente, em 1994. O grande idealizador dessa proposta foi John Elkington, quando lançou o artigo The Triple Bottom Line: What is It and How Does It Work?.

Na sua reflexão, pela primeira vez, ele falava sobre a ideia de mensurar os resultados da empresa a partir de 3 pilares básicos, que ficaram conhecidos como 3PL (People, Planet and Profit, ou Pessoas, Planeta e Lucros). A ideia é que a gestão pudesse desenvolver a empresa dentro das 3 perspectivas e sempre demonstrar seus resultados a partir dessas bases.

A partir da ideia, era possível entender a proposta de John de maneira mais simples: para que uma empresa pudesse ter sucesso dentro de um título de sustentável, ela precisaria integrar resultados positivos diante dessas 3 bases.

Os pilares do tripé da sustentabilidade

Ciente de quais são as bases desse tripé, é sempre importante detalhar um pouco mais sobre como a empresa deve se comportar e quais devem ser suas preocupações diante dessas perspectivas. Não é muito difícil entender que talvez o lucro seja a parte mais simples de conduzir, afinal, empresas existem para isso.

No entanto, a responsabilidade de gestão deve ir além disso. Hoje, o consumidor espera muito mais do que somente um bom produto ou um serviço de qualidade no mercado. Há cada vez mais o envolvimento e o interesse com as práticas da companhia e como ela se posiciona em relação à sustentabilidade.

Para atender completamente a esse conceito, é preciso ir além. A seguir, entenda mais sobre as 3 bases do tripé e com o que a empresa precisa se preocupar em cada uma dessas perspectivas.

Social

Frequentemente ignorada ou trabalhada superficialmente, a responsabilidade social das empresas gera grande impacto no contexto em que elas estão inseridas e também em seus colaboradores.

Há duas maneiras de ver a questão social por uma companhia: interna e externamente. É preciso exercer responsabilidade e boas práticas diante dos funcionários e também estender essa atuação à comunidade.

Começando dentro, uma empresa preocupada com a sustentabilidade deve respeitar seus colaboradores e oferecer boas condições de trabalho. Nesse sentido, o mínimo que se espera dela é o atendimento a aspectos como:

Isso garante um ambiente de trabalho saudável, uma relação harmoniosa e justa, fatores que impactam positivamente os resultados da empresa.

Além disso, deve haver a preocupação com a comunidade na qual a empresa está inserida. Ajudar seu entorno é fundamental, muitas vezes, como forma de realmente assumir sua responsabilidade como grande organização.

Projetos sociais, valorização da mão de obra local e programas de apoio ao bem-estar e incentivo educacional são alguns dos melhores exemplos de como atuar nesse sentido.

Econômico

A parte econômica gera muitas dúvidas dentro da ótica de Triple Bottom Line. Empresas nem sempre sabem como deve ser uma gestão mais sustentável e responsável financeiramente, então, o foco se limita ao lucro.

O primeiro passo é cuidar do seu patrimônio de maneira responsável, com a renovação do que é necessário em nível de equipamentos e ferramentas, investindo para ter bons resultados.

Esses cuidados internos são fundamentais para que a empresa tenha uma produção e uma prestação de serviços da melhor qualidade.

Inclusive, é preciso ter maior responsabilidade na gestão financeira, especialmente, em relação aos investimentos e orçamentos. Análises e estudos mais detalhados são importantes para que, em longo prazo, a companhia consiga se manter sem problemas econômicos.

Há ainda a necessidade da preocupação com a responsabilidade fiscal. As empresas precisam se comprometer em demonstrar seus resultados de maneira adequada, sobretudo, quando existem acionistas interessados nessas informações. São obrigações que se estendem à gestão de documentos fiscais e ao pagamento dos devidos tributos e declarações à Receita.

Ambiental

Questão mais debatida e, frequentemente, entendida como central, a causa ambiental é tão importante quanto as já citadas — isso dentro da ideia de sustentabilidade como um todo.

