Nas últimas semanas, todos no marketing estavam comentando sobre a possibilidade da OpenAI lançar um concorrente ao Google Search. Eram rumores por toda parte.
“É o fim do motor de busca do Google?” “SEO ainda vai fazer sentido?” “A OpenAI tem alguma chance?” Essas foram apenas algumas das perguntas circulando por aí.
Bem, o grande anúncio não aconteceu (pelo menos não esse), mas isso não significa que os avanços da OpenAI em busca estão parados.
Um ex-Googler como novo vice-presidente da OpenAI
A OpenAI recentemente contratou Shivakumar Venkataraman como seu novo Vice-Presidente. Talvez você esteja se perguntando, “Quem é esse cara, Iasmine?” Bem, ele não é estranho no mundo tech — ele é um ex-chefão do Google.
No Google, ele liderou várias divisões, incluindo Search Ads, Google Labs e até a divisão de blockchain. Venkataraman possui diplomas em ciência da computação e já trabalhou na Hewlett-Packard Labs e na IBM antes do Google. Resumindo, o cara é top!
Então, dá pra ter certeza que ele não foi escolhido aleatoriamente. Com sua expertise, ele está pronto para ser um verdadeiro divisor de águas para a OpenAI, especialmente se eles estiverem realmente nadando rumo a sua própria versão do “Google Search.”
Investidores da Alphabet devem se preocupar?
Mesmo que a OpenAI lançasse um novo motor de busca amanhã, o Google está tão bem estabelecido que seria um desafio difícil destroná-lo.
O Google detém mais de 90% da participação no mercado de motores de busca, enquanto seu concorrente mais próximo — o Bing, tadinho — tem apenas 3,64%.
Mas a OpenAI terá seu próprio “Google” ou isso é história pra boi dormir?
O fato é: criar um novo motor de busca não parece estar na lista de tarefas de Sam Altman (CEO da OpenAI).
Em uma entrevista recente, Altman mencionou que imaginar a OpenAI criando um clone do Google “subestima o que [os avanços podem] ser.”
Ele disse que está mais animado em ajudar as pessoas a encontrarem informações de maneiras totalmente novas. Altman não acha que o mundo precisa de outro Google, porém, integrar um chat como o ChatGPT com um motor de busca? Isso sim é “mais legal,” ele disse.
Altman também expressou sua insatisfação com modelos sustentados por anúncios, como Facebook e Google, nos quais os anunciantes podem influenciar os resultados de busca. Ele disse que, com o ChatGPT, ele sabe que não é o produto sendo vendido.
Mas nós não estamos treinando a máquina toda vez que usamos o ChatGPT? Isso não nos torna um tipo de produto também? Só uma reflexãozinha básica.
O que está claro é que a OpenAI não planeja monetizar dados de usuários através de anúncios direcionados, o que Altman acredita ser financeiramente sustentável. Você acha?
Quais são os planos “mais legais” da OpenAI?
Dados em tempo real
Recentes acordos com editores como Dotdash Meredith, Le Monde e Prisa Media indicam um foco em fornecer aos usuários do ChatGPT acesso a conteúdo de notícias em tempo real e links para fontes originais.
Integrar dados em tempo real ao ChatGPT é bem legal, de fato. Mas o resultado das buscas não vai parecer com os links azuis que o Google disponibiliza na SERP; será mais como uma conversa bem fundamentada.
ChatGPT agora é “Omni”
A OpenAI acaba de introduzir o ChatGPT-4o (o “o” significa “omni” ou “tudo” em latim), prometendo respostas mais rápidas, conversas por voz e a capacidade de fazer upload de imagens e documentos para resumir, organizar ou fazer perguntas sobre eles.
Estas são promessas que eles vêm falando há um tempo. O ChatGPT-4o está disponível no desktop MacOS e apresenta uma interface mais amigável.
Outro recurso “legal” que eles lançaram é chamado “memory,” mas está disponível apenas para alguns usuários no momento para que eles testem.
Basicamente, esse recurso permite que você peça ao ChatGPT para lembrar de certos detalhes e então use essas informações para personalizar respostas no futuro. Veja esse exemplo que eles compartilharam na própria página:
“Você menciona que tem uma criança pequena e que ela adora águas-vivas. Quando você pede ao ChatGPT para ajudar a criar o cartão de aniversário dela, ele sugere uma água-viva usando um chapéu de festa.” (tradução livre)
Eu não sei você, mas isso me deixa um pouco desconfortável. Parece que estou me abrindo demais com um estranho.
Usuários gratuitos do GPT-4o terão um limite de mensagens que resetará após algumas horas, mas pelo menos há uma opção gratuita, seguindo os passos do Google Gemini.
E falando em limites, a mensagem que você recebe quando atinge o limite não me faz querer muito atualizar para a versão Plus.
É algo como: “Você atingiu seu limite do GPT-4o. As respostas usarão o GPT-3.5 até seu limite resetar após 16:09.” Então, até o momento, por mim tudo bem; a menos que eles deixem realmente óbvias as vantagens do Omni, de modo que não consiga viver sem ele.
O que mais está por vir?
No futuro, eles planejam possibilitar conversas em tempo real por vídeo com o ChatGPT e até prever as emoções dos usuários com base no que a plataforma ouve e vê.
