Conforme declarado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), estamos vivendo uma pandemia global devido ao Covid-19. Obviamente, seus efeitos não são sentidos apenas por um único setor. O coronavírus impacta a tecnologia e vem provocando um efeito cascata em todos os tipos de negócios — combustíveis, alimentos, farmacêuticos. Enfim, o mundo está em uma luta para minimizar os reflexos negativos dessa nova doença.
Ao mesmo tempo que foi o primeiro segmento atingido, os avanços tecnológicos também apontam o caminho para lidar melhor com a crise.
O que tem acontecido com as empresas de tecnologia
Em um mundo cada vez mais globalizado, em que a cadeia de produção industrial muitas vezes se divide entre vários países, as doenças acabam se disseminando de maneira global. Assim, além dos impactos na saúde, os negócios também são influenciados por essas flutuações, o que exige das empresas um bom preparo para lidar com todas as contingências.
No caso do coronavírus, que começou na China, o primeiro mercado afetado foi o da tecnologia, tendo em vista que boa parte da sua cadeia de suprimentos é produzida no país. Como efeito, algumas das gigantes da área precisaram cancelar eventos, adaptar-se a uma nova rotina de trabalho e calcular a desaceleração da sua performance para os próximos meses.
A Apple, por exemplo, que depende de fábricas em Shenzhen, na China, alertou seus investidores sobre a queda do fornecimento de iPhones — um dos principais produtos da marca —, em virtude do avanço do vírus.
Outra companhia que disparou o sinal de alerta foi a Microsoft, considerando que os fornecedores de hardware dos seus laptops também foram atingidos por fechamentos e desacelerações na China.
Tudo isso porque, para tentar manter os funcionários seguros e evitar um cenário mais drástico, as organizações estão apostando no trabalho home office e no mínimo de aglomerações possível. Seguindo essa linha de raciocínio e segurança, os organizadores da MWC Barcelona, feira anual de telecomunicações que acontece na Espanha, cancelaram o evento.
Embora o mesmo não tenha acontecido com a RSA — conferência de segurança em São Francisco — algumas empresas de peso como IBM, AT&T e Verizon optaram por não comparecer. De acordo com levantamentos realizados pela Trendforce, o cenário tecnológico terá as seguintes implicações:
- queda de 12% na produção de smartphones esse ano;
- dificuldade na implantação de internet 5G por falta de cabos de fibra óptica;
- queda na fabricação de consoles de video games;
- queda de 16% na produção de smartwatches, entre outros.
Coronavírus impacta a tecnologia autônoma
A repercussão do coronavírus é um problema para a produção industrial, pois afeta todo um planejamento e operações do dia a dia, sobretudo aquelas que não podem ser realizadas remotamente.
No entanto, a tecnologia pode ajudar na manutenção da capacidade de venda e distribuição de mercadorias. E uma das melhores alternativas para ajudar na infraestrutura logística é o investimento em tecnologia autônoma.
Os drones são um exemplo disso. Eles podem ser úteis tanto no monitoramento dos planos de contingência — segurança, proteção, inspeção —, como na distribuição de mercadorias. Ainda sobre o processo de entregas, os carros autônomos também se apresentam como uma solução à necessidade de isolamento.
Hoje, já é realidade na China o uso de vans que desinfetam as ruas, entregam comidas e remédios — tudo controlado remotamente. Com isso, apesar de as consequências serem extremamente negativas no quadro atual, existe avanços. Há uma forte tendência para o crescimento do setor autônomo, que certamente trará outras facilidades em um futuro próximo.
Inteligência artificial na luta contra o vírus
Os benefícios das tecnologias também estão sendo utilizados em prol de um objetivo de extrema relevância: o fornecimento de ferramentas para o monitoramento rápido da doença. Dessa forma, fica mais fácil reduzir a propagação do coronavírus, especialmente levando em consideração a velocidade com que o vírus se espalha.
Como a Inteligência Artificial tem desempenhado um papel significativo na assistência à saúde dos últimos anos, nada mais coerente do que valer-se de tais recursos avançados para aprofundar os conhecimentos sobre o Covid-19.
Devido à complexidade do vírus, a comunidade acadêmica e médica está priorizando a análise da estrutura do coronavírus na tentativa de criar uma vacina. Para apoiar esse desenvolvimento, o Baidu entrou em cena disponibilizando seu algoritmo Linearfold para pesquisas científicas que lutam contra o surto.
A informação que se tem é de que esse algoritmo é bem mais rápido que os demais recursos que verificam a estrutura do vírus, podendo agilizar a obtenção de respostas em até 120 vezes.
Sabemos o que pode acontecer em um futuro próximo?
A única certeza que temos por enquanto é que, além de altamente contagioso, o coronavírus impacta a tecnologia e todos os demais setores econômicos e sociais.
Isso significa que, apesar do cenário concreto de queda de desempenho, não é possível prever o estado futuro das coisas. O mais importante nesse momento é ter calma para tentar contornar esse obstáculo da melhor maneira possível.
Ademais, uma boa dose de responsabilidade e espírito coletivo são indispensáveis em uma crise de tamanha extensão. Um empreendedor com senso social e de verdadeira liderança não vai colocar a sua lucratividade acima de tudo e forçar aglomerações nas dependências de suas fábricas.
Infelizmente, é hora de colocar o pé no freio e focar mais adiante, no que pode ser feito agora para evitar maiores perdas, e como isso pode ser trabalhado para eliminar o mesmo tipo de problema no futuro.
Com base nos últimos relatórios e notícias, não resta dúvidas de que o coronavírus impacta a tecnologia e todo o mundo dos negócios de maneira geral. É um momento de muitas incertezas, mas o tão afetado setor tecnológico também representa uma peça-chave para sair dessa situação.
Os avanços tecnológicos são um dos principais meios de aperfeiçoamento da performance empresarial, inclusive para oferecer soluções em momentos mais críticos. Para aprofundar mais nesse tema, confira também como a falta de senso de urgência nas empresas se torna um grande obstáculo para as companhias.
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