O foco é manter práticas de produção mais adequadas, como a emissão de poluentes e o descarte de matéria-prima. Além do mais, há a necessidade de explorar recursos naturais com mais responsabilidade.

Nesse sentido, práticas sustentáveis são aquelas que garantem uma continuidade, ou seja, têm a preocupação de continuar usando recursos, o que só é possível com a exploração adequada.

É possível ir além no controle de uso de matéria-prima e na emissão de poluentes, e isso está ligado a programas de preservação e com o comprometimento com o incentivo de novas práticas mais interessantes.

Muitas empresas se posicionam como sustentáveis, mas nem sempre estão prontas para realmente mudar completamente para isso.

Ter maior responsabilidade ecológica é um caminho que exige mudanças estruturais profundas, e não somente algo voltado para o marketing. A empresa que consegue isso alcança outro patamar e, em longo prazo, pode colher bons frutos.

A complexidade que envolve a aplicação do Triple Bottom Line

Para que o Triple Bottom Line seja aplicado de maneira fiel, algumas dificuldades precisam ser superadas, e esse é um ponto que ainda gera muitos debates.

É comum que empresas encontrem etapas mais complexas e problemas específicos, mas o importante é saber detectá-los e, a partir disso, trabalhar de maneira estratégica, com soluções que realmente se destaquem.

Linhas incompletas

Um tripé não se sustenta se falta uma de suas bases, e essa analogia funciona muito bem para avaliar a sustentabilidade completa de uma empresa. Algumas companhias deixam de focar uma delas e acabam desenvolvendo pouco as bases negligenciadas, o que é um erro.

Nem sempre isso acontece premeditadamente, mas é importante sempre colocar a gestão sob análise para avaliar em quais das 3 perspectivas ainda há um subdesenvolvimento. É preciso que social, econômico e ecológico sejam trabalhados da mesma forma, para que o crescimento seja integrado.

Lucro acima de tudo

O lucro é sempre uma questão importante, mas as empresas que querem se enquadrar em um modelo de gestão amplamente sustentável precisam pensá-lo com um peso diferente. Não que ele deixe de ser prioridade. Na verdade, só não pode ser razão para que outras bases do tripé sejam negligenciadas.

Muitas vezes, isso acontece em busca de uma produção mais barata, mas mais agressiva à natureza, más condições de trabalho, falta de incentivos sociais, pouco investimento na companhia e uma série de outros fatores. Os lucros até se mantêm altos, mas a relevância da empresa no longo prazo fica comprometida.

O Triple Bottom Line hoje, na visão do seu autor

Em 2018, 25 anos após o lançamento do artigo que propôs o Triple Bottom Line, John Elkington voltou aos holofotes com uma espécie de pedido de reinterpretação do seu conceito. Por meio de um artigo, ele chamou a atenção para o viés excessivamente técnico que o tripé da sustentabilidade ganhou ao longo dos anos.

Para ele, a maioria das empresas que mensuram e apresentam seus resultados avaliando as 3 bases fazem isso apenas para provar esforços, e não com uma proposta realmente concreta.

Em resumo, hoje, o conceito vale mais para obtenção e afirmação de um status, tendo em vista que a sustentabilidade é considerada para valorizar uma empresa e suas ações.

O apelo de John é para que as empresas revisem a sua proposta de 25 anos atrás e tentem aplicar seus esforços de maneira mais concreta, pensando realmente no impacto social, econômico e ambiental de suas ações.

O que realmente essa preocupação gera como resultado é o que interessa, e não necessariamente os indicadores e os números que eles trazem quando à sustentabilidade.

O Triple Bottom Line é um conceito que precisa ser destrinchado e compreendido dentro das empresas, já que isso garante uma atuação amplamente consciente e responsável. Só assim, é possível ter bons resultados e um papel realmente relevante para o mundo.

Aproveitando o assunto, aprenda aqui o que é o marketing verde e como a sua empresa pode trabalhar isso!

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