Muitos planos para se aventurar no empreendedorismo digital surgem no final de um dia estressante de trabalho. Aquela certeza de que, se fosse o dono de um negócio tudo seria diferente sempre paira no ar e faz com que os sonhos tomem conta dos pensamentos.
O conceito digital também faz com que os candidatos ao empreendedorismo acreditem que a modalidade é muito mais simples de gerenciar, precisando de pouco esforço e investimento, afinal de contas, está tudo online.
Sem dúvidas, as possibilidades de fazer um negócio online são tentadoras e podem trazer resultados substanciais, mas também exigem dedicação e estudos, a começar por entender o mercado, qual tipo de produto ou serviço está mais alinhado com seu perfil, as ferramentas necessárias para sua gestão e quais estratégias comerciais aplicar.
Para ajudar nesse entendimento e plano para concretizar esse sonho, preparamos um material completo, com conceitos, dicas e as melhores oportunidades de empreender digitalmente. Quer descobrir qual delas é mais compatível com você? Confira neste post agora mesmo.
O que é empreendedorismo digital?
É fácil concluir que empreendedorismo digital trata-se de um modelo de negócio, seja para venda de produtos, seja para serviços, que tenha sua base comercial no ambiente online.
A grande questão é, que, com tantas tecnologias que podem ser aplicadas nesse meio, a gama de possibilidades para construir um empreendimento online é farta.
Um e-commerce é um empreendimento online, assim como um profissional que vende seus cursos ou de terceiros por meio das redes sociais também é.
Então, a partir do momento em que se inicia uma comercialização a partir do ambiente online, o empreendedorismo digital é colocado em prática.
Quais são as suas vantagens?
Existem algumas vantagens que investir no ambiente digital para abrir seu próprio negócio, entre elas, podemos apontar as seguintes.
Comportamento de consumo atual
Na pesquisa E-commerce trends 2018, 98% de seus respondentes se declararam consumidores de lojas virtuais, quase uma unanimidade de potenciais compradores, não é mesmo?
A pesquisa sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação realizada pela CETIC em 2017 também revelou que o Brasil tem 126,3 milhões de usuários da Internet. Desses, 78% fazem uso das redes sociais para se relacionarem com amigos e empresas.
Ou seja, o comportamento de consumo atual está voltado para as relações pela Internet. Se bem planejado, um negócio online tem bastante mercado e aceitação para promover suas vendas.
Vendas ininterruptas e flexibilidade de horários para seu dono
Vendas pela Internet podem ser realizadas 24 horas por dia, por toda a semana. Ou seja, um empreendimento online não necessariamente precisa da presença e atuação de seu dono para as compras acontecerem.
Obviamente, se tratar de produtos físicos, o processo de envio e faturamento precisará ser realizado por alguém ou funcionário, mas, de forma geral, os trâmites que convertem a venda podem acontecer a qualquer momento.
Essa dinâmica, inclusive, permite que o dono do negócio atue paralelamente com outros empreendimentos ou trabalho. Um contador, por exemplo, pode ter um e-commerce de produtos de pesca, afinal de contas, pode gerenciar seu tempo de dedicação para cada uma de suas fontes de renda.
Tem baixo custo de investimento
A maioria dos negócios online não precisam de grandes investimentos iniciais, estrutura física ou quadro de funcionários grande. É possível, inclusive, começar um e-commerce com pouco ou nenhum estoque de produtos.
Alguns empresas consolidadas no mercado físico e online permitem que pessoas se cadastrem para vender seus produtos. Nesse caso, ela se encarrega por toda a logística de entrega quando as compras são realizadas. É o caso da Polishop, por exemplo.
Toda sua estratégia reforça que não é preciso fazer investimentos iniciais para vender seus produtos, apenas engajar suas redes de contato e fazer com que eles comprem os produtos da loja por meio de um link do vendedor. Até os preços praticados são os mesmos se comprados diretamente.
Não tem barreiras geográficas
Seja nesse lance de revendedor, seja em um negócio com marca própria, as vendas podem ser realizadas para qualquer interessado, e não apenas aqueles que iriam em uma loja física comprar.