Como mencionei no meu artigo anterior sobre o ChatGPT, não posso deixar de lembrar da relação entre Theodore e Samantha no filme “Ela.” A este ponto, nem parece tão estranho — consigo totalmente ver algumas pessoas que conheço se apaixonando pelo ChatGPT (risos). Brincadeira. Eu acho.
Bem, aparentemente, não sou a única que pensou no filme, já que o próprio Sam Altman faz uma referência clara a ele: “O número de coisas que eu acho que ‘Ela’ acertou, que não eram óbvias na época […] foi incrivelmente profético”, ele disse uma vez.
É o fim dos motores de busca?
Relaxa! O fim dos motores de busca não deve acontecer tão cedo (ou nunca).
Claro, a Inteligência Artificial é incrível, mas sejamos realistas — ainda há uma grande demanda por conteúdo gerado por humanos, ou pelo menos uma mistura de conteúdo IA + humanos.
Reflita: quando você está buscando algo, muitas vezes você precisa do toque sutil, criativo e às vezes peculiar que só os humanos podem fornecer. A IA pode te dar fatos, mas não pode sempre te dar aquele toque pessoal ou insight profundo que só um especialista poderia dar.
Além disso, os usuários estão mostrando que não estão prontos para abandonar os motores de busca tradicionais ainda. Um exemplo perfeito são as pessoas optando por não usar os recursos de IA generativa do Google.
Apesar de toda a hype em torno da IA, muitos usuários ainda preferem a confiabilidade e familiaridade dos resultados de busca padrão. Eles confiam no equilíbrio do julgamento editorial humano e na eficiência que os motores de busca tradicionais oferecem.
Então, enquanto a IA é uma ferramenta poderosa e um ótimo complemento, não vai substituir os motores de busca. Em vez disso, provavelmente trabalhará ao lado deles, melhorando nossa experiência de busca sem tomar o controle completamente.
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E a abordagem da OpenAI sobre questões de segurança?
Pois então, isso não parece estar indo muito bem. Jan Leike, um pesquisador de segurança que co-liderava o grupo de Superalinhamento, renunciou após expressar preocupações sobre a abordagem da OpenAI à AGI (Inteligência Artificial Geral).
Seu co-líder, Ilya Sutskever, já havia saído horas antes, mas soava um pouco mais otimista, dizendo: “A trajetória da empresa tem sido nada menos que miraculosa, e estou confiante de que a OpenAI construirá AGI que seja segura e benéfica”. (tradução livre)
A página da equipe de Superalinhamento menciona perigos da IA, incluindo extinção humana, se a IA não for supervisionada e controlada. Estamos em um filme de ficção científica ou o quê? O fato é que este grupo parece importante, e está se desintegrando.
Leike também tuitou (“Xuitou”) sobre o perigo da IA, dizendo, “Construir máquinas mais inteligentes que os humanos é um empreendimento inerentemente perigoso. A OpenAI está assumindo uma enorme responsabilidade em nome de toda a humanidade.” (tradução livre)
Ele expressou insatisfação em relação à postura da OpenAI sobre sua pesquisa, afirmando, “Nos últimos meses, minha equipe tem navegado contra o vento”. Ele não entrou em detalhes, mas pareceu insinuar que sua equipe foi deixada à deriva em um mar cheio de criaturas aterrorizantes.
Sam Altman reconheceu o tweet de Leike e concordou, “[…] ele está certo, temos muito mais a fazer […].”
Isso é definitivamente algo que devemos ficar de olho.
Para resumir: o que profissionais de Marketing (e qualquer outro profissional do mundo digital) precisam saber
Primeiro de tudo, não entre em pânico com a possibilidade de um novo motor de busca destronar o Google tão cedo. A dominância do Google no mercado de busca é sólida, com mais de 90% de participação.
No entanto, fique de olho nos movimentos da OpenAI, especialmente com a contratação do veterano do Google, Shivakumar Venkataraman.
Embora a fusão de IA e busca seja de fato empolgante — vide a integração de dados em tempo real, por exemplo — isso não significa o fim dos motores de busca tradicionais.
Ainda há uma grande demanda por conteúdo de qualidade gerado por humanos, e vamos combinar, a IA sozinha não consegue atender a todos os caprichos dos usuários.
Sobre o ChatGPT-4o, esta nova versão é revolucionária. Ela promete respostas mais rápidas, interações por voz e a capacidade de lidar com imagens e documentos. Isso é incrível para tarefas como análise de dados e compilação de informações. Olhando para o futuro, a OpenAI tem planos ambiciosos.
Mas e o elefante na sala — questões de segurança? Está óbvio que há desacordos internos sobre a abordagem à segurança da IA. O próprio Sam Altman admite que há muito mais a fazer nessa área, então com certeza é um tópico que merece nossa atenção.
Aqui vai um conselho final: sempre encare os rumores com uma dose saudável de ceticismo e verifique os fatos antes de espalhar a palavra.
Embora a OpenAI possa ter alguns truques na manga, por agora, vamos nos ater ao que fazemos de melhor: otimizar para o Google e abraçar as novas ferramentas de IA que surgirem. E não vamos esquecer de manter um olhar atento sobre as implicações éticas dessas tecnologias.
Até a próxima!
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