Já faz um tempo que o mundo vem se transformando de forma acelerada.
E com essa onda de transformação, obviamente que o tema economia não ficou para trás.
Afinal, a economia é algo que sempre mudou, e sempre mudará, pois seus desafios se atualizam constantemente.
Entrando mais a fundo, o grande desafio desse tema pode ser resumido em um questionamento: Como movimentar a economia de uma forma diferente?
Ou seja, há uma necessidade, que se renova a cada dia, que é a do surgimento de novos produtos e serviços que possam substituir os que já temos tradicionalmente.
Soma-se a isso também a busca por novas maneiras de se trabalhar e ganhar dinheiro.
Outra questão importante, que fortalece esse desafio, é a de que os modelos tradicionais de serviços e de trabalho estão cada vez menos atrativos, tanto para o trabalhador, quanto para o consumidor. Por isso, novos modelos de negócio estão surgindo.
Esses novos modelos já existem e são pautados, principalmente, na inovação.
Além disso, se mostram muito atrativos, pois a cada dia que passa, ficam mais claros seus benefícios, para todas as partes envolvidas.
Nesse post, iremos falar especificamente de um desses novos modelos que surgiram e ganhou força devido a essa necessidade de evolução e construção diária de uma nova economia: A economia criativa.
O que é Economia Criativa
Economia Criativa, assim como sugere os termos que formam seu nome (economia + criativa), é a definição adotada para modelos de negócio que trabalham com serviços ou produtos que tem como base a criatividade ou conhecimento, ou seja, são negócios que, assim como todos os outros, geram renda para si e benefícios para seus clientes, a partir do capital intelectual e em muitos casos, pode se somar a isso uma vertente artística.
Uma característica bem particular desse tipo de negócio é o que se chama de efeito “nobody knows”, que na tradução para o português quer dizer: ninguém sabe.
Isso quer dizer que cada vez que se cria um novo produto ou serviço, ele nunca sairá igual aos anteriores!
Esse modelo de negócio teve suas origens na década de 80, no Reino Unido, quando a primeira-ministra Margaret Tatcher publicou um relatório reconhecendo a importância da criatividade e tecnologia para a nação.
Desde então seus sucessores evoluíram no tratamento do tema, até ele ser compilado pelo autor John Howkins, especialista em criatividade, que explicou sobre o conceito da Economia Criativa ao mundo.
Entrando mais a fundo no tema, fica mais fácil entendê-la quando se compara com a economia tradicional, que tem um foco consolidado em agricultura, comércio e manufatura.
Já a Economia Criativa é focada na produção de bens tangíveis ou intangíveis com foco no conhecimento artístico e intelectual, fortalecendo a criatividade e trazendo valor para a sociedade.
Suas atividades estão concentradas em diversos setores, porém os que mais se destacam são arquitetura, artes, tecnologia, serviços pela internet e até mesmo em artesanato, publicidade, design, fotografia, rádio e televisão.
A grande questão é que estando em diversos segmentos, a Economia Criativa está cada dia mais formando negócios que estão se propondo a reinventar a entrega de valor para o seu público-alvo de maneiras não convencionais.
Uma das grandes vantagens, é que é mais simples abrir um negócio nesse modelo, pois na maioria das vezes, o capital inicial exigido não é muito grande.
A economia criativa no mundo
Falando brevemente sobre o cenário mundial da Economia Criativa, em 2013 foi elaborado um relatório pela UNESCO, que apresenta dados que mostram o seu crescimento e relevância em vários países.
Esse relatório mostra que, de forma geral, em 2011 o comércio mundial de bens e serviços criativos geraram receita de mais de US$600 bilhões, o que é considerado um recorde mundial desde a sua existência.
O relatório também aponta que a Economia Criativa teve um papel importante no desenvolvimento social e não somente na economia.
A publicação defende que a atividade possui um potencial de geração de qualidade de vida, bem-estar e autoestima na vida de muitas pessoas e comunidades, feito através de atividades prazerosas e valorizando aspectos culturais locais.
Isso proporciona um crescimento cada vez mais sustentável e focado na inclusão de todos, gerando oportunidades cada vez mais igualitárias.
A economia criativa no Brasil
Já no Brasil, o cenário do setor é apresentado pela Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) que apresenta um estudo feito no ano de 2012.
Esse estudo aponta que em 2011, a economia criativa contribuiu com 2,7% do PIB nacional.
Esse resultado demonstra o quanto o segmento é relevante para o país, colocando-o entre os maiores produtores de criatividade do mundo, deixando para trás Holanda, Espanha e Itália.