É possível fechar um contrato com transportadoras específicas ou usar os serviços de frete dos Correios para o caso dos produtos físicos, inclusive repassando a escolha de qual serviço de logística usar para o cliente.
Os infoprodutos são ainda mais simples. Como são consumidos online ou por meios digitais, nem mesmo esse custo precisa ser calculado à parte, basta apenas liberar o acesso ao conteúdo vendido.
Em quais negócios digitais apostar?
Para escolher com qual tipo de produto ou serviço online trabalhar, é importante entender as características de cada um deles, o esforço para comercializá-los e, claro, a identificação que o empreendedor tem com essa modalidade.
Entre os mais conhecidos, podemos citar aqueles que oferecem oportunidades reais de ganho.
Infoprodutos
Os infoprodutos são itens consumidos de forma online. Podem ser e-books, cursos, vídeoaulas, programas de computador, consultorias etc.
Para negóciá-los o empreendedor pode ser o gerador do conteúdo ou apenas um vendedor afiliado. Pode usar uma plataforma pessoal, ou, uma que intermedie sua venda por uma comissão sobre a venda. Para ficar mais simples o entendimento, veja alguns exemplos abaixo.
Hotmart
O Hotmart é uma plataforma de Ensino à Distância (EAD) que oferece as duas oportunidades de comercialização de infoprodutos.
A primeira é quando um indivíduo tem um conhecimento que deseja comercializar. Nesse caso, ele cria um conteúdo em formato digital como e-books, planilhas ou videoaulas, e insere na plataforma para a venda.
Ele também precisa determinar o valor do infoproduto, divulgar para seu público interessado e determinar quanto pagaria para os afiliados da plataforma fazerem sua revenda, o que aumentaria o número de ofertas do seu trabalho.
Os afiliados são aqueles indivíduos cadastrados na Hotmart que desejam comercializar os infoprodutos da plataforma e ganhar comissões sobre suas vendas.
A Hotmart tem uma variedade incrível de temas e infoprodutos, e, portanto, potencializa as oportunidades de vendas para os afiliados. É possível ofertar cursos de culinária, técnicas de estudo, séries de exercícios físicos etc.
Outro detalhe importante é que o afiliado não precisa ter um site para ofertar os produtos, pode usar suas redes sociais e até grupos do WhatsApp, pois, assim como a Polishop, também terá um link que valida a venda realizada a partir de sua indicação.
Gestores de blogs podem fazer uma seleção de infoprodutos que estejam alinhados com o seu mote, e, então, colocar links em seus posts e áreas de anúncios. Uma consultora de moda pode criar um grupo de WhatsApp e oferecer e-books sobre colorimetria, que explica quais as cores mais combinam com o tom de pele de suas clientes.
VOO EM V Consultoria online
A VOOEMV é uma empresa que oferece sessões online de consultoria, mentoria e coach.
Seus clientes podem escolher qual dessas modalidades é a mais adequada para sua demanda. Então, realizam uma consultoria inicial gratuita por videoconferência, garantindo assim, que seja realizado um plano de esforço personalizado. Depois, um cronograma é apresentado para o interessado, que escolhe o plano de pagamento e inicia suas sessões.
Entre as vantagens desse tipo de serviço online está a versatilidade oferecida ao cliente, que pode fazer os acompanhamentos de onde estiver, seja em casa, no escritório ou até mesmo viajando, bastando apenas uma conexão a internet.
Alura
A Alura é uma escola de cursos online especializada em conteúdos voltados para a tecnologia.
Em ambiente 100% EAD, seus alunos podem escolher cursos específicos ou contratar pacotes por um período para ter acesso a todos os cursos.
Outro segmento que a Alura explora é a venda de seus pacotes de cursos para empresas, que podem repassar aos seus funcionários como parte do programa de capacitação regular.
Também entram na categoria de infoprodutos as e-magazines, que têm o formato de uma revista e são enviados digitalmente aos seus assinantes, podcasts e assinaturas de sites de notícias.
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E-commerces
Loja virtual e comércio eletrônico são outros dois termos usados como sinônimo de e-commerce, mas, para os especialistas, existe uma diferença para o primeiro.
A loja virtual funcionaria como uma vitrine e canal de vendas, mas, e-commerce e comércio eletrônico são mais abrangentes e envolvem todo o processo administrativo para tal, da concepção e formalização do negócio até suas vendas propriamente.
