Não são somente seus eventos online que têm problema de engajamento

Engajar é um trabalho difícil, principalmente agora que os eventos online se multiplicaram

Mão digitando em um notebook

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Se as pessoas não podem sair de casa, não podem viajar e não podem se aglomerar, o que os produtores de grandes acontecimentos devem fazer? Ir para a internet. A pandemia do coronavírus decretou: eventos line são agora a única opção para promover e participar de palestras, cursos, shows e apresentações.

Nos últimos anos, os eventos online já haviam se tornado uma poderosa solução. Eles são capazes de alcançar uma audiência sem fronteiras, reduzir custos com locações e deslocamentos, e ainda baratear o ingresso — isso quando a entrada não é gratuita. Com essas vantagens, as empresas passaram a migrar apresentações para a internet.

O problema é que muita gente não entendeu que eventos online e presenciais não são iguais. Os ambientes, as linguagens, os públicos e as interações mudam de um meio para o outro. Então, o planejamento também precisa ser diferente — ou você correrá o risco de não conseguir engajar a audiência.

O crescimento dos eventos online

Eventos online não são novidade, certo? Com a popularização da internet e do consumo de vídeos na web, as transmissões por meio digital ganharam um espaço definitivo.

Jogos de futebol, palestras e seminários, shows e apresentações: muitos desses eventos que aconteciam presencialmente passaram a ser transmitidos em live streaming, a fim de alcançar uma audiência maior. Aos poucos, formatos pensados especificamente para a web começaram a surgir, como os webinars e cursos online que não têm uma versão presencial.

Esse tipo de evento já vem acontecendo nos últimos anos. Na série histórica do Google Trends, por exemplo, podemos perceber que o interesse mundial em webinars teve um crescmento constante desde 2004.

Esse mesmo gráfico chama atenção para o que ocorreu no mercado de eventos online em 2020. A causa do pico no início do ano é conhecida e ainda está entre nós: a pandemia de covid-19. Veja o que aconteceu no gráfico de interesse por eventos virtuais:

O coronavírus trouxe uma revolução para esse mercado. Na impossibilidade de reunir o público presencialmente, os eventos sofreram um impacto sem precedentes — nos Estados Unidos, mais da metade das empresas do setor tiveram 90% dos seus negócios cancelados.

Devido a essa crise, o crescimento projetado para a indústria de eventos vai sofrer uma redução. Por outro lado, os que acontecerem por meio virtual contribuirão para segurar essa queda: estudos projetam um salto de US$ 78 bi para US$ 774 bi na próxima década para a indústria desses acontecimentos digitais.

Esse crescimento, porém, não vem sem dificuldades. A EventMB entrevistou 1000 profissionais do setor em junho de 2020 e identificou que grande parte da indústria não estava preparada para essa migração. A maioria (40%) respondeu que não foi capaz de gerar lucro com eventos online, enquanto 35% falharam ou nem tentaram e apenas 25% tiveram bons resultados.

Por que eventos online têm dificuldade de engajar?

A mesma pesquisa da EventMB procurou entender por que tantos desses acontecimentos não conseguiram ter bons resultados. O principal motivo para isso, que já havia aparecido em estudos anteriores, é o assunto deste artigo: o engajamento é o maior desafio dos eventos online.

Claro, sem a presença física do público, muitas características mudam no ambiente virtual. Vamos analisar agora os principais motivos para a dificuldade de engajar a audiência nessa configuração.

As barreiras de participação são menores

Um evento presencial exige a mobilização do público, que precisa se deslocar até o local e dedicar boa parte do seu dia para isso. Para participar, tem que valer a pena.

Já o evento online exige apenas alguns cliques. Por isso, nem todo mundo que está na audiência faz questão de absorver todo o conteúdo. Se a pessoa pagou pela inscrição, ela até pode se engajar mais para não jogar dinheiro fora, mas não mais que em um acontecimento presencial.

A produção costuma ser negligenciada

Muitos eventos online pecam na produção. Talvez eles pensem que produzir esses encontros pela internet se resume a criar uma sala no Zoom e divulgar o link para o público.

No entanto, não se deixe enganar: um evento online exige tanta dedicação quanto um presencial. Só que a produção precisa se adaptar ao ambiente virtual. É preciso pensar na plataforma de transmissão, nos estúdios de gravação, nos microfones, no design das telas, na qualidade da internet e em toda a estrutura para criar a melhor experiência virtual.

A tecnologia não ajuda

Muitos usuários desistem de assistir ou perdem a atenção quando os vídeos travam e a internet cai. Durante a pandemia do coronavírus, esse problema se agravou, já que a demanda por internet aumentou e causou interrupções e lentidão em muitas transmissões.

A tecnologia das plataformas também pode afetar o engajamento da audiência. Recursos defasados de participação e interação com a audiência tornam os eventos mais monótonos. Por isso, a demanda por inovações nessa área é crescente.

A atenção da audiência é dispersa

O contexto da audiência também precisa ser considerado. Nos eventos presenciais, o participante está inteiramente focado no conteúdo, o que não acontece nos meios online.

A pessoa está no escritório ou no home office (ou no sofá mesmo!), com a TV ligada, o cachorro latindo no pátio e o filho querendo brincar. Durante a pandemia, a atenção ficou ainda mais dispersa, com tantas preocupações — emprego, finanças, política, doença, morte etc. — rondando a cabeça.

Assim, qualquer estímulo externo pode afetar o engajamento do espectador. Então, é preciso pensar em conteúdos e formatos envolventes, mais curtos e concisos, que consigam transmitir a mensagem enquanto a atenção está focada.

As interações são superficiais

Muitas características podem migrar do presencial para o digital, mas a presença física é insubstituível. Para muitas pessoas, o valor de um evento está justamente nas conversas com outros participantes, no coffee-break e no networking que essas interações geram.

Nos eventos online, por outro lado, cada um está na sua casa. Muitas plataformas virtuais tentam promover interações (em chats, por exemplo, quando são abertos), mas elas são superficiais. As pessoas querem se expressar e se relacionar. Então, promover esses espaços de interação é essencial para tentar suprir a ausência física.

Outras dificuldades em eventos online

O engajamento é o maior problema dos eventos online, mas não é o único. Quem quer transmitir palestras, seminários, congressos, cursos, jogos, shows e apresentações encontra ainda outros desafios.

A pesquisa da EventMB que citamos antes apontou os maiores problemas depois do engajamento:

  • falta de conhecimento em tecnologia;
  • atração de patrocínios;
  • comparecimento do público;
  • orçamento para eventos online;
  • tecnologia para eventos virtuais.

Perceba, portanto, que transmitir eventos online pode não ser tão simples quanto parece. Não é só jogar o acontecimento na internet: é preciso superar uma série de dificuldades na adaptação a esse novo ambiente — que não é tão novo assim, mas que pegou muita gente de surpresa durante a pandemia.

Passada a crise do coronavírus, muitos acontecimentos presenciais vão voltar, é claro. Ainda assim, as projeções mostram que os digitais vão continuar firmes e fortes. Além de serem a única opção enquanto houver distanciamento social, eles oferecem vantagens para o alcance e o orçamento dos projetos.

No entanto, a indústria de eventos virtuais deve lidar com o desafio que agora tem em mãos: inovar em ferramentas e estratégias que aumentem o engajamento da audiência online.

Agora que você já leu sobre a experiência de eventos online diante da pandemia, aproveite para saber também sobre como a experiência de conteúdo vai evoluir depois do coronavírus.

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