Porém, ainda há uma grande lacuna a ser preenchida se compararmos com países em que o segmento é mais expressivo, como por exemplo, o Reino Unido, França e Estados Unidos.
As contribuições da economia criativa no Brasil, também vão além da economia.
Hoje, o segmento é responsável por 1,7% dos trabalhos formais do Brasil, o que representa mais de 800 mil profissionais.
Os setores que mais empregam são arquitetura, engenharia, moda, publicidade e design.
As perspectivas de impacto e resultados positivos do setor são tão relevantes que no mesmo ano de 2011 foi criada a Secretaria de Economia Criativa, que é controlada pelo Ministério da Cultura.
Seu grande objetivo é conduzir políticas públicas para o fomentar o segmento criativo no país.
Exemplos brasileiros
Tendo entendido todo o conceito e a importância do setor da Economia Criativa no Brasil, você deve estar se perguntando sobre exemplos de empresas brasileiras que atuam com isso, certo?
Pois bem, vamos citar aqui 3 negócios brasileiros que estão dentro do segmento, para você conferir e se inspirar:
- Perestroika: Negócio no setor de educação que oferece cursos relacionados a inovação, criatividade em diversos temas;
- Catarse: Uma das plataformas pioneiras em crowdfunding no Brasil;
- Laranjas Online: Uma empresa que vende laranjas pela internet e promete entregá-las ainda “fresquinhas”.
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Como empreender na Economia Criativa
Agora que você já conhece um pouco mais sobre a economia criativa e também entendeu como está o panorama desse modelo de negócio no Brasil e mundo, vamos fornecer algumas dicas para ajudá-lo a empreender nesse segmento.
Afinal, empreender não é algo fácil, mas também não é impossível. Porém, esse setor é muito novo e, ainda, pouco conhecido, por isso qualquer ajuda nunca é demais, então seguem as dicas:
Busque atender uma necessidade real
Antes de oferecer um produto ou serviço, entenda a necessidade das pessoas e busque resolver a dor delas conforme aquela demanda.
O importante é entender como realizar isso, de uma forma simples e que seja viável para ambas as partes.
Dando esse primeiro passo, todo o lucro que você almeja com esse negócio virá como consequência de um bom trabalho
Encontre um equilíbrio entre planejamento e execução
Agora que você tem uma ideia, precisa entender como começar a tirá-la do papel. Nesse sentido há duas etapas importantes, o planejamento e a execução.
Porém, fique atento para não focar muito em apenas uma das partes, pois ideias que passam muito tempo na fase de planejamento não saem do papel e ideias que são pouco planejadas e já vão direto para a execução podem se tornar um fracasso pela falta de planejamento mínimo.
Então já tenha como prioridade esse equilíbrio.
Faça um teste
Você não precisa esperar o seu produto estar 100% pronto para lançá-lo no mercado.
Aliás é importante que você receba feedbacks de potenciais clientes desde o início, então a dica aqui é: faça um protótipo do seu produto e lance o quanto antes.
Lançar o produto dessa forma vai te dar a chance de realizar correções graduais conforme o recebimento de feedback dos primeiros usuários, proporcionando que ele chegue no mercado já testado, ajudando a evitar a chance de não dar certo.
Meça tudo que fizer
Começar a mensurar as primeiras métricas do negócio é iniciar já com o pé direito!
Primeiramente, entenda quais são as métricas que traduzem o impacto criado pelo negócio e depois desenvolva um mecanismo para medi-las.
Mostrar resultado desde o início vai ajudá-lo de diversas maneiras a expor o grande propósito do negócio, principalmente se você precisar captar investimento no futuro.
Busque conhecimento complementar
Buscar conhecimento nunca é demais, principalmente agora que você está gerindo um negócio.
Procure então se capacitar para desenvolver habilidades que você ainda não é bom.
Por exemplo, pode ser que o empreendedor criativo (você!) não tenha um bom conhecimento em administração.
Além disso, uma boa opção é buscar também por sócios ou colaboradores que te complementem nesse quesito.
O setor de economia criativa já demonstrou que tem um potencial enorme de impacto no Brasil e no mundo, apesar de estar apenas no início.
O que se precisa, agora, é de cada vez mais pessoas dispostas a empreender nesse ramo, buscando contribuir com todo esse impacto positivo, causado pela Economia Criativa, que já foi gerado e que ainda está por vir!
Gostou de entender como funciona a Economia Criativa? Então leia agora sobre oportunidades de empreendedorismo no Brasil.
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