Ou seja, é possível ter um e-commerce sem, necessariamente, ter uma loja virtual, basta usar outras plataformas, como as redes sociais, por exemplo. Facebook e Instagram têm ferramentas para venda que ótimas funcionalidades.
Quando falamos de e-commerces, os maiores representantes são os mais lembrados, como americanas.com e submarino.com.
Mas, para compreender como eles podem ser implantados do zero e por empreendedores de menor porte, outros exemplos podem ser úteis.
El cabriton
A marca tem uma loja física de camisas estilosas e alguns acessórios, mas seu conceito de e-commerce é bem mais factível para empreendedores que querem começar a se aventurar no comércio digital.
Enjoei
Outro e-commerce que vale à pena ser estudado é o Enjoei, que é uma plataforma de e-commerce de produtos usados. Roupas, acessórios, eletrônicos e até móveis podem ser negociados por lá.
Ele oferece várias formas de negociação, inclusive. Um empreendedor pode ter uma loja interna na plataforma e fazer a venda de seus produtos usados. Também pode negociar para que vendedores profissionais do e-commerce realizem as negociações, pagando um valor por esse serviço, obviamente.
Dessa maneira, os compradores do e-commerce podem tanto comprar diretamente do vendedor, como do e-commerce em si. Para quem quer ter a experiência da venda online para saber se conseguiria gerenciar as compras de seus clientes, esse pode ser um ambiente seguro, afinal de contas, ele oferece ao comprador e vendedor facilidades como parcelamento no cartão de crédito, por exemplo.
SaaS
Softwares as a Service (SaaS) são aplicativos e ferramentas que podem ser acessados na nuvem. Assim, sua comercialização garante que o cliente possa utilizar o serviço por um período determinado.
São assinaturas de uso, e oferecem serviços tecnológicos, como armazenamento de dados. É o caso do Dropbox, ou serviços de gestão de restaurantes, por exemplo.
Como se tornar um empreendedor digital?
Uma vez que a escolha de qual nicho seguir é realizada, algumas dúvidas podem surgir, como a necessidade de ter um registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).
Por isso, o ideal é realizar um plano de ação baseado em etapas para que o negócio possa sair dos sonhos e ser colocado em funcionamento.
Escolha seu modelo de negócio
Diante de todas essas possibilidades, o primeiro passo é escolher aquele modelo de negócio compatível com o perfil e necessidades do empreendedor digital.
Se ele já tem um negócio próprio, pode criar uma loja virtual para ampliar seus canais de venda, ou, se for um especialista, oferecer infoprodutos e consultorias. Não existe a obrigatoriedade de manter apenas uma linha de trabalho, mas é importante lembrar que negócios mais enxutos no início podem ser mais fáceis de serem gerenciados.
Pesquise sobre sua formalização
Depois da escolha, é importante analisar quais são os requisitos técnicos e legais para sua efetivação. Nesse momento, a dúvida sobre a formalização da pessoa jurídica pode surgir.
Plataformas para venda de cursos online, programas de afiliados e até as soluções transacionais de cartão de crédito que seriam incluídas em um eventual e-commerce nem sempre exigem o CNPJ para sua utilização. Negócios online como lojinhas no site Enjoei, por exemplo, são concebidas para serem gerenciadas por pessoas físicas.
No caso de negócios mais robustos e alinhados com um público maior, não ter o CNPJ pode fazer com que o empreendedor deixe de fazer vendas importantes, não passe credibilidade para o cliente e ainda tenha uma receita em seu CPF que poderá gerar alíquotas maiores no Imposto de Renda ou contestações da Receita Federal.
Para tal, é possível adequar o negócio no formato oferecido aos Microempreendedores Individuais (MEIs) ou avaliar qual o melhor regime tributário junto com um contador.
Outro ponto do aspecto legal é saber se o serviço pode ser ofertado de maneira online, se é preciso ser registrado em alguma entidade de classe etc.
Planeje suas ações de vendas
Existem diversas plataformas para lojas virtuais, bem como soluções para aceite de cartão de crédito.
Todas essas questões estratégicas ligadas ao processo de vendas devem ser estudadas antecipadamente para que não comprometam o faturamento do negócio.
Atenção para taxas cobradas pelas operadoras de cartão de crédito no caso dos e-commerces e a definição da comissão de vendas para afiliados que ofereçam seus infoprodutos também são ações fundamentais. Isso definirá a política de preços praticada.
Se a escolha for tornar-se um afiliado, é preciso escolher os infoprodutos mais adequados para o público-alvo que deseja atingir, quais serão os canais de divulgação e outros pontos de sua estratégia.
Faça benchmarking
Outro cuidado que precisa ser tomado é a análise da concorrência, avaliando quais são seus diferenciais, produtos que estão sendo oferecidos e outros.
Crie um domínio online
Se a ideia é criar um e-commerce, é preciso escolher um domínio que comunique a mensagem do negócio.
O próprio domínio do e-commerce Enjoei é um exemplo claro de sucesso. Como vendem produtos usados, sugerir que os vendedores “enjoaram” deles faz sentido, além, é claro, de ter um nome sugestivo.
Promova seus produtos ou serviços
Por fim, é preciso criar meios para promoção dos serviços e produtos. Como o meio digital é o mercado escolhido, usar as redes sociais, promover anúncios e divulgar entre parceiros e conhecidos é fundamental.
Quais os melhores livros sobre o tema?
Para inspirar, dar algumas dicas e servir de case de sucesso, alguns livros sobre o empreendedorismo digital podem ser valiosos.
Trabalhe quatro horas por semana
Esse livro tem como subtítulo “Fuja da rotina, Viva onde quiser e Fique rico”, o que parece tentador. Escrito por Timothy Ferriss, seus conceitos falam sobre a valorização do tempo, de como fazer cada hora de trabalho render mais e melhor.
Entre seus tópicos estão a gestão do tempo, priorizar as coisas mais importantes, automatizar o trabalho e muito mais. Para o empreendedorismo digital, tais lições são inestimáveis.
Negócios Digitais
Outro livro aclamado pelos empreendedores digitais e campeão de vendas. Alan Pakes organizou 17 cases de sucesso nos negócios digitais, fazendo uma avaliação de quais foram as estratégias utilizadas por cada um deles.
Indicado para novos empreendedores que querem entender esse universo, tem um raciocínio lógico e detalhado dos primeiros passos que precisam ser dados na direção do sucesso.
Os 8 P’s do marketing digital
Escrito por Conrado Adolpho, esse livro com foco no marketing digital oferece também uma série de insight sobre a concepção dos negócios no mercado online.
A loja de tudo, Jeff Bezos e a era da Amazon
Escrito por Brad Stone, conta a história do dono do maior e-commerce já conhecido: Amazon. São várias lições sobre inovação, coragem com um toque da visão de seus familiares e colaboradores mais próximos.
Leitura obrigatória para quem trabalha ou deseja trabalhar com negócios digitais.
Vai fundo!
Gary Vaynerchuk aborda o tema do empreendedorismo alinhado com motivação. Porém, seus capítulos também oferece o conteúdo de forma didática.
Obrigado pelo marketing
Vitor Peçanha oferece uma lição de Marketing de Conteúdo que pode ser aplicada em todas as esferas de um negócio, seja ele online ou físico.
Porém, como foi dito nesse post, o ambiente online é rico e oferece oportunidades tanto para criar negócios online, como também para promovê-los, e não tem nada melhor do que o inbound marketing para otimizar suas abordagens.
O empreendedorismo digital é um movimento que atende tanto os consumidores, que preferem fazer suas aquisições pela Internet em vez das lojas físicas, quanto para os empreendedores, que enxergam nesse nicho a possibilidade de ter ganhos extras ou trabalharem as sonhadas 4 horas por semana.
Mas, para chegar nesse patamar, é claro, precisa de muito esforço para prosperar mesmo com uma estrutura enxuta, estudo para tomar as decisões corretas, além de saber quais ferramentas e estratégias são mais eficientes como é o caso do Marketing de Conteúdo.
Quer entender porque ele é tão estratégico para seu negócio? Entenda de uma vez por todas o que é o Marketing de Conteúdo e o que ele pode fazer para otimizar sua entrada no empreendedorismo digital.
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